sábado, março 31, 2007

"E agora Betinha?" na 11ª Festa do Mar










Aviso aos navegantes: "E agora Betinha?", peça infantil de minha autoria, e minha primeira incursão no teatro e também para o público infantil - já que escrevo em tom crítico, mais pro público adulto -, e que estreiou em 2006, na Semana da Criança, no Teatro Municipal do Rio Grande, será novamente encenada, dessa feita na 11ª Festa do Mar, dia 06/04, Sexta-feira Santa, às 15h, no Teatro do Porto Velho.
"E agora Betinha?" (fotos acima, apresentação 2006), originalmente tinha o título de Enquanto as crianças dormem (título também de um poema meu), mas a pedido de Canrobert Brasil, diretor do Grupo de Teatro Dupla Face, responsável pela encenação da mesma, fora alterado.
A peça, em torno de 30 a 40 minutos, conta a história de Júnior e Betinha, crianças de aproximadamente 7 anos de idade, que resolvem numa noite estrelada conhecer o mundo, conhecendo pelo caminho O Anjo (meio anjo, meio louco, meio morador de rua, nem ele sabe ao certo a sua realidade), que serve de guia nessa viagem pelo imaginário infantil... A esses 3 personagens se une Dona Maria Fumaça (caracterizada na foto acima, vestido de retalhos coloridos), que descarrilou da vida e não consegue encontrar os trilhos de volta para casa...
Foi um grande desafio escrever pra crianças, numa linguagem que não dominava... O fato de ser pai recente (meu filho Allan está com 2 anos) favoreceu a empreitada. Saber que o público infantil foi sensibilizado pelo espetáculo, nas primeiras apresentações, em 2006, é um estímulo e maior reconhecimento que pode esperar um autor... O personagem O Anjo, de "E agora Betinha?", foi inspirado levemente na figura lírica de ìrio Rodrigues da Silveira, O Poeta Pobre (falecido ano passado), tendo sido acrescentado no texto final uma poesia do mesmo, por conta de Canrobert, como homenagem ainda em vida. Infelizmente, o poeta, hoje anjo negro, Írio não pôde assistir ao espetáculo...
Em 2007, entre uma atividade e outra, escrevi a primeira versão de uma segunda peça infantil, também solicitada por Canrobert, intitulada provisoriamente de "O Mágico Sol e a Bruxa Lua", que trata, nas entrelinhas, da questão ambiental, nesse caldeirão, ora mágico, ora bruxuleante, em que vivemos.

sexta-feira, março 30, 2007

PA no wiki


Hoje, eu e Janaina criamos no wiki (ambiente virtual de aprendizagem) a página para divulgar o Projeto de Aprendizagem com uma turma de Educação Especial DM. Notamos que o ambiente estava mudado e fluiu melhor sua construção. Logo estaremos ampliando as informações, incluindo a produção dos alunos e o depoimento da professora parceira Jane Degani.

Profuncionário a ser implantado no RS

Notícia extraída da página da Secretaria Estadual da Educação - RS:

Capacitação de funcionários de escola pode ser implantada no RS

O funcionário de escola pode ser, a seu modo, um educador. Assim foi definido pela secretária estadual da Educação, Mariza Abreu, o programa Profuncionário, apresentado à SEC na manhã desta quinta-feira, 29 de março. Desenvolvido pelo Ministério da Educação, o trabalho, um curso de profissionalização técnica, é dirigido a funcionários com ensino médio concluído ou em fase de conclusão. O treinamento abrange as áreas de gestão escolar, infra-estrutura material e ambiental, multimeios didáticos e alimentação escolar. A duração é de 1.260 horas, presenciais e à distância. Criado em 2004, o Profuncionário já foi implantado, como programa piloto, em Pernambuco, Paraná, Piauí, Tocantins e Mato Grosso do Sul. É realizado em parceria com estados e municípios e, conforme o diretor do Departamento de Articulação de Sistemas de Ensino do MEC, Horácio Reis, trata-se de uma iniciativa inédita. “Mais que um programa de capacitação, o que se promove é a transformação do funcionário”, disse. Os resultados apresentados até o momento levaram o MEC a planejar implantá-lo, este ano, em mais 12 estados, entre eles o Rio Grande do Sul.

Fonte: www.educacao.rs.gov.br

quarta-feira, março 28, 2007

Projeto de Aprendizagem Proa Turma 3 RS - 2º encontro




Ontem, dia 27/3, das 8 às 12 horas, teve o segundo encontro do Projeto de Aprendizagem Proa Turma 3 RS, em que desenvolvo as atividades com a 2ª. série DM, da EEEF Barão de Cêrro Largo, onde funciona o NTE. Como previsto no 1º encontro, a partir da divisão de 2 grupos, um querendo pesquisar sobre a água, e dentro desse tema principal o subtema: peixes no Taim (reserva ecológica), e outro, sobre a energia elétrica e como se faz (produz) a luz...
Com o ingresso da colega Janaína, que apesar de estar em licença gestante até maio, veio trabalhar em conjunto conosco (eu e a profª. apoiadora Jane Degani), o trabalho com alunos PNEES (portadores de necessidades educativas especiais) começou a fluir mais equilibradamente, pois eu domino melhor o blogue (diário virtual) e a Jana, o wiki (ambiente virtual, onde se cria pequenas páginas para a também divulgação deste projeto de aprendizagem, bem como acessar aos dos colegas da turma 3 RS).
Eu e Janaína, cada qual, conversando com os alunos de seu grupo, fomos elaborando, primeiro no quadro magnético, um pequeno roteiro de pesquisa relativo ao tema principal de cada grupo (àgua e Energia Elétrica): O que é? Pra que serve? Onde se encontra? Deixamos para o segundo encotro, a elaboração em conjunto com os grupos, o roteiro de pesquisa dos subtemas: os peixes do Taim e como se produz a luz, respectivamente.
Depois, nos microcomputadors, trabalhamos com os alunos que se interessaram sobre a água, inicialmente acessando o site da Universidade da Àgua, através de pesquisa e busca no Google http://www.uniagua.org.br/website/default.asp. Navegamos pela página e pelo variado menu (que traz, além de dados estatísticos, imagens variadas, vídeos, atividades, etc), para logo em seguida conversar sobre as imagens e dados sobre a água no planeta: quantidade, potabilidade, regiões onde existem mais e menos, o processo de formação das nuvens e a da chuva, até mesmo sobre o processo de tratamento das águas e a sua reutilização... Quando os alunos viram dados sobre a água no Brasil e na Amazônia (O Brasil detém 11,6% da água doce superficial do mundo. Os 70 % da água disponíveis para uso estão localizados na Região Amazônica. Os 30% restantes distribuem-se desigualmente pelo País, para atender a 93% da população.), perguntei a eles já tinham ouvido falar sobre a Amazônia, e todos foram taxativos: "sim, é aquela série da Globo". A primeira imagem é uma imagem televisiva, o que corrobora com meu PA particular que desenvolvi na primeira fase (2006) dessa especialização em tecnologia educacional (UFRGS) - "A televisão pode ser uma aliada da educação?". Penso na televisão, hoje em dia, como a primeira fonte de informação da criança e também do adulto. E essa informação antecede ao próprio ingresso da criança na escola. Ao educador cabe o grande desafio de saber utilizar esse poderoso veículo de informação (às vezes distorcida ou manipulada por interesses mercadológicos, sem enfase no pedagógico...), mas que pode ser utilizado em favor da própria educação. Creio que a TV, sabendo-se filtrar as "impurezas", como se faz no próprio processo de tratamento da água, pode ser uma grande ferramenta, como o próprio microcomputador, na renovação e reavaliação das práticas pedagógicas no meio ambiente escolar... Depois de um pequeno intervalo (15 min de recreio e merenda), retornamos para a pesquisa orientada com os alunos, sugerindo que a partir do que eles viram, leram e comentaram entre si e conosco, produzissem um desenho no paint, para ser posteriormente publicado no wiki do grupo. E assim fizeram. Combinamos com a profª. apoiadora para a próxima aula, que será na segunda-feira a partir das 8 horas, começar a elaborar o wiki nosso e dos alunos, claro, com a ajuda da Janaína, que desenvolveu a mesma atividade, só que com o grupo interessado na energia elétrica. Dadas as especificidades na educação especial, estamos adaptando nosso projeto de aprendizagem ao ritmo e ao interesse do aluno PNEE.
Observação: a imagem acima, um giff (imagem com movimento) foi extraída do site Universidade da Água, http://www.uniagua.org.br/website/default.asp.

segunda-feira, março 26, 2007

Como serão as aulas no futuro?

Através de e-mail da CATE - Central de Apoio Tecnológico à Educação, da Secretaria Estadual da Educação do Estado do Rio Grande do Sul, ao qual os NTEs gaúchos estão vinculados, recebi a informação da vinda de nossos microcomputadores (foto acima) para todos os Núcleos de Tecnologia Educacional do país, via ProInfo/MEC.
Na mensagem há um link pro blogue dos Coordenadores do ProInfo e TV Escola ( http://cooedutec.blogspot.com/ ) e lá pude acessar a um incrível vídeo, chamado "Remapping the universe", de Jeff Han, que demonstra em 3min e 32 seg, como serão as aulas no futuro. A semelhança com as imagens do filme Minority Report, ficção científica alucinante, estrelada por Tom Cruise, não é mera coincidência. Imperdível o vídeo e a idéia da integração da TV Digital e outros sistemas integrados, dentre eles o que hoje chamamos de internet, que com apenas alguns toques de dedos na tela substituirá o quadro negro, o giz e o apagador... Claro que isso não é pra curto prazo, mas que será uma revolução na sala de aula, isso com certeza será...
Visitem o blogue (link acima) e vejam por si só, como a vida imita a arte...
A incrível coincidência é que as imagens lembram também a que coloquei ontem na postagem abaixo, de Jon McComarck, intitulada Éden para ilustrar um comentário meu sobre a TV Digital, um de meus temas de pesquisa na especialização em tecnologia educacional. Vejam, comparem e comentem...

domingo, março 25, 2007

TV Digital na Wikipédia


Quem se interessar a ter maiores dados sobre a TV Digital, sugiro acessar o link na wikipédia (uma das maiores enciclopédias na internet, feita de forma compartilhada, pelos internautas, e disponibilizada a todos os usuários), fornecido por Marcelo Turkiewicz, meu tutor no curso a distância (UnB) Mídias Integradas na Educação - Módulo II - disciplina TV e Vídeo:
que trata de interatividade, via TV Digital.
Um pequeno resumo:
Interatividade Local - O conteúdo é transmitido unilateralmente para o receptor de uma só vez. A partir daí, o usuário pode interagir livremente com os dados que ficam armazenados no seu receptor. Um novo fluxo de dados ocorre apenas quando é solicitada uma atualização ou uma nova área do serviço é acessada.
Interatividade com Canal de Retorno Não-Dedicado - A interatividade é estabelecida a partir da troca de informações por uma rede à parte do sistema de televisão, como uma linha telefônica. O recebimento das informações ocorre via ar, mas o retorno à central de transmissão se dá pelo telefone.
Interatividade com Canal de Retorno Dedicado - Com a expansão das redes de banda larga, pode ser desenvolvido um meio específico para operar como canal de retorno. Para isso, o usuário da TV digital necessitaria não apenas de antenas receptoras, mas também de antenas transmissoras, e o sistema, a capacidade de transportar os sinais até a central de transmissão.
Foto acima: Éden, de Jon McCormack.

