sexta-feira, agosto 31, 2007

Educadores "Transformers"

Atualmente, um dos grandes sucessos de bilheteria é o filme Transformers, versão cinematográfica de um desenho japonês antigo, dos meus tempos de menino. No filme, como no desenho, um carro, um caminhão e um avião (vindos do espaço) se transformam em gigantes articulados, de montar e desmontar. Ainda não vi a versão de Steven Spielberg, o mago da Sétima Arte, que revolucionou o cinema com filmes como: Tubarão, ET, Indiana Jones, A Cor Púrpura, Amistad, Guerra dos Mundos, entre outros sucessos.
Mal comparando, na educação, o educador, hoje em dia, para dar conta de problemas de sala de aula e extra-classe, precisa ser um pouco um gigante Transformer. Precisa tornar-se, ora psicólogo, ora assitente social, ora pai/mãe, enfim, moldar-se a uma realidade da qual ele próprio é um agente e um sujeito do processo sócio-educacional. Mas, sempre gosto de lembrar, que o professor por si só não pode resolver problemas que não são gerados dentro da escola ou da sala de aula, mas repercutem nesses espaços. A sociedade exige cada vez mais da educação e do educador. Mas qual é o papel social de cada um?
Opinião própria: creio que a educação consegue se superar, graças a esses professores "Transformers", que vão além de suas atribuições, que se dedicam, se superam, se articulam, se moldam e se retorcem para dar o melhor de si: ou seja, são educadores por vocação, e não apenas por profissão e/ou necessidade. Enquanto alguns fizerem o trabalho de todos, nunca conseguiremos transformar a educação, a sociedade e o mundo. Enquanto o professor e a escola forem cobrados além de suas atribuições, continuaremos a assistir filmes de Ficção Científica, crendo que são tudo fruto da ilusão cinematográfica, com belos efeitos especiais, e nada mais. Essa postagem, como todas as que faço, é uma construtiva provocação; sujeita a trnsformações, se houver o contraponto.
Observação: Imagem extraída da página
http://populo.weblog.com.pt/.../06-05-legos%25203.jpg

quinta-feira, agosto 30, 2007

Nem tudo é o que primeiro parece...

Ontem, pela manhã, depois das atividades de discussão do Piso Salarial Nacional para Trabalhadores em Educação, a ser votado no Congresso Nacional, conversando com os colegas sobre a inclusão (alguns a favor, outros contra em função de questões estruturais), ouvi uma definição ótima da professora Daina e da intérprete Cris, que lidam com alunos surdos: "Deficiência não significa incapacidade". Achei uma definição perfeita, pois o leigo ou o professor que não lida com processo de inclusão de alunos portadores de necessidades educativas especiais (PNEE's) têm a idéia equivocada de que o aluno deficiente - seja mental, auditivo, visual, com problemas neurológicos ou de coordenação motora, etc. - é um incapaz, o que é ledo engano e injusto estigma. Na verdade a deficiência, seja qual for, não incapacita o aluno para a aprendizagem, claro, respeitando sua especificidade. Não queiramos, por exemplo, que um cadeirante, na aula de educação física, faça certos tipos de exercícios que seu organismo não permite. Tudo é questão de bom senso. Mas nada impede que um aluno em cadeira de rodas pratique certos tipos de exercicios e até mesmo esportes. Da mesma forma, os demais alunos considerados deficientes tem limitações físicas ou mentais, que não impedem a aprendizagem. Mas a aprendizagem significativa só ocorre, como disse David Paul Ausubel, "quando o ensino é significativo", seja para PNEE's ou alunos regulares. Trabalhando, desde 2005, em projetos de aprendizagem com o uso da informática na educação especial, percebo que, como qualquer aluno regular, o PNEE tem seu tempo de aprendizagem. A forma de lidar com cegos é diversa da com DM, que é diversa da com surdos, que é diversa com superdotados, e por ai vai. Se levarmos em conta que nem tudo é o que primeiro parece, veremos que o corpo com deficiência é apenas uma embalagem. Conheço pessoas que são belas embalagens vazias, outras que a embalagem é singela e simples, mas pela convivência, descobresse uma riqueza interior fantástica. O grande erro, seja na educação, como na vida em comunidade, é avaliarmos superficialmente coisas e pessoas pelo que elas aparentam à primeira vista. Se não conhecemos, muitas vezes, familiares, amigos, e nem a nós mesmos, como avaliar algo que não se conhece, apenas pelo clássico "ouvi dizer"? Creio que devemos ser contra algo que conhecemos profundamente, e por isso, com cátedra e fundamento, podemos afirmar o motivo de nossa relutância. Agora ser contra pela visão da "ponta do iceberg", convenhamos, é muito cômodo, ingênuo ou inconseqüente. Posso não concordar com o ponto de vista de alguém, mas se ele fundamentar bem, aceito sua opinião, embora diversa da minha. Mas não vejo com bons olhos àqueles que são contra por que "ouviram dizer", por que "um amigo, colega, vizinho disse tal coisa..." Ai, já me parece a brincadeira do "telefone sem fio", do "quem conta um conto aumenta um ponto". Educar é algo sério demais pra se afirmar algo com desconhecimento de causa. Mais do que ter opinião a respeito de tudo, é melhor saber muito sobre uma área, de preferência a que atua, e que ousa a emitir "verdades" para o mundo. Eu nada afirmo, apenas dou minha contribuição, pois me considero um eterno aprendiz, com limitações. A aprendizagem é um processo em aberto e infinito. Se não temos uma visão clara de nós mesmo, jamais saberemos ver nitidamente o Outro...
Observação: Imagem acima extraída da página:
www.sequeira.bravepages.com/images/clone-illu...

Premiação na 7ª Feira de Tecnologia, Ciências e Artes do Programa de Ingresso do Ensino Superior (PEIES)

Notícia extraída do portal SEDUC-RS: www.educacao.rs.gov.br

Estudantes do Ensino Médio público em Feira de Tecnologia, Ciência e Artes da UFSM

A Escola Estadual de Educação Básica Antônio João Zandoná, de Barra Funda, conquistou premiação na 7ª Feira de Tecnologia, Ciências e Artes do Programa de Ingresso do Ensino Superior (PEIES), promovido pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Dos cinco trabalhos apresentados pela instituição da 39ª Coordenadoria Regional de Educação (39ª CRE), de Carazinho, conquistou o 1° lugar o projeto “Os Super-Heróis e a (Des)construção da Identidade Cultural Brasileira”, feito pelas alunas do 3° ano do Ensino Médio Priscila Demarco, Tâmara Dal Mora e Vanessa Ré, orientadas pela professora Maria Cristina Zandoná Rossato.
O estudo consistiu em mostrar a influência econômica, política e cultural dos filmes de super-heróis, bem como questionar a imagem da justiça, da preservação da espécie, do meio ambiente e da doação da própria vida para salvar o Planeta dos principais poluidores da Terra. As estudantes também apontaram o descaso com as tradições nacionais e a submissão da cultura brasileira.
Segundo as alunas, a idéia do projeto surgiu a partir de uma aula sobre o meio ambiente. Priscila Demarco, 17 anos, destacou a importância da valorização do projeto, pois ele teve por objetivo resgatar a cultura brasileira. “A partir da pesquisa, incentivamos nossos professores a trabalhar mais a nossa cultura em sala de aula”, explicou a estudante. Para Vanessa Ré, 17 anos, a sociedade esqueceu das brincadeiras saudáveis. “Hoje o computador e a televisão são os meios utilizados como diversão”, concluiu.
Na área temática Terra, Ciência do Espaço e Meio Ambiente, as alunas do 2° ano do Ensino Médio Caroline Rupollo, Giovana Barater Fontana e Patrícia Zini conquistaram o 3° lugar com o trabalho “Ervas Daninhas ou Agentes Indicativos?”, orientado pela professora Karine Piaia.
A feira tem o objetivo de estimular os estudantes a reconhecer a importância que têm a ciência, a tecnologia e as artes para a sociedade. Os projetos são apresentados em diferentes áreas temáticas que englobam, de forma criativa e inovadora, a prática do trabalho em todos os componentes curriculares oferecidos na escola. O evento é o segundo maior do país na sua categoria e, em 2007, teve 200 trabalhos inscritos.

