sábado, outubro 25, 2008

A História das Coisas: versão brasileira


O vídeo produzido por Annie Leonard, chamado The Story of Stuff (A História das Coisas), já postado na versão legendada, agora consegui pelo Google Docs a versão dublada (21 min. e 17 seg.), que pode ser usada com alunos e professores (link abaixo). De qualquer forma, a versão legendada, para mim, passa a emoção original. Toda dublagem é uma tradução, e toda tradução não passa, logicamente, a emoção de seu(a) autor(a).
Em ambas as versões, tanto dublada como legendada, pode-se usar o botão pausar, para trabalhar com os conceitos e imagens utilizados, pois trazem muitas informações que podem ser discutidas, tanto com alunos como com professores.
Agradeço as duas indicações feitas pela oceanóloga Isabel Gonçalves (a Bel), que é uma das coordenadoras do ProEA-PRG (Programa de Educação Ambiental do Porto do Rio Grande - RS - Brasil), do qual sou um dos cursistas. Como multiplicador em informática educativa, trabalhando no NTE/18ªCRE, a pedido da coordenação e turma, criei uma lista de e-mails no Yahoo Grupos e um blog para discutirmos a questão ambiental relativa ao Porto e a cidade, que pode ser visitado pelo link abaixo:

Blog do ProEA-PRG

Link para o referido vídeo:

A História das Coisas: versão brasileira

quarta-feira, outubro 22, 2008

Poster do RPG Literário na 7ª MPU/FURG


Acima, poster do projeto RPG Literário: escrita criativa em colaboração, a ser exposto dia 22/10/2008, a partir das 14 horas na asa direita do CIDEC-Sul, no Campus Carreiros da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG), na cidade do Rio Grande - RS - Brasil, durante a 4ª Feira de Inovação Científico-Tecnológica & Cultural, um dos eventos da 7ª Mostra da Produção Universitária (MPU) - FURG.
Abertura oficial da feira ocorrerá, dia 22/10, às 14:00h, no CIDEC, com a palestra do Eng. Henrique Santos, Petrobras, intitulada de "História do Relacionamento da Petrobrás com a Comunidade de Ciência e Tecnologia Brasileira".
Alguns dos seis integrantes do blog RPG - Role Poetic Games (Jogos Poéticos Virtuais), estarão presentes ao evento.
O RPG Literário é um projeto coletivo, integrado por mim, José Roig, com a participação e a troca de idéias com alunos de graduação e pós-graduação da FURG (que se conheceram através de blogs, orkut, msn, etc., todos residindo em Rio Grande-RS), e envolve a escrita criativa em grupo, usando da interação digital, da intertextualidade entre seus integrantes e suas leituras e a hipertextualidade de suas produções.

Abaixo, link para a MPU

7ª Mostra da Produção Universitária (MPU/ FURG - 2008

Abaixo, link para o blog RPG

RPG - Role Poetic Games (Jogos Poéticos Virtuais)

segunda-feira, outubro 20, 2008

RPG Literário na IV Feira de Inovação Científico-Tecnológica na 7ª MPU/FURG



Dia 22/10/2008, ocorrerá, às 14 horas a abertura da IV Feira de Inovação Científico-Tecnológica, no CIDEC-Sul/FURG (Asa Direita), dentro da programação da VII Mostra da Produção Universitária (MPU) da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG), na qual estarei participando (ainda mais sendo a 7ª), como um dos integrantes do projeto RPG Literário: escrita criativa colaborativa, a partir da experiência de criação do blog RPG - Role Poetic Games ou Jogos Poéticos Virtuais. A participação será com poster, tratando de aspectos da criação coletiva e da pesquisa sobre escrita criativa e colaborativa on-line.
O blog RPG é uma iniciativa minha em colaboração com os amigos e colegas virtuais Andréia Alves Pires, Ana Cristina Matias, Suellen Rodrigues Rubira, Leandro Kerr e Jouber Domingues Cunha.
Maiores detalhes sobre o RPG Literário podem ser acessados pelo link abaixo, através de blog suplementar, criado para divulgar aspectos do RPG - Role Poetic Games e discutir sobre criação literária, arte e cultura.

Detalhes sobre a MPU no link abaixo:

7ª Mostra da Produção Universitária - FURG

Literatura em Teia

sexta-feira, outubro 17, 2008

Projeto "Gosto pela Leitura" - CAIC/SJN


Destaco outra iniciativa louvável, envolvendo arte, cultura e educação, que é o Projeto "Gosto pela Leitura", desenvolvido pela profª. Linei Nogueira, da E.M.E.F. João de Deus Colares (Caic), do município de São José do Norte - RS - Brasil. Eis, abaixo, a informação publicada no Jornal Agora (www.jornalagora.com.br), na página dedicada ao município vinho de Rio Grande, e onde vivi até os 18 anos, terra natal de meu pai:

Caic desenvolve projeto "Gosto pela Leitura"

Está em desenvolvimento, na Escola Municipal de Ensino Fundamental João de Deus Colares (Caic), um projeto de leitura destinado a alunos de 4ª e 5ª séries, sob a coordenação da profª Linei Nogueira.
O projeto é realizado com divisão de turmas, em grupos, que desenvolvem atividades diferenciadas como: trabalho com filmes, poesias, histórias em quadrinhos, contos de fadas, jornais e outros.
O trabalho acontece em espaço da biblioteca, cedido pela bibliotecária para que os alunos sintam-se em um ambiente diferente da sala de aula, sem a existência de quadro-negro, giz ou mesas e cadeiras rigidamente distribuídas.
O projeto se apresenta prazeroso, onde todos os alunos participam com entusiasmo, existindo excelente inter-relacionamento entre todos, facilitando o trabalho e garantindo alto estímulo ao hábito da leitura.


Linei, organizadora do referido projeto, foi minha professora de português (não recordo-me se no ensino médio ou fundamental), e uma das responsáveis pelo meu gosto pelas letras em geral, e a literatura, em especial, juntamente com minha mãe (também professora) e outras educadoras como Edi Figueiredo, Marilucia Rezende, entre outras. Como sempre friso, iniciativas como essa devem ser destacadas e incentivadas, pois promovem não apenas o hábito da leitura, como despertam no aluno seu lado criativo. Trabalhar com filmes, poesias, HQs, contos de fadas, jornais, brinquedos, tendo um caráter educacional, é proporcionar ao jovem uma aprendizagem significativa, que estimula a percepção de mundo, além da sala de aula, longe do espaço rígido, ordenado, que é uma sala convencional. Levar o aluno para uma prática pedagógica numa biblioteca escolar é tornar aquele ambiente vivo, deixando de ser apenas um depósito de livros. Sair com os alunos pelo entorno da escola, mostrando aspectos históicos, geográficos, artísticos, culturais e sociais é proporcionar ao educando uma incorporação daquele espaço de formação em um espaço de socialização. Trabalhar, no caso, coma línbgua portuguesa, vendo as placas, anúncios, banners, cartazes, letreiros ao redor, e analisando a grafia de cada um, é mostrar na prática como a norma culta da língua e a escrita popular interagem, mostrando na prática as variações lingüísticas da região. Enfim, todo projeto criativo e pedagógico, que una o lúdico ao educativo leva ao sucesso, sem falar que estimula nos jovens a vontade de querer saber mais, po conta própria.
Parabéns a minha professora Linei Nogueira (pois uma vez "profe", sempre "profe" para um aluno) e a equipe diretiva e comunidade escolar da E.M.E.F. João de Deus Collares (Caic), de São José do Norte pela bela iniciativa.
Em 2007, quando foi esolhido patrono da 16ª Feira do Livro de São José do Norte, tive o privilégio de visitar algumas escolas da rede municipal, do interior à sede, graças ao convite a apoio da SMEC nortense. Foi uma experiência riquíssima, pois além de conhecer locais que desde menino ouvia falar, pude, na própria Escola Caic, reencontrar a professora Linei, e relembrar aquele período de quando fui seu aluno. A Escola Caic também possui em seu interior o pólo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), tendo um laboratório de informática para uso pelos universitários da região.