sábado, março 24, 2007

11ª Festa do Mar - em Rio Grande-RS


Rio Grande – RS, cidade histórica a 320 km de Porto Alegre, realizará de 27 de março a 08 de abril do corrente ano a sua 11ª Festa do Mar, evento que movimento a região sul do Estado, com um calendário de exposições variadas, shows musicais, passeios turísticos de escuna pela orla ou de vagoneta até a ponte do Molhe Oeste, gastronomia (com base em frutos do mar, principalmente a anchova assada), história, arte e cultura. Quem estiver pela região ou interessado em vir participar de uma das maiores festa da zona sul do Rio Grande do Sul, pode acessar o site http://www.festadomar.com.br para obter a programação completa e maiores informações dos eventos. Ao lado foto divulgação do evento.
Conheçam também a cidade histórica de São José do Norte, vizinha a Rio Grande, que pode ser visitada através da travessia náutica (por lancha de passageiros e balsa de caminhões).
Na região, existem dois balneários: O do Cassino, considerada a maior praia em extensão do mundo, pelo livro Guiness Book (dos Recordes), e a do Mar Grosso, em São José do Norte.
História, arte, cultura, turismo, feiras, passeios marítimos, esportes náuticos, enfim, diversas atrações, durante duas semanas.

Alguns shows confirmados: 27/3 - Cidade Negra; 29/3 - Revelação; 30/3 - Cidadão Quem; 01/4 - Tchê Barbaridade e Tchê Garotos; 01/4 - Tholl; 04/4 - Nei Lisboa; 06/4 - Terça Insana (com Greice Gianuca) e 07/4 - Fábio Júnior.

sexta-feira, março 23, 2007

Projeto de Aprendizagem com 2ª série DM


Colegas, disponibilizo o primeiro relato da atividade feita ontem com os alunos da 2ª série da Educação Especial DM, da EEEF Barão de Cêrro Largo, Rio Grande, onde funciona o NTE-18ªCRE, para semana que vem abrir com os mesmos uma página no wiki. Tratamos ontem da água e da energia elétrica (no detalhe, foto de torre de eletricidade em Lund, Suécia). Abaixo o relato na íntegra:

RELATO ATIVIDADES PROA PA – DM 2007

22/03/2007: Das 10 às 12 horas ocorreu o primeiro encontro da turma de 2ª série DM, da EEEF Barão de Cerro Largo, onde está implantado e em funcionamento o NTE Rio Grande, pasra elaboração das atividades do Projeto de Aprendizagem, do curso de pós-graduação Lato Sensu especialização em tecnologias da Informação e da Comunicação na Promoção da Aprendizagem (PROA) – UFRGS, 2006/2007.
A turma é composta de 10 alunos, 04 meninas e 06 meninos, tendo como profª parceira Jane Degani.
Como comemora-se A Semana da Água, a turma, o cursista José Roig e a profª parceira escolheram sensibilizar a turma justamente para o tema da água, acessando pela internet, com o auxílio de datashow, a página do MMA (Ministério do Meio Ambiente):
http://www.mma.gov.br/ascom/ultimas/index.cfm?id=941.
Mostramos fotos e iniciamos a conversa com os alunos, de forma espontânea, e para grata surpresa nossa, os alunos interagiram de forma natural, com comentários simples e diretos, que foram registrados no quadro magnético do laboratório do NTE-Rio Grande.
O cursista José Roig perguntou aos alunos o que era a água para eles.
O aluno Éder disse que era bonita, Wendell falou que serve para tomar, banho, Maicon, pra beber... Depois, todos começaram a falar suas impressões sobre a água: onde vivem os peixes, baleia, golfinho. Iuri comentou que onde ele mora há muita água (na povoação da Barra, próximo à praia do Cassino).
José Roig falou da importância da água para a cidade do Rio Grande, convidando aos alunos a fazerem uma viagem na imaginação... Falou que ao sairmos da escola, ali bem próximo existe o Museu Oceanográfico e mais adiante a Lagoa dos Patos, indo mais além, perguntou a todos, em direção ao centro da cidade, olhando pro lado esquerdo o que se vê? Água responderam os alunos. Continuou: E se passarmos o local onde as lanchas atravessam pra São José do Norte é o Porto Velho. Se irmos adiante, até o final da rua Mal. Floriano, chegaremos no Porto Novo, que tem muita? Água, disseram os alunos... Seguindo o Porto Novo iremos chegar no Super Porto, que tem? Água e navio, disseram os alunos... Falou-se então sobre a questão dos navios, do transporte de cargas. A profª Jane salientou que a água salgada é imprópria pra beber, e que somente a água doce que é própria pra beber, tomar banho, fazer comida... Um dos alunos disse que a água do canal está suja. Perguntados se caso bebessem água suja o que ocorreria, disseram sem pestanejar que ficariam doentes. Falaram do lixo na água, de bichos mortos, peixes mortos, passarinho morto na água suja... Tudo saindo de forma natural. Lamentamos não ter tido a idéia de gravar os depoimentos... Na próxima aula iremos tentar... Depois dessa conversa, pedimos que escolhessem, dentro do tema água, o que eles gostariam de saber, de pesquisar...
Os alunos Loraine, Sírio, Eder, Wendell e Maicon gostariam de saber sobre os PEIXES. Perguntamos que tipo de peixe? Não definiram nenhum, mas um deles sugeriu os do Taim (reserva ecológico entre os municípios de Rio Grande e Santa Vitória do Palmar).
Os alunos Elizara, Rita, Iuri, Fabio Junior e Deise se interessaram pela energia elétrica produzida através da água. Queriam saber sobre a luz, como se produz. Da conversa que tivemos sobre o processo de produção de energia, e da pesquisa no Google, ecnotramos e visitamos o site da CELG – Companhia de Energia Elétrica do Estado de Goiás:
http://www.celg.com.br/Pesquisa_EnergiaEletricaGoias.jsp
Ali, passeamos pela página um pouco... E no menu achamos o tema PESQUISA ESCOLAR, muito interessante, e outro link interno da página, chamado Celg kids, com jogos educacionais, cujo tema é a energia elétrica. Combinamos de na próxima aula definir o roteiro de pesquisa (Mapa conceitual básico), pra iniciar a atividade. Mas antes, fizemos uma provocação aos alunos dos dois grupos, aproveitando o tema da energia elétrica, a tecnologia do laboratório do NTE, e a vida cotidiana dos alunos...
Perguntamos o que eles costumavam fazer quando faltava luz, levando em conta que sem energia elétrica, nem TV, rádio, computador, internet funcionava, e ai as surpresas e curiosidades:
Wendell disse que acendia uma vela; Sírio, que a TV dele é a pilha, grande (provavelmente uma bateria, não soube explicar...), Eder disse que o rádio dele podia usar pilha também... Continuamos com a sadia provocação quanto ao tema da falta de energia, perguntando como eles viviam e o que faziam sem a luz (energia) e sem os meios eletrônicos, tecnológicos, citando cada um... Mais surpresas, gratas, aconteceram:
Perguntados: o que vocês fazem quando falta luz?, disseram:
Eder, que conversava... Algo que muitos especialistas atribuem a TV e a tecnologia em geral o fim das conversas familiares, outro aluno disse que saía pra rua, pra brincar... Sírio disse que acendia vela e jogava carta, outro disse que brincava de bola, carro; outra, desenhava, Wendell e Eder comentaram que gostavam de jogar dominó, e Loraine - que além de DM é DV, pois possui baixa visão -, disse que costuma ficar olhando pras paredes.
Para o primeiro encontro, consideramos um sucesso a atividade, pois a interação ocorreu espontânea, natural, provocando reações até inesperados do cursista e da profª apoiadora, dando-nos a grata satisfação de perceber que o alunado, quando estimulado, responde até acima do esperado... Pretendemos, antes da próxima aula, cursista e profª apoiadora, elaborarmos o nosso próprio roteiro de atividades para: orientar o roteiro de pesquisa dos dois grupos (água e energia elétrica), ensinando aos que não conhecem a como acessar sites de busca, como Google e Cadê, como efetuar essa pesquisa através do uso de palavras-chaves, a como abrir uma pasta para cada grupo, no ambiente Windows, para que elaborem e armazenem textos, copiem e colem fotos, etc. Enfim, um início alentador.

José Antonio Klaes Roig (cursista PROA) Jane Veiga Alano Degani (profª apoiadora)

