segunda-feira, abril 30, 2007

Projeto de História

Nessa segunda-feira, continuei o projeto na disciplina de História, com às 8ª séries do ensino fundamental (turmas 81 e 82), da EEEF Barão de Cêrro Largo, juntamente com o professor parceiro Éverton Aguiar, responsável pela disciplina. É um PA (projeto de aprendizagem) independente das atividades dos Proas (especialização em tecnologia educacional), que utiliza a informática e a internet como complemente das atividades desenvolvidas em sala de aula.
Ensinei aos alunos como abrir pastas e salvar documentos em seu interior, para que o prof. Éverton pudesse entrar na internet, pra mostrar um vídeo sobre a Revolução Russa.
As atividades ocorreram em dois períodos, um para cada turma. Na turma 82 participam dois alunos surdos (Robson e Rodrigo), que estão incluídos, com apoio de intérprete.
Consultamos no site da Globo Vídeos, um vídeo sobre a Revolução Russa, com 19min26seg, já mostrado pelo canal de TV a Cabo, Globo News, com participação do prof. de História da UFF - Universidade Federal Fluminense Daniel Aarão Reis Filho. Um interessante vídeo livre do programa Arquivo N, que avança sobre a queda da dinastia Romanov e a instauração do governo privisório de Kerenski até a Revolução Bolchevique de outubro de 1917:
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM645570-7823-REVOLUCAO+RUSSA,00.html
Em princípio, com as 15 máquinas conectadas ao site simultaneamente, houve problemas na execução do vídeo. Quando ficamos acessando apenas pela máquina onde estava o datashow, a reprodução do vídeo foi clara, límpida e sem interrupções. Os alunos se interessaram, fizeram perguntas como: o que é soviete, bolchevique, manchevique, duma? Se interessaram por cenas mostradas no vídeo, estranhando serem lentas e em preto e branco... Afinal, a maior parte das imagens são de época, algumas do filme Encoraçado Potemkin (1925), de Sergei Einsenstein, quando nos primórdios do cinema. Deu-se para contextualizar algumas coisas, mostrar os costumes, apesar de ser um vídeo de curta duração, menos de 20 minutos. Seja na educação como no cotidiano extra-curricular, o que deve importar não é a quantidade e sim a qualidade do produto. Essa práticas, no laboratório do NTE tem sido muito enriquecedoras pra todos os envolvidos, de professores a alunos.

Educação Especial

Notícia extraída do portal da SEC-RS: www.educacao.rs.gov.br

MEC distribui livros didáticos para portadores de deficiência visual do Ensino Fundamental

O Ministério da Educação (MEC), por intermédio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), está desenvolvendo ações relacionadas à editoração e à distribuição de livros didático no Sistema Braille. As obras compõem o Programa do Livro e são avaliadas pedagogicamente pelo MEC. A iniciativa visa oferecer material impresso ou digitalizado (em CD) voltado para alunos portadores de deficiência visual matriculados em escolas da rede pública de todo país. Os livros são voltados para estudantes da 1ª a 8ª Séries do Ensino Fundamental. Maiores informações podem ser obtidas no site do FNDE (www.fnde.gov.br) ou por meio do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), no e-mail sac@fnde.gov.br e no telefone gratuito 0800-616161.

domingo, abril 29, 2007

Educação sem camisa-de-força



O título acima é um link para a entrevista para a revista A Rede - tecnologia para inclusão social (www.arede.inf.br) com a professora, pedagoga e psicóloga Léa Fagundes, onde conta por que acredita no laptop XO (foto acima) para revolucionar os processos de ensino no país.
Léa diz: "Essa máquina XO é tudo o que a gente sonhou, queria, e nunca conseguiu”, referindo-se ao laptop da ONG One Laptop per Child (OLPC). Ela coordena o Laboratório de Estudos Cognitivos (LEC) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e também o teste pedagógico que está sendo feito na Escola Estadual Luciana de Abreu, em Porto Alegre, com o XO. Foi homenageada pela Unesco, no ano passado, na categoria Informação e Comunicação, em reconhecimento ao seu método de aprendizagem para escolas públicas, baseado no uso de novas tecnologias digitais. Na mesma ocasião, a Unesco premiou, pos mortem, o educador Paulo Freire, na categoria Educação.
O equipamento da OLPC, desenvolvido no Massachusetts Institute of Technology (MTI), na opinião da professora, representa “uma revolução” no processo de aprendizado. “É um computador novo, o primeiro criado para ser usado na educação”, destaca. Ou seja, não é mais a adaptação forçada, para as escolas, de um equipamento feito para escritórios — como os PCs que rodam os aplicativos do Microsoft Office (escritório, em inglês) —, e que não teriam, segundo ela, promovido nenhuma melhoria na educação. O XO resulta, explica Léa, dos estudos de Jean Piaget e Seymour Papert, sobre as formas como as pessoas (especialmente, as crianças) percebem o mundo e aprendem, e de Marvin Minsky, precursor da inteligência artificial.Dos 400 XOs previstos para a escola de Porto Alegre, contudo, chegaram apenas cem, em janeiro, dos quais somente 50 haviam sido liberados na alfandêga, até o final de março. A coordenadora do LEC lamenta que ainda haja, no governo e na indústria, muita oposição ao projeto da OLPC. Isso acontece, argumenta Léa, porque a Intel, fabricante do equipamento concorrente, o ClassMate, estaria oferecendo um pacote completo ao país — capacitação de professores, conteúdos curriculares, logística de transporte, tudo. “O problema é que o ClassMate é um PC, não muda nada no sistema de ensino”, critica ela.O LEC também está trabalhando em parceria com a Sociedade do Software Livre, e com programadores da UFRGS, para desenvolver atividades pedagógicas para o XO. E capacitando os professores e alunos (da sétima série) da escola selecionada para o teste, que poderão, no futuro, formar um grupo de multiplicadores desse conhecimento para novos usuários do laptop, em cursos a distância. “Se o governo brasileiro comprar 1 milhão de equipamentos, teremos que treinar 40 mil professores da rede pública em menos de um ano”, calcula.
Texto de apresentação de Verônica Couto, editora da Revista A Rede.
Para ter acesso a entrevista na íntegra, basta clicar no título dessa postagem.

Projeto NTE/18ªCRE na revista A Rede


Foi publicada na edição do mês de abril, nº 24, na coluna Conexão Social, da revista A Rede - tecnologia para inclusão social (www.arede.inf.br) matéria sobre o comitê de acessibilidade, grupo criado pelo governo federal que reúne especialistas em inclusão sócio-tecnológica de pessoas portadoras de necessidades especiais. Nessa mesma página, logo abaixo, traz breve texto sobre o Projeto de Informática na Educação Especial, do NTE - Núcleo de Tecnologia Educacional/Rio Grande/18ªCRE, coordenado por mim, desde 2005.
A imagem acima corresponde a dois trabalhos realizados pelos alunos do projeto em questão: a primeira, da aluna Joana, e a segunda do aluno Iuri.
O título dessa postagem é um link pra a íntegra da reportagem.

Colegas, indico o blog NOSSA EDUCAÇÃO (http://nossaeducacao.blogspot.com/), especializado em notícias, análises e opiniões obre ensino brasileiro, produzido por Diogo Honorato, estudante do curso de Jornalismo da UFSC, que trabalhou no site Universidade Aberta, onde consolidou experiência no Jornalismo especializado em Educação. No blogue há links para jornais e revistas on-line e sites sobre Educação. Podem ser também enviadas por e-mail (nossaeducacao@gmail.com) sugestões, realease ou notícias sobre educação.
Conheci Diogo, através de comentários em meu blog, e temos trocados idéias sobre essa área de atuação em comum, que é a educação. Através dessa rede de amigos, podemos divulgar projetos e conhecer experiências de outras partes de país e até exterior.
Por meio de meu blog conheci a amiga Paula, que também lida com educação, em especial, a educação especial, em Portugal, e temos trocado experiências a distância.
O blog é um grande aliado da educação se bem utilizado para divulgar idéias e ideais.