Abaixo link para a notícia:

Projeto "Gosto pela Leitura"

Observação: Imagem acima, extraída da internet, da página do Jornal Agora, do seguinte endereço
Caic desenvolve projeto "Gosto pela Leitura"
http://www.jornalagora.com.br/site/index.php?caderno=20¬icia=56988

quinta-feira, outubro 16, 2008

Cinema, educação e vida: Projeto Cinema no Caldeirão


Este blog, além de espaço reflexivo e provocativo de seu autor, é também um ambiente virtual de divulgação de práticas exitosas, envolvendo tecnologia e educação, arte e cultura, que sirvam de referência, exemplo, inspiração, etc. para outros educadores, viajando no ciberespaço.
Como escrevi numa poesia, em meu outro blog, chamado ControlVerso, que escrever para mim é quase um vício (tanto em prosa como em verso), assim como a leitura. E a cada ano tenho sido procurado por amigos que comungam desse vício para ampliar os horizontes da escrita. Escrevo, em sentido literário, desde os 17 anos, começando com poemas, depois crônicas, aos 20 passei pra novelas e contos. Em 2003/2004, passei a elaborar artigos de opinião, tendo hoje cerca de 2 centenas deles publicados em jornais da região. Também nesse ano (2004) criei o jornal cultural Letra Viva (na edição 47), distribuído a uma lista de contatos, via internet. Em 2006, a convite de Canrobert Brasil, do Grupo de Teatro, escrevi minha 1ª peça teatral, destinado ao público infanto-juvenil, e este ano, tive o prazer de ver minha 2ª peça, para o mesmo público, sendo encenada na semana da Criança.
Cursando o mestrado em Letras, tendo como objeto de pesquisa a autobiografia de Érico Veríssimo, descobri que este autor - um de meus preferidos -, tinha incorporado em sua memória (quiçá, escrita) muito da memória cinematográfica de sua juventude, e dos filmes que ele assistiu com a mesma desenvoltura que leu muitos livros. Aí, crio o link para o Projeto Cinema no Caldeirão, uma fantástica, criativa e inestimável iniciativa do meu colega e amigo Robson Freire, editor do blog Caldeirão de Idéias, do NTE Itaperuna - Rio de Janeiro - Brasil.
A proposta é todo o sábado, no próprio blog Caldeirão de idéias, divulgar filmes que possam ser trabalhados de forma educacional por professores em sala de aula, sala de vídeo, laboratório de informática e assemelhados. Algo muito original, ao meu ver, pois, já usei muitos filmes como mote para artigos de opinião, mas sempre com um enfoque analítico e do ponto de vista sociológico e nem tanto pedagógico. A idéia de Robson e seu borbulhante caldeirão - que é hoje um dos blogs de referência para outros blogueiros educacionais - traz uma inovação relevante.
Assim como Érico Veríssimo tinha a consciência de que o cinema tinha grande papel na sua memória e identidade cultural, é inegável o papel do cinema, da televisão e dos meios de comunicação em geral na identidade do jovem do final do século XX e do início do século XXI. Modismo e costumes são reflexos de um comportamento espelhado nos astros da telinha (TV, breve celular) e/ou telona (cinema). Quantas gírias, quantos trajes, quanta coisa boa e também má é reproduzida pela geração USB - como denomino os jovens que têm uma relação quase umbilical com a tecnologia.
Tendo essa consciência do cinema e da TV no imaginário social de um povo, pode-se traçar estratégias pedagógicas de trabalhar com esse grande trunfo, que pode e deve ser usado, dentro de um projeto bem estruturado e planejado no ambiente escolar.
A proposta de Robson não é tornar a sala de aula num cinema. Isso, muitos professores já fazem, mas com um sentido meramente lúdico, recreativo: o chamado Cine Pipoca. O que Robson destaca são filmes que podem ser adaptados para a educação, pois ou trazem em si essa questão da escola ou de alunos e professores como personagem da trama; ou abordam questões que podem ser discutidas em sala de aula por alunos e professores, pais e filhos também.
Muitas vezes não é preciso passar todo um filme de 2 ou 3 horas para que se passe, isso sim, uma mensagem educacional. Um pequeno fragmento de um vídeo ou um filme, tipo 5 a 10 minutos, em que aquela cena seja relevante para o conteúdo e competência daquela disciplina podem estimular inclusive que o aluno veja por sua conta em casa, no cinema, com amigos todo o filme, para depois, noutro encontro, resumirem a história e refletirem sobre o tema proposto pelo educador. De certa forma, é uma espécie também de Educação a Distância a sugestão de filmes para os alunos locarem, assistirem e depois comentarem em sala de aula.
Noutra postagem falarei de certas cenas do cinema, que me marcaram e moldaram minha personalidade e identidade social, artística e cultural. Muitos de meus escritos são escritos como que se tivesse uma câmera na mão, fazendo certos travellings, cortes, edições como em um pequeno vídeo amador. Muitos educadores, se tivessem uma câmera na mão e uma idéia na cabeça (parafraseando o grande Glauber Rocha e seu Cinema Novo), poderiam produzir conteúdo pedagógico de primeira grandeza - esse sim, o verdadeiro Reality Show, que não tem espaço no cinema nem na televisão comercial.
Então, para os educadores que têm interesse em conhecer o Projeto Cinema no Caldeirão, sugiro visitar seguidamente o blog Caldeirão de Idéias, principalmente aos sábados, quando Robson faz suas indicações. Segue também abaixo, o link (atalho) para um endereço que o próprio Robson me indicou, onde podem ser baixados gratuitamente diversos filmes, que podem ser usados com o enfoque pedagógico no ambiente escolar.
Parabéns, mais uma vez ao meu amigo e colega Robson Freire por esta dignificante e relevante idéia de seu Caldeirão.

Caldeirão de idéias, do NTE Itaperuna - RJ

Projeto Cinema no Caldeirão

CineMuslim

Observação 1: Filmes como A Cor do Paraíso e Filhos do paraíso (imagens acima), do iraniano Majid Majidi, são maravilhosos, e indiquei ao Robson e outros amigos, e todos adoraram. Um grande exercício também de desmistificar os estereótipos que parte do cinema e do governo americanos fazem do árabe, mulçumano e iraniano, em geral, generalizando. Conhecer outros cinemas, mundo afora, é um exercício de descoberta de um lado desconhecido, longe dos esterótipos e mais próximo da realidade.
Observação 2: Imagens acima, extraídas da internet, do endereço abaixo
http://cinemuslim.blogspot.com/2008_04_01_archive.html

quarta-feira, outubro 15, 2008

Sobre "A identidade do professor"


No Dia do Professor, nada como refletir sobre A identidade do professor, de acordo com artigo de opinião, da profª. Maria Antonia Carballo Dominguez, publicado na edição de 15/10, do Jornal Agora (www.jornalagora.com.br), da cidade do Rio Grande - RS - Brasil.
Neste blog tenho discuto a questão do papel social da educação, da escola, do educadores, dos pais, alunos, sociedade em geral. Discutir a questão da identidade do professor torna-se necessário, assim como os desafios que a educação precisa superar em um mundo em plena transformação.
Vejam fragmento do referido texto:
"A identidade do professor constrói-se a partir da relevância que cada profissional dá a sua própria atividade docente, através de valores, atuação no mundo, das representações de vida, saberes, sentimentos, expectativas presentes no seu cotidiano, com as relações estabelecidas enquanto seres como um todo, dentro das escolas, sindicatos e também as relações entre os próprios professores.
Além de todos os discursos, existe a experiência de vida que influi na formação da identidade. A realidade existente se mostra através de situações veiculadas na sociedade tais como: baixa remuneração, salas de aula com alunos turbulentos e em alguns casos falta de material didático".

