Games e Shakespeare
Enquanto detonam espaçonaves inimigas com armas de raios, os jogadores precisam ajudar a recuperar o texto roubado de "Romeu e Julieta", decorando versos da famosa peça, aprendendo fatos sobre a vida de Shakespeare e propondo sinônimos e homônimos para trechos do texto.
"O jogo é uma maneira de aproveitar o tempo que as crianças passam na frente do computador", disse o professor Daniel Fischlin, que comandou a equipe responsável pelo desenvolvimento do jogo, chamado "Speare", na University de Guelph, em Ontário.
"Não conheço outra mídia capaz de convencer crianças de sete anos a recitar Shakespeare", disse Fischlin em resposta a alegações de que o jogo poderia fazer do aprendizado um processo trivial.
O jogo foi lançado no começo da semana, para coincidir com o aniversário da morte de Shakespeare. O projeto demandou dois anos de desenvolvimento e um investimento de 44,8 mil dólares.
Fischlin, que testou o jogo com mais de 100 alunos de sexta série, planeja publicar suas conclusões em uma revista especializada. O jogo atualmente está disponível por meio de uma companhia online criada pela universidade.
"Speare" contém um link para um banco de dados sobre Shakespeare chamado Canadian Adaptations of Shakespeare, também desenvolvido pela universidade como recurso educativo.
O site oferece planos de aula para professores, entrevistas em vídeo e livros eletrônicos com as obras de Shakespeare. A inspiração dos professores para criar o jogo surgiu quando eles descobriram que a maior parte dos visitantes do site eram jovens.
Fischlin, que solicitou uma patente sobre o jogo, disse que não conhece outros videogames ligados a um recurso semelhante.
Ieva Mikelsons, 12, aluna da King George Public School, em Guelph, testou o jogo durante seu desenvolvimento. Ela disse que aprendeu mais sobre Shakespeare com ele do que com os livros de sua irmã mais velha.
"Alguns dos meus colegas, da oitava série, aprenderam com os livros, e dizem que o jogo envolve mais e você aprende mais porque se diverte", afirmou.
1 Comments:
Interessantíssima essa notícia, José. Com certeza, a assimilação do conteúdo fica bem mais interessante.
Contundo, fico caçando formigas em açucar quando leio reportagens que mostrar como a tecnologia pode ajudar no aprendizado das crianças.
Não opino sobre o assunto por ser leigo. Mas é de meu interesse saber mais detalhes sobre a real eficiência do uso do pc, do videogame etc no aprendizado.
Por exemplo, os alunos do jogo citado podem até decarar trechos de Shakespeare. Mas entenderão? Serão críticos? Vão admirá-lo?
São questionamentos de um leigo que teve uma educação formal e resistência para inovações. Só isso...
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