O efeito Matrix


Quando se lida com tecnologia e educação não há como não perceber e estabelecer algumas conexões com a própria sociedade em que vivemos: a placa-mãe, matriz da realidade social.
Se observarmos atendo às duas imagens acima, a primeira é uma foto de uma placa-mãe para microcomputador; a segunda, o mapa do centro da cidade de Brasília-DF, Brasil.
Não são idênticas, mas similares em alguns detalhes, principalmente na disposição das peças, num esquema de arquitetura urbanística ou informática, que se equivalem em funcionabilidade.
Ambas as fotos partem da perspectiva do alto. Se analisadas ao nível do chão, veremos que as duas são tão complexas, embora com dimensões diversas: uma na escala microcosmos (do computador) e outra no macrocosmos da capital brasileira.
Depois que os irmãos Warchowski, escreveram, produziram e dirigiram a trilogia Matrix, muito coisa mudou, tanto na tecnologia utilizada nos efeitos especiais, reproduzidos até em clipes musicais e propagandas, da câmera lenta dando uma volta de 360 graus um torno de um objeto, até indagações filosóficas, como a de existir uma realidade virtual sobreposta a realidade real. E o mais incrível do que possa parecer, alguns físicos e cientistas renomados, através de pesquisas teóricas, crêem que o universo pode ser um grande complexo matemático, em que tudo tem um sentido e uma arquitetura planejada por uma inteligência maior, que não aconteceu do acaso de geração espontânea. Algo fantástico, que li numa revista científica, se não me fala a memória, a American Scientif - Brasil. Uma prova disso é a teoria dos fractrais, que são diminutas estruturas que reproduzem a estrutura maior onde estão inseridas (por exemplo, se observado em escala micro, os ramos de um árvore detém a estrutura da árvore como um todo, e assim todas as formas da placa-mãe..., digo, Natureza). Aos interessados em aprofundar esse tema, sugiro pesquisas sobre os fractrais.
Mas o que motivou essa postagem é a relação de causa e efeito que temos na sociedade, como um todo. Quando ocorrem escândalos no poder executivo, legislativo, e agora, recentemente, no judiciário, alguns comentarista de resultado saem a dizer que o mundo não tem jeito, que o ser humano é corrupto, e o pior, que na ditadura não tinha nada disso. Que a Democracia é sinônimo de bagunça.
Realmente, na ditadura vivíamos como as personagens do filme Matrix, vivendo numa realidade virtual, censura brutal aos meios de comunicação, nos dando a falsa impressão de um milagre econômico e de que não existiam porões escuros onde pessoas eram perseguidas, presas, torturadas por "máquinas biológicas de matar", que eram os torturadores. Que a anistia, de 1979 sepultou na memória de uma nação. Muitos dos efeitos violentos que hoje temos, é fruto daquela época obscura, que pouco a pouco somos desplugados, mas tem ainda algumas pessoas que naqueles tempos usavam ternos pretos e óculos escuros - a serviço da repressão -, e que hoje posando de "mocinhos", disfarçados e vivendo entre nós, como pacatos cidadãos, às vezes são até eleitos como "salvadores da Pátria". Abram os olhos. Prefiro viver num mundo de caos, mas de realidade nua e crua, do que num mundo de faz-de-contas, onde aparentemente não haveria, corrupção, tortura, violência, opressão...
De vez em quando é bom surgirem alguns filmes e teorias científicas para revermos nossos conceitos sobre a realidade circundante onde vivemos.
Incrivelmente, hoje, se olharmos em volta, pelas ruas, vemos pessoas com fones de ouvidos, óculos escuros, cegas, surdas e mudas para o que acontece em seu entorno, caminhando apressadas de casa pro trabalho. Já são passageiros de outra matrix, uma matriz cruel, que os impede de ver a realidade e de se importar com o próprio futuro. Que os faz viver pro trabalho, pois, parafraseando Fernando Pessoa: "trabalhar é preciso, viver não é preciso..." Pessoas que confessam coisas íntimas a ilustres desconhecidos, disfarçados sobre apelidos (nicks) em sala de bate-papo, mas que são incapazes de dar bom dia ou um olá, ao vizinho, ao colega, às pessoas pelas ruas... Quando cheguei para morar na cidade do Rio Grande-RS-Brasil, em 1982, vindo da pequena cidade vizinha de São José do Norte (do outro lado do canal, ligada apenas por lancha), onde todos se conheciam e não cumprimentar alguém mesmo que desconhecido era falta de educação imperdoável, senti muito a mudança, pois Rio Grande, uma cidade de porte médio era quase totalmente desconhecida para mim (tanto que eu e meu irmão Marco, saímos a passear, com um mapa da "city", embaixo do braço, pra tentar não nos perder... coisas de garotos interioranos e ingênuos...). E, aqui em Rio Grande, assim como todos eram desconhecidos para nós, nós também éramos desconhecidos para os outros. Mas em nossa ingenuidade e educação rígida, cumprimentar aos estranhos era obrigação. E os olhares que recebíamos era de espanto, como que dizendo: quem são esse dois caipiras loucos? Depois acabei lamentavelmente me acostumando com isso e sendo um desses, que só cumprimenta quem conhece, para não parecer estranho demais... Tempos modernos em que se desconfia da própria sombra... Tempos sombrios, como no filme Matrix, uma obra-prima da ficção científica, que dizem alguns cientistas, pode não ser tão fictício assim... É ver para crer? Entre a placa-mãe e a mãe Natureza, "há mais coisas que possam supor nossa vã filosofia", diria Shakespeare (um visionário?). Eu diria que há mais coisas que a própria ciência e a tecnologia possam nos explicar. Mas tudo são teorias... Nossa matriz social ainda espera por uma boa explicação...

sábado, abril 28, 2007

Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?


Até hoje, aquela mescla de pergunta irônica, enigma e brincadeira que fazem conosco quando crianças e que fazemos às crianças, quando adulto, permacene: quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Mais, quem somos, de onde viemos e para onde vamos? Muitas perguntas, poucas respostas. Um claro enigma, diria Carlos Drummond de Andrade, parafraseando o título de um poema e livro.
Claros enigmas existem aos montes no cotidiano. Mas alguns são difíceis de decifrar se usamos linguagem cifrada, criptografada, herméticamente fechada em si mesmo... Conheço pessoas que agem como se fossem mágicos, e todo mágico precisa ter seus segredos. Para esse, parece que contado o segredo e o truque perde a magia... Já, pesando em Educação, creio que a magia é justamente contar o segredo de como uma experiência bem sucedida pode ser repetida à exaustão por utras pessoas ou escolas, pois esse deve ser o segredo do bom educador: se espelhar em exemplos e ser o espelho para o aluno ou o colega professor.
Hoje, pela manhã, depois de alguns meses sem contato, pude conversar via MSN por breves momentos com um grande amigo, chamado Nerocy Miranda Filho. Grande em todos os sentidos! Um homem grande, de quase 1,90cm, e uma grande pessoa, que tive o privilégio de ter como colega por 1 ano, até meados de maio/2005, no NTE/18ªCRE, como coordenador. Eu, naquela época era responsável técnico, e aprendi muito com Nerocy, e também ele me disse que aprendeu muitas coisas comigo, a partir de nossas conversas sobre educação, informática, tecnologia, amizade, etc.
Nerocy e eu corremos muito para que o NTE pudesse hoje existir. Fizemos jantar para angariar fundos para completar a obra do laboratório, carregamos literalmente caixas e caixas de lajotas, pacotes de cimento cola, de rejunte, instalamos as máquinas, muitas tiveram problemas de funcionamento, a verba era insuficiente para a demanda, o espaço era pequeno. Enfim, foi um coleguismo que tornou-se uma grande amizade. Um dependia do outro.
Nerocy elaborou com a profª Jane Degani, da educação especial, o primeiro projeto, parceria do NTE com a EEEF Barão de Cêrro Largo, que hoje é o Projeto de Informática na Educação Especial. Era apenas uma turma de portadores de deficiência mental leve, mas ali começou o embrião do projeto: a semente que gerou frutos. Logo em seguida, ele teve que partir, e após um período, tive que me estruturar para dar continuidade ao projeto, reestruturando-o a minha forma de dar aula, já que cada um tem um jeito peculiar e único de ser. Tive, no início receio de não poder substituir meu colega. Mas com apoio da profª Jane, fui me adaptando a especificidade da turma. Logo, coordenando a parte pedagógica e a técnica do núcleo, ampliei para os alunos surdos, e um ano após (2006), com a vinda da colega Janaina, em conjunto com ela, incluímos nesse projeto os alunos cegos ou com baixa visão. Mas devo muito a Nerocy (e a Jane também) essa oportunidade de trabalhar com a educação especial, onde me realizei como educador e como pessoa.
Lembro que numa 6ª-feira, estávamos os dois compenetrados, cada um numa máquina, fazendo atividades diversas. Era final de tarde e Nerocy, após ler um e-mail, disse: Zé, todo indo embora! E eu: tudo bem, até segunda. Não, tu não tá entendendo, tô indo embora daqui, da cidade, do Estado... E eu: ficasse maluco? O que houve? Explica isso, não tô entendendo... E ele: Zé, eu tinha enviado um currículo e o pessoal me chamou pra entrevista, no Paraná, setor de telefonia. Daí em diante, ele acabou indo e por lá ficou, graças ao seu talento e competência.
Essa postagem, fiz hoje para homenagear, não apenas o amigão Nerocy, mas a todos aqueles que me deram a oportunidade de ingressar em seu mundo e fazê-los parte do meu, que com certeza, contribuíram e muito para eu ser o que sou atualmente.
Nossa identidade é o resultado não apenas do País onde nascemos, dos pais que temos, da língua que falamos, do nome que nos dão, da profissão que abraçamos, da vocação que temos, da família que formamos, da educação que legamos aos nossos filhos e aos filhos de nossos amigos ou de ilustres desconhecidos, que podem um dia ser também grandes amigos...
Nossa identidade é fruto daqueles que vieram antes de nós, e de termos a consciência que por mais que sejamos originais, criativos, inteligentes, esforçados, tudo o que fizemos, o que fazemos ou o que venhamos a fazer é fruto de algo ou de alguém que passou por nossa vida. Por isso, desconfiem sempre daqueles que dizem que fizeram tudo sozinhos, que não tiveram influência de ninguém, que não dependem de ninguém para superar desafios... Super-Homem e Mulher Maravilha só existem na ficção.
Como disse recentemente meu professor Carlos Alexandre Baumgarten, coordenador do mestrado em História da Literatura e titular da disciplina Teoria da História da Literatura: "Para que tenha existido um Machado de Assis, teve que existir antes um José de Alencar. E Alencar não teve um Machado antes dele". Mas deve ter tido algum outro escritor que o influenciará, e este outros antes, e assim por diante até o dia que alguém chegou próximo daquela pergunta inicial que todos fazemos pelo menos uma vez na vida: quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?
Nas aulas de informática educativa, tanto com alunos como com cursistas professores, sempre comento: "Gênios pra mim não foram apenas Einstein, Newton, Da Vinci, Galileu, etc. Gênios foram os homens das cavernas, que não tiveram antes deles um professor, nem um manual de instruções, e mesmo assim criaram a roda, descobriram o fogo, aprenderam a caçar e fazer com o couro dos animais roupas e calçados para sobreviver, e sobrevivendo lá na pré-história nos proporcionaram hoje atingir esse potencial científico e tecnológico; embora alguns presidentes de superpotências pareçam o elo perdido da humanidade - a ligação entre o símio e o homem".
Agradeço a todos que me ajudaram, ajudam e ainda ajudarão nos desafios cada vez maiores que são os de lidar com a educação e a tecnologia. Muito obrigado, mesmo.

Observação: a imagem acima chama-se "The Hatchling", de Matthew Cooke.