Leiam o artigo na íntegra, que é ótimo, clicando no link abaixo:

A identidade do professor

Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço abaixo
http://jucastro.wordpress.com/2008/03/19/identidade/

terça-feira, outubro 14, 2008

O Professor Nosso de Cada Dia...


O vídeo acima, é uma pequena homenagem àqueles que fazem da Educação uma verdadeira Lição de Vida, já que o dia 15 de outubro é dedicado a comemoração do Dia do Professor, no Brasil.
Quando eu estava concluindo o ensino fundamental, meu professor de Matemática José Renato Ferrari (e se é Ferrari é bom), fez uma brincadeira com seus alunos, provando por A mais B, ou melhor, por 1 + 2, que descontando os dias santos, feriados, férias, as horas não trabalhadas, restava ao brasileiro comum - o trabalhador -, somente um dia útil de trabalho, que por acaso era o 1º de Maio, feriado! Claro que era uma forma bem humorada de mostrar como a matemática poderia tornar-se matemágica, fazendo um truque que nós, alunos, custamos a descobrir qual era o mecanismo da piada. A "matemática" das palavras e a "poesia" dos números sempre me encantaram. Quis o destino, por linhas tortas, muitos atalhos e caminhos longos, que eu sempre tivesse a educação e professores ligados quase que umbilicalmente a minha vida.
Minha mãe foi professora (das séries iniciais) e me fez amar a literatura. Hoje, realizo-me também como escritor e poeta. Minha esposa, conheci mais de 10 anos antes de iniciarmos uma vida em comum, numa fila de banco, e depois quis o Destino nos reaproximar, na mesma escola em que é professora de Matemática. Eu mesmo, que já fiz de tudo um pouco, há quase 16 anos trabalho na Educação, e cerca de mais de 5 anos com informática. E brinco com meus alunos (professores e estudantes) que quem gosta de informática deveria adorar matemática, pois uma deriva da outra...
Enfim, será que se É de fato professor, educador, mestre apenas um dia, ou apenas em seu horário de trabalho? Conheço pessoas que ESTÃO professores com dia, hora e local marcados, e que ao tocar o sinal para ir embora, esquecem de seu papel pedagógico e social.
Conheço profissionais para os quais a escola ideal é aquela em que aluno é robotizado, e diz somente: sim senhor(a), não senhor(a)... Que adorariam a Educação a distância, de preferência eles ou os alunos bem distantes uns dos outros. Sei de pessoas que abraçaram o magistério por falta de opção, por necessidade, por múltipla escolha... E que há 5 anos de completar o tempo de serviço, já se julgam incapazes de enfrentar novos desafios, pois se dizem "velhos" demais para coisas como a informática, a tecnologia, a ciência em geral, que vão sendo incorporados gradualmente ao cotidiano escolar... Idosos aos 40, 50 anos de idade. Já ouvi dizer - torço que seja mera lenda urbana - que têm criaturas que adoecem apenas no turno que estão professores na educação pública, mas que continuam sãos e salvos na outra metade, em escola privada...
Para esses não desejo um Feliz Dia do Professor, pois são meros burocratas do saber... Que mercantilizam seu tempo e conhecimento, fazendo jus àquela piadinha infame que diz: "Eles fazem de conta que me pagam, e eu finjo que trabalho".
Nesse Dia do Professor, desejo muitas felicidades, saúde, paz, reconhecimento e a devida paga um dia, quem sabe, a todos aqueles SÃO e não apenas ESTÃO Professores, e que enfrentam todos os problemas dentro e fora da sala de aula (e que não são poucos!!!), com perserverança, com dedicação, com fraternidade, igualdade, humanidade, e , acima de tudo, como muita dignidade... Além de ética e profissionalismo. Que não esperam passivos pelas tais condições ideais de trabalho, e vão à luta, dentro de suas possibilidades. Que são adorados pelos alunos, pelo exemplo que dão e não apenas pelas facilidades que fazem; que se importam com o seu semelhante, que tratam o colega como um amigo e não um adversário; que apesar de as condições e a remuneração não serem as ideais, por conta do ideal, dão o seu melhor, independente de premiações, distinções, gratificações, etc... Que fazem o seu melhor, pois assim sentem-se realizados, e que o verdadeiro prêmio é quando percebem que seus alunos seguiram em frente (e superaram o mestre!), ultrapassando os desafios, graças a sua participação especial em suas vidas... Que são pais substitutos de filhos de pais ausentes, ainda que de corpo presente!
Aprendi com o "professor" Francisco de Assis (vídeo acima, com participação de Ana Carolina), meus primeiros passos em educação ambiental, e de certa forma ele foi um grande professor para muita e muita gente, desde então. Sua oração, que mais parece um hino, é algo que conforta àqueles que são também professores e não àqueles que estão sempre contando as horas para ir embora, se aposentar... Ser professor é ter vocação. Nunca foi tão dificil enfrentar os desafios da educação em geral, mas sem O Professor Nosso de Cada Dia, que pode estar na escola, em casa, n'algum lugar, seria muito e muito pior...
Confesso: como educador, todo domingo a tarde, não raras vezes, tenho vontade de desistir, de buscar uma profissão melhor remunerada, melhor reconhecida pela própria sociedade, menos cobrada, que tenha um plano de carreira justo e que estimule aos que querem progredir a irem em frente... Toda segunda-feira, quando encontro certos colegas, amigos, troco idéias, experi~encias, imediatamente "desisto de desistir", e essa rotina, creio que me acompanhará enquanto viver; pois, independente do cargo ou função que eu exerça, considero-me um educador 24 horas, já que tudo que eu faço sei que repercute nas pessoas que me rodeiam e com essas sempre também estou aprendendo algo novo. Professor de fato, para mim, é aquele que tem a consciência de que ensinar e aprender é uma lição diária; que educar é uma lição de vida. Independente da graduação, pós-graduação, pós-pós-pós o que for... De tudo que se lê, se vê, se aprende, uma pequena parte é apreendida pela memória, por isso a importância de estar recuperando vivências e leituras de vida e de mundo a todo instante.
Educar é iniciar com a repetição até memorizar, para então partir para a criação e a colaboração compartilhada entre alunos e professores... Mas só se memoriza aquilo que tem sentido e significado para nós... Educar, portanto, é dar sentido a nossa vida e a vida de quem segue nossa lição... Cartilhas, manuais, passo-a-passo são indicações e não caminhos fechados e sem volta... A verdadeira lição é a que a Vida nos dá diariamente, e mesmo quando somos reprovados em relacionamentos humanos, afetivos, em profissões que não temos talento ou vocação, á própria Vuda, como uma professora séria mas afetuosa, sempre nós dá uma nova chance de tentar ir adiante: uma Recuperação Terapêutica.
Agradeço, portanto, a todos os professores, concursados ou não, que foram, são e ainda serão meus mestres, tenham ou não PhD, título ou carteira de habilitação. E, em especial, ao velho "Chico", lá da pequena cidade de Assis, que legou ao mundo e às pessoas uma lição de vida, desejando aos demais "teachers" não votos de pobreza, muito pelo contrário, de riqueza interior e quiçá um dia o devido reconhecimento financeiro também. Milagre? Espero que não seja preciso... Que a Educação seja um dia um gênero de primeira necessidade, integrante da cesta básica de cada um, independente de discursos, promessas, etc. e tal. Feliz Dia do "Fêssor" a todos que educam uns aos outros... O verdadeiro professor jamais se aposenta de sua vocação: de aprender ensinando, de ensinar aprendendo!
Observação: Video acima, com Oração de São Francisco, cantada por Ana Carolina, extraído do YouTube, endereço abaixo
http://br.youtube.com/watch?v=RvK8YYu5ME4