quarta-feira, agosto 29, 2007

Motivação e automotivação II


Quando falo em "olho clínico" do professor, remeto ao método clínico de Piaget, formulado lá pela segunda década do século passado, em que cabe ao educador fazer uma sondagem de sua turma, para avaliar as possibilidades de interação e atuação, antes da execução de um projeto de aprendizagem, sem interferir nem condicionar ações. Claro que o método clínico é mais abrangente que isso, mas é um indicativo ao professor que tenha tempo e uma turma não muito grande (coisa rara hoje em dia, nas duas opções!), para poder pensar práticas educativas, baseadas na mediação, motivação e automotivação. Eu mesmo e meu filho sintimos na pela o fato de termos estatura avantajada, e sermos cobrados durante a vida escolar, principalmente uma maturidade que o tamanho representa mas a mente não carrega. Meu filho Allan, com 2 anos e seis meses mede 1 metro de altura, mas é um bebê ainda; eu, com seis anos aparentava 10; com 14 anos, já tinha 1,84cm; aos 21, sorte, estacionei nos 1,91cm. Ora me beneficiava da altura, ora era prejudicado pela mesma.
Casualmente, ontem a tarde, no ônibus, conversando com as colegas de mestrado Carla e Fernanda, conversa vai, conversa vem, falamos justamente disso, num outro sentido. Fernanda dizia que, como professora, cobra demais da filha, adolescente. E ai, contei que quando participei de juri de concurso literário, um jovem seria desclassificado pois a banca considerava seu texto muito bom pra sua idade. Ai argumentei que quando estava no ensino médio, justamente num concurso assim, tive meu trabalha premiado em segundo lugar, e que anos depois, uma das professoras que foi jurada me confessou que a banca achara que meu trabalho era também considerada acima da média de minha idade. Certas avaliações, levam em conta justamente esses conceitos generalizados sobre as coisas e as pessoas. Um jovem que lê, como foi meu caso, desde menino, incentivado pela mãe, desenvolve um vocabulário e um raciocínio, fruto de suas leituras. Aquele que não tem esse hábito, evidentemente, terá outra postura. Agora "tabular" todos num mesmo critério, muitas vezes é padronizar os diferentes. Ninguém é igual a ninguém. Educação não pode ser classificatória e sim emancipatória e libertária. Mas, acima de tudo, motivadora e automotivadora.
Observação: Imagem acima, intitulada Olho do Brasil, extraída da página:
www.siferraz.blogger.com.br

Motivação e automotivação

Trabalhando com projetos de aprendizagem na Educação Especial (e também no ensino regular), tenho aprendido e apreendido muito. Com base no coloquei na postagem anterior, sobre o referencial teórico, a aprendizagem é significativa quando há a mediação do conhecimento formal/acadêmico do professor com a turma, que já traz um conhecimento prévio do meio em que vive e da vivência que tem. Mas o bom mediador deve ser o bom motivador. Mas não há como se motivar e mediar algo e alguém, se o próprio condutor do processo educacional não souber se automotivar. Por experiência própria, e pelas leituras e trocas de experiências com diversos educadores, de forma presencial ou a distância, posso afirmar que o processo educacional nessecita dessa mão de via dupla: motivação e automotivação. Mais: ao educador do século XXI, tão cobrado e tão sentenciado pela mídia e comunidade, como a grande força de transformação da própria sociedade, pede-se, quase diariamente, que tenha o "olho clínico" para saber diagnosticar problemas que não dependem da escola, e que se originam fora dela, mas repercutem em seu seio. Como disse o prof. Ladislau Dowbor (PUC-SP), em Seminário Internacional de Educação (Brasília, 2006): A Educação não se resolve de dentro da Educação. O que concordo plenamente. Parafraseando a citação atribuída ao político romano Caio Graco (atribuída a Mario Quintana também...), que diz “Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas", digo: "A Educação não muda o mundo, muda pessoas, e as pessoas sim, podem mudar o mundo, dependendo da educação (familiar e formal) que tiveram..."

terça-feira, agosto 28, 2007

Aprendizagem significativa e construção do conhecimento


Pesquisando sobre a Aprendizagem Significativa para o Projeto de Aprendizagem (PA), que resultou no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da Especialização em Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC's) na Promoção da Aprendizagem (UFRGS-2006/2007), descobri a teoria da aprendizagem de David Paul Ausubel, norte-americano de origem judia, que me serviu de grande refencial teórico. Ausubel disse: "(...) o fator isolado mais importante influenciando a aprendizagem é aquilo que o aluno já sabe; determine isso e ensine-o de acordo." Eis um dos princípios de Aprendizagem Significativa.
Quem se interessar por esse tema poderá ter maiores informações acessando, entre outras páginas, aos sítios:
http://rdefendi.sites.uol.com.br/ausubel/ausubel.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/David_Ausubel

Observação: Imagem acima extraída da internet, do blog português:
http://blogmacao.blogs.sapo.pt/arquivo/educacao.jpg

Fecitep - Feira Estadual de Ciência e Tecnologia na Educação Profissional


Notícia extraída do portal da SEDUC-RS: www.educacao.rs.gov.br

Seduc lança Feira Estadual de Ciência e Tecnologia da Educação Profissional

O lançamento oficial da 1ª Feira Estadual de Ciência e Tecnologia da Educação Profissional (Fecitep) ocorre nesta terça-feira, 28 de agosto, às 19h, na Escola Técnica Estadual Parobé, em Porto Alegre. Promovida pela Superintendência de Educação Profissional da Secretaria Estadual da Educação (Suepro), a Fecitep acontece entre os dias 17 e 20 de outubro, com a exposição de 85 projetos de escolar estaduais, municipais, federais e particulares.
A realização da Feira integra as ações de qualificação da educação pública, com foco na formação de profissionais com competências e conhecimentos adequados às exigências do mercado de trabalho. A Suepro vem incentivando alunos e professores no desenvolvimento de projetos de pesquisa científica e tecnológica, buscando contribuir com o desenvolvimento econômico de determinadas regiões do Estado.
A Feira de Ciência e Tecnologia é uma realização da Suepro, em conjunto com a Associação dos Dirigentes das Instituições Federais do Rio Grande do Sul (ADIFERS), com as escolas da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), com a Rede Sinodal de Educação, com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac/RS), com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/RS) e com o Sindicato das Escolas Particulares de Ensino (Sinepe/RS). Os estudantes e professores interessados em participar da Fecitep devem se inscrever entre 3 de setembro e 5 de outubro, conforme regulamento disponível no site da Seduc (www.educacao.rs.gov.br).

segunda-feira, agosto 27, 2007

O paradoxo da modernidade


Ao postar atividade no forum 3, do Curso Mídias Integradas na Educação (UnB-2007), módulo informática e internet, cujo tema era o uso apropriado da internet e os perigos decorrente do uso indevido, argumentei com base na colocação da colega Maristela Brizzi, que falou que o maior perigo é o excesso de informação.
Concordo plenamente com ela. O grande perigo da internet é o excesso de informação, nem sempre fidedigna. Saber filtrar isso, é fato que o aluno, por mais que domine os multimeios melhor que qualuer adulto, nem sempre possui maturidade para esse manejo. É o paradoxo da modernidade. O aluno domina a máquina melhor que o professor, mas somente o educador é capaz de, por vivência própria, discernir o certo do errado, quando se trata de informações educacionais, históricas, jornalisticas, etc. Saber usar bem um site de buscas (Google, Cadê, etc.), colocando entre aspas uma frase, um período, ajuda a descobrir textos que desejamos, e também plágios (estimulados pelo uso excessivo das teclas Control C, ciopiar, e Control V, colar...). Saber filtrar uma pesquisa, através do uso de palavras-chave, também ajuda essa tarefa. E isso cabe ao professor esclarecer o aluno, que diante de um universo de informações, nem sempre sabe diferenciar o real do imaginário. Não fosse isso, e não veríamos tantas teorias da conspiração que encontram eco na internet, e na rede de emails. Fazer a informação gerar conhecimento é tarefa do educador. Se o aluno souber trocar informações com seu profesor, gera uma troca saudável a todos. É um elo: informação que gera conhecimento, que gera mais adiante aprendizagem.
Observação: Imagem acima extraída do diário virtual Pulo do Lobo, de Portugal, que pode ser acessado pelo endereço
http://pulo-do-lobo.blogspot.com

