segunda-feira, dezembro 31, 2007

"Previsões" previsíveis para 2008


Pois, sempre que chega o último dia do ano, lá vêm aquelas previsões para o ano seguinte. Nada contra, mas também gosto de brincar com meus amigos sobre as "previsões" previsíveis para o ano que se aproxima. Eis algumas delas:
- A nova novela das oito, iniciará com um capítulo especial no exterior, com as mesmas tramas e artistas;
- A programação da TV aberta, continuará sendo um grande espaço comercial com alguns programas de entretenimento em seu intervalo;
- Alguma modelo, atriz ou aspirante ao estrelato terá um romance proibido com algum político ou personalidade e, logo após, embora inúmeros desmentidos, posará para alguma revista masculina;
- A cada feriadão, uma série de tragédias no trânsito, cometidas por quem tenta compensar potência de carro com impotência noutra coisa...;
- O rei Roberto Carlos fará um especial de fim de ano, com as mesmas canções de sempre (essa não é previsão minha, mas está incluída no pacote por concordar em gênero, número e grau...);
- E pasmem! Tomaremos conhecimento de outros escândalos políticos e desvios de recursos públicos, em todas as esferas, mas tudo acabará em pizza!
- Novos políticos, surgidos do nada, candidatos à nossa desconfiança, dirão ser representantes do novo, para de novo fazer o mesmo que os demais...;
- A urna eletrônica e a TV digital serão reconhecidas como avanços tecnológicos, embora o resultado das urnas e a programação televisiva continuem as mesmas da idade do papel celofane e da cédula de papel.
Claro que tudo isso é uma brincadeira de fim de ano, mas "sem querer querendo", ficaria muito feliz se no ano que se aproxima eu, como um guru sem jeito, errasse todas essas previsões para o bem do povo, para o povo e pelo povo brasileiro. Quem sabe, um dia, outras previsões possam se realizar. Um Feliz Ano Novo a todos, com muita paz (no trânsito, principalmente), felicidade e realizações.
Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço
http://loucoporti.blogs.sapo.pt, adicionada posteriormente a frase: Feliz 2008!

domingo, dezembro 30, 2007

Ano novo, contador de visitas novo...

Tive que instalar hoje novo contador de visitas, pois o anterior, apesar de ainda estar instalado, não se mostra mais visível, quando se aproximava dos 6.300 visitantes. Não sei se é algum prazo que expira, pois esta é a 3ª vez que instalado esse contador. Inicialmente, em 2006, quando estava iniciando no blog, depois de uns 300 acesso ele sumiu. Reinstalei e zerado, chegou a marcar até 6.300. Agora, para 2008, reinstalo mais uma vez o contador, que é interessante, pois traz dados estatísticos, por dia, mês, ano, além de indicar país e regiões dos visitantes.

Em fase de retrospectiva 2007


O vídeoclipe acima, extraído do YouTube, da banda Bloc Party, chama-se I still remember (eu ainda me lembro). Nada mais sugestivo, em se tratando de retrospectiva de um ano intenso como foi esse para mim e para muitos de meus amigos, colegas e familiares, dizer sinceramente a todos eles que "Eu ainda me lembro" e jamais me esquecerei da ajuda de cada um para que essa viagem por cada um dos dozes vagões, em que a locomotiva de 2007 teve que passar, e que esse maquinista precisou demais da motivação e auto-motivação para superar inúmeros desafios. No ínício da jornada, em janeiro de 2007, estava temeroso de não poder dar conta de tantos compromissos (mestrado, especialização, trabalho, família, sindicato, ativismo cultural, etc.). Em alguns momentos, evidentemente, por ser humano, não pude estar em mais de um lugar ao mesmo tempo, e tive que fazer escolhas... Agradeço a todos que compreenderam minhas escolhas e que me auxiliaram nessa "viagem"; de colegas a amigos, de amigos que se tornaram colegas e vice-versa, e, em especial, a esposa Elisabete e ao filho Allan, que compreenderam minhas ausências, ainda que quando de corpo presente, diante da tela de um microcomputador, numa outra dimensão, redigindo ensaios, textos, postando atividades, revisando tarefas, etc, etc, etc. A vida é o somatório das atividades que fazemos e das pessoas que nos influenciam a seguir em frente. Eu ainda me lembro e nunca me esquecerei dos amigos que sempre estiveram do meu lado, quando precisei. Como escrevi num poema: "Nosso mundo - ora imenso, ora diminuto - É do exato tamanho que damos a ele".