Em nome de nossos filhos


Recentemente, saiu uma interessante entrevista na coluna Ciência e Tecnologia/Meio Ambiente, da Revista Época, de 12/03/2007, às págs. 80-81, com o título de EM NOME DE NOSSOS FILHOS - e subtítulo: Quanto mais ações hoje contra o aquecimento global, melhor para as futuras gerações, diz o especialista em clima Ralph Cicerone.
Cicerone é presidente da Academia Nacional de Ciências dos EUA, engenheiro eletrecista e climatologista de 63 anos, sendo autoridade em mudança climática, segundo a reportagem, que complementa seu perfil: Ex-reitor da Universidade da Califórnia-Irvine, que colaborou na descoberta dos efeitos do CFC na camada de ozônio e lutou pela proibição do gás. Enfretou também Bush, atestando que o efeito estufa é causado pela ação humana. É tido também como um ambientalista durão que há anos alerta sobre os perigos do aumento da temperatura do planeta. Em 2001, ele enfrentou o presidente W. Bush, que se recusava a aceitar o relatório do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC). Segundo a matéria, Bush pediu um parecer aos cientistas americanos sobre o aquecimento global, e Cicerone veio a público com conclusões tão ou mais contundentes que as do IPCC, fazendo Bush reconsiderar.
A matéria, como um todo, é esclarecedora, e merece ser lida na íntegra.
Cicerone disse ainda que: "Mudar nosso estilo de vida é difícil. As pessoas não querem viver com o mínimo. A ciência tem de dar opções para o cidadão comum".
Realmente, o estilo de vida atual, calcado no consumismo a qualquer preço, no materalismo extremado e na descartabilidade dos produtos e da própria vida humana, leva-nos a compromoter a própria sustentabilidade do clima e da própria vida no planeta, pela ação danosa do homem, enquanto pessoa jurídica, comprometendo o futuro de milhões, bilhões de pessoas físicas. O interesse megacorporativo acima do interesse da espécie humana.
Lendo a reportagem, lembrei-me de um desenho animado de meus tempos de garoto: Zé Coméia e Catatau, da Hanna & Barbera, lá pelos anos 1970, quando falar em ecologia era algo vago, e coisa de alguns visionários. Em um episódio, Zé Coméia, Catatau, Dom Pixote e sua turma, que sempre viajavam numa espécie de Arca de Noé voadora, encontram um cientista maluco em uma ilha paradisíaca. Lá, o cientista, com o uso de máquinas maravilhosas, transformava tudo: bananas em saborosos milkshakes, árvores em móveis incríveis, etc, tudo em questão de segundos (era a modernidade e o consumismo chegando a todo vapor). Eu era menino, mas pelo enredo do desenho pude notar a mensagem nas entrelinhas (aprendi muito com a TV dos 1970, quando iniciei meus estudos no ensino regular, era uma época de ditaduta militar em meu país, censura rígida e cerceamento das liberdades civis... Mesmo assim, nas entrelinhas das músicas, desenhos, filmes, e tudo mais produzido naquela épóca, pude adicionar muito a minha bagagem cultural, que trouxe até os dias de hoje). Enfim, a moral da história era: quanto maior o consumismo, menor seriam os recursos naturais, explorados sem controle. No fim o cientista maluco é desmascarado, pois a face bela da ilha, tipo cartão postal, era fachada para esconder um processo descontrolado, pois o resto da tal ilha estava todo destruído e sem recuperação (qualquer semelhança com o mundo em que vivemos, não é mera coincidência...). Ali, assistindo aquele desenho do Zé Colméia e outros, aprendi brincando noções de defesa do meio ambiente, de sustentabilidade, de valorização dos recursos naturais. Uma HQ, um desenho, um filme, um vídeo, uma entrevista, um recorte de jornal, uma fotografia, fala mais que mil palavras, com certeza. Saber utilizar esses recursos com o alunado é uma forma de educar divertindo. A frmar cidadãos preocupados com o futuro do mundo, que seus filhos herdarão.
Observação: A bela imagem acima (que coloquei como papel de parede em meu pc), achei na internet e chama-se God's Canvas, de Delacorr. E sua visão remete indiretamente, na minha opinião, ao efeito estufa, a emissão de CFC (vejam o spray "criando" um "mar" de nuvens) e ao aquecimento global. Algo para se pensar...

sexta-feira, abril 27, 2007

Games e Shakespeare


Como estou inscrito e já participando de oficina de autoria de jogos educacionais, proa 13A, passei a pesquisar sobre o tema, mas foi por acaso, ao entrar em minha conta de e-mail que li uma notícia sobre algo que parece à primeira vista inusitado e sem conexão: games e William Shakespeare. A iniciativa é de uma universidade canadense que:

"(...) decidiu apresentar as obras de Shakespeare a elas por meio de um game.
Enquanto detonam espaçonaves inimigas com armas de raios, os jogadores precisam ajudar a recuperar o texto roubado de "Romeu e Julieta", decorando versos da famosa peça, aprendendo fatos sobre a vida de Shakespeare e propondo sinônimos e homônimos para trechos do texto.
"O jogo é uma maneira de aproveitar o tempo que as crianças passam na frente do computador", disse o professor Daniel Fischlin, que comandou a equipe responsável pelo desenvolvimento do jogo, chamado "Speare", na University de Guelph, em Ontário.
"Não conheço outra mídia capaz de convencer crianças de sete anos a recitar Shakespeare", disse Fischlin em resposta a alegações de que o jogo poderia fazer do aprendizado um processo trivial.
O jogo foi lançado no começo da semana, para coincidir com o aniversário da morte de Shakespeare. O projeto demandou dois anos de desenvolvimento e um investimento de 44,8 mil dólares.
Fischlin, que testou o jogo com mais de 100 alunos de sexta série, planeja publicar suas conclusões em uma revista especializada. O jogo atualmente está disponível por meio de uma companhia online criada pela universidade.
"Speare" contém um link para um banco de dados sobre Shakespeare chamado Canadian Adaptations of Shakespeare, também desenvolvido pela universidade como recurso educativo.
O site oferece planos de aula para professores, entrevistas em vídeo e livros eletrônicos com as obras de Shakespeare. A inspiração dos professores para criar o jogo surgiu quando eles descobriram que a maior parte dos visitantes do site eram jovens.
Fischlin, que solicitou uma patente sobre o jogo, disse que não conhece outros videogames ligados a um recurso semelhante.
Ieva Mikelsons, 12, aluna da King George Public School, em Guelph, testou o jogo durante seu desenvolvimento. Ela disse que aprendeu mais sobre Shakespeare com ele do que com os livros de sua irmã mais velha.
"Alguns dos meus colegas, da oitava série, aprenderam com os livros, e dizem que o jogo envolve mais e você aprende mais porque se diverte", afirmou.

O título dessa postagem é um link para a referida matéria, do Yahoo Notícias.
Observação: Imagem acima do belo filme Shakespeare Apaixonado, vencedor do Oscar.

Entardecer em Rio Grande




Todo o final de tarde, próximo a praça Tamandaré, bem no centro da cidade do Rio Grande - RS- Brasil, acontece o mesmo espetáculo, garças brancas, vindos de várias partes, vão pousando nas árvores, dando ao desavisado a falsa impressão de serem pedaços de algodão, presos nos galhos. São dezenas, centenas de pássaros. Vejam só as fotos acima, clicadas por esse fotógrafo amador, sem muitos recursos em sua câmera, e um pouco tremidas pelo frio que faz hoje na cidade. Anteontem quase 30 graus, e hoje caiu a temperatura drasticamente. Clicando duas vezes sobre as fotos dá para ver melhor os detalhes.

Hoje é sexta-feira, e a vida é bela!


Eis alguns dos flagrantes da paisagem escolar, tirados por este fotógrafo amador, dentro do pátio da EEEF Barão de Cêrro Largo, em Rio Grande-RS-Brasil, onde o NTE/18ªCRE está implantado e em pleno funcionamento, desde 2005.
Uma tarde fria e florida... Anteontem quase 30 graus, hoje dez graus a menos. Ora 8, ora 80. Mais uma semana que se finda... Mais um mês que se despede... Mas nessa correria diária, tentemos arranjar tempo pra quem a gente gosta, e se possível tornar nosso trabalho uma extensão de nossa vida, como eu e outros amigos fazem, e por causa disso me realizo, ainda que acumule muitas funções e atividades, e que atualmente conviva diariamente com a sensação de um grande saca-rolhas me perfurando a cabeça... Das variadas leituras que tenho que fazer pelo mestrado e a pós, além das leituras por prazer, que são uma terapia (risos... mas a pura verdade, leio pelo trabalho e pra relaxar, leio outros livros, sem tantas preocupações: peguei na biblioteca da cidade o premiadissimo O caçador de pipas, que dizem que é muito bom, pra ler entre outras leituras por "obrigação"). Para um rato de biblioteca e de sebos, ler nunca será obrigação e sim terapia.
Ler é uma viagem no tempo sem máquina.Nos teletransportamos para universos imaginários apenas passando os olhos sobre as páginas. Contar bem uma história é uma arte. O grande Fernando Pessoa já dizia: "Tudo vale a pena, se a alma não é pequena". Então, bom fim de semana a todos. E aproveitem a vida e os livros. E acima de tudo, a paisagem ao redor...