domingo, agosto 26, 2007

Educação, Leitura e Bibliotecas

Em um domingo chuvoso e frio, continuei a revisar a 3ª edição do TCC da Especialização em TIC's na Promoção da Aprendizagem (UFRGS, 2006/2007). Estou na reta final, agora revendo as normas técnicas da ABNT - e digo que é uma das coisas que mais preocupam, às vezes. Acessando às páginas disponibilizadas pela minha orientadora, profª Jane B. Fischer, encontrei uma frase que trata da educação, e que resolvi copiar e colar (do site da Biblioteca Setorial da Educação, da Faculdade de Educação da UFRGS - http://www.biblioteca.ufrgs.br/) nesta postagem, pois tem tudo a ver com o que penso: "A educação faz um povo fácil de ser liderado, mas difícil de ser dirigido; fácil de ser governado, mas impossível de ser escravizado.", de Henry Peter. Aproveitei e visitei outros sites relacionados às bibliotecas e seus acervos digitais (indicações com links, abaixo).
Tenho ainda atividades em atraso do curso de Mídia na Educação (UnB-2007), ensaios do mestrado em História da Literatura a escrever, mais textos e outras atividades, no trabalho. Minha semana de trabalho, em 2007, tem sido de 7 dias seguidos, sem folga. E nesse turbilhão, tem que fazer escolhas e eleger prioridades, relegando algumas a segundo, terceiro e quarto planos. Agora mesmo, concluo a revisão, para enviar à orientadora, e me reconfiguro, vindo do mundo da tecnologia educacional para adentrar ao universo da história da literatura. Alguns colegas meus perguntam como consigo aliar tantas coisas simultâneas. Brinco que aprendi a "Me Virar nos 30", mas, falando sério, o que auxília são as leituras que faço, desde menino, sob as mais variadas áreas do conhecimento, a título de curiosidade, e que vira e mexe, me vêem à tona. Tenho de leituras mais tempo que a idade de vida de muitos de meus colegas. Então, sempre tenho na bagagem alguma experiência prática ou alguma leitura feita há tempos atrás, que faço um link para o presente. Brinco que sempre vivo entre dois pólos: "De volta para o futuro" e "Em algum lugar do passado" - títulos de dois filmes que gosto muito. A vida imita à arte, e vice-versa...

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Biblioteca Nacional

Observação: Imagem acima, extraída da internet, denominada "Lost In A Book", de Indie Cisive (pseudônimo do/a autor/a).

A geração Videogame e a síndrome do Password

Refletindo sobre a minha própria postagem anterior, creio que seria melhor denominar, ao invés de geração Password, sim geração Videogame (conforme título de artigo antigo, já postado nesse blog em 18/07/2006, que melhor define as características de uma geração), enquanto as perturbações emocionais que afetam esse grupo, melhor seria chamá-la de síndrome do Password: de querer antecipar estágios de vida, como se a própria vida fosse um jogo de realidade virtual, em que se pode obter a "senha" para a fase seguinte, sem ter a devida vivência. Assim sendo, a geração Videogame, pelo longo tempo diante de um computador, pode perder com o tempo a noção de que a vida não é jogo. Sem saber que a experiência, o reconhecimento e a independência fincanceira e emocional só advém da vivência, através de erros e acertos. Feita essa ressalva, creio ter melhor explicitado meu ponto de vista. Mas pra toda opinião há sua exceção. Como disse, meu objetivo é provocar a rfeflexão para temas que envlvam a tecnologia e a educação. Por educação, não podemos apenas encarar como o estudo formal, em escola. Educar é ensinar. Hoje, vemos uma distorção do papel social de cada um numa comunidade. Cabe aos pais e/ou responsáveis educar o filho(a), antes do ingresso à escola, que é responsável pela instrução escolar (uma coisa bem diferente). E aos gestores escolares e públicos cabe dotar aos educadores e aos estabelecimentos de condições mínimas do exercício dessa profissão, que muitos teimam em confundir com sacerdócio. Professar idéias nada tem a ver com professar fé. Atualmente, pelo educador estar em constante pressão interna e externa (a sociedade quer depositar todos seus sonhos, anseios e frustrações na escola, e especificamente no professor de sala de aula, que...), acaba adquirindo outra síndrome, essa já bem definida, estudada e tratada pelos profissionais da área psicológia que é: a Síndrome do Pânico. Mas esse é outro assunto complexo demais, que merece no futuro uma outra abordagem.
Observação: Imagem acima, extraída da internet, denominada "Jumping computer in maze", de MD WHT (pseudônimo do/a autor/a).

sábado, agosto 25, 2007

A Geração Password

Pois é, conversando através de emails, sobre arte, cultura e educação, com a amiga e arte-educadora Vera Guidi, do blog Arte Brasilis, acabei escrevendo a ela sobre o que denomino A Geração Password. Ou seja, jovens que sentem-se frustrados, em depressão, ansiedade extremas, antes mesmo de terem entrado no mercado de trabalho, de terem se tornado independentes da família, de estarem de fato e de direito emancipados, que é em torno dos 21 anos. Pois então, poderão me perguntar o motivo da expressão "Password". E é simples de responder, mesmo que não tenha formação de psicólogo, nem queira entrar indevidamente numa área da qual não tenho formação nem conhecimento. Meu objetivo é ser provocador, como tudo que faço na vida, mas uma provocação em sentido amplo e positivo... De mostrar os paradoxos da existência humana.
Password ou senha, é aquele código que possuem os jogos eletrônicos feitos para computador ou consoles tipo videogame, em que o usuário (jogador) adianta uma, duas ou várias fases, sem que seja preciso disputar todo o jogo. Uma espécie de tecla FF, de avanço rápido, que possibilita saltar fases, estágios, vivências. Nessa perspectiva que abordo a Geração Password, que nem viveu ainda, e já se sentem, frustrada, sem sequer ter passado por experiências verdadeiramente frustrantes. Querem, parece, obter o password para saltar o tempo e o espaço. Impossível. A realidade virtual ainda não conseguiu esse mecanismo de viagem no tempo. E pra quem deseja tal efeito especial, sugiro ver a comédia Click, com Adam Sandler, que diverte e provoca uma reflexão sobre esses hipotéticos "saltos temporais".
Agora, não me digam que perda do primeiro amor, impossibilidade de fazer uma faculdade poela não aprovação em vestibular, de ter o carro do ano, a roupa da moda, etc é motivo pra depressão... Não aceito isso, embora seja, na maioria das vezes, o motivo pra que essa geração queira a todo custo descobrir seu Password interno. Não adianta meninos e meninas. Por experiências própria digo, parafraseando um poeta: Só se aprende a viver, vivendo. Só se conhece o caminho das pedras, e depois os atalhos, errando muitas portas, perdendo muitas chaves, vagando por muitos corredores interiores e exteriores... Enfim, só se consegue reconhecimento e sucesso, se for esse o objetivo de vida (e diga-se de passagem, algo muito ilusório e temporário), se for em busca do tempo perdido, que sequer viveu. Por falar nisso, Marcel Proust, escritor francês, escreveu um dos clássicos da literatura chamado EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO, num tempo que a tecnologia estava saindo ainda do barco a vapor... Hoje, o sonho de consumo da juventude é ter o MP3, que já virou MP4, e mal foi lançado, já surgiu o MP5... Logo logo virão MP15, 25, 365... e por ai vai... Não é o tempo que passa ligeiro demais. É o atual modelo de civilização e de desenvolvimento a qualquer custo que torna tudo descartável, sejam pessoas ou coisas, rapidamente, num piscar de olhos. Anotem ai meu password secreto: *******************. Traduzindo: vivaavidaaoseutempo.
Observação: Imagem acima, extraída do site DEVIANTART, intitulada "Ad Memento", de Nykolai Aleksander.

quinta-feira, agosto 23, 2007

Sobre experiências com realidade virtual

Reportagem publicada no portal Terra Notícias, trata de um tema que cada vez mais deixa o ambiente da ficção científica e se instala no cotidiano tecnológico. Vale à pena dar uma lida na íntegra da matéria, clicando no título desta postagem.

quarta-feira, agosto 22, 2007

Lan house disfarçada: a falsa modernidade


Essa postagem é fruto de comentário recebido em meu blog, da arte educatora Vera Guidi, de São Paulo, editora do blog Arte Brasilis (http://artebrasilis.blog.terra.com.br), já indicado pelo Letra Viva, listado entre os links sugeridos. Vera, qwue trabalho com Oficinas Culturais, na postagem anterior do LV, me fez uma indagação: "Descobri que o tão difamado mimeógrafo é muito útil para estas reproduções, que serão as imagens-estímulo usadas na intervenção gráfica e no desenvolvimento expressivo. E pelo custo reduzido, além da simplicidade de uso, cumpre muito bem o papel mecânico de multiplicar imagens. Daí afirmo que o uso criativo de alguns instrumentos pode ser excelente meio de ação. Da tecnologia mais avançada à folha mimeografada, o que importa é o conteúdo, e como ele sensibiliza o educando. Não acha?"