sábado, outubro 11, 2008

As Travessuras da Bruxa Fel: sessão final


Ontem de noite, pude assistir com a família a última sessão da peça infantil As Travessuras da Bruxa Fel, de minha autoria. Escrita entre o final de 2007 e início de 2008, teve sua estréia no dia 07 (olhe meu número mágico ai, escolhido alheio a minha vontade...). Não pude ver antes como ficou a adaptação do Grupo de Teatro Dupla Face, pois estavam viajando a trabalho. Tinha assistido, mês passado, a um ensaio da mesma no anfiteatro da FURG. Mas ver a versão final, com figurino, cenário (do talentoso José Rover) e a interpretação de Canrobert Brasil (Mágico Sol); Renata Dias (Bruxa Fel), Thiele Viega (Bruxa Mel) e Clarissa Moura (Bruxa Lua) foi uma emoção única. Depois de 60 minutos de espetáculo, sai com gostinho de "quero mais". Como falei aos presentes ao espetáculo, quando chamado por Can para o palco: "Ver as palavras criarem vida e os personagens terem vida própria além das próprias palavras é algo incrível para um autor".
Está de parabéns o Grupo de Teatro Dupla Face, não apenas pelo seu diretor Canrobert, as atrizes, o cenógrafo J. Rover, mas todo o pessoal que participa dos bastidores e dá suporte para que esse trabalho coletivo tenha o destaque e sucesso merecidos. É um privilégio imenso para mim poder contar com o talento dessa equipe para dar vida ao meu segundo texto teatral, dirigido ao público infantil. No primeiro, em 2006, "E agora Betinha?", também o Dupla Face encenou, repetindo a dose na 11ª Festa do Mar.
Agora, que fui aprovado pela segunda vez, já aceitei um terceiro desafio de pensar em um novo texto, para estréia sempre na Semana da Criança. Trabalhar com o imaginário, tanto de crianças como de adultos, e perceber o riso de ambos, é algo que incentiva a continuar explorando esse filão.
Conversei com Can da possibilidade de buscar patrocínio, através da Lei de Incentivo à Cultura, para levar espetáculos como esse, como temática ambiental, pedagógica e social às escolas e aos bairros. Já recebi convite de duas escolas para escrever pequenos textos, quase esquetes, para serem encenados pelos próprios alunos com a supervisão das professoras. O grande problema é arranjar tempo para tudo isso, tranalhando e estudando (e estando em processo de dissertação de mestrado em Letras).
O próprio J. Rover, da TV Mar (TV a cabo, aqui de Rio Grande), também convidou-me para escrever esquetes para os integrantes da Turma da Alegria, para serem veiculados na programação da TV. Palavra puxa palavra, e atividades geram mais atividades.
A palavra escrita, em minha vida, tem diversas formas de expressão e significados. Poder transformar idéia em ideais, atividades em projetos, unindo o útil ao agradável é algo que serve de catarse e de objetivo de vida, além de auto-motivação para outras atividades. Sempre digo que quando projetos de trabalho (seja na área cultura, artística, educacional, etc.) são extensões do projeto maior de vida, tudo fica mais fácil de encaixar numa agenda cheia e desgastante. O que para muitos pode ser encarado como obrigação, para mim, quase sempre é uma terapia. A cada ano, mais desafios e compromissos acumulo (e têm momentos que desejo diminuir essa carga), mas atividades como essa me dão energia para enfrentar outras que virão.
Abaixo, link para a matéria no Jornal Agora, de Rio Grande-RS, sobre a peça:

Bruxa Fel conscientiza e diverte na semana da criança

Observação: Imagens acima, em SlideShow, da sessão das 20:30h, do dia 10/10/08, no Teatro Municipal de Rio Grande - RS - Brasil, da peça As Travessuras da Bruxa Fel.

sexta-feira, outubro 10, 2008

Tecnologia: obsolência planejada e obsolência aparente


Quem assistiu ao vídeo, chamado A História das Coisas (The Story of Sutff), que publiquei neste blog, alguns dias atrás, por indicação de Bel Gonçalves, do ProEA-PRG, deve se lembrar quando a apresentadora do vídeo, Annie Leonard, fala de dois termos que poucos usuários dos meios tecnológicos e dos bens de consumo em geral se dão conta: a obsolência planejada e a obsolência aparente das coisas.
Para que não assistiu, eis aqui um link para o referido post:

A História das Coisas: um vídeo para entender o mundo em que vivemos

No vídeo citado, Annie fala dessa questão chave do capitalismo/consumismo: o planejamento para a descartabilidade das coisas que usamos. A obsolência planejada, como o próprio nome demonstra, trata-se de um processo de manufatura e industrialização cada vez mais pensando em criar coisas descartáveis, que não durem muito e que forçem ao comprador/consumidor trcoar com certa freqüência seus produtos adquiridos, mesmo que em curto prazo, como TVs, celulares, aparelhos de som, móveis, roupas, calçados, e tudo mais... Mas para aqueles que, apesar disso, resistem ao tempo e ao próprio apelo consumista das propagandas nos meios de comunicação, há uma obsolência aparente, que é a própria propaganda maciça e massiva de marketing, e da fabricação de novos produtos que forçem esses usuários se sentirem jurássicos, com menos de seis meses de uso de uma aparelhos ou qualquer outro produto.
Que gera aquela sensação de desconforto, de pegarmos um aparelho de celular em público e demonstrarmos o quanto somos antiqüados perante nosso grupo social por não termos o celular da moda. Tenho o meu há quase 3 anos, e sinto na pele os olhares quando o saco da pasta ou do bolso. A mesma sensação que alguém que use ainda máquina datilográfica deve ter quando algum jovem não sabe o que é aquele mecanismo desconhecido para a geração USB. E olhe que sou um cara centrado na vida, nada afeito ao consumismo, mas sido que esse conceito de obsolência aparente colou na população, que precisa parecer perante a própria sociedade como alguém moderno. E daí, dá-lhe consumo e endividamento. Lembro que alguns dias atrás, recebi comentário neste blog da amiga e colega Elis Zampieri, editora dos blogs Sobre Educação e Etc & tal, de Curitibanos, Santa Catarina, Brasil (e que, como outros educadores, só conheço pelo ciberespaço, mas que usamos a tecnologia com esse sentido educacional). Em seu comentário, Elis deu-me razão a essa abordagem sobre o consumismo, quando foi a uma loja, procurando um aparelho celular que só falasse, e para surpresa sua, tal equipamento, segundo a vendedora, não existe.
Remeteu-me a passagem bíblica, em que o primeiro livro de Moisés, cap. 11, versículo 1, já dizia séculos atrás: "Mas todo mundo tinha o mesmo idioma e a mesma palavra...". Em pleno século XXI, apesar da diversidade étnica, cultural, econômica, política e até religiosa, a grande maioria da população mundial é refém do idioma chamado Consumismo, e a universalidade que se percebe é na palavra "consumir".
Tudo isso levou-me a fazer um link com notícia que vi hoje no portal Yahoo!, que tem muito a ver com o consumismo, a obsolência e o mundo em que vivemos, quando Setev Wozniak, co-fundador da gigante Apple decreta que o ipod, que recém foi lançado com estardalhaço no Brasil, para ele já era: obsolência planejada ou aparente?
Vejam a notícia na íntegra, logo abaixo

Steve Wozniak: ipod já era!