sábado, dezembro 29, 2007

Primeira surda formanda da FURG (Pedagogia)




Foi com grata surpresa e satisfação que, hoje, vi estampada na capa do caderno Mulher Interativa, do Jornal Agora , do município do Rio Grande - RS - Brasil, a foto a matéria sobre Cássia Lobato Marins, que está na contagem regressiva para ser a primeira surda a se formar pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG), no curso de Pedagogia. Não apenas pelo fato de dentro do processo de inclusão poder ver um portador de necessidades educativa especiais (PNEE) galgar nível de ensino superior, mas, acima de tudo, por admirar a capacidade, força de vontade e superação de Cássia, que em 2007 foi apoiadora do Projeto de Informática na Educação Especial, que coordeno - parceria entre o Núcleo de Tecnologia Educação (NTE) Rio Grande/18ª CRE com as professoras da EEEF Barão de Cêrro Largo, também em Rio Grande, escola pública estadual onde Cássia desenvolveu seu estágio. Aconselho a todos os visitantes deste blog a acessaram a íntegra da matéria, no link abaixo, para ter idéia da história de vida de Cássia e de como o processo inclusivo pode dar certo se derem chance ao PNEE de se integrar a sociedade, através da educação. Parabéns a Cássia, que deseja tornar-se educadora de surdos, e que terá cerimônia de formatura no dia 18/01/2008, no Campus Carreiros da FURG. É um privilégio conhecê-la e tê-la como amiga.
O ano da vitória
Observação: Fotos acima, escaneadas da edição impressa do Jornal Agora, de 29 e 30/12/2007, ano 33, nº 8910.

O Código Da Vinci decifrado?

Um dos maiores sucessos de vendas mundo afora, o livro O Código Da Vinci, do escritor Dan Brown, mais do que a polêmica em torno de temas tabu, dogmas religiosos, teorias da conspiração, é uma história que prende o leitor do início ao final da trama, assim como seus outros livros Ponto de Impacto, Anjos e Demônios, Fortaleza Digital, etc. Com o apoio da esposa Blythe, Brown, com rara maestria, mistura história e literatura, em capítulos curtos, cheios de reviravoltas, largando pistas e cacos pelo texto, alguns servindo de mero despiste; outros, como um mosaico literário, vão sendo montados passo a passo. É inegável o talento de Dan Brown para entreter o leitor, do mais displicente ao mais ávido e exigente.
Como acontece com todos que obtém sucesso meteórico - e com ele, campeão de vendas, com livro adaptado para o cinema, tendo como protagonistas Tom Hanks e Audrey Tatou, não poderia ser diferente -, logo surgiram críticas quanto à fidelidade histórica, as teorias expressas, um suposto plágio, com processo milionário e tudo mais. Se Dan Brown não fosse Dan Brown, haveria toda essa polêmica? Talvez não. Eis uma bela teoria...
Dan Brown é o Bill Gates da Literatura. Pelo motivo que, assim como Gates sobe usar uma idéia que já estava pronta e, com seu gênio comercial, previu o potencial dessa invenção, o computador pessoal, já que Steve Jobs era o gênio inventivo, lá pelos anos 70, do século passado – basta assistir ao filme Piratas do Vale do Silício -; Brown se inspirou (e não copiou), quem sabe, na estrutura narrativa e idéia de mesclar história, vida de Jesus, com códigos, criptogramas, e busca incessante por mistérios religiosos, tal como feito quase duas décadas antes pelo escritor espanhol J.J. Benítez.
Quem discordar dessa opinião, sugiro a leitura dos sete volumes da série Operação Cavalo de Tróia, em que Benítez alega ter recebido os diários secretos – não chama-se assim o livro que foi achado numa biblioteca européia, onde consta a lenda do Priorado de Sião, com os nomes dos supostos grão-mestres, dentre eles Isaac Newton, Leonardo Da Vinci, e outras personalidades? – de um major da USAF, que juntamente com outro piloto participaram de pretensa viagem no tempo, justo à era de Cristo, para assistir in loco passagens bíblicas, numa experiência fantástica, descrita nos mínimos detalhes, do ponto de vista histórico, político, religioso, econômico, tecnológico... Cada diário, guardado a sete chaves, remete a um episódio dessas viagens, e a sua obtenção por parte de Benítez, deveu-se a original estratagema de códigos e criptogramas. Lembra algo? Antes de morrer, devido aos efeitos da exposição à inversão temporal, o tal Major, conhecendo o trabalho de pesquisa de Benítez (jornalista, escritor e ufólogo), resolveu remeter uma primeira carta, da qual, a cada passo e mensagem cifrada era descoberta, remetia a outro volume, e assim por diante. Similar, não igual.
Se Dan Brown é exímio contador de histórias (a la 007), Benítez, pelo monumental trabalho de pesquisa histórica, é um escritor diferenciado e reverenciado. Leiam então Operação Cavalo de Tróia, antes de O Código Da Vinci. Depois comparem.
Observação 1: Texto publicado originalmente no Jornal Letra Viva, nº 26, julho/2006, pág.4
Observação 2: Imagem acima, capa do sétimo livro da série Operação Cavalo de Tróia, de J.J. Benítez,extraída da internet, do endereço http://www.benitez.com.br/benitez/