Com certeza. Não devemos entrar nessa onda de descartabilidade de coisas e pessoas, em que tudo que é novo é melhor... Sempre digo que uma biblioteca escolar, se bem usada, pode ser tão produtiva ou mais, do que um laboratório de informática de última geração (aliás, de recente geração, última que nada, a cada 6 meses, o novo deixa de ser, já está ultrapassado, na era da informática...). E que digo mais: um lab de info se utilizado sem contexto educacional é uma lan house disfarçada. Saber usar os recursos de forma criativa, valorizando o conteúdo acima do veículo, um desafio e uma aprendizagem. Temos que aprender a humanizar a máquina e não robotizar as pessoas. Embora, parece-me que o modelo civilizatório atual seja este paradoxo da modernidade. Um laboratório em que o professor não interage com o aluno, apenas deixa ao encargo do responsável pelo local (técnico de informática ou professor de informática), não terá função educacional. Se o professor não domina a tecnologia, traga o aluno (que conhece bem, pois parece cada vez mais ter nascido concectado a um cabo USB, ao invés de um cordão umbilical) para seu lado, convidando a ser aluno-monitor. O educador moderno deve saber distribuir atividades dentro de um contexto de projetos de aprendizagem, com o uso ou não da tecnologia. Não podemos entrar nessa onda da informatização de "corações e mentes". E de que sem datashow, internet, microcomputador naõ é possível inovar. A inovação deve ser da educação e não tão-somente da tecnologia. Mais, existem belas propostas educacionais que jamais foram colocadas em prática e caducaram. Outras, embora novas já estão fossilizadas, pois trabalham coma visão de que os meios (tecnológicos) estão à frente dos fins (educativos).
Noutro dia, com cursistas (professores e funcionários de escola), comentei, em tom de brincadeira, que hoje, no mundo cada vez mais interligado/informatizado, nem mesmo numa ilha deserta podemos ficar de todo alheios à tecnologia de ponta. Pode-se levar para lá um laptop com sistema wireless (sem fio), telefone via satélite e tudo que o avanço tecnológico produz antes que possamos conhecer, manipular e diregir todas as suas possibilidades. Quando conseguimos dominar a ferramenta, já está ultrapassada. Daí, que fazer com o lixo eletrônico, depositado nas gavetas (pilhas, baterias, celulares, placas, etc)?
Tenho um grande amigo, Luiz F. da Conceição, prof. aposentado de História, que mora na praia do Mar Grosso, em São José do Norte (extremo sul do RS, Brasil), que vivia na vila dos pescadores, até esta ficar povoada. Pegou, por opção própria, sua casa e foi pra uns 5 ou 6 quilômetros adiante, onde não tem eletricidade. Lá ele vive distante da agitação e da modernidade, entre seu belo acervo literário. Mas nem mesmo Luiz fugiu da tecnologia. Não possui TV, e até ai nada está perdendo, se levarmos em conta a programação da TV aberta. Tem um prosaico rádio à pilha, para se informar do mundo "exterior", tudo bem. Mas possui um telefone celular, modelo antigo (tipo "tijolão"), que precisa eventualmente trazer na casa de amigos, no Mar Grosso, pra carregar a bateria. Somente Robinson Crusoé para estar incólume à tecnologia avassaladora, e isso mesmo por questões de tempo-espaço.
Assim, como disse Vera, devemos pensar no conteúdo (educacional) e não apenas no meio (ferramenta tecnológica) que poderá ser um aliado ou não. E se um laboratório não tiver uma proposta de planejamento de uso, integrada ao currículo escolar, aos conteúdos e competências de uma ou mais disciplina(s), em que o(s) professor(es) desta(s) é(são) o(s) mediador(es), toda atividade em um laboratório de informática poderá não passar de uma lan house disfarçada, travestida de falsa modernidade...

Observação: Imagem acima, extraída da internet, chamada "La grand evasion", de Nuvem (pseudônimo do autor).

Galileu tinha razão!

Galileu Galilei (1564-1642), físico, matemático e astrônomo, proferiu uma frase que continua atualíssima, apesar da prática conservadora de alguns homo tecnologicus (se é que existe esse termo, pura licença poética minha): "Não se pode ensinar coisa alguma a alguém, pode-se apenas auxiliá-lo a descobrir por si mesmo". Trabalhando com tecnologia, capacitando professores da rede pública estadual (RS), cada vez mais chego a conclusão que a frase, atribuída a Galileu, é a mais cristalina verdade. Não se ensina nada a ninguém, apenas se media a informação que pode se tornar conhecimento que vira aprendizagem compartilhada. Ainda mais num universo virtual que em pouco menos de dez anos deixou obsoletos, ultrapassados, antiqüados; quase "jurássicos", para uns ou em peças de museu, para outros, equipamentos como: retroprojetor, máquina datilográfica, mimeógrafo, toca-discos, fita cassete, fita VHS, entre outras, que a nova geração nem desconfia que existiu ou se vê não sabe pra que serviu...
Lembram daquele fato que contei, da menina que visitando a coleguinha viu uma máquina datilográfica? Surpresa por desconhecer aquele objeto, disse: "Nossa, um teclado com impressora!" Pois então, mostrar um toca-discos para um jovem adolescente é "pagar mico", como diz a gíria da gurizada.
Então, já que não se pode de fato ensinar nada a ninguém, deve-se tentar sempre aprender com os outros, trocando experiências e socializando informações que gerem conhecimento e aprendizagem mútuas. Eu aprendo (e rejuvenesço) muito entre os jovens e troco com eles experiências de "vidas passadas" das várias atividades profissionais e culturais que já tive, sem precisar fazer nenhuma "regressão hipnótica". Assim faço, e assim consigo superar desafios, tanto no que diz respeito à tecnologia como à educação; além da própria vida que é uma grande e eterna aprendizagem...
Observação: Imagem acima, de Galileu Galilei, extraída de www.ggalilei.kit.net/fotos.htm.

Imigração e Literatura

Estou participando de 21 a 23/08, dentro da programação do Mestrado em História da Literatura, do qual sou mestrando, do curso "Imigração e Literatura: percursos de uma temática", proferido por Leonardo Tonus, brasileiro, radicado na França, prof. da Universidade de Sorbonne - Paris IV. Ontem, Tonus palestrou sobre a livro Canaã, de Graça Aranha, mostrando aos presentes que se trata de um romance de tese e não de idéias, discutindo sobre a representação do imigrante, do elemento exógino: imigrante, colono e estrangeiro. Apresentou um histórico sobre a imigração no país, e seus aspectos literários. Para hoje, será abordado o livro Contos do imigrante, de Samuel Rawet; e, por fim, na 5ªf. a tarde, será abordado o livro Relato de um certo oriente, de Milton Hatoum.

segunda-feira, agosto 20, 2007

II Congresso Internacional de Estudos Históricos

Realiza-se de 20 a 24/08/2007, em Rio Grande - RS, Brasil, no anfiteatro do Campus Cidade da FURG - Fundação Universidade Federal do Rio Grande, (turnos manhã, tarde e noite) o II Congresso Internacional de Estudos Históricos: Imprensa, História, Literatura e Informação, com diversos palestrantes do Brasil e exterior. Além de palestras haverá espaço para Sessão de Comunicações e Mesa Redonda.

domingo, agosto 19, 2007

Arte Brasilis: revista eletrônica de Arte, Ciência, Filosofia e Educação

Descobri esse blog ARTE BRASILIS que trata de arte ciência, filosofia e educação, a partir da lista de discussão sobre Blogs Educacionais, do qual faço parte. Indicação da colega Vera-SP.
No blog há um artigo da escritora e jornalista Claudia Werneck sobre os portadores de deficiência, que vale a pena ler. Eis fragmento dele:
"Estamos habituados a considerar deficiência uma conversa 'particular', sem relevância para os grandes debates nacionais sobre educação, saúde, cultura, cidadania, lazer e direitos humanos em geral. Muitos de nós pensam em política pública de forma segmentada: crianças pobres de um lado, crianças com deficiência de outro. Há educadores, ativistas em direitos humanos, médicos, pagodeiros, gestores públicos, empreendedores sociais, empresários, contadores, jornalistas e jornaleiros, enfim, gente com histórias de vida muito variadas, de todos os segmentos sociais, pensando assim. Há até quem discorde de que toda criança tem idêntico valor humano e social".
Realmente, a inclusão de portadores de necessidades especiais é um tema que requer ampla discussão. Meu TCC da Especialização em TIC's na Promoção da Apredizagem (UFRGS-2006/2007), em fase final de elaboração, trata desta questão sobre os prismas tecnológico, educacional e social. Há um grande paradoxo na inclusão tecnológico e educacional. Noutras oportunidades colocarei neste blog, de forma resumida evidentemente, após defesa do TCC, algumas de minhas observações, lindando tanto com tecnologia, educação e inclusão de portadores de necessidades educativas especiais (PNEE's) em ambiente escolar e laboratório de informática.
O que devemos pensar em matéria de inclusão em tecnologia é que apesar da realidade virtual, o processo inclusivo deve ser pensada tendo o PNEE como sujeito e agente da integração, e não apenas uma simulação de inclusão, com em alguns locais é pensada e praticada... Mas é tema polêmico e relevante que requer a devida abordagem e argumentação teórico e prática. Como disse o escritor James Baldwin: Nem tudo que se enfrenta pode ser modificado, mas nada pode ser modificado até que se enfrente.
Observação: Imagem acima, extraída da internet pelo endereço
http://duard.com.br/blog/wp-content/uploads/2006/06/bandeira_brasil_simulada.jpg

Vocé é aquilo que faz, não o que diz...