Era uma vez uma menina que seguinda uma estrada de tijolinhos amarelos para visitar a vovozínha, que tinha sido comida por um Lobo mau, que disfarçado de velha senhora, aguardava a menina para devorá-la... Era uma vez essa mesma história, quando no meio do caminho tocou o seu celular de última geração, com uma mensagem convidando-a para uma rave na casa dos três Porquinhos, e a menina mudou seu trajeto e a própria histórias dos contos de fadas... Brincadeiras a parte, leiam fragmento abaixo, extraído da referida notícia, e façam por si só suas conjecturas sobre A História das Coisas:

"Se é certo que a Apple continua a vender milhões de iPods por trimestre - tendo até mesmo se registado uma subida de 12 por cento nas vendas à unidade e de sete por cento nas receitas em comparação com o mesmo período do ano passado -, a verdade é que as alterações introduzidas recentemente pela empresa na sua linha de leitores de MP3 têm sido residuais e de simples cosmética. Por outro lado, as inovações em termos do mercado de leitores de música digital têm sido poucas ou nenhumas".

Outra referêcia que tudo isso me remete são as palavras de Tomaso di Lampedusa, autor de O Leopardo, quando escreveu que: "É preciso que tudo mude para que tudo se mantenha", o que pode ser interpretado como "É preciso mudar na aparência para que nada mude em essência". Já Karl Marx disse que "Em geral, a aparência é o contrário da essência". A cada seis meses todos os bens de consumo mudam em aparência, mas a essência do sistema consumista de pessoas e recursos naturais mantém-se intacta. Refletir é preciso; consumir nessa escala, não é preciso.

Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço abaixo
http://remixtures.com/2008/10/steve-wozniak-ipod-j-era/

quarta-feira, outubro 08, 2008

Seminário dos NTEs-RS - "Sala de Aula Digital: Práticas e Perspectivas"


Estou participando de 8 a 9/10, em Porto Alegre - RS - Brasil, do Seminário dos NTEs do Rio Grande do Sul, promovido pela Secretaria Estadual de Educação, evento este cujo tema é "Sala de Aula Digital: Práticas e Perspectivas".
Como integrante do Núcleo de Tecnologia Educacional - Rio Grande/18a.CRE, tive oportunidade de reencontrar os colegas de outros NTEs, para a troca de experiências.
Hoje, assisti a palestra "Sala de Aula Digital", proferido por Ervino Deon, da Seduc-RS; depois sobre o Portal do Professor, com Anna Christina A. de Azevedo Nascimento, da Seed/MEC e sobre o Uso Responsável da Internet, por Danielle Lourenço, da empresa GVT.
Estiveram também presentes ao evento, o prof. Flávio Fialho, representando a UNDIME (União dos dirigentes municipais em educação); a profa. Zélia Souza, coordenadora da CATE (Central de Apoio Tecnológico à Educação), órgão vinculado ao Departamento Pedagógico da Seduc-RS, e a profa. Léa Fagundes, da Ufrgs, que falaram aos presentes.
Durante esse evento, os integrantes de NTEs, divididos em grupos, abordarão temas como: Comunidade NTE; Uso responsável da internet; Curso Educação Digital; Semana de Ciência e Tecnologia; Seminários de NTEs; Linux Educacional 2.0; Projeto Minha Terra e Projeto Vamos Cuidar do Brasil.
Haverá também a palestra Alfabetização e Letramento Digital", com Priscila Gonsales, do portal EducaRede.
Assisti também a alguns pequenos vídeos que noutras postagens irei publicar aqui, e que servem para trabalhar com professores e alunos.

segunda-feira, outubro 06, 2008

Incompatibilidade, desconhecimento ou preconceito digital?


Noutro dia, comprei um jornal de grande circulação, pois me interessou a chamada na TV, sobre o caderno de tecnologia, em que trazia matéria sobre os crimes na internet e suas penalidades. Interessei-me, pela questão tecnológica e jurídica. Mas o que mais me provocou a curiosidade foi a própria chamada que dizia sobre o "Cuidado com o que você escreve na internet". Como sou escritor, no mundo real e digital, sempre é bom estar atualizado, até mesmo para repassar, através desse blog essas orientações. No geral, eram informações que eu já sabia, até pelo fato de que calúnia, injúria, difamação, ameaça, apologia do crime e racismo, entre outros crimes, já estão tipificados no Código Penal, independete do meio utilizado. O avanço é em tentar punir aqueles que se escondem no anonimato, criando perfis falsos no mundo digital, para ofender pessoas, ou se passar por outras e obter algum ganho ilícito. Tenho amigo que já sentiu na pele isso, tendo sido "roubado" seu perfil, e em seu nome contraído dívidas, ofendido amigos, etc.
Mas o que me causou estranhamento nesse caderno não foi os temas abordados, que são esclarecedores a todos os que usam a internet, não apenas como lazer, mas como trabalho. A estranheza deveu-se a pequena propaganda de um notebook de última geração (até daqui a seis meses já estar ultrapassado), em que mostrava aos clientes em potencial as maravilhas do equipamento: HD de 120 GB, peso reduzido (menos que 1kg), ótima memória, alta capacidade e velocidade, etc. Enfim, "um pequeno notável". Ou sonho de consumo de muitos, inclusive meu, que tento me policiar e não aderir a desse consumismo que tanto condeno na sociedade contemporânea, que está levando nossa civilização a exaurir os recursos naturais e a própria sustentabilidade enquanto ecossistema planetário. Mas um laptop ou notebook me auxiiariam e muito em minhas atividades e deslocamentos constantes. Quem sabe Papai Noel se lembre de mim! Risos.
Todavia, voltando à referida propaganda de jornal, um trecho dela deixou-me de certa forma preocupado, pois aparentemente trata-se de ou um equívoco ou um engano; ou um preconceito ou uma propaganda enganosa. Não pude precisar qual dessas facetas ela está mais vinculada. Vejam então o fragmento do texto, abaixo, e depois meu comentário:

"Outra grande vantagem está no sistema operacional original de fábrica: o Windows XP Home Edition. Este é o primeiro notebook com peso abaixo de 1kg e que já vem com Windows: todos os demais vêm com o impopular Linux, desconhecido e de difícil utilização, incompatível com a maioria dos programas, como Word Excel, Power Point e Internet Explorer".