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Algumas sugestões de leituras aos educadores iniciando as férias

Nesse período de férias dos professores nada como uma boa leitura, e se for ligada à educação, melhor ainda. Abaixo, indico matérias e revistas em sua edição on line, algumas podendo ser baixadas gratuitamente. Boas leituras a todos.

O aprendizado da matemática e o cérebro
Revista Ciência Hoje, da SBPC.
Aprendizagem e Cultura Digital
Revista Pátio
O acerto de contas (sobre uso da matemática)
Revista Carta na Escola
Ciência como não deve ser
Revista Carta na Escola
Sera que ele é? (dicas de como lidar com o chefe)
Revista do Professor
textos diversos para leitura
Portal Mundoquelê

Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço
http://mundoquele.ofaj.com.br

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Educação pública de qualidade é possível


Muito se ouve e se lê sobre os problemas da educação pública no país, ás vezes por pessoas de fora da educação, que não conhecem as reais condições de trabalho de educadores e gestores para exigir um padrão de qualidade, tipo "ISO 9000". Como tenho discutido em artigos de opinião, publicados em jornais da região, e em algumas postagens deste blog, a educação pública é o resultado da sociedade em que vivemos, onde carece investimentos também em saúde, segurança, etc. Muitas vezes faltam equipamentos, formação e capacitação continuadas, remuneração digna e justa, etc., etc., etc. Mas a bem da verdade, de uns tempos para cá, nunca as escolas públicas e os servidores receberam tantos equipamentos (TV, DVD, microcomputadores, etc.) e cursos de capacitação, oferecidos pelo MEC em parceria com os estados brasileiros.
Curiosamente, matéria extraída do portal Yahoo! Brasil, traz uma interessante notícia sobre o desempenho de alunos da rede pública e privada no ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio, onde consta que:
"Os melhores alunos da escola pública tiveram nota maior que os estudantes da rede particular no último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Estudo feito pelo Ministério da Educação (MEC) mostra que a diferença na média passa dos nove pontos na prova de redação. Na prova objetiva, o grupo da rede pública teve nota 68,77, enquanto o da particular ficou com 68,72. O estudo considerou os 149.430 alunos de escola privada que concluíram o ensino médio em 2006 e participaram do exame. As notas desse grupo foram comparadas às dos 149.430 melhores formandos da rede pública.
De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, a intenção era a de analisar dois grupos com o mesmo número de alunos, já que o total de participantes da rede pública é muito superior ao da particular. 'É equivocado dizer que a escola particular é uma elite com relação à pública porque também dentro da escola pública há uma elite', afirmou o ministro.
Os números mostram que a maioria desses alunos está nas regiões Sul e Sudeste e a maior parte deles, cerca de 41 mil, no Estado de São Paulo. Mas o Rio Grande do Sul tem a maior proporção de estudantes (32,7%) entre os que participaram da prova que estão entre os melhores da rede pública. O estudo realizado pelo MEC chama a atenção porque, tradicionalmente, estudantes de escolas públicas se saem pior em exames como o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e o próprio Enem. Se forem consideradas as notas médias gerais dos 602.232 concluintes do ensino médio público que participaram da prova neste ano, o desempenho foi mais de 20 pontos abaixo do registrado entre alunos da rede particular".