Projeto Hagaquê


Hoje, pela manhã, tivemos o segundo encontro com a 4ª série, turma 42, da EEEF Barão de Cêrro Largo, em Rio Grande, com ao qual desenvolveremos um projeto de aprendizagem com a utilização do software Hagaquê (que propicia a criação de histórias em quadrinhos). Minha parceira nesse projeto é a regente da turma, profª Simone Zogbi. Durante esse PA, iniciamos com noções básicas de informática, pois a maioria da turma não possui computador, alguns nem tiveram contato com um micro antes, mas o rendimento tem sido muito bom. É uma turma interessada, curiosa e com um bom desempenho em sala de aula, o que favorece as atividades num laboratório de informática; ainda mais que, como a própria profª Simone comentou: diante de um editor de texto, reproduzindo um poema a ser digitado, a maioria deles ficou mais atento às regras básicas de acentuação, à forma correta de escrever as palavras e outras coisas que num ambiente tradicional não são tão cuidadas". Realmente, como falei a ela, em vista dos 3 anos de experiência com alunos e professores, através de projetos de aprendizagem ou cursos de capacitação com informática educativa, noto como o uso dessa poderosa ferramenta de interação que é a máquina (o microcomputador), muda a forma de encaminhamento de conteúdos curriculares e/ou programáticos. Há uma dinâmica totalmente diversa, pelo fato de ser uma linguagem totalmente diferente do ensino tradicional... Mas, isso não significa que toda a sala de aula convencional tenha que se transformar num laboratório de informática. Claro que não, pelo simples fato que são propostas diferentes de atuação, tanto com o professor como o aluno. Um laboratório de informática deve ser pensado como uma espécie de sala de recursos, para complementação de uma atividade dada em sala de aula regular, e jamais pensada como uma forma de substituir o ensino formal pelo virtual. Pelo menos, penso assim... Creio que a educação é fim e não meio. Fim, de finalidade, de emancipação e de cidadania. E não meio de atingir isso, através de ensino profissionalizante, que é outra coisa. Preparar para o trabalho (meio) não é sinônimo de preparo para a vida (fim). E nesse contexto que penso a informática educativa: como ferramenta de auxílio à prática em sala de aula, como meio acessório - mas ao mesmo tempo, um agente de inclusão digital e social.
Mas, voltando a atividade dessa manhã... Primeiro, usamos alguns recursos do word para digitar um texto curto, mostrar como se muda a fonte (letra) e tamanho da letra, uso de negrito, itálico, sublinhado, salvar e buscar arquivo, etc; depois, na segunda parte da aula, visitamos um blog, que ao final desse projeto elaboraremos um da turma; e, por fim, assitimos a um pequeno vídeo, mostrando como será a sala de aula do futuro. Um futuro não tão distante assim, já que a louça eletrônica, já é usada por alguns escolas particulares em São Paulo e outras cidades. Nessa louça, espécie de telão, o professor pode, através do simples toque, movimentar imagens e outras informações que aparecem em 3D (três dimensões). O vídeo intitulado "Remapping the universe" (algo como "remapeando o universo", tradução livre minha), feito por Jeff Han, tem a duração de 03 min 32 seg, e pode ser acessado pelo link:
O referido vídeo foi acessado, através do Blog dos Coordenadores do proInfo e TV Escola: http://cooedutec.blogspot.com/
Assim como tive a primeira impressão ao assistir "Remapping the universe", o aluno Douglas, sem eu comentar nada antecipadamente, disse a mesma coisa: "parece aquele filme do Tom Cruise" - Minority Report, uma ficção científica, cada vez mais, literalmente, perto de nossas mãos...

Curso de informática educativa - turma noite

O curso de informática educativa (básico 1), turma noite, iniciou dia 10/4 e tem previsão de término dia 28/06, do corrente. No segundo semestre serão oferecidos novos horários e turmas para a noite. O conteúdo básico em informática, com duração de 40 horas, é direcionado para a atuação do professor em sala de aula e abrange desde histórico da informática, ambiente windows, teclado, mouse e periféricos à utilização do editor de texto, planilha de cálculo, apresentação de slides, internet, etc. Nessa turma sou o multiplicador e contamos com cursistas, colegas da coordenadoria regional de educação e de professores das escolas públicas estaduais da região da 18ª CRE.
Dia 03/5, iniciará o mesmo curso, no turno da manhã, estando eu também como multiplicador e dia 15/5, iniciará a turma da tarde, com minha colega Janaina, que retorna de licença maternidade. Além disso, coordeno desde 2005 o Projeto de Informática na Educação Especial, sempre oferecido no segundo semestre, em parceria com as professoras da educação especial da EEEF Barão de Cêrro Largo (onde o NTE/18ªCRE está implantado).

quinta-feira, abril 26, 2007

Proa 13 Autoria de Jogos Educacionais

Iniciou dia 24/4, a oficina - Proa 13 - Autoria de Jogos Educacionais, que me inscrevi dentro da especialização em tecnologia educacional (UFRGS-2006/2007); oficina que vai tratar de "Representação e simulação de micro-mundos através de jogos. Modelagem de jogos educacionais interativos baseados na descrição de objetos, eventos e interações. Ambientes para construção de jogos. Construção de jogos utilizando um ambiente interativo de desenvolvimento de jogos. Análise e avaliação de jogos educacionais".
Diante dos outros proas pendentes, ainda não me apresentei ao professor, o que farei amanhã, sem falta.
Será uma grande oportunidade de desenvolver uma atividade com os multimeios.

Observação: A imagem acima "Living inside part IV", de Oliver Janoschek.

quarta-feira, abril 25, 2007

Sobre Homens e Livros


Em matéria publicada no suplemento O Peixeiro, coluna Artes & Livros, do Jornal Agora (www.jornalagora.com.br), de Rio Grande, edição de 24/4/07, tratou do "maior escritor infantil brasileiro de todos os tempos, José Bento Monteiro Lobato", que completaria 125 anos no dia 18 de abril. Autor da obra inesquecível "O Sítio do Picapau Amarelo", com personagens impagáveis como Narizinho, Pedrinho, Tia Benta, Emília, Visconde de Sabugosa, Tio Barnabé, Zé Carneiro, Tia Anastácia, Cuca, Saci, Rabicó e outros mais... Se Lobato tivesse nascido e escrito no hemisfério Norte, talvez tivesse o mesmo prestígio que Walt Disney ou do autor de J. M. Barrie, autor de Peter Pan. Como viveu toda a sua vida na periferia do mundo, seu trabalho não teve o devido reconhecimento.
Lembro que, quando da primeira versão do Sítio estreou na TV brasileira, eu era um adolescente que adorava história, e posso dizer que o universo de Monteiro Lobato causou em mim o mesmo impacto que na geração atual, com Harry Potter e assemelhados.
Lobato ficou famoso também pela campanha "O Petróleo é nosso!", e por uma frase emblemática: "Um país se faz com homens e livros". Num país em que a média per capita de leitura de livros é uma média de 2 (dois!) ao ano, se não estou equivocado, nunca a assertiva de Lobato esteve tão atual e paradoxal. Mas, sejamos justos com a Brava Gente Brasileira, em que o preço do livro é proivbitivo ao trabalhador, que existem poucas bibliotecas públicas, que não há um hábito de leitura, incentivado desde a tenra idade.
Eu virei um devdorador invertado de livros e rato de bibliotecas e sebos, graças a dona Hildette, professora primária aposentada, e minha mãe, que sempre deixou a minha disposição livros, revistas, jornais... Se hoje sou escritor, nas poucas horas vagas, a "culpada", sempre digo, é dona Hildette. E também devo muto aos professores que tive e ainda tenho em minha vida escolar, que retomei a partir de 2005, quando vim pro NTE e de lá não parei mais...
Ano passado, eu e minha colega Janaina brincávamos muito que iríamos criar o "Site" do Picapau Amarelo, para o núcleo de tecnologia educacional (NTE/18ªCRE). Evidentemente um jogo de palavras com a expressão inglesa "site" (sítio, em português). Como não temos cursos de webdesigner, mas aprendemos a fazer blogues (diários virtuais), na especialização em tecnologia educacional. Uma poderosa de interação que deve ser colocada a serviço da educação. Mas o CTI/FURG nos ofereceu a oportunidade de criar nossa sonhada página, sem ônus, que breve estará no ar. E acabamos de tanto brincar com aquela palavra, fazendo uma coisa séria. Identificar cada uma das dez máquinas que tínhamos em 2006, hoje são 26, com a imagem de uma personagem de Monteiro Lobato, integrante do Site, ou melhor, Sítio do Picapau Amarelo. As crianças do projeto de informática na educação especial, do qual sou coordenador e Janaina coordenadora adjunta, gostaram muito da idéia. Foi um resgate histórico e cultural à memória de Monteiro Lobato que fizemos. Unir a educação à cultura, do erudito ao popular, uma forma de também unir o útil ao agradável.

Observação: a imagem acima "The librarian", de A. Martins de Barros.

Olimpíada de Matemática

Notícia extraída do Jornal Agora (www.jornalagora.com.br), de Rio Grande-RS, edição de 24/04/2007, comenta sobre aluna do CTI/FURG, com destaque nacional. Sempre é bom lembrar que o CTI é um antigo parceiro do NTE/18ªCRE, desde sua implantação. Vehja a notícia abaixo:

Aluna do CTI é medalha de ouro na Olimpíada de Matemática

Alexandra Pinto Damas, aluna do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Técnico Industrial "Mário Alquati", da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (Furg), foi um dos 12 estudantes gaúchos medalhistas de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática nas Escolas Públicas (Obmep) de 2006.
A aluna participou da solenidade de entrega das medalhas, com a presença do ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, dia 14, em Recife, Pernambuco. Ela conquistou os professores com essa posição num concurso muito difícil, já que conta com estudantes de todo o país, alguns com preparação específica para essa olimpíada. No caso do CTI, os estudantes não são obrigados a participar, inscrevendo-se voluntariamente, ao contrário de outras escolas.
Segundo a professora Mariângela Martinatto, a medalhista já é destaque desde que entrou no colégio, em 1º lugar no teste classificatório - gabaritou Matemática e errou uma questão em Português. A professora conta que somente 5% dos inscritos passam à segunda fase.
Os estudantes do CTI estão se preparando para a edição 2007 do Obmep, cujas inscrições já estão abertas.
A olimpíada é realizada pelos ministérios da Ciência e Tecnologia e Educação, junto com o Instituto de Matemática Pura Aplicada (Impa) e a Sociedade Brasileira de Matemática, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq. Os interessados podem obter maiores informações sobre a Olimpíada de matemáqutica pelo site: www.obmep.org.br.