A construção do conhecimento III: entre o construtivismo e o concretismo


Dizem que a vida começa aos 40. Mais do que frase feita, no meu caso específico, é a mais pura realidade, nada virtual, como gosto de frisar... Em 2004, exatamente alguns meses antes de completar 40 invernos (sou de 7/7,1964, que somando 7+7+1+9+6+4= 34, que somado 3+4 dá 7, mais do que numerologia, é um fato que me acompanha há um bom tempo...), lancei justamente meu primeiro livro, chamado Realidade Virtual... Dali, fui, menos de um ano depois, pai, pela primeira vez. Já havia sido padrasto, de uma primeira união. E claro, publicando um livro, tendo um filho, tive que plantar uma árvore, no quintal da casa de meus pais, pra seguir a risca aquela máxima... Dali em diante, retomei os estudos. Em 2006, conclui uma especialização em História do Rio Grande do Sul: sociedade, política e cultura, e iniciei, por conta do trabalho no nçucleo de tecnologia educacional, essa especialização em tecnologia educacional, em curso até julho, e sendo aprovado para um mestrado em História da Literatura, FURG, 2007/2008. História e Literatura, Educação e Tecnologia, aliadas a Arte e Cultura, são as seis áreas do conhecimento que me completam como profissional, cidadão e acima de tudo, ser humano... Uso e abuso da inter e multidisciplinaridade em minhas atividades, buscando conexões entre todas. Uma acaba sendo a terapia doutra... Um projeto de vida, com vários projetos de trabalho e pesquisa...
Claro, que conciliando trabalho (40h semanais) e estudo (20h) mais as madrugadas, fins de semana e feriados, não há como de vez em quando não confundir as coisas, por exemplo: Pensar em construtivismo (educação) e falar concretismo (literatura)... São palavras parecidas, que remetem a construção do conhecimento pedagógico e do experimentalismo literário...
Tudo isso deveu-se ao fato de ontem, pela manhã, ao terminar a atividade do Projeto de Aprendizagem com alunos da 2ª série DM (deficiência mental) que tiveram um rendimento acima do esperado, atividade da pós em tecnologia educacional, em que uso o construtivismo, já pensar nas atividades que teria mais adiante no mestrado, sendo o concretismo (ou a Poesia Concreta, como também é chamado) como um dos objetos lidos... No fim, o que reforçou mais a confusão foi a visão da construção em frente à EEEF Barão de Cêrro Largo, onde funciona o NTE Rio Grande/18ªCRE, da nova e bela sede da Justiça Federal, em Rio Grande (fotos acima). Uma construção que terá 6 andares, segundo consta, que terá em seu último andar um restaurante panorâmico para a Lagoa dos Patos, com o encerramento da obra previsto para o final de 2008, se não me falha a memória... Educação e Justiça, duas coisas que faltam nesse país continente... Educação necessitando de infra-estrutura e investimentos nas escolas públicas, justiça social sendo um clamor da população, desde seu Descobrimento. Quem dera a educação, que apesar de tudo, carece de recursos financeiros, tivesse os mesmo recursos e obras que a Justiça possui. Mesmo assim, o professor é um construtor do conhecimento, alicerce do desenvolvimento de qualquer nação... A luta por um piso nacional que valorize o educador, seja professor ou trabalhador na educação, deve ser a luta não apenas do profissional, mas te toda a comunidade escolar, e diria mais: de todos aqueles que alegando que a Educação é fundamental para a resolução dos graves problemas sociais, referindo-se mais ao ensino formal, que a educação familiar... Depositando na escola todos os sonhos, anseios e obrigações que são de todos... Mais que uma provocação, essa postagenm é um convite à reflexão, ao debate e a construção do conhecimento, desde a sua base, até seu mais elevado patamar....

segunda-feira, março 19, 2007

DEDOS DOS PÉS, um site imperdível


Colegas de pós, do serviço público, da educação, ou de qualquer outra área do conhecimento, que costumem visitar meu blogue ou sejam apenas um turista do ciberespaço, e que entraram no Letra Viva por acaso, sugiro a vista no site http://www.truenet.com.br/ronaldo/. Acessando-o você conhecerá a vida de Ronaldo Correia Júnior e como as tecnologias assistivas facilitaram a sua vida. Nada que eu disser se equivale a emoção da visita, neste que foi o segundo site feito por uma pessoa com deficiência na Internet brasileira. Também conhecido como http://www.dedosdospes.com.br/. A vida imita a arte, e não há como não remeter o depoimento de Ronaldo ao filme "Meu Pé Esquerdo", em que o ator Daniel Day Lewis interpreta uma história de vida real e similar. É incrível como a realidade virtual, ou melhor, a ciência, através das tecnologias assistivas podem integrar (que é o sentido mais próximo do termo inclusão), pessoas com limitações físicas ao mundo real. Ronaldo nasceu no mesmo ano que eu (1964), e tem gostos muito parecidos com os meus: história, filosofia, ficção científica (sou escritor nas horas vagas). Vendo o histórico de vida de Ronaldo e sua superação, fica pergunta que não quer calar: E se fosse comigo? E se fosse contigo? ... Por procurar sempre me colocar no lugar do outro, percebo como não damos valor às pequenas coisas da vida, como andar, correr, pular... Na sociedade consumista em que vivemos, acabamos, subliminarmente ou não, dando mais valor a toda e qualquer parafernália tecnológica ou outras coisas da moda que, diante da lição de vida que Ronaldo nos dá, tornam-se banais, passageiras, casuais. Viver a vida, e ter a oportunidade, mesmo que com limitações, de exercer a plena cidadania, eis o grande desafio que temos pela frente, sejamos educadores ou alunos, portadores de necessidades especiais ou não.

domingo, março 18, 2007

Motrix


Vim a saber da existência do software Motrix (não confundir com o filme Matrix), "que permite que pessoas com deficiências motoras graves, em especial tetraplegia e distrofia muscular, possam ter acesso a microcomputadores, permitindo assim, em especial com a intermediação da Internet, um acesso amplo à escrita, leitura e comunicação"; através de atividade da Pós-Graduação em Tecnologia Educacional, na disciplina Proa7, que trata de Tecnologias na Educação Especial. Conforme apresentação de slides disponibilizada aos cursistas, elaborada por Joice e Renata, do CENTRO CIENCIAS EXATAS TECNOLOGICA-CCET, da UCS - Universidade de Caxias do Sul, o Motrix é uma espécie de AMBIENTE INFORMATIZADO PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS.
O acionamento do sistema é feito através de comandos que são falados num microfone. Tal sistema vem sendo desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde março de 2002, tendo como coordenador do projeto, o professor José Antonio Borges.

O NCE/UFRJ é responsável também pela criação de outros softwares, como
*DOSVOX (Teclado Amigo) - utilizado para curso de informática educativa no NTE-Rio Grande/18ª CRE;
*Telefone público para surdos - que a EEEF. Barão de Cêrro Largo, em Rio Grande, tem um à disposição;
*Semáforo para cegos;
*Dicionário digital para deficientes auditivos;
*Luva traduz a linguagem dos surdos-mudos em texto.

Alguns detalhes interessantes do programa Motrix (conforme material de Joice e Renata):
O desenvolvimento do Motrix foi motivado por uma médica radiologista, tetraplégica há 26 anos, que ao assistir uma entrevista com o professor José Antonio Borges, verificou que a alternativa de acionamento por voz poderia ser uma excelente alternativa para o acesso de tetraplégicos a microcomputadores.
Funcionamento básico:
O Motrix é acionado na partida do computador, de forma que a única dificuldade para o tetraplégico seja ligar o computador. A partir daí o controle do mouse e do teclado passa a ser feito unicamente por voz (embora esses dispositivos não sejam desabilitados, permitindo assim que uma outra pessoa possa eventualmente usar o computador). Os comandos foram escolhidos cuidadosamente para que possuam uma grande diferença sonora entre as palavras, aumentando assim a confiabilidade do entendimento pela máquina. Sempre que um comando é acionado ele é escrito na barra de comandos do Windows, e desta forma a pessoa pode ter um feedback sobre o entendimento ou não do comando pelo reconhecedor. Os comandos visam essencialmente realizar:
O sistema permite também digitação soletrando. Para diferenciar os sons das letras, o Motrix utiliza o alfabeto fonético da aviação:
Alpha Bravo Charlie Delta Echo Foxtrot Golf Hotel India Juliet Kilo Lima Mike November Oscar Papa Quebec Romeo Sierra Tango Uniform Victor Whiskey Xray Yankee Zulu
Foi escolhido este alfabeto por parecer ter sido provado ao longo da historia como um dos mais efetivos para reconhecimento em ambientes ruidosos .
MOTRIX ganhou prêmio Master de Ciência e Tecnologia de 2002.

Embora não seja trocadilho, pelo que acima foi descrito, o Motrix lembra em muito o filme Matrix, a medida que cria um ambiente virtual, em que os portadores de necessidades especiais podem desenvolver atividades através da informática, situação que no mundo real estariam impossibilitados. As tecnologias assistivas, com certeza, são poderosas ferramentas de inclusão social. Nossa "matrix" social precisa valorizar mais às ciência e tecnologia nacionais, e os pesquisadores e cientistas brasileiros que desenvolvem maravilhas tecnológicas, mesmo sem possuir os mesmos recursos financeiros e de infra-estrutura dos países desenvolvidos.

DOSVOX


Trabalhando com tecnologia educacional, desde 2002, mais com a parte técnica, e a partir de 2005, com a parte educativa, já que, com partida de meu colega Nerocy Miranda Filho para a iniciativa privada, precisei acumular as funções de técnico, multiplicador e coordenador, vim a descobrir o projeto DOSVOX, somente em meados de 2006, a partir da ampliação do Projeto de Informática na Educação Especial (com alunos surdos, deficientes mentais e portadores de altas habilidades/superdotação), parceria do NTE com as professoras da Educação Especial da EEEF Barão de Cêrro Largo (Rio Grande-RS). Já, em 2006, com o ingresso da colega Janaína Martins, como profª multiplicadora no NTE, conversamos com a professora Nirlei Rodrigues, responsável pela sala de recursos para DVs - deficientes visuais, da Escola Barão, que comentara conosco que conhecia uma ex-aluna, Luize Dorneles, que poderia auxiliar no uso do DOSVOX, com alunos cegos e com baixa visão, pois sabia usar o referido software. Achamos uma idéia interessante, combinamos uma reunião. Na oportunidade, Luize se interessou por ser voluntária, através de monitoria na turma de DV, no período da tarde, que tinha disponível, e assim iniciamos uma nova fase do projeto de infromática na Educação Especial. No início, nós, eu e Janaína, fomos também alunos de Luize, aprendendo juntos a como lidar com o DOSVOX, software que esta disponível para download gratuito na página: http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/.

O Projeto Dosvox (imagem acima), foi desenvolvido pelo NCE - Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (http://www.nce.ufrj.br/), e trata-se de sistema operacional, conforme consta no site, "que permite que pessoas cegas utilizem um microcomputador comum, desempenhando uma série de tarefas, adquirindo um alto nível de independência no estudo e no trabalho".
Esse projeto do NTE, utilizando as tecnologias assistivas com deficientes visuais, inspirou, na cidade do Rio Grande-RS a uma instituição privada que trata de alunos cegos a oferecer um curso similar. Acreditamos que a inclusão de portadores de necessidades educativas especiais )PNEEs), deve ser entendida como um exercício de cidadania, colocando o PNEE, tanto como sujetio como agente do processo de ensino-aprendizagem. E os resultados têm sido gratificantes para todos. Breve socializaremos textos, fotos, trabalhados dos alunos e dos professores, dezenvolvidos pelo NTE-Rio Grande/18ªCRE, através do blogue ambieNTEscolar http://ambientescolar.blogspot.com, em fase de construção.

sábado, março 17, 2007

Blog sobre PNEEs - portadores de necessidades educativas especiais

http://necessidades-especiais.blogspot.com/ de Márcia Paganela, que possui outro blogue, chamado Me Acharam (que já consta da relação de blogues educacionais indicados pelo Letra Viva), têm vários links para outros blogues e sites educacionais.
O link (atalho acima citado), é referência dos tutores responsáveis pela ativ.3, da Turma 3 - PROA 7, Pós-graduação em Tecnologia Educacional.
Como mediador do grupo 4 (composto pelas colegas Grede, Helenita, Ilane, Janaína e Eu), pretendo fazer contato por e-mail com as colegas, o mais breve possível, para o exercício da atividade, com prazo final para o dia 4/4/07.
Imagem no alto desta postagem (que se clicada em cima, mostra melhor os detalhes do uso da maioria dos recursos do Paint Brush), foi elaborada pela aluna Telma, adolescente que além ter baixa visão é portadora de deficiência mental, e que em 2006 teve suas primeiras noções de informática educativa, no NTE-Rio Grande/18ªCRE, dentro do projeto de Informática na Educação Especial, unindo a inclusão digital à integração social.