Conforme consta, as informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Para ler a matéria, basta clicar no link abaixo:

Enem: elite da rede pública supera alunos da particular

Sou suspeito para falar em educação (trabalhando há 15 anos na rede pública), já que sempre estudei e continuo estudando na rede pública, do ensino fundamental e médio ao superior e pós-graduação. E nem creio que seja esse o objetivo da educação nem de exames como o Enem, de fazer uma competição entre ensino público e privado. Mas é bom ter acesso a esses dados para desmistificar certas inverdades que alguns formadores de opinião divulgam como a verdade cabal por quem está de fora da educação: de que a educação pública está falida. Problemas existem, e não são poucos e nem de hoje... Depois de Einstein ter criado a teoria da relatividade, para mim, tudo ficou relativo na vida e no mundo, e antes mesmo dele já era... O verdadeiro debate deve ser o de fortalecer a escola e a educação, seja qual for seu mantenedor (público ou privado) como forma de fortalecer nossa Nação; e ter como um referencial, não a posição entre nós mesmos, de saber que gaúchos, paulistas; estudantes do sul e sudestes estão a frente das demais regiões. Não dá para sair pregando que tal região têm a melhor educação do país, quando tais dados são apenas um referencial. O verdadeiro referencial seria comparar esses índices com outros países, primeiramente da região sul-americana, depois com os demais pelos 5 continentes. Senão, ficamos naquela de nos vangloriarmos de ficar em terceiro lugar num ranking que tinha apenas 4 (um exemplo apenas e provocação fraterna apenas). A César o que é de César... Valorizemos a atuação do MEC, as parcerias de alguns estados, mas também, lembremos da importância do educador brasileiro, seja da rede pública ou privada, que alheio a esses índices e, principalmente, aos reduzidos índices de reposição salarial (quando ocorrem), que continuam fazendo diariamente o seu melhor e fazendo sim a diferença afinal...
Parafraseando o título de livro de João Ubaldo Ribeiro (que não li ainda): "Viva o Povo Brasileiro!" Viva a educação de qualidade, independente de seu mantenedor. Educação pública de qualidade é possível e exemplos não faltam, pena que a maioria das rádios, tevês e jornais preferem divulgar apenas os atentados, seqüestros, acidentes, catástrofes, fofocas de artistas e outras coisas mais que existem de fato. Porém, o mundo real é muito mais que apenas tragédias e comédias... Existem coisas boas e edificantes a serem vistas e contadas. Essa notícia é uma delas, que fiz questão de destacar. Mas não creio que a TV aberta brasileira, que resume-se atualmente num grande comercial com intervalkos para mostrar alguma programação vá dar o mesmo destaque, ora por questões ideológicas, ora por questões mercadológicas. E as questões pedagógicas, sempre ficam em segundo plano, infelizmente... Que em 2008, essa e tantas outras notícias motivadoras tenham o devido espaço na mídia em geral.
Observação: Imagem acima, colagem de minha autoria, a partir de recortes de jornal, escaneada tempos atrás e passado um filtro, tornando-a uma espécie de pintura a óleo.

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Futebol virtual no microcomputador