Wiki do Grupo Água concluído

O projeto de aprendizagem (disciplinas integradas do Proa), que foi desenvolvido com apoio da profª Jane Degani, regente de classe da 2ª série DM, da educação especial da EEEF Barão de Cêrro Largo, foi dividido em dois grupos: Água e Energia, pelo interesse dos alunos.
Coube-me o acompanhamento do Grupo Água (composto dos alunos Wendell, Éder, Sírio, Loraine e Maicon), que tiveram uma interação muito boa, tanto nas atividades em sala de aula, no laboratório de informática do NTE/18ªCRE, além do passeio pela orla rio-grandina, da escola Barão até o mercado público de Rio Grande, numa manhã ensolarada, onde os alunos puderam ver barcos atracados, descarregando peixe, carregando gelo, caminhões frigoríficos, peixes e lixo na água, as bancas de pescados do mercado, e ter uma "aula" informal com os vendedores ali presentes (conforme foto acima), que nos auxiliaram e muito nessa atividade escolar. Infelizmente, com tantas atividades, acabamos esquecendo de registrar os nomes dessas pessoas que muito nos auxiliaram, mas estão no wiki as fotos dos mesmos, bem como dos pescados e todo o trajeto do passeio.
Ao final das 16 horas (ou seis encontros) de PA, com base nos registros escritos, gravados, fotografados, dada a especificidade da turma (portadores de necessidades educativas especiais), colotei o material por eles reunido e postei no wiki, preservando seus comentários, seu roteiro de pesquisa, suas certezas provisórias, dúvidas e conclusões.
Foi uma experiência, que além de se desdobrar num TCC - trabalho de conclusão de curso, que será uma peça monográfico pra conclusão do curso de pós-graduação latu senso especialização em tecnologias da informação e da comunicação na promoção da aprendizagem (UFRGS-2006/2007), proporcionou-me a utilização da tecnica dos PAs (projetos de aprendizagem) na educação especial. Sem o apoio da colega Janaina (responsável pelo grupo Energia), da profª Jane Degani e dos alunos, tal atividade nao teria sido possível, tampouco o resultado gratificante dela, que pode ser comprovado através da visita ao wiki do Grupo Água, que basta clicar sobre o título dessa postagem, que abrirá um atalho para lá. Não deixem de após visitar o wiki, verem as fotos ao fim deste. Agora, aguardamos os comentários da nossa profª. orientadora Jane Barros (UFRGS), bem como dos colegas de especialização e demais visitantes desse blogue.
Para acessar a página principal da PRÁTICA ESCOLAR (como um todo), o wiki do grupo energia, comentários dos cursistas e professora parceria, histórico da escola etc, basta acessar o link:

Achado planeta habitável fora do sistema solar

Cientistas da Organização Européia para a Pesquisa Astronômica no Hemisfério Austral (ESO) descobriram um planeta habitável fora de nosso sistema solar, com temperaturas muito similares às da Terra.
Para saber maioires detalhes, clique sobre o título dessa postagem, que é um link (atalho) para a notícia na íntegra, extraída do portal Yahoo Notícias.
Mas essa notícia nos leva àquela velha indagação: existe vida fora da Terra? ou melhor, condições de vida, pela lei das probabilidades e o tamanho do universo, indicam que sim, e não apenas um, nem dezenas ou milhões, mas milhões de mundo que poderiam receber vida... Desde microorganica até, quem sabe, seres inteligentes ou com inteligência superior...
Porém, fazendo uma pequena provocação, pergunto: "Há vida inteligente no planeta Terra?"
Analisemos alguns dados concretos e não mera especulação:
- Vivemos em guerra, desde que descemos das árvores, descobrimos a roda, o fogo, a arma...
- Há cada vez mais, uma brutal má distribuição de renda, inclusive nos países ricos (e o furacão Katrina, nos EUA, desvendou essa questão, na Terra do Tio Sam, e lar da maioria dos super-heróis, dentre eles Super-Homem, Batman, X-Men etc).
- Voltaram doenças, antes sob controle, surgiram epidemias avassalaroas de outras novas doenças (Aids, gripe aviária, etc);
- O governo (e não seu povo) dos EUA pretendem reeditar a política "Guerra nas Estrelas", que trata-se da colocação de um escdo anti-mísseis na Europa, pra retaliar supostos ataques terroristas ou de países inimigos, num custo estimado de 6 bilhões de dólares - quantia maior que o PIB de muitos países africanos juntos, onde a miséria, a mortalidade infantil, as doenças e as guerras se alastram;
- Mais de 600 mil mortos no Iraque, e uma infinidade em guerras pelo mundo afora;

Diante desse painel, pode-se dizer, com sã consciência que existe VIDA INTELIGENTE aqui na Terra, ainda mais que os maiores devastadores, poluidores e "guerreiros" são os países ricos, e com maior ciência e tecnologia???
Relembrando a história:
Na década de 1970, se não me falha a memória, a Nasa (agência espacial americana), lançou ao espaço duas missões não-tripuladas (Voyager e Pioneer, algo como viajante e pioneiro), para rastrear nosso sistema solar, e pesquisar alguns dos planetas nele inclusos. E, olhem a ironia: parece-me que uma delas, ao dirigir seus aparelhos sofisticados para à Terra, não pode afirmar com 100% de certeza de que haviam vida inteligente aqui, mas apenas que tinha uma possibilidade de existir ou surgir...
Viram só? Depois, nós humanos, chamamos esses artefados computadorizados de "máquinas burras"... Essa postagem, além de uma provocação se propõe a reflexão...
Obs: imagem acima intitulada "Earth" (Terra), de Cameira.

terça-feira, abril 24, 2007

Plano da Educação deve incluir internet via satélite

Notícia extraída do portal Yahoo Notícias:

Link: http://br.noticias.yahoo.com/s/24042007/25/manchetes-plano-da-educa-deve-incluir-internet-via-satelite.html

"Um sistema de internet via satélite associado à distribuição de computadores para todas as escolas do País até 2010 e um edital de R$ 750 milhões para coletar as melhores tecnologias didáticas digitais farão parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que será divulgado hoje pelo Ministério da Educação.
"Vamos anunciar a liberação de sinal via satélite para todas as escolas poderem se conectar à internet. Junto com isso, haverá um trabalho de formação para os professores usarem isso com conteúdos curriculares", afirmou Francisco das Chagas Fernandes, secretário da Educação Básica do ministério, que esteve ontem em São Paulo para participar do lançamento da Olimpíada Inscrevendo o Futuro de Língua Portuguesa, outra ação que faz parte do PDE.
O outro projeto será um edital a ser lançado para coletar as melhores tecnologias educacionais usadas pelas redes estaduais e municipais, para então torná-las disponíveis a quem estiver interessado em replicar a experiência. "O MEC vai pré-selecionar esses projetos, analisá-los, certificá-los e depois catalogar todos", diz o secretário. O objetivo é difundir boas práticas educacionais digitais, principalmente para auxiliar municípios com carência de projetos próprios e baixos índices de desempenho. "É um programa para melhorar a qualidade da educação", diz.
O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) é um pacote grande de medidas que pretendem reestruturar alguns aspectos da educação básica, terminando em mudanças no ensino superior. Um dos pontos é um projeto de lei enviado ao Congresso que propõe um piso nacional de R$ 850 para professores a ser implementado gradualmente até 2010. O pacote inclui também a definição de um índice de desenvolvimento dos estudantes, uma nova avaliação, feita no fim do 2º ano de alfabetização, batizada de Provinha Brasil, a ampliação do programa de formação dos professores e a duplicação das vagas nas universidades federais, entre outros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo".

Mídias na Educação: Módulo Rádio

Inicia hoje, dia 24/4, o módulo Rádio, dentro do Programa de Formação Continuada à distância em Mídias Integradas na Educação, promovido pela Secretaria de Educação a Distância, do Ministério da Educação (MEC) e Universidade de Brasília (UnB)/CEAD.
Recentemente concluí o módulo Televisão e Vídeo.
O conteúdo programático, o material fornecido aos cursistas e o apoio do tutor Marcelo Turkiewicz são ótimos. Sem falar no trabalho colaborativo com os colegas.
Coincidência ou não, ontem, desenvolvi atividade integradora, dentro do Proa 12 - Integração de Mídias (TV, Internet, Rádio) no Cotidiano Escolar (UFRGS-2007), com 02 turmas de 8ª série (81 e 82), em parceria com o prof. Éverton, na disciplina de História, aqui no laboratório do NTE. Coincidência ou não, o prof. Éverton já foi radialista, o que, no transcorrer desse módulo Rádio, poderei contar com seu apoio em alguma atividade que for necessária, e posteriormente, ao final do curso, utilizando na prática o que veremos na teoria.
Como falei em outras postagens: temos que lincar (conectar) uma atividade a outra, promovendo não apenas a integração das mídias, mas dos colegas e dos alunos em torno de um objetivo comum a todos: a qualidade do processo ensino-aprendizagem.

Feira Estadual de Ciência e Tecnologia

Notícia extraída do portal da SEC-RS: www.educacao.rs.gov.br

Feira Estadual de Ciência e Tecnologia reunirá em outubro escolas profissionalizantes

A Superintendência da Educação Profissional do Rio Grande do Sul (Suepro) firmou parceria com representantes das redes municipais, privada e federal para a realização, este ano, da Feira Estadual de Ciência e Tecnologia da Educação Profissional (Fecitep). A proposta foi apresentada pela Suepro durante a formação da comissão de organização do evento, que deverá acontecer em Porto Alegre, em outubro. Durante o ano, serão selecionados entre as 480 escolas técnicas do Estado 85 projetos, para serem apresentados durante a feira – 36 das redes municipais e estadual, 36 entre as escolas particulares e 13 das federais. O objetivo da Fecitep é incentivar os alunos a desenvolver projetos de pesquisa como forma de despertar curiosidade, criatividade e inovação, favorecendo o descobrimento de novas tecnologias e a produção de conhecimento a partir da escola. Os parceiros envolvidos na realização da feira são: Associação de Dirigentes de Instituições Federais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Campanha Nacional das Escolas Comunitárias (CNEC), Senai, Senac, Escola Cristo Redentor da Ulbra, Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino Privado no Rio Grande do Sul (Sinepe/RS) e Fundação Pão dos Pobres.

