sábado, julho 17, 2010

A Chave Mágica: cinema e educação


Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=gv-JOeoLMWk

O vídeo acima, cena inicial do filme A Chave Mágica (The Indian in the Cupboard, título original, EUA-1995), é indicação indireta de meu filho, Allan, de 5 anos, que adora assistir a esse belo filme, sobre um garoto de 9 anos, chamado Omri (Hal Scardino), que um dia, no seu aniversário ganha alguns presentes, dentre eles um guarda-louças e um boneco de índio. A mãe do menino encontra a chave do armário, junto a outras tantas chaves velhas em uma lata.
Na primeira noite, Omri é despertado por um estranho som, vindo do armário. Ao abrí-lo, se depara com uma cena surpreendente: o índio Iroquês está vivo. Ele se chama Pequeno Urso (Litefoot) e acredita que tudo aquilo é um grande sonho.
Num dos diálogos mais emblemáticos do filme, índio e menino se contradizem:

Pequeno Urso: Não sou pequeno, você que é grande.
Omri: Não sou grande, você que é pequeno.

Esta cena remeteu-me a questão espacial e temporal entre professores e alunos, pais e filhos. Cada qual tem a sua proporção, visão e perspectiva de espaço e de tempo.
Viver é saber dialogar com o espaço-tempo, pois somos todos nele, meros passageiros. E em determinada fase da vida somos o menino ou o índio da nossa história particular, diante de outrem.
Encaro esse filme como a grande metáfora do poder da imaginação, que nos dá literalmente vida aos nossos sonhos, acordados ou não...
Quando o amigo de Omri, Patrick (Rishi Bhat), traz um boneco de cowboy Boo-hoo Boone (David Keith), pedindo que aquele faça o mesmo, dando-lhe vida, as confusões se iniciam entre o índio e o cowboy. Quando o índio se machuca, construindo a própria óca, Omri dá vida a um soldadinho da Primeira Guerra Mundial Tommy Atkins (Steve Coogan), que é enfermeiro. Todos os bonecos, quando "revividos", trazem em si a memória das coisas que são ou que representam, e forçam aos meninos a pesquisarem um pouco da História de cada um para poder conviver com ambos.
Um exercício fundamental ao bom educador, de conhecer seu alunado, para com base nisso, estabelecer estratégias de interação.
Como educador e pai, tento muito saber o que gosta meu filho e/ou os alunos com os quais desenvolvo em parceria projetos de aprendizagem, junto com seus regentes de classe.
Conhecer o mundo dos "pequeninos" é de certa forma usar a nossa "chave mágica", para dar vida àqueles que fazem parte de nosso entorno. Prefiro alunos de carne-e-osso, que dialogam comigo, do que meros bonecos sem vida, que apenas me ouvem sem nada dizer. E nesse diálogo, minha chave mágica me faz adentrar no seu mundo, ao invés do contrário. Acredito que cabe ao professor do século XXI sair de seu guarda-louças e viver no mundo de seus alunos, em que as tecnologias da informação e da comunicação (TICs) são parte de sua identidade. Orkut, msn, twitter, blog, celular, e outros mecanismos de ampliação das redes sociais são fundamentais para que os professores dialoguem com seus alunos e com outros educadores, mundo afora... E não apenas isso, o livro didático e o livro de literatura, o rádio, a televisão e outras tecnologias podem também proporcionar essa interação entre pessoas de mundos diversos...
A Chave Mágica é mais que um filme, de apenas 96 minutos, com direção de Frank Oz e roteiro de Melissa Mathisson. Considero-o como um grande recurso audiovisual, que se presta a diversas interpretações e serve a diversas disciplinas no ambiente escolar: História, Geografia, Ciências, Matemática etc. Dois ou mais professores podem reunir suas turmas e horários para mostrar aos alunos o filme, interrompendo ou deixando para refletir sobre o mesmo ao seu final, dentro de seu conteúdo e competência.
Pequeno Urso, quando indagado por Omri o que fazia quando veio ao seu mundo, disse que estava na floresta com seu sobrinho, um menino da idade dele, para que o mesmo aprendesse a ser homem. Um rito de passagem essencial entre professores e alunos, pais e filhos, atravessarem juntos a floresta dos dias, ensinando-os a como ingressar no mundo dos adultos, cada qual com a sua chave mágica...
Numa das cenas mais curiosas do filme, Omri é assaltado por um menino maior, que usa um cabelo estilo moicano, e o menino que deu vida ao pindio e incorporou alguns de seus valores, grita ao seu agressor que ele não merece usar aquele cabelo, numa típica postura ética.
Enfim, um filme de 1995, que continua belo, atual e motivador...

Observação: Postagem acima, publicada originalmente em meu outro blog educacional, o Educa Tube.

quinta-feira, julho 15, 2010

Caius Zip - O Viajante do Tempo


A imagem acima, é da página inicial do portal Caio Zip - O viajante do tempo, uma criativa e original produção da professora e escritora Regina Gonçalves, autora do livro D PEDRO II e O JORNALISTA KOSERITZ da série CAIO ZIP - o viajante do tempo, que relaciona História, arte, ciência, enigmas como MALBA TAHAN. O Viagem no Tempo mescla Historia Mundial e do Brasil e Desafios Matemáticos, formando a Série de livros Caio ZIP.

Abaixo, link para o referido portal:

CAIUS ZIP - O VIAJANTE DO TEMPO

Conforme consta da apresentação da própria autora, em seu portal:

A ideia principal da série é mostrar a história mundial feita pelos grandes homens e como a matemática e outras matérias foram importantes em suas decisões. Caio Zip é um jovem que participa das descobertas e das grandes batalhas, a cada aventura amadurecendo e aprendendo que para sair das encrencas tem de usar o seu maior poder, que mesmo sem perceber ele usa muito bem: o poder da dedução!