Tecnologia pode viciar?


Notícia extraída do portal Yahoo Notícias, em 17/03/2003:

Novas tecnologias, novos vícios

Por María Guillén (EFE).

Álcool, tabaco, jogo, sexo ou drogas. Estas são as dependências mais conhecidas e censuradas pela sociedade. Mas há outros vícios freqüentemente aceitos que podem ser igualmente nocivos, como a dependência ao telefone celular, ao computador, a Internet ou mesmo ao trabalho. Fruto das novas tecnologias, estas manias não são tóxicas, mas reduzem nossa liberdade e alteram nosso comportamento social.
As novas tecnologias não apenas tornam nossa vida mais fácil, também produzem mudanças nos hábitos. Seu uso compulsivo pode provocar patologias relativamente novas, como o vício em Internet ou telefone celular, surgido há pouco mais de dez anos, embora em países como EUA tenha uma trajetória mais longa.
Um fato importante é que o consumo excessivo destas tecnologias se emoldura dentro dos padrões da sociedade moderna, por isso o indivíduo não costuma ser consciente de seu problema. Assim, as pessoas afetadas, embora percam seu poder de autocontrole, não costumam pedir ajuda.
O caso mais extremo das conseqüências que pode ter a dependência nas novas tecnologias aconteceu há poucos dias quando um jovem de 28 anos morreu de um ataque cardíaco, após passar cinqüenta horas seguidas jogando computador em um "cibercafé". Segundo a Polícia da cidade sul-coreana de Daegu, o rapaz passou suas últimas horas "enganchado" a um jogo de estratégia com o qual estava obsessivo. Apenas parava para ir ao banheiro, até que finalmente o esgotamento acabou com seu coração.
Por sorte, estes fatos não ocorrem todos as dias. Mas é certo que as pessoas inseguras, imaturas, incapazes de resolver problemas, instáveis emocionalmente ou com tendência a buscar o prazer de forma imediata são as mais inclinadas a cair na dependência no uso de Internet ou telefone celular.
Estes meios são o ingrediente perfeito para se evadir da realidade estressante e compensar, de maneira fictícia, nossas carências. Assim, o que começa como uma solução, acaba se transformando em uma conduta obsessiva, que origina o abandono das obrigações familiares, trabalhistas e culturais. No entanto, hoje o problema é que esta patologia é cada vez mais freqüente nos jovens.
Como explica o doutor Otín Grasa, um dos profissionais responsáveis pelo site "adictosainternet.com", "no princípio, os usuários da rede eram empresários e profissionais, aumentando paulatinamente para a população em geral, sendo os mais jovens os que têm maior risco de vício, especialmente os adolescentes. A telefonia celular, em constante desenvolvimento, facilita agora o acesso a chats de Internet e são esses adolescentes os que cada vez mais dispõem de celulares".
Eu, particularmente, penso que até jogo de palitinho pode viciar, se a pessoa não tiver controle sobre seus atos, ou não tiver orientação sobre o uso adequado dos multimeios. Tudo que é feito em exagero, exagerado está...

quinta-feira, março 15, 2007

Questionário sobre consumo cultural de crianças


Ainda não tabulei os dados coletados, através de questionário sobre o Consumo Cultural de Crianças, atividade da disciplina PROA 12 - Integração de Mídias (TV, Internet, Rádio) no Cotidiano Escolar, sob coordenação das profªs. Jane Barros, Rosa Fischer e Suzana Schwertner. Especialização em Tecnologias da Comunicação e da Informação na Promoção da Aprendizagem (UFRGS - 2006/2007).
Mas, pela observação de algumas respostas, aplicadas a alunos da 8ª série do ensino fundamental de escola estadual, com média de idade de 14 anos, pude perceber a influência dos meios usuais e programas líderes de audiência, e o desconhecimento ou a não utilização de outros meios de adquisição de informaçao e conhecimento, dentre eles, o livro.
O questionário é composto de 11 perguntas: a primeira, sobre dados de identificação do(a) aluno(a) (está questão é opcional); algumas com escolha múltiplas, e algumas solicitando opinião do(a) aluno(a) sobre os meios de informação e comunicação mais usados em seu cotidiano.
Em linhas gerais, há o esperado: passatempo predileto dos meninos é jogar futebol, e das meninas, ouvir música e ver novela. Mas têm outros dados interessantes que, depois de tabulados, proporcionarão uma boa e saudável reflexão, em uma futura postagem.

PROA - disciplinas opcionais


Caros colegas do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu Especialização em Tecnologias da Informação e da Comunicação na Promoção da Aprendizagem (UFRGS-2006/2007), todos devem ter rebecido e-mail da coordenação, sobre a retomada das atividades, a partir de 19/3, quando deveremos nos inscrever em duas das sete disciplinas opcionais oferecidas nessa segunda fase. Já visitei a página (http://mathematikos.psico.ufrgs.br/curso_proa/
opcionais/index.html),e aconselho a todos a leitura atenta do plano de ensino de cada disciplina, pois lá encontram-se interessantes informações sobre cada uma, para que possamos fazer a melhor escolha, adequada ao nosso perfil e área de interesse. Vejam só os títulos:
Proa 08 - Seminário Paulo Freire;
Proa 09 - Gestão das Tecnologias na Escola: Novos Tempos e Espaços;
Proa 13 - Autoria de Jogos Educacionais;
Proa 14 - Resolução Cooperativa de Problemas;
Proa 15 - Representação Lógica do Conhecimento;
Proa 16 - Princípios de Funcionamento e Limites do Computador,
Proa 17 - Uso de blogs e Flogs na Educação.
Todas são ótimas, pena não termos tempo nem estrutura para cursar todas, mas, aqui no NTE Rio Grande/18ªCRE, resolvemos, cada um (e somos, por enquanto, apenas dois) fazer disciplinas diversas um do(a) outro(a), para podermos abrir o leque de recursos à disposição no futuro. É uma estratégia e uma forma de estudo compartilhado. Uma boa escolha a todos nós.

quarta-feira, março 14, 2007

Os canais de TV públicos não deveriam estar abertos à população?

Com base em comentário da colega Lene sobre a linguagem televisiva, postado no ambiente virtual do curso de extensão a distância de Mídias Integradas na Educação - Módulo II (UnB), no qual somos cursistas, passei a refletir sobre suas considerações, calcadas no mercatilismo acima do entretenimento, da arte e da cultura.
Lene, em sua análise sobre o "roteiro televisivo" a que estamos sujeitos coloca a prevalência do comercial na programação televisiva brasileira. Concordo. Creio que, com o advento da TV Digital, possamos enfim libertarmo-nos desse modelo, escolhendo o que desejarmos ver, na hora que quisermos assistir. Hoje, via de regra, o que existe é um grande espaço comercial em que o intervalo é justamente a programação: novelas, jogos, desenhos, noticiário. Tudo é merchadising, ora de forma cristalina, ora dissimulado na programação, num comentário de personagem de novela, numa cena meio forçada pra mostrar a placa de um banco, a marca de um carro, a logomarca de um perfume e por ai vai...
Apesar disso, existem minisséries de qualidade internacional, tipo (Os Maias, Hoje é dia de Maria, etc.), mas como sempre, lá no madrugadão. Algo, como digo, proibitivo para "maiores de idade", que precisam acordar cedo no dia seguinte. Ano passado, por questões de economia, cortei assinatura da TV a cabo, e fiquei sem opção. Aliás, tinha duas: ligar ou não ligar a TV. Risos... Mas esse ano tive que voltar a assinar, numa promoção, e nas férias, zapeando o controle pra lá e pra cá, de repente encontrei umas entrevistas e documentários incríveis. E pasmem: no canal da TV Câmara e do TV Senado. Dois canais, que pagos pelo contribuinte, poderiam, com a TV Escola e as TVs educativas, serem todos franqueados em canal aberto à população; e não apenas às antenas parabólicas e aos assinantes...
Vi, na TV Câmara, palestra (que seguido repete) com o jornalista Washington Novaes (que escrevia pra revista Veja, não sei se continua... Não sou assinante...), falando sobre a questão ambiental e suas implicações. Fantástica palestra. Lamentei não ter em casa um gravador de DVD para depois mostrar a professores e alunos.
Já, na TV Senado, uma entrevista com Bárbara Heliodora, que traduziu a maioria das obras de Shakespeare para o português, falando não apenas de tradução de livros e de literatura, mas de questões que poderiam ser levadas para a sala de aula e para a sala dos professores, sobre ética, consumo cultural, etc. Quem sabe fazendo uma campanha, abaixo-assinado para que tais canais, que são públicos, fossem de fato veiculados ao grande público, e não apenas a uma minoria que se dá ao luxo (ou esforço econômico) de assinar uma TV a cabo, possa, conscientizar às TVs abertas para a melhoria, não apenas do sinal, mas de sua programação em geral.
Meu filho Allan, de 2 anos de idade, assiste diariamente ao Discovery Kids, que tem uma programação educacional muito boa, dirigida ao público infanto-juvenil... Na internet tem a página do Discovery Kids (basta procurar pelo Google), que coloquei atalho em meu blogue, com jogos, vídeos e atividades que podem ser feitas com alunos num laboratório de informática.
Então, todos àqueles que tiverem blogues educacionais e concordarem com esse meu ponto de vista - do que é público ter acesso público, vide TVs educativas, TV Escola, TV Câmara e Senado -, coloquem um chamamento à reflexão em seus blogues. A César o que é de César, e ao público, uma programação que una o comercial ao cultural...
A colagem acima é de minha autoria, a partir de recortes de revistas antigas.

