Sobre Homens e Livros
Lembro que, quando da primeira versão do Sítio estreou na TV brasileira, eu era um adolescente que adorava história, e posso dizer que o universo de Monteiro Lobato causou em mim o mesmo impacto que na geração atual, com Harry Potter e assemelhados.
Lobato ficou famoso também pela campanha "O Petróleo é nosso!", e por uma frase emblemática: "Um país se faz com homens e livros". Num país em que a média per capita de leitura de livros é uma média de 2 (dois!) ao ano, se não estou equivocado, nunca a assertiva de Lobato esteve tão atual e paradoxal. Mas, sejamos justos com a Brava Gente Brasileira, em que o preço do livro é proivbitivo ao trabalhador, que existem poucas bibliotecas públicas, que não há um hábito de leitura, incentivado desde a tenra idade.
Eu virei um devdorador invertado de livros e rato de bibliotecas e sebos, graças a dona Hildette, professora primária aposentada, e minha mãe, que sempre deixou a minha disposição livros, revistas, jornais... Se hoje sou escritor, nas poucas horas vagas, a "culpada", sempre digo, é dona Hildette. E também devo muto aos professores que tive e ainda tenho em minha vida escolar, que retomei a partir de 2005, quando vim pro NTE e de lá não parei mais...
Ano passado, eu e minha colega Janaina brincávamos muito que iríamos criar o "Site" do Picapau Amarelo, para o núcleo de tecnologia educacional (NTE/18ªCRE). Evidentemente um jogo de palavras com a expressão inglesa "site" (sítio, em português). Como não temos cursos de webdesigner, mas aprendemos a fazer blogues (diários virtuais), na especialização em tecnologia educacional. Uma poderosa de interação que deve ser colocada a serviço da educação. Mas o CTI/FURG nos ofereceu a oportunidade de criar nossa sonhada página, sem ônus, que breve estará no ar. E acabamos de tanto brincar com aquela palavra, fazendo uma coisa séria. Identificar cada uma das dez máquinas que tínhamos em 2006, hoje são 26, com a imagem de uma personagem de Monteiro Lobato, integrante do Site, ou melhor, Sítio do Picapau Amarelo. As crianças do projeto de informática na educação especial, do qual sou coordenador e Janaina coordenadora adjunta, gostaram muito da idéia. Foi um resgate histórico e cultural à memória de Monteiro Lobato que fizemos. Unir a educação à cultura, do erudito ao popular, uma forma de também unir o útil ao agradável.
Observação: a imagem acima "The librarian", de A. Martins de Barros.
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