A proposta da série é divertir, educar e atiçar a curiosidade do leitor. Além disso, é multidisciplinar, pois combina diversos campos do saber, tais como: história mundial, arte, filosofia e ciências. E a matemática está sempre presente na solução de enigmas, na tomada de decisões em batalhas épicas e durante a investigação de um mistério.


Sobre a autora:


Acima, mapa da cabeça da autora.

Regina Gonçalves é formada em matemática e pós-graduada em Análise de Sistemas.

Trabalhou durante um tempo em informática e deixou a profissão para se dedicar à criação de suas duas filhas. Com o passar dos anos, descobriu uma maneira muito divertida para incentivar suas meninas ao gosto não só da leitura e da arte, mas também do estudo da matemática.

Ao se dedicar a ensinar crianças e adolescentes, e como muitos deles tinham horror à matemática, foi descobrindo sua veia de escritora ao elaborar um livro onde incorpora o estudo de história ao de matemática. As histórias foram crescendo e tomaram a forma de uma série. Contagiada de vez, já tem dez livros completos.

A partir dos últimos livros da série, Regina tem trabalhado para que a série tome uma forma mais densa com os personagens mais complexos e humanos, mostrando não só sua participação na história mundial, mas suas razões e conflitos psicológicos. Caio embrenha-se nas suas próprias dúvidas e ansiedades e tenta compreender o mundo e os tempos que o cercam.

A palavra compreender vem do latim "compreendere," significa:

colocar junto todos os elementos de explicação, ou seja, não ter somente um elemento de explicação. Na verdade a autora acredita que a compreensão humana vai além disso, porque, na realidade, ela precisa ser, acima de tudo, vivenciada, adquirindo suas experiências e emoções para que em seguida possa ser compartilhada com o grupo na forma de ideias. É isto que permite a verdadeira comunicação humana e participação ativa na história em todo os tempos.

Todos esses livros tiveram o apoio e incentivo da família: suas filhas são encarregadas das ilustrações e o marido, Regis Lima de Almeida Rosa, colabora com ideias e trabalha na revisão e edição. Regis é autor ao lado de Regina de um dos livros da série "Dom Pedro II e o jornalista Koseritz".

A veia de escritora vem da sua descendência do jornalista alemão Carlos Von Koseritz, conhecido no Rio Grande do Sul como o homem que defendeu os direitos dos colonos alemães através de seus jornais e de suas vindas à corte para relatar a situação dos imigrantes a D. Pedro II . Von Koseritz foi o autor do livro "Imagens do Brasil" e sua filha Carolina (bisavó da Regina) foi a primeira mulher integrante da Academia de Letras do Rio Grande do Sul.

Contatos com a autora: caiozip@gmail.com

Sobre o colaborador:

Regis Lima de Almeida Rosa é engenheiro, pós-graduado em Marketing, Economia, Finanças e pesquisador autônomo de História. Participa com Regina da criação da Editora viajante do Tempo. Além de colaborar nas histórias, é responsável pela diagramação, revisão e capa dos livros da série.

Observação do Educa Tube:

Eu, como educador, escritor, poeta e especialista em TICs na Promoção da Aprendizagem (ufrgs-2007) e em História do Rio Grande do Sul: sociedade, política e cultura (FURG-2006), fiquei muito interessado nessa proposta de unir história, arte, cultura, matemática e produção textual.
Já conhecia, via Twitter, o trabalho da professora Hélia Barbosa, educadora de belo Horizonte - MG - Brasil, e editora do blog Prosa Assimétrica; conhecendo agora o de Regina Gonçalves, também pelo Twitter, motivou-me mais ainda a levar adiante, no segundo semestre de 2010, um projeto bem mais simples, de utilizar os ambientes virtuais criados pelas duas educadores, para trabalhar com produção textual e raciocínio lógico, com duas colegas, professoras aqui de Rio Grande - RS - Brasil, Ângela Fonseca e Elisabete Brasil Roig (esposa), que são, respectivamente, das disciplinas de português e matemática, atuando na EEEF Barão de Cêrro Largo, onde o Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) Rio Grande/18ªCRE, funciona e no qual exerço a função de multiplicador em informática educativa.
Graças ao mundo virtual, educadores de diversas partes motivam e são motivados por outros educadores, criando um grande acervo digital colaborativo e compartilhado, via blog, sites etc.

Observação: Postagem acima, publicada originalmente em meu outro blog educaiconal, chamado Educa Tube.

sábado, julho 03, 2010

Projeto literário #e_conto (contos eletrônicos)



A imagem acima, de meu novo blog, chamado #e_conto (contos eletrônicos), criado a partir de interações via Twitter, utilizando justamente os 140 caracteres possíveis do microblog, e experimentando possibilidades literárias do que batizei de #e_conto , uma tag (palavra-chave) para organizar um conto em curta-metragem mesmo. É uma experiência intimista, sem maiores elaborações, fruto às vezes de conversas no próprio Twitter ou MSN, ora fruto de insight's, ora da da própria inspiração.
O primeiro conto eletrônico, batizado de O passageiro das quatro estações trará ao final de cada tweet publicado no meu Twitter @zeroig, a #tag (palavra-chave) #e_conto.
O próximo será #e_conto2 e assim sucessivamente, cada vez mais diminuindo a quantidade disponível para criação, em 140 caracteres, menos a #tag.
Um exercício de produção textual, de criatividade em espaço diminuto, que provoca clareza, concisão e inspiração na escrita, e que professores de português e literatura poderiam experimentar também com seus alunos.

Visitem o projeto literário #e_conto , no link abaixo:

#e-conto (contos eletrônicos)