segunda-feira, abril 23, 2007

Atividade integradora (ensino-aprendizagem) usando a internet







Hoje, pela manhã, realizei, com auxílio do prof. parceiro Éverton Aguiar, da disciplina de História, atividade integradora, utilizando o laboratório do NTE/18ªCRE, internet e datashow (projetor) com 02 turmas de 8ª série, do ensino fundamental (81 e 82), da EEEF Barão de Cêrro Largo (Rio Grande), como preparação para a atividade da especialização em TICs na Promoção da Aprendizagem (UFRGS-2006/2007), proposta pela disciplina PROA12 - Integração de Mídias (TV, Internet, Rádio... ) no Cotidiano Escolar, sob orientação da profª Jane F. Barros (UFRGS).
Com base em questionário aplicado com a turma 81, sobre o Consumo Cultural de Crianças, foi escolhida pelos alunos a internet, como mídia que eles gostariam de utilizar em sala de aula. No caso, usar no laboratório de informática do NTE/18ªCRE, que funciona num pavilhão próprio, dentro da Escola Barão.
Atuamos com a Turma 81 (fotos 1 a 4), das 08:00 às 09:25h, com 19 alunos presentes, primeiramente falamos sobre as formas de linguagem das mídias: TV (imagem - som, com preferência pela 1ª); Rádio (som - criando um imaginário); Jornal (a escrita, aliada a fotos ilustrativas da matéria) a Internet (a informação e a interação automática, utilizando-se de várias linguagens).
Discutimos o que é projeto de ensino (com base em conteúdos curriculares) e de aprendizagem (na orientação do professor para que os alunos partam de certezas provisórias e dúvidas, para a descoberta de maiores detalhes sobre assuntos de seu interesse, com o enfoque educacional).
Por fim, o prof. Éverton, utilizando-se do site de buscas Google, sugeriu que os alunos, dentro do conteúdo que está sendo dada em sala de aula, fizessem uma pesquisa na internet, cujo tema seria a 1ª Guerra Mundial. Dali, chegou-se a realidade das trincheiras nesse conflito.
Um dos portais visitados foi:
Depois, com a Turma 82 (fotos 5 a 7), das 09:30 às 10:15 horas, usamos a mesma temática, embora, para o Proa 12, seja apenas a coma turma 1, mas, eu e Éverton, pretendemos elaborar 2 PAs, usando essa turmas em projetos além dos PROAS...
Nessa turma, com 14 alunos presentes, o interesse dos alunos foi sobre a revolta dos Muckers, e depois passaram a visitar site com fotos históricas do Rio Grande (a cidade, já que usualmente é usada essa expressão como referindo-se ao Estado do RS).
Um dos portais visitados foi:
No próximo encontro, depois de explorar o produto escolhido pelos alunos (internet) e listar questões sobre as diferentes linguagens utilizadas na elaboração do produto midiático, estabelecerei (conforme orientação do roteiro), algumas relações entre o produto e a especificidade do grupo de alunos, para disponibilizar no ambiente e-proinfo, e postar nesse blogue um resumo.
Essa atividade se refere a leitura das páginas 90 a 109, do Capítulo 2, do livro Televisão & Educação:fruir e pensar a TV, Belo Horizonte: Autêntica, 2006, 3ª ed., de Rosa maria Bueno Fischer. E, em específico, o subtítulo As imagens e nosso olhar atento: com que linguagens opera a TV? Um texto muito interessante para quem quiser ler.

sábado, abril 21, 2007

O Mundo Como Eu o Vejo

De uns tempos pra cá, tenho comentado com amigos, colegas e conhecidos as estranhas coincidências comigo, em relação ao número 7. Nasci em 7/7/1964. Se somados todos os algarismos, isso uma amiga me ensinou, dá o número 34 (7+7+1+9+6+4=34), que somado 3+4= 7. Nunca dei bola pra isso, até que o sete começou a repetir-se (será que eu comecei, como a amiga disse, a nota e anotar sua aparição?) com frequência... Chegou ao cúmulo de um passeio que acompanhei minha esposa e duas turmas de 7ª série (71 e 72) da E.M. Sant'Anna (Rio Grande), ao Museu de Ciência e Tecnologia da PUC-RS, em Porto Alegre, há uns 3 anos atrás, perceber no meio da viagem, que a placa do ônibus era 7271, e o mais incrível: ao final da viagem, quando chegamos em casa, ao verificar a carteira, tinham sobrado exatos sete!!! reais...
Claro que não saí apostando em tudo, tipo aquela piada: "O sujeito cismava justamente com o sete, e num 7/7, de 1977, foi no sétimo páreo e jogou no cavalo número 7. Não deu outra: ficou em sétimo lugar!!!" Brincadeiras a parte, o que motivou essa postagem, foi a coincidência com a anterior. Por alguns detalhes que vou agora revelar...
Vejam só, em 20/03/2007, exatos um mês e um dia, postei em meu outro blog Control Verso (http://controlverso.blogspot.com), onde coloco poemas, crônicas e imagens (colagens) de minha autoria a poesia intitulada O MUNDO COMO EU O VEJO, inspirada na leitura inicial do livro de Albert Einstein, chamado COMO VEJO O MUNDO, adquirido num sebo. Durante semanas aquele livro ficava exposto na porta envidraçada do sebo me olhando e eu olhando pra ele, até que um dia resolvi ntrar e comprá-lo. Sua leitura interrompida por causa da especialização em tecnologia educacional e do mestrado em História da Literatura, além do trabalho no núcleo de tecnologia educacional, que tem me impedido de leituras que não as para as atividades do momento. Coincidência ou não. O projeto Abrindo os Olhos (comentado na postagem anterior) era tudo que o Projeto de Informática na Educação Especial (com 80 alunos portadores de necessidiades educativas especiais: surdos, cegos, com baixa visão, deficientes mentais leves e superdotação/altas habilidades), coordenado por mim, com apoio da profª multiplicadora do NTE/18ª CRE Janaina Senna Martins e 08 professoras da Educação Especial da Escola Estadual de Ensino Fundamental Barão de Cêrro Largo, em Rio Grande-RS-Brasil, desejaria ter: um apoiador de peso, que investisse como a IBM fez, principalmente no que tange a uma impressora braile, que seria de muita valia para nossos alunos cegos, atendidos em classe de recursos, pela profª Nirlei, que é uma das apoiadoras, junto a mais 7 outras dessa iniciativa de inclusão digital e social. Olha o sete ai de novo.
Atualmente, nosso núcleo esta bem equipado, devido a remessa pela CATE - Central de Apoio Tecnológico á Educação, setor vinculado ao Departamento Pedagógico da Secretaria Estadual da Educação do Rio Grande do Sul, que nos enviou em 2006, 15 máquinas novas (Pentium IV). Recebemos também do MEC 10 máquinas novas Pentium IV, mais uma impressora a laser, para um segundo laboratório de informática, para capacitação de professores da rede pública estadual, com a informática educativa, e com projetos de aprendizagem que esse professores queiram executar, utilizando esses laboratórios.
Coincidência ou não, aprendi que tudo na vida tem o seu motivo, ainda que no primeiro momento não o compreendamos. Nunca aquela expressão: males que vem pro bem, é sinônimo de superação, quando se trata com PNEEs, vendo seu esforço, dedicação e afabilidade, ainda que alguns tenham limitações, ou sejam cegos, como Luize Dorneles, nossa instrutora de Dosvox, que foi nossa apoiadora em 2006, ensinando-nos a usar esse software desenvolvido e disponibilizado gratuitamente na internet pela UFRJ. Luize, em 2007, não poderá ser nossa monitora, pelo fato de que conseguiu um emprego, de telefonista, numa imobiliária.
Não importa como vemos (ou não) o mundo, mas sim como o mundo nos vê. Desde que recebi de um amigo, num cartão de felicitações uma citação do ex-presidente dos EUA, Thomas Jefferson, tal frase abaixo tornou-se um lema de vida pra mim. E quem sabe por isso, consiga sempre apoio voluntário (que sequer me enxargam, mas vêem a dedicação com que encaro a vocação de educador) a projetos de trabalho que são também de vida, num mundo tão dominado pela competição e tão ausente do espírito de solidariedade. Eis a frase-lema:
"Sempre que você fizer algo, mesmo que ninguém jamais venha a saber, faça como seu o mundo estivesse olhando para você." Thomas Jefferson
Coincidência ou não, essa frase coloquei em 2005, na primeira apresentação que fiz do projeto de informática na educação especial, ainda na escola, e desde lá, todos os envolvidos nesse projeto, temos colhido os frutos e os apoios de pessoas que pensam como nós... É possível ver o mundo com "outros olhos", que não aqueles do noticiários de TV... Onde as notícias relevantes são dadas em conta gotas e os Reality Shows têm espaço em horário nobre, ad nauseaum, ad infinitum...
Essa frase de Jefferson (não o Roberto, mas o Thomas, óbvio, desculpem-me o trocadilho) também é epígrafe de um conto meu, intitulado Um convidado para o jantar, inserido no meu primeiro e único livro publicado, em 2004, chamado Realidade Virtual, escrito em 2000, quando nem imaginava trabalhar com informática educativa. Coisas da vida. Hoje, o projeto de informática na educação especial é uma realidade, nada virtual.
Observação: DOSVOX, é um software que esta disponível para download gratuito na página: http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/.
O Projeto Dosvox foi desenvolvido pelo NCE - Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (http://www.nce.ufrj.br/), e trata-se de sistema operacional, conforme consta no site, "que permite que pessoas cegas utilizem um microcomputador comum, desempenhando uma série de tarefas, adquirindo um alto nível de independência no estudo e no trabalho".

Projeto Abrindo os Olhos


Notícia extraída da página do IBICT, do Ministério da Ciência e Tecnologia:

Abrindo os Olhos

Projeto Abrindo os Olhos é uma iniciativa da IBM juntamente com o Centro Cultural São Paulo implantado em maio de 2003. O Abrindo os Olhos tem o objetivo de promover a inclusão digital e social de deficientes visuais. O projeto funciona na Biblioteca Braille do Centro Cultural São Paulo que recebeu a doação por parte da IBM de 17 computadores NetVista com acesso à Internet, uma impressora para a produção de livros em braile, atualização dos equipamentos de editoração da biblioteca e o software Home Pager Reader (HPR), que permite aos cegos o acesso à Internet.
http://www.centrocultural.sp.gov.br

Maiores informações pelo link abaixo:

Observação: Imagem meramente ilustrativa postada por mim por ter alguma relação com a notícia que quis divulgar; imagem esta intitulada "The World As Eye See It" (O mundo como o olho o vê), de Josh Young (artista gráfico).

Inclusão Digital-Social

Notícia extraída da página do IBICT, do Ministério da Ciência e Tecnologia:

Apenas um terço dos estudantes brasileiros acessa a internet

"Educação e aprendizado são o principal motivo que leva as pessoas a utilizar a internet no Brasil. Mas ainda são poucos os estudantes que têm acesso à rede, segundo uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (23) pelo IBGE, que mostra o perfil do internauta brasileiro. Das pessoas entrevistadas, 71,7% disseram utilizar a internet para educação e aprendizado (o percentual é de 90% entre os estudantes). O número alto se deve ao fato de a rede mundial ser dominada por uma maioria de pessoas jovens, muitos deles estudantes".