terça-feira, março 13, 2007

A era digital

O termo ERA DIGITAL se presta a interpretações paradoxais. A palavra "era" nos remete ao mesmo tempo ao avanço científico e tecnológico, sem precedentes na civilização humana, e também ao tempo do "era uma vez..." uma máquina de escrever, um microcomputador 386, 486, Pentium I, II, III, um HD de 10GB, uma memória de 64MB e por ai vai... Tudo deixa de ser moderno e passa a ser antiquado em questão, não de geração, nem décadas, mas de ano, semestre, semanas, até dias... O que era novo, já não o é mais, "era" até a semana passada, o mês passado, o ano passado, quando surgiu algo melhor, mais rápido, eficiente, e caro, diga-se de passagem... O Plastation, que era o supra-sumo do videogame, já está em sua versão III, incorporando uma nova tecnologia que, dizem os "experts", substituirá em breve o DVD, que mal substituiu ao VHS, e que ambos ajudaram a decretar o fim do cinema a médio prazo. Basta ver a quantidade de cinemas fechados mundo afora. Aqui em Rio Grande, em março fechou-se o último, localizado no Shopping. Nesse sucateamento de uns em favor de outros, ainda vemos que a embalagem está cada vez melhor (vide TV Digital), mas o conteúdo utilizado pelos seus "pilotos virtuais" precisa ser modernizado, pois, como coloquei na postagem anterior, a informática deve ser apenas um meio de qualificação e não a finalidade e si. Um laboratório de informática (e qual escola brasileira não deseja possuir um, que fale agora ou cala-se para sempre!... risos) deve ser pensado como ambiente virtual de aprendizagem e não de recreação. O professor deve levar sua turma para o desenvolvimento de atividades curriculares, em que o laboratório proporcione uma forma diferente de mostrar o conteúdo educacional, e não apenas atividades lúdica ou recreativa. Somente o educador, e ninguém mais, é capaz de fazer esse "salto para o futuro" com o aluno. Nenhum técnico em informática, utilizando apenas a tecnologia pura e simples, sem um embasamento pedagógico, poderá substituir o educador.
A era digital, que substituiu a analógica, e antes disso as válvulas, os transistores, e quem sabe um dia o chip, também pode estar com seus dias contados em alguma esquina do tempo... em que os relógios se desmancham, como nalguma pintura surrealista de Salvador Dalí.
Potanto, não nos apeguemos demais aos equipamentos, que são bons auxiliares, com certeza, mas valorizemos, antes da máquina o ser humano, seja aluno ou professor.
A colagem acima, de minha autoria, ilustra um poema, também de minha autoria, chamado Modernidade, postado há algum tempo no meu outro blogue, de arte e cultura, chamado CONTROLVERSO (http://controlverso.blogspot.com). Qualquer semelhança do termo Controlverso (criado por mim) com a informática, não é mera coincidência... e sim, pura influência... Somos influenciados pelo meio em que vivemos, e temos a obrigação ética e moral também de influenciar positivamente ao meio, seja ambiente, escolar ou virtual...

segunda-feira, março 12, 2007

Informática como meio e não como fim


Quando se fala de informática na educação - mais precisamente, informática educativa -, o público leigo pensa num laboratório de informática, com máquinas modernas e toda a parafernália que acompanha o "kit tecnológico": scanner, impressora, gravador de CD/DVD, datashow, webcam, filmadora, etc.
Nada mais enganoso do que crer que apenas máquinas serão capazes de revolucionar a prática pedagógica, se lembrarmos que não passam de ferramentas, de mecanismos pré-programados, em que o código binário (1-0, sim-não) é que comanda esse equipamento sonhado por 10 entre 10 jovens em idade escolar.
De nada adiantará ter laboratórios sofisticados, se a prática de ensino-aprendizagem for a mesma do tempo do ábaco ou da máquina de escrever (que, segundo uma conhecida, a coleguinha de sua filha confundiu uma Olivetti como uma "impressora com teclado", pois a jovem jamais tinha visto algo igual). Em menos de dez anos da popularização do microcomputador, a máquina de escrever virou peça de museu. Se não houver a clara visão de que informática é um meio de qualificação da educação, e não o fim, lofgo estaremos trocando o PC por outro meio tecnológico sem maiores divagações.
Não é a informática, por si só, que poderá melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Quando muito, ela proporcionará ao professor outras formas de apresentar o conteúdo, de um jeito mais criativo à geração da imagem instantânea, que sabe lidar melhor com os multimeios de que muito educador, que também, desatualizado, crê que máquina é apenas para indústria e outras instituições. O aluno sabe manipular o equipamento, mas não tem a bagagem cultural nem o conhecimento educacional para utilizar tais recursos além do trivial.
O professor "conectado" com a necessidade da tecnologia e da informática serem uma valiosa ferramenta é aquele que age como a imagem acima, de uma tela do pintor belga René Magritte, mestre do surrealismo: "vê o ovo e imagina o produto futuro". No processo de informatização das escolas, as máquinas são apenas o meio, e a educação que é a finalidade. Já, dentro do processo educacional como um todo, a educação que é o meio, enquanto a cidadania que é a finalidade. Mais do que preparar alunos para o mercado de trabalho, a escola deve preparar o alunado para a vida em sociedade. Não é a sociedade que é reflexo da escola, e sim a escola o reflexo de uma sociedade familiar em desestruturação, muitas vezes por que a criança precisa abandonar os estudos para trabalhar, ainda em idade escolar, aumentando a evasão. Mas, paradoxalmente, essa mesma criança que evadiu, no futuro, já adulta, para poder manter o próprio emprego, precisará retornar à escola, através de exames supletivos ou de instituições de EJA - Educação de Jovens e Adultos. Uma engrenagem social tão complexa como um computador de última geração, que ironicamente, quanto mais sofisticado, mais desemprega trabalhadores, sem oferecer a contrapartida para esse desequilíbrio social.
A informática, que pode ser uma grande aliada em sala de aula, fora do ambiente escolar pode transformar-se num grande e frio selecionar, como uma colheitadeira agrícola, toda informatizada, que separa o joio do trigo, eliminando a mão-de-obra não qualificada para um mercado cada vez mais exigente... Paradoxos e paradigmas que precisam ser analisados nos textos e contextos escolares... A avaliação escolar pode ser uma forma de evasão escolar, se não forem considerados os aspectos qualitativos do aluno e apenas os quantitativos no processo de ensino-aprendizagem.

Escolas estaduais em competição internacional de robótica

Fonte: www.educacao.rs.gov.br (Página da Secretaria Estadual da Educação do RS).
Escolas estaduais participam de competição internacional de robótica
Duas escolas estaduais, Fundação Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, de Novo Hamburgo, e Heitor Villa Lobos, de Gravataí participam da etapa regional de seleção do “First Robotics Competition”, a principal competição de robótica estudantil do mundo. A seletiva acontece neste sábado, 10 de março, a partir das 15h, no Centro de Eventos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre. A entrada é gratuita. Participam desta etapa 15 equipes, das quais oito são gaúchas.
A missão é montar robôs para a execução de uma atividade específica, determinada por técnicos da Nasa, agência espacial americana. Os participantes tiveram 30 dias para construir os robôs de, aproximadamente, 1,70m de altura, os quais terão a meta de colocar 24 bóias dentro de uma estrutura central. Cada partida terá duas equipes de três times. As equipes se revezam a cada partida de dois minutos e quinze segundos. Os 12 times que mais pontuarem na primeira fase chegam à final da regional.
A final do mundial acontece entre os dias 12 e 14 de abril, em Atlanta, nos Estados Unidos. Antes disso, ainda serão realizadas 36 regionais, duas no Canadá, uma em Israel e outras 33 nos Estados Unidos.

domingo, março 11, 2007

A construção do conhecimento II


Quando se fala em construção do conhecimento, reporta-se normalmente ao ensino formal, às teorias educacionais (o construtivismo é uma delas), aos grandes educadores, pensadores, filósofos, pesquisadores... Nem sempre a cultura popular faz parte do currículo de ensino oficial. Então, passamos a discutir muito coisas universais, mas pouco tratamos da realidade cotidiana, da própria comunidade escolar... Sabemos de cor e salteado quem descobriu a América, o Brasil, etc. Desconhecemos os vultos históricos da própria cidade, que deram nome às ruas, às praças, às escolas e tudo mais...
Muitas vezes damos vazão a uma visão elitista dessa engenharia social, sem levar em conta o conhecimento do próprio operariado dessa construção: o povo em si.
Nessas férias, aproveitei para fazer alguns reparos na casa, e apelei para alguns prestadores de serviços, indicados por amigos, pela capacidade, confiança, rapidez e, além disso, o baixo custo. Com os três (um encanador, um eletrecista e um pedreiro), fui o ajudante e aprendiz. Aprendi algo que já sabia antecipadamente, aliás, só tive a confirmação: a importância da escola e do conhecimento para a valorização profissional e ascensão social, mas apesar disso, não é necessário uma grande escolaridade para se realizar atividades complexas, desde que haja muita dedicação por parte de seu executor. Conversando com cada um desses operários, um de cada vez, vendo sua forma de trabalho, percebi uma técnica simples e eficiente, com cedrteza, aprendido ou de pai para filho, de irmão mais velho para o mais moço, de um tio, vizinho, amigo. Deixcaram a escola cedo para trabalhar, não por não gostarem de estudar, mas por questão de sobreviência. Falando sobre política, esportes, educação, tecnologia e assuntos variados, pude notar que todos têm uma grande consciência da engenharia social a qual estão vinculados, seja qual for a classe social, a escolaridade, a cor da pele, religião, ideologia que possamos ter. Vendo-os trabalhar, atrevo-me a dizer que posso agora fazer alguns pequenos reparos, evidentemente sem a mesma técnica e eficiência e rapidez. Embora também seja um aluno dedicado. O que cada um fez em dias, horas ou minutos, eu levaria, com certeza, dias e/ou semanas. Sem a garantia de um trabalho tão bom...
A educação formal deve saber valorizar a cultura popular que o alunado traz na mochila, mas nem sempre quer mostrar. O educador deve utilizar em alguns casos a interdisciplinaridade e multidisciplinaridade para repassar o conteúdo curricular.
Sempre é bom lembrar que 3 dos maiores artistas brasileiros beberam na fonte da cultura popular para elaborar suas obras-primas: Cândido Portinari, retrantando o povo brasileiro, através dos retirantes; Heitor Villa-lobos, com suas sinfonias flertando com os ritmos populares, vide O Trenzinho Caipira, As Bachianas, etc, e Monteiro Lobato (que disse que um país se faz com homens e livros), criando um mundo imaginário no Sítio do Picapau Amarelo, onde desfilavam, além dos personagens nacionais, os mitos da antigüidade e outras figuras históricas. Cresci assitindo o Sítio e aprendendo um pouco de arte, cultura e história a cada capítulo veiculado. Ano passado, junto com minha colega Janaína, resolvemos batizar cada máquina do Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) - Rio Grande/18ªCRE, com o nome e a figura de uma das personagens de Monteiro Lobato. Em cada monitor do PC, Janaína colocou uma etiqueta com a imagem ou da Narizinho, Pedrinho, Dona Benta, Emília, Visconde, Tia Anastácia, Cuca, junto ao número da máquina na rede, e o número do patrimônio público.
Quem mais gostou dessa novidade, deste Sítio (ou seria site?) foram às crianças do projeto de informática na educação especial...
A construção do conhecimento torna-se mais sólida e resistente ao tempo, quando sabemos delegar tarefas e atividades ao grupo, onde cada qual é responsável por sua parte, e cada parte é responsável por um TODO, em comum. O construtivismo foi um grande aliado nessa nossa "empreitada", e pretendemos continuar com esse projeto e outros mais. Breve colocaremos no ar um blogue específico para divulgar as atividades do Núcleo, batizado de ambieNTEscolar = a junção das palavras ambiente e escola, centralizadas pelo NTE.
A imagem acima (de Albert Einstein ao lado de um muro, tocando violino) é uma colagem de minha autoria, a partir de revistas antigas, a maioria adquiridas em sebos por preço quase simbólico. Nem sempre precisamos de grandes recursos tecnológicos para fazer um bom trabalho. Mas, quase sempre, tendo tais recursos, necessitamos de capacitação continuada, infra-estrutura e recursos humanos e financeiros para a sua manutenção e conservação... Assim como alguns avisos aos internautas, colocados em sites em fase de acabamento, devemos ter a consciência que nada nem ninguém está de todo pronto (seja aluno ou professor), e sim, em eterna construção, reconstrução, desconstrução; dependendo de quem coordena os projetos ou processos sociais. Eis a grande lição que aprendi, ainda jovem, e procuro repassar aos jovens de hoje, futuros operários e construtores do amanhã...