Palavras-chave como "impopular", "desconhecido", "difícil" e "incompatível" para o Linux são relativas, dependendo do ponto de vista, nem tanto ideológico e mais mercadológico mesmo. Se poucos usam poucos dominam o recurso. Quanto a questão de ser impopular, difícil e desconhecido, ainda pode-se levar em conta, dependendo da distribuição Linux, pois existem diversas. E como o sistema operacional Windows está presente em mais de 80% das máquinas no mundo, tudo que é diverso, acaba não sendo bem assimilado.
Entretanto, eu, trabalhando com tecnologia educacional, e esse ano com a distribuição do MEC Linux Educacional, como o próprio nome demonstra - direcionado à educação -, tenho mostrado aos professores cursistas, de escolas que receberam laboratórios de informática com o referido sistema 2.0, que tudo é questão de assimilação e adaptação, pois ambos os sistemas são similares. Primos-irmãos, poderia-se dizer. E se de fato há alguma "incompatibilidade" é em relação ao Windows e não o Linux, pois este último reconhece o primeiro, enquanto o Windows é que teima em não aceitar ao Linux.
Como mostro aos meus cursistas, se ao usar o pacote BrOffice.org/Linux, equivalente ao Office/Windows, que tem o editor de textos Writter = Word; o software para planilhas de cálculo Calc = Excel e o para aprsentação de slides Impress = Power Point, basta usá-los livremente e ao salvá-los em ambiente Linux, nomeá-los normalmente e trocar o tipo de arquivo, salvando-o com extensão similar ao Windows para ser lido e estar compatível com qualquer sistema operacional.
Ou seja: texto em Writter com extensão .odt pode ser salvo como extensão .doc; planilha de cálculo com extensão .ods como .xls e slides ao invés de .opd como .ppt. feito essa "magia" ou simples troca de extensão ao salvar o arquivo com nome igual, mas tipo de arquivo com extensão semelhante ao windows a incompatibilidades do Windows em relação ao Linux (e nunca o contrário) estará sanada.
Não comentar isso e alegar incompatibilidade como se o Linux é que fosse o vilão da história - se é que há algum vilão nessa história -, parece preconceito, desconhecimento de causa ou, por engano, parecer propaganda enganosa. Mas não posso afirmar, quanto ao comercial em questão, qual das alternativas é a correta...
Incompatibilidade para mim, juridicamente falando, é mais quanto a pessoas do que máquinas, pois muitos casais alegam hoje em dia uma "irreversível (irredutível) incompatibilidade de gênios" para pedir a separação de uma união estável ou instável, seja ela registrada em cartório ou não. É a dura realidade do cotidiano familiar, que repercute na escola e em toda a sociedade.
Por sinal, voltando à tecnologia, com o advento do XP, sistema operacional Windows, muitos equipamentos, do próprio Windows, ficaram inoperantes, como scanners, impressoras, por conta ironicamente de uma suposta incompatibilidade de gênios e sistemas de um mesmo criador. A vida é curiosa e irônica às vezes. E sempre é bom, antes de criticar algo, analisar todos os lados de uma questão, pois a vida para mim é meio como o cubo Rubik, aquele que tem várias peças multicoloridas que nem sempre se consegue encaixar cada lado de uma mesma cor rapidamente, tudo depende de muito de exercício de raciocínio lógico, visão espacial e etc e tal...
Observação: Imagem acima, feita por mim, mostrando como salvar o arquivo de mesmo nome em Linux, com tipo semelhante ao Windows, para abri-lo em qualquer máquina ou sistema operacional. No Linux, basta buscar a opção Windows 97/2000/XP e a extensão equivalente, se for texto de .odp para .doc; se cálculo de .ods para .xls e sendo slides de .odp para .ppt. Para sermos justos e corretos, a incompatibilidade é do Windows para com o Linux e não o contrário. A César o que é de César e ao Linux o que é do Linux.

domingo, outubro 05, 2008

Minha segunda experiência teatral


Em um misterioso e desencantado bosque, mais perto do que pensamos, mora uma bruxa malvada, chamada de Fel, e duas aprendizes de bruxa, sem muita vocação (Mel e Lua) que acabam fazendo amizade com um atrapalhado mágico, chamado Sol, que perdido de seu circo, carrega consigo um segredo. A história, quase uma fábula moderna, trata também, nas entrelinhas, da questão ambiental e do poder do sonho, nesse imenso caldeirão fumegante em que vivemos.
Fel, a bruxa má, tem como ajudantes Lua, que não faz mal a ninguém, e Mel, que tem medo de bruxas. Naquele mundo cinzento e desencantado Sol, personagem misterioso, poderá trazer algum encanto a todos e fazer, quem sabe, que a luz volte àquele local.


Esse fragmento acima, é uma espécie de release da peça teatral, de minha autoria, destinada ao público infanto-juvenil, e intitulada As Travessuras da Bruxa Fel, que será encenada no Teatro Municipal de Rio Grande - RS - Brasil.
Como autor, confesso, é uma nova oportunidade e uma emoção única ver meu segundo texto teatral sair do papel e criar vida.
Em 2006, com a peça "E agora Betinha?" tive a dupla estréia, de escrever para crianças e para o teatro. Desafio superado e reconhecimento obtido, quando Canrobert Brasil, diretor e coordenador do Grupo de Teatro Dupla Face convidou-me para escrever outro texto, dessa feita, sobre a temática ambiental. Naquele momento a imaginação já correu solta, até pelo fato de como educador, também abordar esse tema em projetos de aprendizagem com alunos do ensino regular e da educação especial. Palavra puxa palavra, uma coisa leva a outra, e dentro da convergência entre arte e cultura, tecnologia e educação, acabo sempre utilizando recursos de uma área na outra.
Assisti, mês passado a um ensaio da peça "As Travessuras da Bruxa Fel", e como autor, fiquei encantado. Os atores deram realmente vida ao que eu tinha escrito, e isso é uma emoção única para qualquer autor. Desejo antecipadamente sucesso a todos, e farei o possível para assistir a última sessão (10/10), em vista de estar durante a semana em viagem, participando de Seminários de Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs), promovido pela CATE - Seduc-RS, em Porto Alegre.
A referida peça terá como integrantes/personagens:
Canrobert Brasil (diretor e ator) - o Mágico Sol;
Renata Martirene (atriz) - Bruxa Fel;
Clarissa Moura (atriz) - Bruxa Lua;
Thiele Viega (atriz) - Bruxa Mel.
E conta com o apoio do talentoso cenógrafo José Rover, que foi também o responsável pelo cenário da peça "E agora Betinha?"

Horário das apresentações:
07/10 (terça) - 14h e 15:30h;
08/10 (quarta) - 14h e 15:30h;
09/10 (quinta) - 10h, 14h e 15:30h;
10/10 (sexta) - 10h, 14h, 15:30 h.
E uma sessão extra, às 20:30 horas do dia 10/10, aberta para o público em geral.
As demais sessões são destinados ao público infanto-juvenil de escolas e escolinhas da região. Ainda há algumas sessões com lugares vagos.

Maiores informações ou reservas, podem ser feitas com Canrobert, pelo fone: (053)9964-2693.

Observação: Foto acima, tirada do Grupo Dupla Face comigo, durante o ensaio da peça As Travessuras da Bruxa Fel, no anfiteatro do Campus Cidade da FURG. No detalhe: Clarissa, Canrobert, Bárbara, Renata, Thiele e eu.