Para ler mais, e refletir sobre esses dados, acesse o link abaixo:


Revista Inclusão Social, link:

Web 2

Com o título de "Web 2.0: quem sabe faz agora ", a revista A Rede - Tecnologia para inclusão social, edição de março/2007, na coluna Conexão Social, há notícia sobre a 1ª Conferência Web 2.0 que discutiu os caminhos da interatividade e da intervenção do público nos conteúdos publicados online. Matéria de Leandro Quintanilha.
Conforme fragmento extraído do texto: "Os dígitos 2.0 são uma alusão ao motores automobilísticos. Web 2.0 sugeriria, portanto, uma versão mais potente e veloz da internet até então conhecida, a 1.0. Mas não é bem isso. O conceito de Web 2.0, supostamente cunhado pelo editor Tim O’Reilly, um dos nomes mais recorrentes da literatura tecnológica da atualidade, diz respeito não à velocidade em si, mas a um desdobramento cultural dela: a crescente possibilidade de interação. Mais do que isso – o compartilhamento, com o usuário, da responsabilidade pela gestão do conteúdo publicado na internet".
Para saber mais, acesse o link abaixo:

sexta-feira, abril 20, 2007

20 de abril



Hoje, meu filho Allan completou dois anos e dois meses... Apesar do tempo não parar, e de ter nesse meio tempo sempre acumulado atividades artísticas, culturais e profissionais, sempre tento encontrar um tempo pra ver meu filho crescer. O tempo não pára, já dizia o menestrel Cazuza. Uma das coisas que percebi, como Allan (e toda criança) associa as coisas à sua forma e não a cor... Com essa pouca idade ele reconhece o carro de meu sogro, de meu cunhada e de minha cunhada noutros modelos, embora em outras cores. Basta ver um Escort e diz: "É o carro do vovô". Durante a Festa do Mar, acontecida entre o final de março e o início do mês de abril, aqui em Rio Grande, haviam passeios de escuna pela Lagoa dos Patos, e quando passamos pelo local onde estavam as embarcações ele sapecou: "Olha, pirata!" Era uma bandeira preta com uma caveira. Ele vê muito os desenhos do Discovery Kids (adora Barney, o dinossauro; Backyardgans; irmãos coala; jim no mundo da lua; save-ums; etc), que são muito instrutivos e nada violentos. Cada dia é uma surpresa, cada dia é especial quando se é pai - uma emoção inigualável. Lindando muito com jovens, tenho mais aprendido do que ensinado... Atualmente, ingressei no universo do imaginário infantil, escrevendo duas peças. Uma delas já foi encenada, e a outra está em fase de iniciar os ensaios... Antes do fim do ano quero escrver minha terceira peça (infantil) que será uma fábula de Natal. Por falar nisso, amanhã já é dia 21 de abril, dia de lembramos de Tiradentes, e daquela famosa frase em latim: Libertas Quae Sera Tamen. Liberdade ainda que tardia. Nesse feriado já decidi, vou passar o dia todo com meu filho (e a esposa, óbvio), bem longe dos livros e estudos. Mas é por uma causa justa.

Educação Especial: Inclusão e Exclusão II

Recebi hoje um e-mail de "Paula" com o seguinte teor, a respeito de uma postagem minha sobre Educação Especial: Inclusão e Exclusão, publicada no Jornal Agora de Rio Grande, em 16/04/07:

Olá, na minha pesquisa sobre inclusão com vista á realização de um trabalho para o módulo de "Administração e inclusão" encontrei o teu blog que acho muito interessante e gostaria de trocar impressões contigo. Tabalho em Educação especial há 7 anos e neste momento faço pós-graduação em Educação Especial.Chamo-me Paula e sou portuguesa. Espero pelo teu contacto!

Infelizmente, Paula, seu e-mail pra contato não é válido, nem seu perfil no blogger está disponível, o que torna praticamente impossível de minha parte efetuar o contato. Resolvi colocar essa postagem aqui, sugerindo que, caso você entre novamente em meu blog, me envie junto da mensagem seu e-mail ou endereço do blog para que possamos trocar experiências educacionais. Um abraço, Zé Roig.

Observação: Foto dos alunos do Grupo Água, dentro projeto de aprendizagem na educação especial (2ª série DM), num passeio da escola até o Mercado Público da cidade do Rio Grande, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Rio Grande é cidade-irmã de Águeda, em Portugal.

Inclusão Digital

Notícia extraída do portal do Ministério de Ciência e Tecnologia:


Inclusão Digital

A inclusão digital está estreitamente vinculada à problemática da inclusão social dos menos favorecidos. Isto porque o governo, por intermédio do MCT, está preocupado com a real necessidade em disponibilizar os meios e instrumentos que efetivamente criem as condições necessárias e suficientes para a geração de emprego e renda, objeto último dos esforços governamentais nos programas de inclusão social. O programa de inclusão digital, portanto, é um instrumento da promoção da inclusão social.Os beneficiários do programa de inclusão digital estarão recebendo conhecimento das técnicas e práticas envolvidas no quesito informática, não como um mero conhecimento a mais e sim como uma ferramenta útil, prática a ser utilizada nas atividades desenvolvidas nos postos de trabalho ou para aumentar as chances de concorrência nos postos de trabalho oferecidos pelo mercado.O programa de inclusão digital do Ministério da Ciência e Tecnologia pode ser resumido em: oferta de instrumentos, meios e facilidades, para os menos favorecidos, facilitando o acesso às oportunidades de emprego, geração de renda ou melhoria da renda através da melhor qualificação profissional e com isto transformar cidadãos brasileiros, hoje à margem, em participantes ativos do processo de desenvolvimento econômico e social.Paralelo a isto o programa de inclusão digital contribui substancialmente para a melhoria do ensino formal e da educação da população menos favorecida.Diretor do Departamento de Ações Regionais para Inclusão Social Leonardo Hamu - Fone: 61 3317-7532 Email: mailto:lhamu@mct.gov.br
Obs.: Lá, pode ser baixado o Manual para apresentação de projetos para o programa de inclusão digital do MCT.

Projeto de aprendizagem com Hagaquê




Iniciou hoje, das 08:30 às 10:30 horas, um projeto de aprendizagem em que usará o software Hagaquê (um dos disponibilizados pela CATE - Central de Apoio Tecnológico à Educação, do Departamento Pedagógico da SEC-RS, ao qual os NTEs estão vinculados) para aplicação de conteúdos curriculares e pesquisa dos alunos da 4ª série, turma 42, da EEEF Barão de Cêrro Largo, em Rio Grande-RS. A regente de classe, profª Simone Zogbi escolheu entre os softwares disponibilizados pelo NTE/18ªCRE o Hagaquê (histórias em quadrinhos) pela possibilidade de estimular a criatividade dos alunos através dos multimeios. Serão também disponibilizadas outras ferramentas, como editor de texto, internet, blogger no transcorrer do projeto. Eu, como multiplicador, direciono os conteúdos trabalhados pela profª Simone para a informática educativa. A turma possui 3 grupos distintos: os que nunca mexeram num PC, os que usam eventualmente na casa de amigos e parentes, e os que possuem computador em casa, esses minoria. Apesar disso, trabalhando 2 por máquina, colocamos aqueles que já tinham conhecimento aliados aos que eram iniciantes (piloto e navegador, uma brincadiera feita com a turma), e fluiu muito bem esse revesamento de posições, sendo apresentado pequeno histórico da informática, noções de teclado e mouse, ambiente windows. Na próxima aula a turma atuará individualmente, no editor de texto para podermos iniciar o PA propriamente dito.
Esse PA não é o que faz parte do TCC - Trabalho de Conclusão do Curso da especialização em TICs na Promoção da Aprendizagem (UFRGS-2006/2007), mas uma atividade extra, entre o NTE e a profª. Simone. O TCC envolveu a 2ª série DM, da mesma escola, tendo com profª parceira Jane Degani.

Palavra Aberta

Participando de lista de emails de blogs educativos, recebi a indicação de um interessante blog, chamado Palavra Aberta (http://palavraaberta.blogspot.com) , feito por Gládis Leal dos Santos e Paulo Moreira, que propõe o intercâmbio de idéias no ciberespaço (internet). Nesse ambiente educacional pode-se participar de chat, forum, enviar textos, mural de recados, etc.

A edição 119, da revista Educação cita o Palavra Aberta como exemplo de blogue utilizado por professores, juntamente a outros dois Realidade Versus Ficção (http://ficrealidade.blogspot.com/) e Escrevendo com o Escritor (http://escevendocomoescritor.blogspot.com). Três dicas de blogues que podem inspirar professores e alunos, pelo seu conteúdo educacional.
Observação: o giff (desenho com movimento) acima, foi copiado do blog Palavra Aberta, que o Letra Viva adere a essa campanha de que os visitantes deixem um comentário no blog visitado.

Tecnologia na sala de aula

Notícia extraída do portal da SEC-RS: www.educacao.rs.gov.br

MEC visita Luciana de Abreu para conhecer projeto Um Computador por Aluno na escola

Representantes do Ministério da Educação (MEC) e professores de outros Estados estão em Porto Alegre, nesta semana, para conhecer a aplicação do projeto “Um Computador por Aluno” (UCA) na Escola Estadual de Ensino Fundamental Luciana de Abreu. UCA é a tradução do projeto “One Laptop per Child” (OLPC), do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), dos Estados Unidos, que em parceria com a Assessoria da Presidência da República e com o MEC escolheram a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para realizar os testes no Estado. Nesta quinta-feira, 19 de abril, a comitiva visitou as quatro turmas que utilizam os mais de 300 computadores entregues pelo MIT à escola. O grupo de gestores e educadores acompanhou as aulas das 4ªs e 6ªs Séries, para conhecer a metodologia de utilização dos computadores e a relação dos estudantes com a tecnologia. Aproveitando a data de 19 de abril, em uma das turmas de 4ª série a professora começou a aula falando sobre os índios e, depois, pediu que os alunos pesquisassem a vida dos povos indígenas na atualidade, deixando-os livres para procurarem o que mais os interessavam. Ao final da pesquisa, as crianças anotaram as curiosidades em seus diários online e dividiram os conhecimentos com os colegas. Amanhã a comitiva volta a se encontrar, para discutir questões metodológicas do projeto piloto que pretende atingir estudantes de escolas públicas de todo o mundo. Os laptops do UCA têm recursos de criação de músicas, vídeo, foto, internet sem fio a um custo de U$ 170 cada. Entre as metas do projeto está a possibilidade de as crianças levarem seus laptops para casa.