A frase acima, título dessa postagem, foi extraída das palavras da menina (na época da Eco 1992, video indicado na postagem abaixo desta) Severn Suzuki, referindo-se ao comentário de seu pai. Se levarmos ao pé-da-letra essa frase, quem afinal nesse mundo de pessoas que falam demais sem nada dizer - tenham microfone à disposição ou não - e outras que se calam, tendo tanto a contribuir, realmente faz o que diz? E quem faz o que diz fazer? Quando ligamos a TV, vêmos discursos e mais belos discursos "desplugados" da prática e do mundo real. Sabemos de antemão, como diz o prof. Ladislau Dowbor (PUC-SP), que descobrimos as mazelas de um país ou região somente quando do horário eleitoral, onde todos parecem saber de tudo e ter projetos para resolver tudo. Depois, ... Como Cinderela, volta-se a ser Gata Borralheira, e carruagem vira uma abóbora selvagem.
Eu, particularmente, tenho como lema as palavras de Jefferson (o Thomas, não, de forma alguma, o Roberto!), quando disse: "Sempre que você fizer algo, mesmo que ninguém jamais venha a saber, faça como se o mundo estivesse olhando para você". Não creio que o ex-presidente norte-americano, quando proferiu essas palavras, lá pelo final do século XVIII, tenha profetizado programas de Reality Show, que invadem ou não, a privacidade alheia, com suas mil e uma noites e câmeras. Hoje, todos agem como se estivessem sendo filmados para alguma "pegadinha" ou Big Brother qualquer. Não é esse o espírito da frase de Jefferson, com certeza. Referia-se ele, não ao espírito de corpo (o corporativismo) que tomou conta de instituições e pessoas, mas ao espírito de solidariedade e de eterna vigilância, de ser fiel ao que diz e faz - esteja vigiado ou não. O verdadeiro vigia é a nossa Consciência.
Hoje, palavras são ditas por dizer, sem o comprometimento entre o dizer e o fazer. Que o vídeo da menina Severn - que deve estar hoje com seus 25 anos de vida - nos sirva de lição constante: antes de falar sem pensar, pense no que diz, e ao dizer, busque com todas as forças cumprir o que foi dito e/ou escrito, para que tudo não seja apenas "belas palavras ao vento ou escritas na areia de uma praia, onde o mar seguido vem visitar e apagar"... Há muito tempo deixei de usar corretivo, tipo Errorex: errei, assumo o erro...
Aprendi com a vida, e com as palavras de grandes escritores, que devemos sempre dar um passo de cada vez, indo em direção ao nosso horizonte particular. De nada adianta correr se não se sabe para onde está indo... Melhor, ou invés de buscar atalhos, como a atual geração - que vive em depressão por querer antecipar vivências -, deixar as coisas acontecerem ao natural. Às grandes coisas da vida estão contidas na simplicidade e não nos megaprojetos, em obras faraônicas, que até hoje se admira, mas não se sabe ao certo qual a utilidade e praticidade. Esse é meu projeto de vida e de trabalho: viver cada dia de forma simples mas bem feita, acumulando amigos, colegas, parceiros de projetos e conhecimento, compartilhando com todos experiências nesse grande jogo Lego que é a vida, onde tudo acaba se encaixando, quando se tem um bom e simples planejamento. Onde ninguém constrói nada sozinho e sim, em boa e fraterna equipe.
Observação: Imagem acima, refere-se a versão para jogo Lego do quadro de M.C. Escher, Relatividade.

sexta-feira, agosto 17, 2007

Vídeo sobre Educação Ambiental

Esse vídeo, que encontra-se à disposição no portal You Tube, e que assisti pela primeira vez no ProEA-PRG (programa de Educação Ambiental do Porto do Rio Grande, em parceria com o MMA), semana passada, que trazido pelos palestrantes, trata-se de um encontro de crianças, acontecido no Rio de Janeiro, durante a Eco 1992, promovido pelas Nações Unidas. Severn Suzuki, uma menina, há 15 anos atrás, dá uma grande lição de vida ao falar a diversos representantes dos países ali reunidos. Emociona pela profundidade da abordagem e antecipação da discussão de temores que se realizaram, merecendo ser vista e divulgada entre professores e alunos das escolas. Abaixo o referido vídeo, com cerca de 7 minutos, baixado do You Tube.



Observação: Imagem acima, do globo terrestre com torneira d'água, foi extraída do portal http://www.plenarinho.gov.br

quarta-feira, agosto 15, 2007

Mais do que máquinas, precisamos de humanidade...

Em fase final do TCC da Especialização em TIC's na Promoção da Aprendizagem (UFRGS-2006/2007), fazendo os ajustes necessários (2ª revisão), sugeridos pela profª Jane B. Fischer, minha orientadora, que muito tem me auxiliado, fui buscar a referência a minha epígrafe, que é uma citação de Charles Chaplin, e que diz: (...) Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos muito pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência, e tudo será perdido. Tal citação é fragmento de O Último Discurso, do filme O Grande Ditador (EUA, 1940), em que Chaplin ridiculariza s sonhos megalomaníacos de poder, cobiça, e guerra de destruição em massa, invadindo países, causando milhões de mortes, levando o mundo a II Guerra Mundial.
Chaplin era um gênio, que sobreviveu ao Cinema Mudo. Inventor do personagem Carlitos, o genial vagabundo, de filmes antológicos como Tempos Modernos, em que faz uma dura crítica a mecanização e robotização do homem, sem a devida humanização da máquina. Tempos Modernos é um grande filme, crítico e atualíssimo, que todo professor poderia mostrar a sua turma, unindo o útil ao agradável, contextualizando os tempos modernos de Chaplin à nossa atualidade... com seu ditadores invadindo países por cobiça, poder e destruição...
Vale a pena ler a íntegra de O Último Discurso que pode ser acessada clicando AQUI. Já nas primeiras linhas Chaplin nos brinda com uma poderosa reflexão, infelizmente tremenda e assustadoramente atual. Leiam, reflitam e passem adiante.
Observação: Imagem acima, do filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin.

TV via internet

Recebi de Marcelo Turkiewicz, meu tutor do curso de Mídias Integradas na Educação (UnB-2007), a indicação de um portal para acessar TVs de vários países, via internet. Conforme Marcelo indicou: ao selecionar o nome de um país, você irá exibirá todas as estações disponíveis no centro da tela. Eu visitei uma TV da Argentina e outra da Armênia para testar.
Fonte: Revista MP3 Magazine - Número 0029, Editora Escala.
Para acessar o portal TV na web, basta clicar no título desta postagem.

Observação: Imagem acima extraída de um portal chamado TUDO SOBRE TV, com link abaixo:
TUDOSOBRETV

Educação e relatividade


Colegas, amigos e visitantes do blog Letra Viva, como esta semana retomei as aulas do mestrado (como cursista), além do início dos cursos de capacitação de professores e servidores da rede pública estadual (onde sou instrutor/multiplicador), mais o módulo de informática do curso de extensão mídias na educação (onde sou cursista), estive ausente deste espaço virtual. Hoje, estou só de passagem. A relatividade que mencionei no título desta postagem é justamente em relação ao tempo que urge (e ruge), quando temos diversas atividades num mesmo dia, em três turnos, tendo que a todo momento nos reconfigurarmos, como se máquinas fôssemos, para dar conta destes desafios e vocações. Mas, como comento com amigos e colegas, talvez, se tivesse mais tempo, não rende-se tanto... Quando se tem pouco tempo disponível numa agenda cheia, cada momento é precioso demais e acaba sendo usando de forma objetiva, direta e simples. E quando se volta a estudar numa universidade (seja a distãncia ou presencial), após mais de um decênio, temos como colegas, tanto pessoas de nossa geração, como jovens que poderiam ser meus filhos. Troxcamos experiências e visões de mundo. Quando nos colocamos na posição de aluno, podemos rever nossos conceitos enquanto educadores, e irmos adaptando nossa prática educacional. Usando o construtivismo, nos projetos do núcleo de tecnologia educacional, com os conceitos da flexivbilidade cognitiva e da aprendizagem significativa, tanto com professores como com alunos, percebo que todos acabam interagindo, e dos acabam aprendendo de forma compartilhada. Tudo é relativo na vida, inclusive, quando se trata de educação e informática, principalmente informática educativa, que é meu foco de atuação. Nada é tão código binário (1-0; sim e não), apesar de paradoxal, como a grande mídia e alguns setores conservadores fazem crer. Temos grandes experiências educacionais em andamento, de Norte a Sul do país, mas o que vemos em rádio, jornal e TV é uma arrazoado, um longo inventário de tragédias, muitas vezes editadas em bloco. Mas isso é um outro tema, complexo e amplo, para discussão futura.

segunda-feira, agosto 13, 2007

Mídias na Educação: Módulo Informática


Já postei no forum a atividade sobre configuração de um PC, conforme sua utilização. Este módulo que abrange o computador, softwares e internet tem previsão de encerramento em 30/08.

domingo, agosto 12, 2007

Feliz Dia dos Pais!