Acima, vídeo de meu 1º gol, feito no jogo para PC FIFA 2007, e adicionado ao YouTube. Algumas de minhas paixões, além da literatura e da educação, são o futebol e a informática, e poder unir as duas coisas sempre é algo que ajuda a dessestressar da rotina diária de trabalho, estudo e tudo mais... Recentemente instalei a versão do jogo FIFA 2007 para computador, e depois de voltar a me acostumar com os comandos e botões do joystick, acabei fazendo meu primeiro gol virtual que filmei o replay com a câmera digital. Ah, estou jogando com o time de verde.
Confesso que de todos os games para PC ou consoles, tipo Playstation, Nintendo, etc., o que mais me chama a atenção é o que simula o "maior espetáculo da Terra", depois do Carnaval, que é justamente o futebol. Contra o microcomputador, modéstia a parte, sou um craque... Risos... Mas contra seres humanos, e se forem mais jovens que eu, xiiii, não passo de um "perna-de-pau", um "cabeça-de-bagre" e outros adjetivos usados contra jogadores reais que maltratam a bola... Risos. Depois de um tempo sem jogar, já que tinha outras prioridades em 2007, voltei aos gramados digitais, enfrentando, semana passada, meu cunhado Jéverson (19 anos mais novo que eu), lá na praia do Mar Grosso, em São José do Norte-RS-Brasil, onde meus pais residem há 30 anos. Nos dois primeiros jogos, 2 honrosos empates, e nestes 1 vitória e 1 derrota nos penaltis. Depois, levei uma sonora goleada, que esqueçamos de comentar o placar. Risos.
Ontem, dia de Natal, na casa de praia dos tios de minha esposa, na praia do Cassino, em Rio Grande-RS, enfrentei um duro adversário, o primo da Bete, chamado João, que têm em torno de 10 anos de idade. De novo a história se repetiu. Resisti ao primeiro jogo, perdendo por 3x2 a penas, mas há duras penas e dedos doendo (risos). Mas nos outros dois, duas sonoras goleadas de 4x0 e 6x0, sendo que a última partida para "garantir" esse placar, acabei tendo expulso 4 de meus jogadores virtuais. E olhem só a coincidência: meu carrasco digital, tanto contra Jéverson como João, foi o jogador Cristiano Ronaldo, escolhido o segundo melhor jogador do mundo pela FIFA, no mundo real. Cristiano Ronaldo, o craque português, perdeu o posto de nº 1 apenas para nosso Kaká, que em 2007 foi exuberante, e mereceu o título de melhor jogador do mundo (no mundo real).
Essa postagem, na verdade, é para comprovar o que sempre digo, o jovem domina melhor a máquina que o adulto, mesmo que esse adulto, com 4.3 de memória RAM e idade (risos) seja especialista em tecnologia educacional. Trazer o jovem para o lado pedagógico da vida digital é possível, desde que primeiro adentremos em seu universo, saibamos suas gírias, suas idéias, seu jeito de ser, para com isso, utilizando um referencial teórico adeqüado (e eu, utilizo o construtivismo, e os conceitos da aprendizagem significativa e da flexibilidade cognitiva), possamos desenvolver projetos de ensino-aprendizagem, levando em conta o conhecimento e habilidades prévias que o aluno já traz de casa. Feito isso, a aprendizagem será de fato significativa para ambos e a flexibilização do conhecimento será possível, flexibilizando a forma de abordar o conteúdo, da teoria à prática. Como sempre com ento: o professor deve dominar a pedagogia do exemplo e trazer o aluno para ser seu monitor quanto ao uso da tecnologia no ambiente escolar. Nas férias, entre um ensaio e outro a ser escrito para o mestrado em História da Literatura, irei jogar um pouco de futebol virtual e de praia para desestressar. Risos.

domingo, dezembro 23, 2007

Papai Noel existe?


Caros amigos e visitantes do blog Letra Viva do Roig, terminada a especialização em tecnologia educacional (UFRGS-2006/2007), este blog continuará dando ênfase aos temas que envolvam Educação & Tecnologia, mas vez por outra abordará outros aspectos, fazendo indicações de livros, filmes e outras informações que tratem de arte, literatura, cultura e história (minhas outras áreas de atuação). E como já é quase Natal, indico aos pais e filhos, para assistirem juntos, um belo filme que recupera um pouco do espírito de Natal, no que diz respeito a solidariedade... Chama-se "O Expresso Polar", e segue abaixo resenha do referido filme, feita para a edição nº 31, dezembro/2006, ano III, do jornal Letra Viva, também de minha autoria.