quinta-feira, abril 19, 2007

Literatura, informática e educação


Ontem, no encerramento do curso de literatura canadense, proferido pelo prof. Albert Braz (canadense de origem portuguesa), realizado dentro do mestrado de História da Literatura, FURG, pude anotar muitas relações entre a literatura, a informática e a educação.
Primeiramente, Braz comentou sobre alguns escritores canadenses. Alguns são imigrantes escrevendo sobre o país que os recebeu; e de canadenses que escrevem num estilo estadounidense, que se não soubermos sua nacionalidade, acabaremos, pela temática e estilo, confundindo-o com um escritor dos EUA.
Um dos mais destacados é Douglas C. Coupland, que escreveu em 1991, o livro Generation X - Tales for an accelerated culture (essa geração surgiu lá pelos anos 1990, após os hippies dos anos 70 e o yuppies dos nos 80). A geração X é aquela que incorporou ao seu dia-a-dia a TV, a internet e o computador. O livro generation X, com ilustrações de Paul Rivoche, é chamado de romance gráfico, um modismo nos EUA, Canadá, Japão... em que são incorporados à literatura alguns detalhes do cartoons; Não confundir com os Comics ou HQs. Tem a forma que lembra uma HQ, mas é romance ilustrado, com textos de Kafka e outros clássicos, não somente autores contemporâneos. Nesses livros além do texto, de cartoons, tem notas na margem direita.
Escritores canadenses escrevendo sobre o Canadá, como se fossem estrangeiros. Talvez fruto da globalização e americanização. Segundo Braz, de onde você é não importa mais. Aaba sendo um estrangeiro no próprio país. Essa geração X sente que "o importante aconteceu antes, e nada importante acontecerá mais, e que é impossível mudar o mundo". Disse ainda que "temos que produzir narrativas a respeito de nossas vidas, pois a única possibilidade de escapar é através de histórias - pela função psicológica apenas". Segundo ele, o cinismo de Coupland é feito para surpreender, para negar o agora! Daí que existe o dilema de como catalogar um livro dessa espécie, de como justificar a sua inclsuão ao não num curso sobre literatura canadense. Um texto escrito por um canadense que fala apenas dos EUA. Qual é a cidadania do texto? É preciso ler o texto sem sair do texto. Pra isso necessita-se ampliar o debate entre a cidadania do texto e do autor. É o escritor ou o livro que estamos lendo?, perguntou Braz. Desse conflito emntre leitor-autor-texto, Braz disse que quando lê Coupland não vê ali o Canadá. E que há mais poetas do que leitores no Canadá.
Segundo Kertzer, outro escritor canadense: a literatura pode ser uma forma de manipulação do nacionalismo. A literatura tem uma função política. Mas, tm,bém, de acordo com Braz, demonstra quando a nação não faz o que promete. Que a literatura está mais ligada à Justiça. Na literatura nacional o herói é a nação.
E o mais curioso, Braz disse que não há identificação do americano no canadá, pois falando o inglês é considerado canadense, da mesma forma que o canadense nos EUA. A fronteira não é tão rígida como a dos EUA com o México. Por fim, concluiu que a mão do governo não é muito visível, mas está lá, de forma não ostensiva.
Enfim, coloquei essas anotações que fiz na palestra de Albert Braz pra mostrar que essa americanização não ocorre apenas em países tidos como Terceiro Mundo, subdesenvolvidos ou chamado de emergentes. Essa influência é mundial, e o Canadá, também sofre seus efeitos.
Parafraeando Caio Gracco Prado: "Um livro não muda o mundo. Um livro muda as pessoas, e essas sim podem mudar o mundo". A informática, ou melhor a computação gráfico está entrando em universos antes fechados, como o da literatura. Na educação seu avanço é visível. Pode ser que com os livros sendo transpostos para universo dos cartoons seja uma forma de estimular ao jovem, da geração da imagem e do som, a pegar gosto pelos clássicos da literatura e para o livro em geral. Não custa nada ver o resultado dessa combinação: "literatura-informática-educação".

Observação: Imagem gráfica intitulada "alternHATE CPU", de Ed Nunes traz uma frase em inglês, que diz: "Você pode matar um homem, mas não pode matar uma idéia".

Encerramento PA na Educação Especial

Nessa 5ªfeira, concluímos as 16 horas do projeto de aprendizagem na educação especial com a 2ª série DM, fazendo uma atividade de pesquisa na biblioteca escolar Suely Zogbi, da EEEF Barão de Cêrro Largo. Breve estaremos disponibilizando no wiki os materiais coletados pelos alunos, nossas anotações e da profª parceira, fotos e demais dados sobre o projeto.
No detalhe da foto acima, minha colega Janaina com alguns dos alunos do PA.

Hagaquê e educação

Nessa sexta-feira, pela manhã, iniciará um projeto de aprendizagem, sem vinculação com o PA da especialização, que combinei semana passada com a profª Simone Zogbi, da 4ª série do ensino fundamental da EEEF Barão de Cêrro Largo, em Rio Grande, que envolverá inicialmente noções de informática e depois o uso dos multimeios para a execução de conteúdos curriculares. Mais adiante, será feita uma oficina de HQ (história em quadrinhos), usando justamente o software Hagaquê, que possibilita não apenas a utilização de imagens já inclusas no programa, bem como permite que se insira imagens do arquivo do computador ou fotos de câmera digital, desenhos escaneados, etc. Examinamos alguns softwares educacionais, na sexta-feira passada, e a profª Simone se interessou pelo Hagaquê, pelas possibilidades que ele permite, sem falar na publicação das histórias dos alunos na internet.
Durante o projeto, estarei postando alguns comentários. E, ao final do projeto de aprendizagem, provavelmente, criemos um blog da turma para a divulgação de suas atividades.
Na postagem anterior comentei sobre a cultura e o conhecimento que adquiri através de HQs, álbuns, revistas de palavras cruzadas e outras fontes de informação, que se bem utilizadas, podem também ser aliadas da prática escolar, além de laboratório de informática. Na próxima postagem comentarei sobre as HQs num sentido amplo e a sua influencia na literatura, inclusive, no chamado romance gráfico, que utiliza literatura+HQ+computação; podendo ser utilizado também na educação, no estímulo visual de cativar o jovem público leitor que não se interessa pela literatura tradicional.

quarta-feira, abril 18, 2007

Educação e cultura II


De vez em quando encontro alunos da escola onde está o NTE, ex-alunos, ou aluno de outras escolas, que fiz amizade pelo trabalho ou por palestras (mais bate-papo) sobre literatura, educação e tecnologia. Noutro dia encontrei uma aluna no ônibus pra faculdade, e ela me comentou que sempre dá uma visita no meu blog, e alguns colegas dela também. Portanto, esse espaço, além de ser utilizado para interação da especialização em tecnologia educacional, serve para divulgar notícias, idéias e outras informação, preferencialmente sobre educação e tecnologia.
E hoje na volta, noutro ônibus, encontrei mais um conhecido, ex-aluno do ensino médio, que hoje está na universidade e viemos conversando. Ele tem a idade pra ser meu filho, e conversa vai conversa vem, acabamos falando de educação, tecnologia, mas principalmente de arte e cultura, outras duas área em que atuo, como ativista cultural...
Contei pra ele, que muita coisa aprendi, não apenas na sala de aula, mas através de fontes de informação hoje não tanto eficientes como no meu tempo. Uma delas as HQs. Num história em quadrinhos do Mickey, aprfendi através do enredo que o sol nasce sempre no leste e morre no oeste. Deveria estar na segunda série, e nunca mais esqueci. Com os álbuns de figurinhas, que traziam informações sobre ciências, história, geografia. Um deles, se não me falha a memória, chama-se Homens em Ação, e trazia dados desde o primeiro homem que desceu na Lua, aos grandes inventores, os grandes cientistas, as maravilhas do mundo... Fui criando um banco de dados "biológico" que nunca mais me esqueci, graças a associação da informação escrita aliadaà imagem. Isso na década de 1970, em plena ditadura, onde a música Cálice, de Chico Buarque, cantada por ele e Milton Nascimento pra mim era apenas uma bela música sobre vinho. Risos. Pouco tempo depois fui percebendo que o cálice, na verdade er auma forma criativa de burlar a censura (cale-se...). Aprendi nos catálogos de livros que vinham encartados na revistas de palavras-cruzadas nome de livros e seus autores, principalmente os clássicos da literatura, graças também ao desenho das capas dos livros: adorava a do Robin Hood, de Ivanhoé, Dom Quixote... Tinham outras, que eram estranhas pro garoto, mas que o deixavam curioso, como O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde. Mas o que me deu uma enorme fonte de conhecimento foi um velho dicionário de meu avô paterno, que foi farmacêutico, dicionário ilustrado, de década de 1920, que traziam muitas figuras, e breves explicações sobre cada uma. O menino que já fui um dia devorava cada desenho, e muita coisa de lá pra cá ficou... Tal dicionário ainda existe, e hoje tem um valor inestimável, pela questão familiar e valor histórico do mesmo... O menino mal sabia que um dia seria escritor e historiador.
Hoje, infelizmente, os álbuns de figurinhas, as HQs, e outros, comparados aos de minha infância e adolescência relegaram a qualidade e a informação em favor da quantidade e do lucro fácil. Nada contra, apenas uma constatação: as mesmas figurinhas carimbadas na TV, seja no humor ou noutras programas. Pergunto: um álbum sobre o RBD, um programa de Reality Show, um livro de auto-ajuda, uma música do bonde do Tigrão, o que de arte, cultura e informação pode deixar nos jovens de hoje que desconhecem Chico e Caetano, se a concepção e o acabamento do produto visa a descartabilidade? Por isso, quando falam que a geração atual que não tem os mesmos valores que a de seus pais, devemos ter em mente que o jovem de hoje é exposto a um modelo que leva justamente a isso: a descartabilidade, não apenas das coisas, mas das pessoas. Educação e cultura são, na minha opinião, como siamesas que precisam andar sempre juntas.
Observação: Imagem acima "Self Help" (algo como auto-ajuda), de Jasinski.