Feliz Dia dos Pais!, a quem é pai e filho ao mesmo tempo, como meu caso. Como gosto de comentar, as coisas mais importantes em nossa vida não são frutos de nossas escolhas: nome, pais e país em que nascemos. Mas são essas não-escolhas que nos influenciam pelo resto da vida. Meu pai (foto 1), José Américo, mais conhecido como Zeméco (artista plástico autodidata http://olharvirtual.blogspot.com), mesmo não tendo convivido muito tempo sob o mesmo teto - já que fui criado pelos avós paternos e tia -, sempre foi um referencial de vida, mesmo quando não entendia bem suas opções de vida, que acabei vivenciando na prática, na fase adulta. Hoje sou mais parecido física e espiritualmente com meu pai, do que imaginaria quando menino... Já meu filho Allan (foto 2), que completa 2 anos e meio, dia 20/8, representa o futuro e a minha pequena eternidade. Nele está a minha continuidade, através do sobrenome e de ideais de vida, que herdados de meu pai, repassarei ao meu filho, nessa longa corrida de bastão... Um Feliz Dias dos Pais a todos os que foram, são e serão pais, no sentido mais amplo desta palavra; não apenas do ponto de vista biológico, mas da criação e da educação para à vida e o mundo lá fora...

sábado, agosto 11, 2007

Esporte também é inclusão escolar






Hoje à tarde, eu, esposa e filho fomos ver o time da EEEF Barão de Cêrro Largo (foto 1, de cima pra baixo), no torneio Guri Bom de Bola, no campo de futebol da Praça do Quartel (fotos 2 e 3), em Rio Grande. Tivemos sorte. Ao chegarmos, estavam perdendo de 1x0; mas empataram, com gol de Lenin e viraram com gol de Marcelo (foto 4). Depois foi aquela vibração (foto 5). Alguns destes garotos são alunos de minha esposa, profª Elisabete, de Matemática; outros participam comigo de projeto de aprendizagem, em Hagaquê (histórias em quadrinhos), no NTE, como é o caso de Vinícius, o zagueirão do time. Unir o útil ao agradável, um dos grandes desafios e lições que se pode ter na vida. O esporte na educação é um grande fator de inclusão escolar, de melhoria do desempenho do aluno e de parceria (dentro e fora da escola) entre professor e educandos. A responsável pelo time é a profª. de Educação Física Beatriz Braga Gautério. E, diga-se de passagem, sabe mais de treinar e escalar um time que o Gallo, ex-treinador do meu Sport Club Internacional. Risos. Alguns craques dos gramados, como Dunga, Ronaldinho Gaúcho, Leonardo, Raí, Cafu, entre outros, já descobriram a grande possibilidade de socialização da garotada, através do esporte. Mente sã em corpo são. A Escola Técnica Getúlio Vargas, através de seu prof. José Luiz Rossales, também faz um grande trabalho, unindo educação e esporte. Outros exemplos existem aos montes, mas a grande mídia prefere apenas central o foco em personagens de Reality Show, que de realidade muito pouco tem a mostrar.

Módulo Informática - Mídias na Educação


Iniciou hoje e vai até 30/8, o módulo sobre Informática do Curso Mídias Integradas na Educação (UnB-2007), do qual sou cursista à distância. Conforme material enviado por Marcelo Turkiewcz, o tutor da turma H-1 Sul:O módulo Informática tem por objetivo estudar o ambiente que a Informática propicia aos professores para apoiar atividades de ensino aprendizagem. O módulo contempla três etapas que propõem estudos e atividades para serem desenvolvidas durante três semanas. A carga de trabalho estimada é de 5 horas em cada uma das etapas:
Etapa 1 - O computador; Etapa 2 - Software e Etapa 3 - Internet.

ProEA/PRG II



Estive envolvido, junto com colegas Janaina e Jane, durante a semana passada, pela manhã, no Módulo I, do ProEA-PRG - Programa de Educação Ambiental do Porto do Rio Grande, que promoveu uma séria de discussões sobre a questão ambiental em relação ao Porto, a cidade, e em também em sentido mais amplo. Bel, Igor e Zé Vicente (foto 1, acima), mais que palestrar conversaram e mediaram esse proveitoso encontro, que ao final, serviu para que estabelecessemos um vínculo, uma rede de contatos para os próximos encontros e algumas atividades ligadas à Educação Ambiental. Como de costume, recheei meu bloco de anotações, com os comentários dos palestrantes-mediadores, dos colegas - em grande parte professores da rede pública estadual e alguns da municipal, que também atuam no Estado. Na grande maioria, todos com múltiplas funções e atividades na escola e fora desta, mas que sempre arranjam um tempo para participar de cursos e atividades ligadas a EA, e à comunidade escolar. A colega Jussara Salazarte enviou-me gentilmente as fotos acima para postar nesse blog. Noutras postagens irei ainda comentar sobre esse evento, e principalmente sobre "insight's" que tive durante o período, que foi muito frio e chuvoso, mas bastante acolhedor, lá no pavilhão 5, do Porto do Rio Grande.

sexta-feira, agosto 10, 2007

A inclusão do professor no processo inclusivo

Por mais que possa parecer redundante o título desta postagem, redudância parecem às vezes certas práticas amparadas em sólida teoria e pouquíssima prática eficaz. Fala-se muito do processo de inclusão sobre o ponto de vista do aluno regular ou portador de necessidades educativas especiais (PNEE's), mas pouco se fala, pelo menos, pouco leio e ouço, sobre forma de incluir primeiro o professor neste processo, seja como agente e sujeito. Acredito que o processo inclusivo, para de fato e de direito prosperar há que se envolver, motivar e mediar todos os atores deste, que deverão necessariamente serem tratados e se portarem como agentes e sujeitos da inclusão. É uma "dupla exposição", que nem foto que parece desfocada. Digo isso pois, professor é agente mediador do conhecimento formal, mas sujeito da aprendizagem de outra forma de ensinar, quando envolve a inclusão em seu aspecto mais amplo: cegos, surdos, deficientes mentais, motores, superdotados... O professor não está de todo incluído no processo pois lhe falta formação adequada e capacitação continuada para esse grande desafio educacional e social. Da mesma forma o PNEE que é sujeito de inclusão, no sentido de interação e integração social, pode também ser um valioso agente, pois somente ele, que porta a necessidade especial, sabe melhor do que qualquer um a sua verdadeira necessidade. Por mais que eu, nesses 3 anos, trabalhando primeiramente (2005) com alunos deficientes mentais, surdos e altas habilidades/superdotação e posteriormente (2006) incluindo alunos cegos e baixa visão, com apoio das professores especialistas de cada uma dessas áreas da Educação Especial, da EEEF Barão de Cêrro Largo, em Rio Grande, saiba, melhor tratar e me incluir no universo do PNEE, é o aluno e não o educador que vive naquele universo. Ter a humildade e a sensibilidade de recorrer que todos, invariavelmente, somos também portadores de necessidades especiais, num outro sentido, evidentemente, é o maior passo que se pode dar à inclusão de fato e de direito, tanto no ambiente escolar como no social e tecnológico. Mas para isso, precisamos estabelecer parcerias, com a comunidade escolar, com a sociedade civil, com todos aqueles que queiram se integrar a um processo que não é simples, mas que é amplo e inspirador. Tenho mais aprendido do que ensinado o uso da tecnologia no ambiente escolar, quando trata-se de Educação Especial. Sou antes de agente de inclusão, um sujeito incluído nesse longo e enriquecedor debate. Cada vez que, com minha colega Janaina Martins, conseguimos estabelecer elos de ligação com pessoas e entidades, agimos como agente-sujeito desse processor integrador. Brevemente, reiniciará a "terceira temporada" deste projeto de informática na educação especial, abrangendo aproximadamente 80 alunos, 09 professoras da Educação Especial, além de mim, coordenando juntamente com a Janaina, contando com o apoio da cordenação do NTE e da equipe diretiva da EEEF Barão de Cêrro Largo, em Rio Grande - RS. O projeto conta também com apoiadores voluntários (também portadores de necessidades especiais), que quando reiniciarem as atividades nesse 2º semestre terão o devido reconhecimento. A data precisa do reinício será divulgada em breve. Como estmaos em fase de ampliação do número de turmas em que atuaremos, precisamos fazer algumas adequações. A cada edição o projeto, que é simples mas prático, vai se reformulando, se auto-avaliando. Então, para concluir essa postagem (que pretendia ser breve), penso que o professor deve ser incluído primeiro no debate e no processo de discussão da inclusão escolar, para poder bem mediar o próprio processo inclusivo. Uma coisa depende da outra. Todos dependem uns dos outros, sejamos agentes ou sujeitos de qualquer processo sócio-educacional.
Observação: Imagem acima, extraída da internet, intitulada Esfera, de M.C. Escher.