O EXPRESSO POLAR

"Em tempos de computação gráfica substituindo a animação tradicional - em que os efeitos visuais são mais importantes do que o enredo, a história e que a própria história não possui mais o encanto de antigamente, dos contos dos Irmãos Grimm e outros escritos destinados ao público infanto-juvenil, sem um brilhante diretor para adaptá-los para Sétima Arte, como fizera Walt Disney - eis que surge um filme que foge a regra da cinematografia atual, ainda que calcado justamente nos efeitos visuais: O Expresso Polar (Warner Bros, 2005, 100 minutos). Um filme que viaja entre o moderno e o tradicional.
A computação gráfica ensaiou seus primeiros passos em filmes da própria Disney, nos anos 1980, como Tron, tendo ainda O Passageiro do Futuro, inspirado livremente num conto do mestre do terror Stephen King, adaptado para a ficção científica. Depois disso, uma enormidade de filmes, como a série O Exterminador do Futuro usaram e abusaram da mais alta tecnologia, revertendo seus conhecimentos (a exemplo da Fórmula 1) para o avanço tecnológico, em sentido amplo, desde videogames de alta resolução até softwares educacionais. O desafio é não confundir realidade com ficção.
Entretanto, O EXPRESSO POLAR - baseado no livro de Chris Van Allsburg e adaptado pelo diretor Robert Zemeckis (um dos discípulos de Steven Spielberg), com vários sucessos de crítica e público em seu currículo cinematográfico - surpreende por ser paradoxal: um filme fruto da mais alta tecnologia, mas com um enredo e história dos tempos áureos de Walt Disney, com moral da história e tudo mais ao final...
A história, simples e comovente, trata do ceticismo de um menino que não acredita mais em Papai Noel, e que na noite de véspera do Natal, com a rua coberta de neve, recebe à frente de sua casa a visita do trem chamado Expresso Polar, em que o condutor (a versão digital de Tom Hanks, que participa da produção do filme) convida-o para se somar a outras crianças num viagem ao Pólo Norte, para conhecer o Bom Velhinho. O resto da história, só assistindo na íntegra o filme, de preferência às vésperas do 25/12, e com alguma criança ao lado, para que o famoso espírito do Natal contagie o menino(a) que habita cada um(a) de nós, adultos tão céticos, diante das notícias dos telejornais. O verdadeiro espírito de Natal, nada tem a ver com árvores enfeitadas, presentes de Noel, lojas decoradas, filas imensas em shoppings centers, mesa farta, amigo-secreto e tudo mais... O verdadeiro espírito natalino deveria ser a comemoração dos 2006 anos de nascimento do Menino Jesus, que a sua maneira, revolucionou o pensamento humanístico do mundo, com parábolas inexistentes na modernidade de antenas parabólicas, TV a cabo, satélites etc. Recentemente, vi um belo documentário do Discovery Channel em que talentoso e jovem mágico tenta, à luz da mais alta tecnologia e prestidigitação, reproduzir os 'efeitos especiais' do Homem de Nazaré. O ilusionista chegou à conclusão de que os milagres nada têm de magia, e que não são possíveis de ser explicados ou reproduzidos pela nossa vã tecnologia. Seria uma obviedade à primeira vista, não estivéssemos tão expostos aos efeitos visuais, terrorismo, retaliações e teorias da conspiração".


Então, na véspera da noite de Natal, quem acredita ou não em Papai Noel, embarque nessa adorável fantasia e nesse trem chamado Expresso Polar o quanto antes... Feliz Natal a todos, e um brinde aos amigos de fé verdadeiros: "A todos que a gente gosta e que gostam da gente! Tim tim! Ho-ho-ho!"
Observação 1: Imagem acima, extraída da internet, do endereço
http://stat.correioweb.com.br/hotsites/oscar2005/papeis/
papel6800.jpg
Observação 2: Lembrete: Aqueles que desejarem receber gratuitamente, via e-mail, a edição virtual do jornal cultural Letra Viva, favor enviar uma mensagem de correio eletrônico para o e-mail klaesroig@yahoo.com.br, solicitando sua inclusão na lista de contatos do LV.

sábado, dezembro 22, 2007

Em algum lugar do passado: o filme, a música e a revelação...