Jornal da Unicamp e um século sem Machado


Recebi, por email, do prof. Eduardo Paes, editor do portal Nossa Língua_Nossa Pátria, um fabuloso link que desejo socializar com outros blogueiros educacionais e visitantes do Letra Viva, por tratar-se da edição on-line do Jornal da Unicamp, edição julho/agosto, cujo tema é "Um século sem Machado", a respeito, obviamente, do centenário de morte do maior escritor brasileiro de todos os tempos, José Maria Machado de Assis.
Segundo Eduardo, "o Jornal da Unicamp disponibilizou onze artigos de pesquisadores da obra de Machado de Assis, além de uma entrevista com John Gledson".
Para quem não saiba, Gledson, professor aposentado de estudos brasileiros na Universidade de Liverpool, Inglaterra, é um dos maiores conhecedores da obra machadiana.
Eis abaixo, fragmento da entrevista (o título da mesma é um link para o seu interior teor):

A história contada em detalhes

(Álvaro Kassab)

O ensaísta, crítico e tradutor inglês John Gledson é considerado um dos maiores especialistas em Machado de Assis. Sobram razões para esse reconhecimento, entre
as quais suas descobertas, o rigor das pesquisas e a peculiaridade de suas leituras do universo machadiano. Na entrevista que segue, o especialista, que é professor
aposentado pela Universidade de Liverpool, fala das imbricações da obra do escritor carioca e do lançamento da terceira edição de Bons Dias!, reunião de crônicas
de Machado de Assis organizada por ele para a Editora da Unicamp.


- Jornal da Unicamp - Quais as diferenças desta edição de Bons Dias! das anteriores?

- John Gledson - Quando primeiro fiz uma edição de Bons Dias!, nos anos 80, havia uma edição já no mercado, do grande pesquisador machadiano Raymundo Magalhães Júnior. Ele deu o título Diálogos e reflexões de um relojoeiro ao volume, que também continha a curta série, de sete crônicas dialogadas, chamada A+B. Foi através dessa
edição que conheci Bons Dias!, que dá um texto legível, mas não inteiramente confiável, das crônicas. Fui percebendo que o que lhe faltava, além do aprimoramento
do texto, eram notas mais elucidativas. Magalhães, em geral, explica o que quer explicar, isto é, o que já sabe, e não explica as (muitas) coisas que não lhe interessam,ou que ignora. Compreendi que a chave das notas necessárias estava nos jornais, dos quais as crônicas são parasitárias - isto é, comentam os acontecimentos do período(normalmente a semana) anterior ou pinçam alguma notícia aparentemente (ou realmente) menor, e executam seus arabescos em torno dela. Nesse processo que empreendi,há um fator importantíssimo - a microfilmagem dos jornais do período pelo projeto Pró-Memória. Sem os microfilmes, que facilitam demais - podemos dizer que possibilitam - o trabalho do investigador, essas edições não existiriam. Quando comecei a me interessar pelas crônicas de Bons Dias!, mais ou menos em 1982-83, não pensava em fazer edição - escrevi o capítulo de Machado de Assis: Ficção e História, que trata da série. Daí, se bem me lembro, veio o convite da Editora Hucitec, em 1988,para fazer uma edição completa de Bons Dias!, para uma série Literatura Brasileira, dirigida por Alfredo Bosi e Davi Arrigucci. A Hucitec, devo dizer, foi outra sorte grande, porque levaram muito a sério o processo, com índice bom, ilustrações e tudo. Sempre fiquei agradecido aos diretores da série, e mais ainda a Flávio Aderaldo George, o dono da editora, por essa seriedade e perfeccionismo. Houve uma segunda edição do livro em 1997, idêntica à primeira, quando foi adotado pelo Ministério da Educação para distribuição nas Salas de Leitura e Bibliotecas Escolares.
[...]
[Jornal da Unicamp, Campinas, 25 a 31 ago. 2008 , ano XXII, n. 406.]

Observação: Imagem acima, da edição julho/agosto do Jornal da Unicamp, extraída da internet, do seguinte endereço
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/
agosto2008/capa406.php (link para a edição completa).

sábado, outubro 04, 2008

Letra Viva do Roig no Arte Brasilis


O jornal Letra Viva, que edito e distribuo gratuitamente há 4 anos, via internet, para uma lista de emails, foi destacado pela colega e amiga virtual Vera Guidi, de São Paulo - SP, que é editora do blog Arte Brasilis.
Sua postagem fala de Mídia Educativa, e o jornal Letra Viva é sua indicação.
Grato a Vera e outros amigos e colegas pelo reconhecimento que mantém vivo esse projeto diletante, que de edição mensal (2004-2007), passou em 2008 a edição bimestral, em função de diversas atividades paralelas que executo nas áreas da tecnologia, educação, arte e cultura.
Breve será enviada a edição 48, em fase de revisão (correspondente aos meses de setembro-outubro do corrente), para a minha lista de contatos. Quem desejar fazer parte dessa lista, basta mandar uma mensagem para o email: klaesroig@yahoo.com.br
A assinatura é gratuita e o repasse de jornal LV é livre.

"Se você me encontrar dormindo, deixe; morto, acorde-me".
Antonio Maria (jornalista e escritor brasileiro).

A História das Coisas: um vídeo para entender o mundo em que vivemos



Cap. 1-4



Cap. 5-7

O vídeo acima (em duas partes), intitulado A História das Coisas (The Story of Stuff), de Annie Leonard, que baixei do YouTube, assisti pela primeira vez no ProEA-PRG (Programa de Educação Ambiental do Porto do Rio Grande - RS - Brasil), e é muito elucidativo para se conhecer melhor como funciona a engrenagem do mundo em que vivemos, pós-Segunda Guerra Mundial.
Alguns dados eu já conhecia, mas outros são surpreendentes e preocupantes (como a obsolência programada pela descartabilidade do produto em si ou pela aparente obsolência, que força as pessoas a quererem o modelo da moda, para não se sentirem rejeitados em público), pois dizem respeito a forma de nos relacionarmos enquanto seres humanos entre si e com o próprio mundo e a natureza. A descartabilidade das coisas é pública e notória, mas esse vídeo demonstra como se chegou a esse processo de descartalização de tudo, em prol de um consumismo exacerbado e prejudicial ao próprio mundo e a sociedade moderna.
Quem já não se sentiu constrangido ao usar um aparelho celular de mais de 2 anos (como é o meu caso), por conta dos olhares de riso de vendedores, colegas, amigos, parentes, que atire a primeira pedra ou primeiro celular longe... Vivemos um mundo de aparências e não de essência. O que importa para muitos é ter o carro do ano, o celular de última geração, o que a publicidade massiva e maciça (já nem mais subliminar) nos diz que é para ter... Cada vez mais o ter é elevado a quinta-essência, e o ser, um item descartável da cesta básica do bom-senso. Irônicamente, esse processo de especulação, de consumismo, de descartabilidade está exaurindo os recursos naturais, e o modelo econômico em curso não é sequer auto-sustentável, pois quase cem anos atrás houve o Crash (quebra) da Bolsa de Nova Iorque, em 1929. Há pouco mais de dois meses de 2009 (quase 90 anos depois), e o sistema financeiro norte-americano enfrenta uma crise muito semelhante, precisando desesperadamente de um socorro de 700 bilhões de dólares, que acabou sendo aprovado ontem, em 850 bilhões no total, para socorrer as entidades financeiras especuladoras, que relembrando aquela citação de autor não-identificado por mim, dizia que "privatiza-se os lucros e socializa-se os prejuízos". No caso, a sociedade americana e mundial é que pagará a conta da má administração e do desgoverno de quem determina A História das Coisas... Se o comunismo implodiu aos 70 anos, o capitalismo se mantém de pé às custas de um modelo quase feudal, de exploração dos ricos pelos pobres, que nem na Idade Média, e isso nem é preciso ser professor de História para perceber.
Portanto, A História das Coisas é um vídeo imperdível, necessário, contundente, didático, entre outras coisas, que merece ser repassado a professores e alunos, para uma reflexão sobre nossos padrões de consumo e o consumismo que nos fazem ser consumidores antes que cidadãos, pelo mundo afora.
Essa crise é a prova do efeito borboleta, da teoria do caos, que diz que o bater de asas de uma borboleta no Brasil pode causar um furacão no Japão. Em tempos de economia e consumismo globalizados, uma crise nos EUA tumultua toda a economia mundial, refém dos mesmos especuladores de sempre, ligados ao poderio bélico, petrolífero e banqueiro mundial, que ditam ao mundo o que deve ser feito, por bem ou por mal. Para quem gosta de história, conhecer um pouco da ascensão e queda do império romano, é muito interessante para entender o mundo atual...
O vídeo The Story of Stuff (A História das Coisas), em suas duas partes, pode ser também acessado pelos links abaixo:

http://br.youtube.com/watch?v=o2HQ8fcWZB4

http://br.youtube.com/watch?v=GA3BLrt5xkk&feature=related

sexta-feira, outubro 03, 2008

Mundos paralelos: tecnologia e educação


O incrível vídeo acima, da banda Radiohead (uma de minhas preferidas), intitulado All I Need ("Tudo o que preciso", tradução minha do título da canção), e que baixei do YouTube, assisti pela primeira vez ontem (02/10), durante o ProEA-PRG (Programa de Educação Ambiental do Porto do Rio Grande), do qual sou cursista, juntamente com cerca de 30 professores da rede pública municipal e estadual da cidade do Rio Grande - RS - Brasil.
É um triste mas necessário videoclip que mostra a vida de duas crianças e seus mundos paralelos, tão opostos. Um vídeo para refletir sobre a vida e os dois mundos distantes que existem no planeta Terra: dos que consomem e dos que são consumidos... Todos nós, ao nascermos estamos sujeitos a viver em um desses mundos, dependendo do lar que nos acolha, do poder aquisitivo dos pais que nos geram ou nos criam... Podemos ser o menino loiro ou o oriental, dependendo da roleta-russa que é nascer no Terceiro Planeta deste sistema solar - uma pequena bola de gude azul no céu tão escuro...
A letra, a música e as imagens são fantásticas, para serem vistas e revistas. Penso, logo existo; penso logo insisto... Penso, logo resisto!
Hoje, existem dois mundos paralelos também no que tange a tecnologia: os que possuem condições de uso dos multimeios (computador e internet, principalmente) e os que são considerados "analfabetos digitais". Há ainda muitas pessoas, em analogia com o livro, que sabem ler mas não sabem interpretar um texto; ou sabem usar um computador e internet, mas não conseguem dar a eles um significado e uma significância educacional - inclusive muitos professores. Para isso, tentar mudar essa visão, é que existe a tecnologia educacional. Mostrar como "podemos humanizar a máquina e não robotizar as pessoas".
Durante quase 3 dias, por questões econômicas, cortei telefone, internet, TV a cabo e aderi a convergência tecnológica, optando pela assinatura das três num único serviço/pacote. Mas do corte à instalação, e pós-instalação a problemas técnicos no modem, fiquei sem fone e internet. E, como trabalho (no horário regular e fora dele, em casa) com tecnologia e uso a tecnologia no meu cotidiano também, seja como multiplicador em informática educativa (com especialização em tecnologia educacional), seja como escritor e poeta, através de blogs artísticos-culturais (que são uma catarse, terapia e forma de dar vazão a outros projetos, inclusive educacionais...), nesse contexto, ficar sem fone e internet me deu a sensação de estar literalmente ilhado. Tive que por duas vezes me deslocar de casa até a operadora para solicitar serviços, até pelo fato que meu celular estava sem créditos. Rigorosa contenção de despesas. Risos.
Enfim, diante desse panorama, percebi na pele, mais claramente ainda, a questão dos dois mundos que existem atualmente: o tecnológico e o sem a tecnologia. Hoje, o celular, a TV a cabo, internet se incorporaram na vida cotidiana de muitos, enquanto que para milhares e milhões de pessoas, isso é um mundo distante e desconhecido.
Celular, segundo notícias, são 4 bilhões de aparelhos no mundo, quase 1 por pessoa (e conseqüentemente, no mínimo 4 bilhões de baterias a serem descaratados no lixo, com suas sérias implicações ambientais). Mas, sabido também que dados estatísticos não refletem a realidade do mundo "real". Muitos têm nada, poucos têm muito. E os que têm algum, nem sempre usam o celular para se comunicar (objetivo que deveria se o principal), usando somente o equipamento para tirar fotos, ouvir música, mandar mensagens, etc.
Eu mesmo, uso o celular para ser localizado por amigos, familiares e colegas e mandar mensagens curtas, quando necessário. Ainda não entrei nessa onda consumista, tanto que meu aparelho, quando mostro, parece um "jurássico" para quem vê. As teclas já não funcionam bem, visual deteriorado, mesmo com pouco mais de 2 anos de uso. Mas para o que preciso, está ótimo. Descartável são os demais, o que vem de encontro a outro vídeo, chamado A História das Coisas, que fala justamente disso, que também assisti no ProEA-PRG, nesses dias que estive sumido da internet, em curso pelas manhãs e dando curso de Linux Educacional, pelas noites.
São também dois mundos paralelos: o de cursista (aluno) e o de multiplicador (professor). O que me faz ter sempre essa visão abrangente das coisas é justamente conviver periodicamente entre dois mundos, me colocando na posição do outro, para a partir dessas observações, trazer as visões de cada mundo para o seu paralelo, e isso me auxilia e muito na minha prática pedagógica e vida. Sou um eterno aprendiz. Quem dera todos os professores, vez em quando reciclassem não apenas o lixo, mas também algumas idéias e ideais descartados pela vida, procurando ser aluno novamente, e/ou colocar-se na posição de aluno, avaliando e se auto-avaliando inclusive. Eu faço isso, dia sim, dia também, e isso me ajuda e muito a superar desafios, obstáculos e estabelecer parcerias com professores e alunos: dois mundos paralelos que precisam se aproximar mais e mais sempre, pois ambos têm na escola a sua intersecção...
Observação 1: Link para o vídeo All I Need (Tudo o que preciso), da banda (larga? risos...) Radiohead, no YouTube, logo abaixo. Se eu fosse músico e criasse uma banda, seu nome seria ADSL, por motivos óbvios. Risos.
http://br.youtube.com/watch?v=cdrCalO5BDs
Observação 2: Tradução abaixo, da música All I Need

Tudo Que Necessito

Eu sou o ato seguinte
Esperando nas asas
Eu sou um animal
Prendido em seu carro quente
Eu sou todos os dias
Que você escolhe ignorar

Você é tudo que eu necessito
Você é tudo que eu necessito
Eu estou no meio de seu retrato
Deitado na grama

Eu sou uma mariposa
Quem quer apenas compartilhar de sua luz
Eu sou apenas um inseto
Tentando sair da noite

Eu só fico com você
Porque não há nenhuma outra

Você é tudo que eu necessito
Você é tudo que eu necessito
Eu estou no meio de seu retrato
Deitado na grama

Está tudo errado
Está tudo certo
Está tudo errado

Fonte: http://www.lyricstime.com/radiohead-all-i-need-
tradu-o-lyrics.html