terça-feira, agosto 07, 2007

ProEA/PRG


De hoje até sexta-feira, pelas manhãs, participo, junto com as colegas e parcerias de projetos no NTE, Janaina Martins e Jane Degani e outras professoras de rede pública estadual (18ª CRE), do ProEA/PRG - Programa de Educação Ambiental do Porto do Rio Grande. Como a tarde tive mestrado (História da Literatura) e a noite iniciou a turma do Básico 1 de Informática Educativa para professores e servidores estaduais, do segundo semestre/2007, do qual sou multiplicador, não poderei hoje emitir detalhes deste Programa de Educação Ambiental Portuária, muito interessante, que fiz diversas anotações em meu bloco. Cheguei há pouco em casa, e tenho alguns textos pra ler pro mestrado. Amanhã cedo recomeço diversas atividades. Mais adiante postarei comentários sobre esse programa que tem como parceiros a SUPRG - Superintendência do Porto do Rio Grande; FURG - PPGEA (Fundação Universidade Federal do Rio Grande e Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental); 18ª Coordenadoria Regional de EducaçÃO (CRE); MMA - Ministério do Meio Ambiente e Marinha do Brasil.
Fica como pequena amostra o conceito dado sobre EDUCAÇÃO AMBIENTAL que anotei e gostei muito, por sua amplitude: "(...) processo de educação permanente de intervenção político-pedagógica, podendo estar presenre em todos os espaços que educam o cidadão e a cidadã, que objetiva a transformação através de novas relações entre natureza e a soiedade, na afirmação de uma sociedade de diretos, sustentável e ambientalmente justa". Em 2006, nós três, eu, Janaina (que estava grávida) e Jane participamos de outro projeto em EA, que foi comentando neste blog, onde visitamos lociais por terra e mar, em torno do estuário do Porto do Rio Grande, além de visitação às estações de tratamento de água e esgoto, e no lixão no município. Esses programas servem de base para projetos desenvolvidos ou a serem desenvolvidos pelo NTE Rio Grande, com alunos e futuramente professores.
Observação: Foto acima, feita por mim ano passado, na praia do Cassino, durante visitação aos molhes da Barra do Rio Grande-RS-Brasil, durante o curso promovido pelo CEFAM-FURG e MMA.

segunda-feira, agosto 06, 2007

Blog e Educação

Indicação feita pelo colega Luis Dhein, na lista de Blogs Educacionais, do qual participo, achei interessante também solializar aos visitantes do Letra Viva, pois trata-se de uma reportagem de Lilian Burgardt, intitulada "Razões para criar um blog e usá-lo como aliado em sala de aula", mostrando a inúmeras possibilidades para integrar tecnologia e educação. Vale a pena conferir, e repassar. Fonte: portal UNIVERSIA BRASIL - rede de universidades, rede de oportunidades. Para acessar o texto basta clicar no título desta postagem.

domingo, agosto 05, 2007

A Geração USB...


Montagem acima de Roig: A Geração USB

Imagem acima: JoseTelmo.com

Imagem acima: Cabo USB

Imagem acima: El Feto, de Patojv (DEVIANTart.com).

Idéias não são metais que se fundem, dissera alguém muito tempo atrás. Mas depende muito das idéias e dos objetivos... Numa brincadeira e terapia, resolvi fazer uma montagem no computador (usando apenas o paint brush), como fazia alguns anos atrás com recortes de revistas, usando somente tesoura e cola, sobrepondo figuras umas às outras. No caso acima, a primeira das 4 imagens é o resultado da combinação das três posteriores, e serve para ilustrar meu comentário, logo abaixo.

A Geração USB

Há três anos, trabalhando com informática educativa, tanto com a capacitação de professores da rede pública estadual, bem como alunos regulares e portadores de necessidades educativas especiais (cegos, surdos, deficientes mentais e altas habilidades/superdotação), em projetos de aprendizagem no NTE - Núcleo de Tecnologia Educacional - Rio Grande/18ª CRE, tenho percebido como professores e alunos vivem em universos paralelos, quando se fala da questão da informática.
O educador atual, na faixa dos 40 a 50 anos, é fruto de um modelo de sociedade que não existe mais... Que mudou radicalmente com a urbanização do país. Esses professores, quando crianças, tinham um contato tímido ainda com a televisão, que no Brasil só teve suas primeiras transmissões a cores na década de 1970. A programação era ingênua, e sob forte censura, os livros didáticos traziam o tal "estudo dirigido", a máquina datilográfica era uma exigência para o trabalho. Naqueles tempos, microcomputador, internet, celular, coisas baianais para a geração atual, eram coisas impensadas para o cidadão comum, ainda mais, vivendo abaixo da linha do Equador, e que viriam a ser os professores do amanhã. E o amanhã, que quando temos menos de 20 anos, custa tanto a passar, após a segunda década de existência escorre pelas mãos como numa ampulheta (relógio de areia, hoje peça de museu).
Agora, como brinco tanto com professores como alunos, a geração atual só falta nascer "conectada a um cabo USB" ao invés do cordão umbilical, tal sua ligação direta com a tecnologia de ponta (daí a idéia da criação da imagem acima). Como uma grande diferença. Enquanto seus pais cortavam às amarras do cordão umbilical, a Geração USB fica conectada por horas, literalmente, a fio (ou sem fio também, via tecnologia wireless) ao computador... A internet passou a ser a famosa 4ª Dimensão da Ficção Científica - um mundo paralelo onde os sonhos viram realidade. Chat's (salas de bate-papo), comunidades de relacionamentos, MSN, skype, e-mail (correio eletrônico) se incorporaram à vida das crianças e adolescentes mas rapidamente do que se esperava. A maiora quase que é alfabetizada pela TV, videogame, internet e computador bem antes de entrar na idade regular para ingressar na rede de ensino. Quando lá chegam os jovens, já trazem todo um padrão e comportamento novo. Ouço muitos pais (professores ou não), dizer que deixam para seus filhos menores mexerem em DVD, celular, mp3, computador, internet, câmara digital, filmadora, etc., por acharem complicados demais.
A bem da verdade, sempre digo: manual de qualquer produto eletro-eletrônico é feito por técnico e não professor, e nada tem de didático, muito pelo contrário. É feito de técnico para técnico. Mas a criança, que muitas vezes sequer saber ler, tem algo que quando passamos para o universo adulto perdemos e em alguns casos, jamais recuperamos: a curiosidade e a falta de receio em se aventurar. Vejo alunos que nunca tiveram acesso à informática manipularem um PC pela primeira vez com desenvoltura, apertando aqui e ali, para ver no que vai dar. Claro, muitas vezes conseguem é desconfigurar toda a máquina! Risos. Mas, não é pela experiência e erro, que se chega às certezas e incertezas da vida? Todavia, o adulto, diante de algo novo, muitas vezes trava mais do que a máquina, e não tem tecla RESET, nem comando control+alt+delete para reiniciar. Muitos desistem, dizendo ser a informática algo complexo, e que eles não são mais tão jovens assim para isso, e blábláblá...
Admiro demais aqueles que não deixam jamais a criança que existe dentro de si definhar... Que ousam e investem em seus sonhos... Que acreditam que a troca de experiências entre adultos e jovens pode ser o grande elo perdido da educação moderna. Professores e alunos precisam saber se conectar um ao universo do outro, e aprender a aprender juntos, pois se o aluno tem mais facilidade para a tecnologia, falta-lhe a experiência de vida e a maturidade para saber como utilizar de forma proveitosa e não apenas lúdica algo que pode ser um grande aliado da educação: a tecnologia. Desde que seja usada com critério, planejamento e acima de tudo com bom-senso, como uma ferramenta de apoio e nada mais. Sempre é bom lembrar que máquinas foram criadas à imagem e semelhança de outras máquinas e não do Homem, e existem apenas para serem manipuladas pelos seres humanos, e não o contrário...