sábado, março 10, 2007

Reinício da especialização em tecnologia educacional


Aproveito para desejar um bom retorno aos colegas da especialização em tecnologia educacional (UFRGS), alguns deles meus colegas também no curso de mídias integradas na educação (UnB), e a maior parte, colegas de NTEs. Nessas férias, continuei produzindo em meu blogue, mais provocando a reflexão sobre temas envolvendo tecnologia, educação e cidadania. Contei com o apoio de diversas colegas (com comentários, dicas e ajuda também), e espero continuar contando, pois os desafios são maiores. Mas, creio que a aprendizagem colaborativa e cooperativa promove uma saudável interação - um dos objetivos de um curso a distância. E o mais interessante de um ambiente de aprendizagem virtual é que a distância torna-se menor, quando conseguimos aliar o coleguismo à amizade, mesmo que muitos dos colegas ainda sejam conhecidos apenas no ciberespaço. Um abraço a todos!
Observação: Imagem acima, meramente ilustrativa, escaneada a partir de uma revista, referente a propaganda de um banco privado.

Uma Verdade Inconveniente

O documentário Uma Verdade Inconveniente foi premiado com o Oscar 2007 , de melhor documentário, tendo como tema a delicada situação climática mundial e os efeitos do aquecimento global (buraco camada de ozônio, efeito estufa, desgelo das calotas polares, tempestades mais violentas, etc). O vídeo foi produzido por Al Gore, ex-vice-presidente dos EUA, na administração de Bill Clinton, e que apesar de ter recebido nas eleições presidenciais, em que fora candidato à presidência o maior número de votos, perdeu a disputa, graças a calamitosa apuração no estado da Flórida (se não me falha a memória), governado por Jeb Bush, irmão de W. Bush... E resto da história sabemos: os atos terroristas de 11/9, e a escala de destruição em massa do Senhor da Guerra, à procura de armas de destruição em massa, apoiado por dossiês de setores da inteligência, onde os Bush sempre tiveram cadeira cativa (Bush pai foi direor da CIA, inclusive). Setores, ou pouco inteligentes, ou no mínimo mal informados, ou manipulados por interesses geopolíticos, ou simplesmente falsificados como eleições supostamente fraudadas (ou todas as alternativas estão corretas) e assim vai esse ciclo vicioso, com ares de golpe de Estado. Tais incidentes lembram vagamente JFK - A pergunta que não quer calar e a "teoria da bala mágica", criada pela Comissão Warren, nos anos 1960, para afastar qualquer dúvida (persistente até hoje) sobre uma possível conspiração para afastar John F. Kennedy do poder.
Recentemente o canal A&E Mundo, pertencente a BBC de Londres, veiculou um documentário em que através da investigação dos registros da comunicação de áudio de um patrulheiro presente quando da morte de JFK foi possível indentificar, graças ao avanço da tecnologia digital, não três balas disparadas e sim 4, vindas de lados opostos, o que comprovaria a conspiração. Entretanto, uma verdade inconveniente, que acaba sendo tratada pela grande mídia como mera especulação...
Se Al Gore tivesse vencido às eleições americanas, poderíamos não estar num paraíso terrestre. Não sejamos maniqueístas a tal ponto de achar que W. Bush, e somente ele - e não todo o, poderio econômico-bélico-político que o colocou lá... - é quem detém o poder sobre a única superpotência mundial, pós-Guerra Fria. Bush, tanto pai como filho são os porta-vozes (para não ser pejorativo e dizer "testas-de-ferro"...) de pessoas jurídicas que precisam de pessoas físicas para mostrar a cara, enquanto a verdadeira face de quem detém o poder fica resguardada... Assim é o mundo, e a política internacional.
Entretanto, com Al Gore no poder, talvez fosse possível a mudança de rota da política intervencionista e predatória, que levou indiretamente ao 11/9, ora por ação (intervencionista), ora por omissão (aos abusos de seus "aliados")...
Verdades inconvenientes existem aos montes, mas a grande mídia prefere "tapar o sol com a peneira", entretando esse mesmo sol, responsável pela vida, poderá no futuro, dadas às previsões mais alarmantes, comprometer à própria existência da vida na Terra, se nada for feito nos próximos anos para diminuir a intervenção destrutiva do homem sobre a natureza.
Ainda não assisti ao documentário premiado com o Oscar 2007, infeliezmente, primeiro, pelo fato de que ter fechado, nesse mês, a única sala de cinema em Rio Grande (existindo agora apenas o Cine Dunas, no balneário Cassino), e por ainda não ter cópia disponível em DVD, nas locadoras da cidade. Mas, já está na minha lista de vídeos imperdíveis a serem vistos.
Penso que pode ser um bom material para ser mostrado a professores, alunos e à própria comunidade escolar, como forma de debater sobre a questão ambiental.
Na foto acima (detalhe de carro-alegórico da Escola de Sama Unidos de Vila Isabel, Carnaval 2007), uma imensa e poderosa mão verde, não do Senhor da Guerra, em sua visita pela América Latina, talvez com o intuito mais do nos desagragar, fazendo o Uruguai se afastar do quase moribundo Mercosul, do que para saber de nossas carências e estender a mão da colaboração entre os povos... Profunda ironia é o fato de que W. Bush, um protestante (religião predominante nos EUA) fervoroso, por onde passa causa protestos violentos por suas atitudes nada benevolentes. Uma verdade inconveniente que precisa ser dita mais vezes... Umberto Eco já comentou sobre o mundo atual e a "carnavalização da vida" a que estamos expostos pela grande mídia - mais uma verdade inconveniente, entre outras mil...

quinta-feira, março 08, 2007

W. Bush no Brasil

O presidente W. Bush ficará cerca de 20 horas no Brasil. Hoje, mais de 6 mil pessoas protestaram na Avenida Paulista contra sua presença. Sem entrar no mérito de sua visita, cabe lembrar que esse Sr. representa o que de pior tem a política internacional: descumprimento das resoluções das Nações Unidas, quando contra seus interesses (econômicos, políticos e militares); pressão para a criação de duras sanções econômicas contra seus adversários; suspeitas de fraudes nas eleições americanas que lhe deram o primeiro mandato (principalmente no estado, comandado por seu irmão Jeb); descumprimento da autodeterminação dos povos e invasão de países sob pretextos e dossiês falsos; não adesão ao tratado de Kyoto (alegando que tal assinatura tiraria empregos de milhares de americanos), o que provoca o aumento da poluição e a diminuição da camada de ozônio, do qual as indústrias americanas e européias são as maiores responsáveis; uso de incentivos aos produtos americanos e sobretaxa aos produtos de países em desenvolvimento, ainda que pregue a tal "liberdade de mercado", desde que só numa via (do american way of life) e jamais em mão-dupla. Suspeita-se que antes de concluir seu mandato, ordenará a invasão do Irã, pelos mesmos motivos de todas as demais invasões... Enfim, alguns motivos para apreensão... Dizem que ele está interessado no programa de biodiesel brasileiro... Creio que também em nossa biodiversidade na Amazônia, maior extensão de recursos hídricos, minérios, etc etc etc. Com alguém com esse curriculum vitae, todo cuidado é pouco...

Pausa pra reflexão



O texto poético abaixo, intitulado Poema Contábil, Saldo Negativo, de Fernando Correia Pina, recebi por e-mail de um amigo, e achei muito interessante postá-lo em meu blogue pela sua contundência e provocação à reflexão... Fonte: www.diariogauche.zip.net

A imagem acima é um grafiti, pintado no muro de uma casa em construção em uma das ruas de Rio Grande, que quis fotografar pela sua plasticidade, e para futura ilustração de algum texto.

SALDO NEGATIVO

Dói muito mais arrancar um cabelo de um europeu
que amputar uma perna, a frio, de um africano.
Passa mais fome um francês com três refeições por dia
que um sudanês com um rato por semana.

É muito mais doente um alemão com gripe
que um indiano com lepra.
Sofre muito mais uma americana com caspa
que uma iraquiana sem leite para os filhos.

É mais perverso cancelar o cartão de crédito de um belga
que roubar o pão da boca de um tailandês.
É muito mais grave jogar um papel ao chão na Suíça
que queimar uma floresta inteira no Brasil.

É muito mais intolerável o xador de uma muçulmana
que o drama de mil desempregados em Espanha.
É mais obscena a falta de papel higiênico num lar sueco
que a de água potável em dez aldeias do Sudão.

É mais inconcebível a escassez de gasolina na Holanda
que a de insulina nas Honduras.
É mais revoltante um português sem celular
que um moçambicano sem livros para estudar.

É mais triste uma laranjeira seca num kibutz hebreu
que a demolição de um lar na Palestina.
Traumatiza mais a falta de uma Barbie de uma menina inglesa
que a visão do assassínio dos pais de um menino ugandês

e isto não são versos; isto são débitos
numa conta sem provisão do Ocidente.

Autor: Fernando Correia Pina (Poeta português, nascido em 1954. Formado em História, vive em Portalegre, região do Alto Alentejo, junto à fronteira com a Espanha. Portalegre tem cerca de 16 mil almas. Pina é um funcionário municipal lotado no Arquivo Histórico local.)