Em Algum Lugar do Passado (1980), filme de Jeannot Swzarc, narra a paixão de um escritor, interpretado por Christopher Reeve (o ex-Super-Homem), pela foto de uma bela atriz de teatro do início do século XX (a belíssima Jane Seymour), que ele vira emoldurada em um hotel. Como um historiador amador, da pesquisa sobre a vida da atriz, Reeve, ou melhor, a personagem por ele interpretada, descobre que já estivera naquele local hospedado, só que em 1912, quando sequer tinha nascido. Surpreso, acha um livro sobre viagens no tempo - o preferido de sua amada. Oito anos antes, uma senhora idosa deu-lhe um relógio, falecendo logo após. A moça da foto e a senhora do relógio eram a mesma. Sem máquina do tempo, o escritor parte em busca do grande amor, fazendo uma pesquisa sobre trajes da época, maneira de se portar, sem poder levar nada que lhe lembrasse o seu presente. Quem não viu esse belíssimo filme ainda, paro por aqui, para não estragar seu deleite...
Em algum lugar do passado é um de meus filmes preferidos, por unir justamente história e literatura. Com uma trilha sonora impecável, traz como carro chefe a música de Rachmaninoff, Rhapsody on a Theme of Paganini.
Quem já não teve aquela famosa sensação de "Déjà Vu"? De já ter visto alguém, de ter estado em algum lugar antes? “Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos”, disse José Saramago. Em um país e tempo sem memória, temos a impressão que em algum lugar do passado deve estar a chave mestra para entender a nossa sociedade.
Eu, particularmente, nesse final de ano, quando os bancos fecharão as portas para fazer seu balanço anual, que as emissoras de tevê virão com as suas retrospectivas, quero aproveitar para agradecer àquelas pessoas que direta ou indiretamente "em algum lugar do meu passado" contribuiram para eu ser o que sou hoje... Tenho convicção que se não fosse por meus professores eu não seria um educador, tampouco um homem engajado nas questões sociais de meu tempo. Não se pode desassociar o profissional do cidadão. Aqueles que fazem essa separação, contribuem para o mundo e tempo em que vivemos...
Às vezes, conversando com amigos ou em palestras com outros professores, alunos e jovens, gosto de lembrar de 3 professores, em especial, dentre tantos bons educadores que passaram pela minha vida e eu pela deles: no ensino fundamental, a profª. Ada Porto, que numa prova de Geografia, quando eu preenchi todo o mapa do Brasil, com o nome de seus estados e capitais, ela gentilmente anotou no canto a lápis que eu procurasse sempre responder apenas ao que foi pedido, com esse lembrete ela nem sabe o quanto isso me ajudou a ser direto e objetivo na vida, sem muitos rodeios e divagações desnecessárias; no ensino médio, a profª Maria Lúcia Pinheiro, de Educação Artística, que me disse uma vez que eu não deveria copiar os desenhos, para não ficar com o traço e o olhar marcado (copiar no caso, não passar por cima, mas olhar e reproduzir algo igual), e seu comentário me motivou a sempre buscar a originalidade; e, por fim, no ensino superior, o prof. Péricles Gonçalves, na disciplina de Direito Constitucional, que em duas avaliações sutilmente me demonstrou que o verdadeiro mestre é aquele que dá exemplo de ética, correção e exatidão em seus critérios de avaliação, pois lembro que na 1ª avaliação, acreditei ter sido muito seguro (e as aparências enganam) e tive uma nota inferior a minha auto-avaliação, enquanto que na 2ª, devido a problemas pessoais (que quase me fizerem abandonar o Curso de Direito), fui inseguro, mas direto e objetivo e fiquei com uma das melhores notas da turma. O prof. Péricles, hoje meu confrade e amigo na Academia Rio-Grandina de Letras, nada sabia de meus problemas, mas soube avaliar com precisão o conteúdo exposto por seu aluno. Dali em diante, o jovem tímido e inseguro passou a começar a melhor se expressar em público, algo essencial para o futuro educador. Enfim, em algum lugar do passado, descobri minha vocação e tive professores e amigos que me balizaram, com seus próprios exemplos, o caminho a seguir. Em algum lugar do passado temos essas pequenas revelações que vão moldar nosso futuro. Que cada educador tenha consciência hoje do que ele representará para o futuro de cada um de seus alunos, a partir da pedagogia de exemplo que ele dá a cada dia em sala de aula e, acima de tudo, fora dela... Nessa época de final de ano, um "filme" passa em nossa cabeça... Então, que esse filme seja tão interessante como o do vídeo acima, capturado do YouTube.

Então é Natal!


A apresentação acima, feita em slide show, refere-se a fotografias tiradas por mim da Árvore de Natal montada dentro do pequeno lago artificial da Praça Xavier Ferreira, no centro de Rio Grande - RS - Brasil, onde normalmente têm peixes e tartarugas. A Praça Xavier Ferreira está localizada no entorno mais bonita da cidade (na minha opinião), rodeada pela antiga Alfândega (atual Receita Federal); Câmara do Comércio; Hidroviária; Mercado Municipal; Biblioteca Rio-Grandense e Prefeitura Municipal. Na Praça, como também no balneário Cassino, ocorre o tradicional concerto Ondas de Natal, em que corais da cidade cantam músicas natalinas. Contagem regressiva: faltam três dias para o aniversário de Jesus Cristo, o Cara, como diz a gurizada.