sábado, agosto 04, 2007

Finalizada 1ª versão do TCC

Ufa!!! Finalmente consegui, após trabalho árduo de pesquisa e escrita, finalizar a primeira versão do TCC (trabalho de conclusão de curso) da Especialização em Tecnologias da Informação e da Comunicação na Promoção da Aprendizagem (UFRGS-2006/2007), para remeter a profª. Jane Fischer Barros, que tem me orientado nessa árdua atividade. Abordo a inclusão de portadores de necessidades educativas especiais (PNEE's) nos aspectos tecnológico, educacional e social. Para variar, extrapolei o limite de páginas, entre 30 e 50, escrevendo 66, já incluídas folha de rosto, sumário, introdução, referencial teórico, justificativa, 3 capítulos, considerações finais, bibliografia e anexos. Aguardo a manifestação da profª. Jane para os ajustes que forem necessários, tanto quanto a forma como ao conteúdo. Na verdade tive que fazer a "toque de caixa", pois semana que vem retomo o mestrado em História da Literatura, a tarde, e os cursos de capacitação de professores com informática educativa no NTE, manhã e noite, e o projeto de informática na educação especial, no NTE, pela manhã, com apoio de minha colega Janaina, no turno da tarde, nessas atividades; bem como a parceria das professoras da educação especial da EEEF Barão de Cêrro Largo - Rio Grande. Nem sempre se consegue fazer o melhor, e sim o possível, que foi o meu caso nesse TCC e noutras funções. Quando se tenta conciliar diversas atividades e complexidades, precisamos de apoios externos e de força interior. Para complicar peguei uma pneumonia nesse período de escrita do TCC, já curada, e agora uma crise de sinusite, que me faz brincar com os amigos e colegas: "Se penso não respiro, se respiro não consigo pensar". Fazer o que, né, se navegar é preciso? Agora tenho ainda que me dedicar a escrita de 4 ensaios para o mestrado, sem falar na leitura e releitura de textos teóricos e ficcionais, para entregar até início de setembro, quando provavelmente será o período de entrega e defesa do TCC. Ufa!!! Tudo ficará para "Quando setembro vier", título de um antigo filme, que já ouvi falar muito, mas nunca assisti. Dizem, que é um clássico. Se tiver tempo, um dia pretendo locar. Um bom domingo a todos! De prerefência com muito quentão, chimarrão, chocolate quente e pipoca para esquentar esse inverno rigoroso que veio para ficar, no extremo sul do Rio Grande do Sul.
Observação: Imagem acima, extraída da internet (DEVIANart.com), intitulada Drawing Blood, de Nikolai Aleksander, representa um pouco a sensação que se tem quando se escreve sobre algo que se gosta, mas apesar disso, sempre com uma ansiedade a respeito de como ficará o resultado final do trabalho.

sexta-feira, agosto 03, 2007

Minhas indicações ao Prêmio BLOG COM TOMATES

Colegas, conforme na postagem anterior, meu blog foi indicado ao Prêmio Blog Com Tomates, brincadeira iniciada pela blogueira brit.com com o propósito de revelar pessoas que lutam pelos direitos fundamentais do ser humano. E cabe ao indicado fazer outras 5 (cinco) indicações, que considere interessante divulgar. Tenho a satisfação de indicar 5 diários virtuais, de colegas e amigos, que tratam de educação e tecnologia em seus posts, abordando os mais variados enfoques. Segue meus indicados abaixo:
Caminhos Para Chegar
Bernardete Motter - Caxias do Sul - RS
Novos Saberes
Silvana Silveira - Osório - RS
Palavra Aberta
Gládis Santos - Joinville - SC
Me Acharam
Márcia Paganello Ribeiro - Caxias do Sul - RS
Realidade Virtual
Janaina Senna Martins - Rio Grande - RS

Letra Viva indicado ao Prêmio BLOG COM TOMATES

O blog Letra Viva do Roig, do qual sou editor, recebeu da colega Márcia Br., de São Paulo, que recebeu da colega Gládis, no blog DICAS DA ANINHA, a indicação ao prêmio BLOG COM TOMATES, brincadeira iniciada pela blogueira BRIT.COM premiando aqueles que lutam pelos DIREITOS FUNDAMENTAIS DO SER HUMANO.

Para participar, cada premiado precisa escolher mais cinco blogs e indicá-los, reforçando assim a rede de blogs. Breve farei também minhas 5 indicações.
Segue abaixo a lista dos 5 indicados por Márcia Br., editora do blog CULTEDUC - EDUCAÇÃO E CULTURA DIGITAL - DIMENSÕES DA EDUCAÇÃO NO ESPAÇO VIRTUAL:

Letra Viva do Roig:
José Antonio Klaes Roig
Fazendo Blogs:
Márcia Sales
Blog do Lino Resende:
Lino Resende
Blog do Luis Dhein:
Luis Dhein
Oficina de Projetos:
Vicente Risi Jr.

quinta-feira, agosto 02, 2007

Videogames de última geração

Notícia e foto extraídas do portal Yahoo! Brasil Tecnologia traz matéria sobre a nova geração dos videogames, considerada o canivete suíço da informática, pois permite a conexão de várias tecnologias num só console. "Última geração" é um termo inadequado ao falarmos de tecnologia, já que a "janela" entre um novo produto cada vez mais diminui. O que era novo hoje, daqui seis meses não é mais, e assim por diante, numa velocidade assustadora. Vale a pena ler na íntegra a notícia, clicando sobre o título desta postagem.

quarta-feira, agosto 01, 2007

O outro lado do software livre


Hoje, ao acessar minha conta de e-mail, como sempre faço, passo os olhos sobre as principais notícias do Yahoo Brasil!, e numa chamada sobre Tecnologia, li o texto intuitulado "Os sete pecados do software livre", que pode ser acessado na íntegra, clicando no título dessa postagem. Como tudo na vida, há o seu lado escuro da Lua, e sem querermos ser maniqueístas, pregando que tudo que é livre é bom, e o que é pago é consumista, temos que ver que tudo na vida, inclusive hardwares (máquinas), softwares (programas, aplicativos para uso nos computadores) e peoplewares (usuários de computador) têm seus prós e contras. Não se trata de ser a favor algo e contra outra coisa. Até pelo fato que todo conhecimento decorre também de investimentos e de recursos humanos diversos. Na informática como na vida, tudo tem seus pontos positivos e negativos, estilo yin e yang, da milenar sabedoria oriental; que, por sinal, ao ler o livro O Tao da Física, de Fritjof Capra, descobri, que seguindo esse renomado físico, há mais coisas entre a física quântica e o Tao (que representa o conhecimento místico oriental) que possa supor nossa vã tecnologia - apenas parafraseando o William, evidentemente, o Shakespeare... Claro que esse livro, como outros tantos, tive que interromper durante o mestrado em História da Literatura, para me concentrar nas inúmeras leituras deste. Mas, o pouco que li, já gostei e vou retomar, assim que der. Voltando ao software livre, há a vantagem de diminuição de custo agregados a um software proprietário e pago numa máquina, o que possibilita comprar mais equipamentos por um custo inferior, possibilitando também o desenvolvimento de softwares independentes, pois o chamado código-fonte é aberto; mas justamente essas qualidades do Software Livre, às vezes são o seu impedimento de utilização maciça, frente aos softwares pagos, pois ele é uma grande ferramentas para quem tem conhecimento de software livre ou de programação, mas para usuários iniciantes, ou acostumados a um sistema operacional quase monopolizante, já certas receios de uso, necessita cursos de atualização como nos pagos, enfim, há vantagens e desvantagens para ambos os casos. Para quem se interessar mais sobre informática, sugiro locar e assistir o filme "Piratas do Vale do Silício", que pode não ter o mesmo sucesso e bilheteria do "Pirata do Caribe 1 e 2", mas que traz muita informação sobre como a informática foi criando a cara do que hoje temos ai, graças a uns jovens acadêmicos, em meados dos anos 1970. Dois desses jovens, são por sinal dois dos caras mais ricos do planeta: Steve Jobs, da Apple; e Bill Gates, da Microsoft. Dois caras que direta e indiretamente moldaram o mundo atual, com seus prós e contras, como qualquer ser humano. Um filme imperdível para quem atua com informática, ou pretenda a vir atuar.
Observação: A imagem acima foi extraída da internet (site DEVIANart.com), intitulada The sand castle (O castelo de areia, tradução livre minha), de autoria George Grie. Resolvi colocá-la ilustrando essa postagem mais pela referência aos dois ótimos filmes que têm no título a palavra "piratas".