A construção do conhecimento


Recentemente, em palestra para alunos da rede pública estadual, abordei o tema "Informática educativa e inclusão social". Como sempre faço, falo de improviso, sem datashow ou outros meios tecnológicos (apesar de trabalhar num núcleo de tecnologia educacional, e tê-los à disposição). Prefiro, às vezes, apenas o velho e bom quadro negro, giz e apagador... Antes de ser uma atitude paradoxal, ou de crítica aos meios tecnológicos, já vou antecipadamente dizendo que creio na tecnologia, como uma grande parceria, uma valiosa ferramenta de interação educador-alunado. Mas não precisamos ficar reféns do datashow e de quilométricas apresentações de slides, em que o palestrante lê exatamente o que cada texto é projetado em formato ampliado.
Como dizia Charles Chaplin:
“Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência, e tudo será perdido”.
Evidentemente que, com o advento da informática, da internet, dos videogames, temos que também incorporar alguns desses ambientes virtuais ao ambiente escolar tradicional, como forma de atingir melhor à geração da imagem e da informação... Depois das revoluções da informação (microcomputador) e do conhecimento (internet - o mundo ao seu dispor na tela do computador com apenas um clicar de mouse), precisamos entrar de vez na era da aprendizagem. Ou seja, saber lidar com tanta informação e conhecimento dispersos no ciberespaço (no universo virtual) e utilizá-lo em nosso proveito e na qualificação do processo ensino-aprendizagem. O próprio aluno pode ser um monitor de projetos educacionais.
Mas, mais do que discutir nessa postagem os multimeios, ciência e tecnologia, gostaria de comentar uma opinião particular:
Não creio que Isaac Newton, Albert Einstein e Stephen Hawking, três dos mais completos gênios da Humanidade, sejam geniais por si só. E sim, frutos de todo o conhecimento científico, matemático, tecnológico do gênero humano, séculos e séculos afora, que nos proporcionaram cruzar a fronteira da imaginação da ficção científica e do delírio futurísta. Muitas coisas sonhadas já estão presentes entre nós. Outras virão no seu devido tempo. Algumas precisam de um rigoroso controle ético para não virarmos reféns de nossas experiências sem controle.
Porém, se falarmos com a geração atual que recebe de "pára-quedas" tudo que é parafernália de última geração sem se dar conta disso, da importância de quem veio antes, tudo será em vão...
Gênio pra mim, foram os "homens das cavernas" que sem ter professor, manual de instrução e nada que os auxiliassem na luta pela sobrevivência, criaram a roda, descobriram o fogo, enfrentaram o clima, os animais selvagens e chegaram ao presente, através de nós... Eis a eternidade tão procurada por alquimistas na era medieval, e que existe a partir do repasse da informação, do conhecimento, mas, acima de tudo, da aprendizagem feita entre professor e aluno, mestre e discípulo, desde que o Homem (espécie) deixou as árvores, e o primeiro primata se pôs de pé... Ai iniciou a evolução humana, preservada através da memória coletiva.
Apesar disso, ainda existem alguns autênticos "elos perdidos" dos homens das cavernas, daqueles que usavam a clava forte na cabeça uns dos outros, puxavam às mulheres pelos cabelos, e que tinham mais preocupação individuais do que coletivas... Alguns deles estão, inclusive liderando superpotências, usando suas clavas fortes contra nações, como se trogloditas o fossem. Mas isso é uma longa e outra história, nem um pouco do tipo "faz-de-conta"...
Observação: Colagem de minha autoria, a partir de recortes de revistas.

08 de março - Dia Internacional da Mulher


Mais que um dia, o 08 de março serve como momento de reflexão para a valorização do papel na sociedade. Mulher que é mãe, dona-de-casa ou trabalhadora e esposa. Que "armazena" por nove longos meses uma outra vida em seu interior. Que trabalha igual aos homens, nas mais variadas profissões, mas em média ganha 1/3 a menos. Que adquiriu o direito de votar apenas no século XX. No Brasil, se não me falha a memória, em 1934. Na Suíça, no chamado primeiro mundo, pasmem: apenas na década de 1970. Há que se valorizar todas as mulheres: sejam professoras (o maior contigente), sejam policiais, médicas, taxistas, atletas, etc. Mulheres que vão conquistam gradativamente postos chves em empresas privadas e órgãos de governo, em países variados, e que vão imprimindo um modo particular de administração. Mulheres que conciliam a vida familiar com a profissão. Mulheres que são mães e também pais (por causa de pais ausentes). Enfim, um Feliz Dias da Mulher a todas que sabem que o 8/3, mais do que uma questão de gênero é uma luta incessante em busca da igualdade social entre os seres humanos, sejam eles homens, mulheres, crianças ou idosos; não importando a cor, a idade, a religião, a nacionalidade, afinal, são todos seres humanos.
Obs: Imagem acima, Vênus de Boticcelli.

terça-feira, março 06, 2007

Informática educativa e inclusão social


Ontem proferi a palestra "Informática educativa e inclusão social" aos alunos do 1º ano, do ensino médio, do Colégio Estadual Lemos Júnior, em Rio Grande, a convite da profª Jacyra (ex-colega do curso de especialização Rio Grande do Sul: sociedade, política e cultura - FURG 2006), que desenvolve projeto na disciplina de Literatura, trazendo pessoas das mais variadas áreas da arte e cultura para tratar de temas de interesse do alunado e/ou de motivação desse alunado.

Fiz breve histórico da informática, dos avanços científicos e tecnológicos, através do conhecimento humano, desde os primórdios do que se convencionou chamar informática até os dias atuais, passando pelos projetos desenvolvidos no Núcleo de Tecnologia Educacional(NTE)/Rio Grande, da 18ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) e, em especial, o de informática na educação especial, concluindo com um trabalho de motivação escolar e social.

Embora a turma, com média de idade de 15 anos (exato tempo que exerço diversas atividades como servidor público estadual, na área da Educação), pude perceber o interesse dos jovens, pela atenção dispensada ao palestrante, e pelas reações às informações dadas pelo mesmo, durante esse encontro.

Jacyra pretente, com já fizera em 2006, trazer pessoas ligadas ao teatro, à fotografia, a cultura, literatura, história, etc. para fazer o mesmo trabalho voluntário com às suas turmas. Um belo, interessante e louvável projeto de incentivo à arte, cultura e a cidadania, e à própria prática pedagógica em sala de aula.

Ano passado abordei o tema "História, literatura e identidade cultural", e também foi uma experiência muito proveitosa. Até hoje reencontro pelas ruas da cidade alguns alunos daquela turma. Uma das alunas chegou a me apresentar à sua mãe, comentando sobre o evento que participei, o que demonstra o reconhecimento por um trabalho de ativismo cultural, sem fins lucrativos, mas de valorização social.
Obs.: Foto acima é uma colagem de minha autoria, a partir de recortes de revistas. Feita há mais de 08 anos, como terapia, nas horas vagas, essa como outras colagens, têm sido utilizada como ilustração de temas variados em meus dois blogues (ou outro é o http://controlverso.blogspot.com , que trata de arte, cultura e imagem). A imagem que consta na tela do monitor do pc (incluída por mim) é a da capa de um disco de Milton Nascimento.

segunda-feira, março 05, 2007

Mais um link interessante sobre educação


Esse link www.diaadiaeducacao.pr.gov.br foi fornecido pelo tutor Marcelo Turkiewicz, do curso a distância em Mídias Integradas na Educação, e reforçado pelo colega Walmor. Muito interessante, com um amplo material sobre educação. No portal educacional do Estado do Paraná há espaços virtuais para educadores, alunos, escolas e comunidade. E muito mais links (atalhos) pra outros portais que lidam com a educação.

domingo, março 04, 2007

Campanha: parem de enviar correntes e mandem mensagens...












Inspirado por um e-mail de uma amiga, que pedia para pararem de enviar aquelas famosas "correntes" ameaçadoras (caso sejam quebradas), resolvi postar esse pedido em meu blogue: "ao invés de eviar correntes (que também evito), incentivemos o ouso do correio eletrônico para divulgar idéias, ideais, notícias, projetos, ou apenas fazer contato profissional ou amizades".

Todos os dias recebemos dezenas de mensagens, apenas reenviando ou repassando (como quiserem), o material de um terceiro, que também recebeu de outro terceiro (ou quem sabe até um 4º zagueiro... risos), sem nada acrescentar. Nenhuma linha, pra saudar ao amigo, avisá-lo da bomba que o espera, ou apenas matar as saudades...

Eu, particularmente, nada tenho contra correntes, mas não as repasso. Peço desculpas antecipadas àqueles que fazem parte de minhas listas de e-mails, mas raramente envio algo que não seja minha produção pessoal, ou dicas de algo interessante, e quase sempre com uma pequena mensagem junto.

Lembro que certa fez paguei um "mico", como diz a gurizada, ao repassar uma mensagem que dizia que se encontra-se um ícone de ursinho no PC, estava infectado, e que deveria deletá-lo, repassando o aviso a toda lista de e-mails, pois caso um apenas não o removesse, ele voltaria e poderia comprometer o microcomputador... Fiz isso, e minha prima remeteu dizendo que o tal ícone em forma de "ursinho" era um aplicativo do windows. Imediatamente copiei-o doutra máquina e reinstalei-o em minha, pedindo a lista de contatos desculpas.
Na internet temos que confiar desconfiando. O mundo digital é ainda uma fronteira aberta... Há pessoas que disseminação arte, cultura, informações fidedignas, enquanto outras levam tudo na brincadeira, ou pior, dispersam pragas digitais, disfarçadas de prosaicas "correntes" e outros e-mails insuspeitos.

Então, mandemos mais mensagens, ainda que telegráficas aoas amigos, e menos correntes e outras mensagens de terceiros. Salvo se forem realmente interessantes de divulgação...

Mundo Paralelo


Não é ficção científica, mas a mais sofisticada realidade virtual. Detalhe ao lado, foto de Jon McCormack, Éden.

Uma simulação feita para computador, chamada Second Life (segunda vida), tornou-se febre na internet. Mas, alguns especialistas alertam para os abusos desse "simulador" da vida real. Leiam abaixo a íntegra da matéria, extraída do Yahoo Notícias, em 04/03/2007:

No sábado de carnaval, uma festa reuniu cerca de 150 pessoas em uma ilha paradisíaca, com direito a trio elétrico, abadá e telões mostrando ao vivo a folia em Salvador. Se você perdeu, fique tranqüilo. Não foi nenhum evento vip freqüentado apenas por celebridades, mas um encontro num ambiente virtual, criado num jogo de computador chamado Second Life (SL).
Na internet (www.secondlife.com) desde 2003, o simulador tem hoje cerca de 4 milhões de usuários e chama a atenção de especialistas, alertas quanto a possíveis abusos.
Composto por diversas ilhas onde as pessoas compram ou constroem suas casas, o jogo tem até moeda própria, o linden dollar (L$). Já existe um mercado em que pessoas compram créditos no jogo - pagando com dinheiro de verdade.
Não demorou muito até o sucesso do SL chegar ao Brasil, onde estima-se que existam quase 100 mil jogadores. Ali, podem viver uma existência paralela, interagindo com pessoas de diferentes culturas.
Mas, assim como na vida real, sexo, apologia das drogas e violência também encontram seu lugar no jogo. Basta um rápido passeio por algumas das ilhas do SL para se deparar com ofertas de sexo, personagens consumindo entorpecentes e andando armados.
Há quatro meses, Bernard e Thaís, ambos de 22 anos, vivem a experiência de ter uma vida dupla. Namorando a distância (Bernard mora em Ribeirão Preto e Thaís em São Paulo), o casal encontrou no jogo uma forma de ganhar dinheiro bastante conhecida na vida real.
O personagem de Bernard no jogo é cafetão do personagem de Thaís, que se prostitui por até L$ 3 mil na vida virtual.
As inspirações vindas do mundo real não param por aí. Preocupado em aumentar seus ganhos, que prefere não revelar, Bernard resolveu incrementar seu negócio: vendeu drogas. Virtuais, é claro. Os efeitos do "entorpecente virtual" deixam os personagens do jogo com movimentos descontrolados.
Extravasar na internet
Para o psicólogo Erick Itakura, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), especialista em internet e estudioso do jogo, as atitudes de Bernard e Thaís podem ser uma forma de o casal lidar com suas fantasias. "O ambiente pode dar mais segurança para a pessoa se soltar', diz.
Itakura, no entanto, alerta para alguns problemas, como o uso abusivo do jogo. "Em 2000 começaram a aparecer os primeiros casos de pessoas viciadas em chats", revela. "Quando interfere na vida da pessoa e ela deixa de ir à aula ou ao trabalho após passar a noite jogando, torna -se um problema."
Apesar de tratar ainda um pequeno número de dependentes em internet, o psiquiatra Aderbal Vieira Júnior, do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo (Proad/Unifesp), acredita que a tendência é de aumento acentuado. "Daqui a algum tempo teremos um boom de pessoas em tratamento", diz.
O fato de o sexo ser um dos componentes de maior atração em jogos desse tipo, para o psiquiatra, é uma forma de as pessoas realizarem o que não conseguem em seu cotidiano.
Abalos na "first Life"
O realismo das cenas de sexo no jogo acaba estremecendo relacionamentos reais. Foi o caso do militar P., de 40 anos, que prefere se identificar como seu personagem, 'P. Hush".
Casado, pai de duas filhas, diz que sua mulher teve ciúmes de suas atitudes dentro do SL, principalmente depois de saber que ele fazia sexo virtual. 'Isso ocorreu no jogo umas seis vezes", diz. "Expliquei para a minha mulher como funcionava e dei a garantia de que tudo o que acontecer lá ficará só no jogo. Não é uma coisa que fico procurando direto. Se surgir a gente brinca. Não pega aids mesmo."
No Second Life também há quem procure abrigo na máfia. Uma cafetina, identificada apenas como Cicciolina, afirma levar a vida do crime virtual a sério. Além de comandar 20 meninas, ela conta ter negócios em outras áreas, como tráfico de armas e segurança particular. "Mas aqui no SL, depois da venda e aluguel de terrenos e das lojas de roupas, o que mais dá lucro é a indústria do sexo."
Ainda há, porém, coisas proibidas no SL. A Linden Lab, empresa que administra o jogo, pune com expulsão do mundo virtual quem cometer discriminação e preconceito.

sábado, março 03, 2007

Educação familiar e educação formal


Toda vez que surge algum crime hediondo na TV, envolvendo pessoas de classe média e alta, naturalmente, choca todo um país; embora fora das câmeras de TV e das telas dos televisores, mundo afora, milhões de pessoas (crianças, mulheres, idosos...) sejam vítimas de uma guerra invisível; seja no Afeganistão, Iraque, Líbano, África, América Latina e Central, e, infelizmente, tudo indica que futuramente o Irã, a bola da vez (com base na política intervencionista e genocida patrocinada por W. Bush). Essas vítimas são apenas frias estatísticas de algum noticiário no madrugadão. O que não aparece na TV, ninguém vê, ninguém se choca, ninguém comenta. Logo, os especialistas de plantão elegem um culpado (a própria sociedade, de preferência a marginalizada pelas políticas públicas, vivendo em condições subumanas, ora sendo controladas pelo tráfico, ora extorquidas por "milícias"...) e um redentor (a educação), quando não é também arrolada como uma das prováveis suspeitas pela desintegração familiar e social.
De políticos a palpiteiros, de donas de casa a formadores de opinião, todos dizem: só a Educação (com E maiúsculo) é que pode resolver essa questão! E ponto final. Não apresentando maior argumentação lógica, idéias, projetos, dotação orçamentária ou outros dados significantes para se iniciar um debate ou um projeto de inclusão social. Os mais radicais sapecam: baixem a maioridade penal e tudo estará resolvido. Será??? Resolve-se o pontual, o de momento, e agrava-se e/ou grava-se penalmente a própria juventude, que cada vez mais será exposta ao uso indevido por maiores de idade, como "aviõezinhos", e à repressão policial... Logo, a "Síndrome do Bebê Grisalho" (desculpem-me os psicanalistas, pois tomei a liberdade de inventar esse termo), fará com que cada vez mais as crianças sejam expostas à violência na mais tenra idade. E quando a maioridade atingir a maternidade dos hospitais, com seu peso regulador, o que faremos depois?
É como faz o professor que não tem domínio de classe: no primeiro dia ele dá um grito e todo mundo respeita, a partir do terceiro ou quarto grito, ou do segundo dia, ninguém mais se assusta, e tudo perde o controle e o respeito...
Mas ai, me pergunto: QUAL EDUCAÇÃO a que esses Srs. se referem?
A Educação formal, iniciada na escola, a partir da pré-escola, ensino fundamental, médio e superior? Ou a educação familiar, tão ausente ou complacente com tudo que vemos ao redor?
Não tenho dados estatísticos precisos, mas o que posso comentar é que cabe a educação familiar apresentar aos filhos o mundo real e não o mundo virtual (a teleivsão que acaba sendo o primeiro educador de uma criança de pais ausentes, ora pelo trabalho, ora pela falta de vocação), dando-lhes ainda antes mesmo de aprenderem a falar princípios básicos de respeito, de solidariedade, de ética e de cidadania. E acima de tudo, cabe aos pais, como primeiros educadores de uma criança, o ensino das três palavrinhas mágicas (aliás, três expressões mágicas), tão ausentes na atual geração, que tem muita pressa pra chegar a nenhum lugar : "Dá licença", "Por favor" e "Muito obrigado". Clçaro que há raras exceções, mas basta ver o carinho e o respeito entre pais e filhos e vemos o "xis da questão".
Vivendo em condomínio, vejo que o nascedouro de todos os problemas que descambam pra escola são os mesmos: pais omissos ou incentivadores de maus hábitos. Aqueles que preparam o(a) filho(a) para a guerra, sem se preocupar em saber se o filho saberá discernir entre o certo e o errado. E todos os que trabalham em escola, seja qual for a função, sabem melhor do que eu (que já tenho quase 15 anos de vida escolar) que, pais omissos geram filhos omissos também, feitas "à sua imagem e semelhança".
Mas é mais fácil culpar à escola, que acumula, além do ensino e da aprendizagem, atividades de gerência de poucos recursos humanos e financeiros, falta de infra-estrutura e capacitação continuada, cobrança de índices de desempenho e rendimento do alunado equivalentes às escolas privadas, que têm recursos próprios, fruto de mensalidades e incentivos, etc.
Há que de debater profundamente essa questão, do papel identitário da família e da escola na educação. Qual a atribuição de cada um, e no que um pode auxiliar ao outro... Toda contribuição postado nesse blogue (ou por meu e-mail: klaesroig@yahoo.com.br) de colegas, amigos, e visitante, será muito bem-vinda pra abrir o leque sobre algo tão amplo e fundamental na vida em sociedade...
Por fim, coloquei em destaque acima deste texto, a foto de uma pequena obra de arte, que algum desavisado poderá confundir com algum quadro desconhecido do célebre pintor espanhol Pablo Picasso. Na verdade, essa produção artística é de autoria de um brasileiro de (se não me falha a memória) 12 anos, chamado Maicon, aluno portador de necessidades especiais (deficiência mental), integrante do Projeto de Informática e Educação Ambiental na Educação Especial, promovido pelo Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) - 18ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) - Rio Grande, do qual estou Coordenador, que iniciou em 2005, e que no ano passado abrangeu 80 alunos PNEEs (portadores de necessidades educativas especiais) da E.E.E.F. Barão de Cêrro Largo, no município do Rio Grande- RS, onde está implantado o NTE. Foram 8 turmas, num total de 80 alunos (entre surdos, cegos e com baixa visão, deficientes metais e portadores de altas habilidades/superdotação), envolvendo 02 multiplicadores (eu e Janaína, minha colega, parceria do projeto e professora multiplicadora), 08 professores da educação especial, e 03 voluntárias (01 intérprete de Libras, surda, e duas monitoras cegas, que nos auxiliaram na utilização do programa Dos-Vox (que ao ser instalado no microcomputador, identifica os caracteres teclados reproduzindo-os em voz digitalizada previamente). Inclusão de e com portadores de necessidade especiais - de alunos a intérprete/monitores. Tal programa pode ser baixado gratuitamente pela página da UFRJ. Através de qualquer site de buscas, basta digitar: Dos-vox+UFRJ, e encontrará um atalho para este. Lá, é só fazer o download, e depois instalá-lo no pc. A versão que nosso NTE baixou, e que outras instituições de ensino se inspiraram em nosso trabalho é a 3.3, com cerca de 77 MB. Na conexão discada é demorado o download, na banda larga, um pouco menos.
Por sinal, Maicon, além de "artista digital" tem um desempenho acima da média em alguns jogos educacionais, utilizados pelo NTE, dentre eles o jogo da memória, batendo seguidamente o recorde da máquina por ele utilizada.
Para a população em geral, que desconhece esse tipo de programa, atividade e projeto educacional, um aluno DM é uma pessoa limitada que não pode ter um rendimento similar ao dito aluno "normal", nem deve (por desconhecimento ou preconceito) conviver em turmas integradas. E, hoje, em tempos anormais, o que é de fato normalidade?
Essa mesma população, em contrapartida, sabe tudo sobre a vida privada de seu artista preferido, graças a exposição continuada a uma programação que nada tem de educativa...
Um dos caminhos, ao meu ver, para romper com essa "lógica invertida" é incentivar na escola, na família, no trabalho e em toda sociedade a valorização da cultura popular em detrimento da cultura inútil, que não leva a lugar algum, e quando leva é à mesmice e o lugar-comum (da repetição), que já estamos saturados de assistir dia-a-dia. Aguardo contribuições! Obrigado.