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Mensagem de Natal: A vigília dos pastores


Reproduzo abaixo, mensagem de Natal que publiquei no jornal cultural Letra Viva que, editado por mim, leva quase o mesmo nome deste blog, mas que iniciou sua trajetória impressa e distribuída gratuitamente na região de Rio Grande e São José do Norte - RS - Brasil, em junho/2004. A acima citada mensagem, foi publicada na edição nº 19, Ano II, mês dezembro/2005, e trata-se de texto de Nelson Rodrigues, que merece maior reflexão, nessa data natalina, impregnada pela mídia de um efeito consumista e pouco espiritual. Por sinal, a imagem do tal Bom Velhinho, que está estampada em anúncios no rádio, TV, jornal, internet, etc, e na frente de cada loja, foi criada pela Coca-Cola, em uma de suas grandes campanhas promocionais, no início do século XX (se não me falha a memória RAM... risos), adaptando a história de São Nicolau. Creio que Coca-Cola nada tenha a ver, por mais que tente, com o verdadeiro espírito de Natal. Calcemos, então, às "sandálias da humildade" e tenhamos todos um bom e fraterno Natal.

A VIGÍLIA DOS PASTORES

“Escrevo à noite. Vem na aragem noturna um cheiro de estrelas. E, súbito, eu descubro que estou fazendo a vigília dos pastores. Aí está o grande mistério. A vida do homem é essa vigília e nós somos eternamente os pastores. Não importa que o mundo esteja adormecido. O sonho faz quarto ao sono. E esse diáfano velório é toda a nossa vida. O homem vive e sobrevive porque espera o Messias. Neste momento, por toda a parte, onde quer que exista uma noite, lá estarão os pastores – na vigília docemente infinita. Uma noite, Ele virá. Com suas sandálias de silêncio entrará no quarto da nossa agonia. Entenderá nossa última lágrima de vida” – fragmento de A vigília dos pastores, de Nelson Rodrigues, escritor maldito para uns, genial pra outros.
O belo texto acima, profundo e lírico, que nos sirva de esperança e conforto num mundo cada vez mais dominado pelo materialismo. Onde o espiritualismo é motivo de deboche por aqueles que, como Herodes, perseguem crianças; como Caifás perseguem o Filho de Deus, e como Pilatos, lavam as mãos e viram às costas para as injustiças do mundo que nos cerca. Ilusão querer esperar pela volta do Salvador, se continuamos presos aos grilhões da cobiça, da inveja, da violência e da omissão...
Ainda há tempo. A esperança – que é a última que morre – vive a nos rodear. Mas quem lhe dará a mão, preferindo ficar no conforto de seu lar, de seu emprego, da mesmice e do lugar-comum? Fujamos para o Egito interior e de lá voltemos para completar nossa missão. Cada um veio a esse mundo para cumprir um destino. Calcemos as verdadeiras sandálias da humildade e sejamos também pastores das boas novas. Não importa que o amigo-irmão, o pai-patrão nosso de cada dia digam o contrário. Não nos importemos com o que os outros digam o que é o certo e o errado. Nossa consciência é o nosso guia, que nos levará a nossa Belém interior. Renasçamos e tenhamos um Feliz Natal.

Observação 1: Imagem acima, quadro A Fuga para o Egito, de Cândido Portinari, 1937, extraída da página do Projeto Portinari.
Observação 2: O jornal Letra Viva, que trata de arte, cultura e literatura, está na sua 42ª edição, novembro/2007, completando a 43ª neste mês de dezembro. Aos interessados em receber gratuitamente esse jornal, via correio eletrônico, favor enviar uma mensagem para o e-mail klaesroig@yahoo.com.br , que será cadastrado na lista de contatos do Letra Viva.

Tecnologia: Scanner humano 3D


Ao consultar meus emails, de uma das minhas contas de correio eletrônico, li sobre a notícia (link abaixo), que trata dos testes referentes ao scanner humano 3D para ser utilizados inicialmente em aeroportos para chegagem dos passageiros, antes de adentrarem às aeronaves. Dentro da paranóia que se instalou após os ataques de 11/09, a tecnologia tem sido uma das aliadas no combate aos atos terroristas.
Americanos testam scanner humano 3D em aeroportos
Observarção: Imagem acima, do scanner humano 3D, extraída do endereço
http://msn.techguru.com.br/post.aspx?cod=2770

quinta-feira, dezembro 20, 2007

A intertextualidade entre Cecília Meireles e Rui Barbosa

Lendo recentemente o livro Escolha o seu sonho, de Cecília Meireles, já comentado em postagem anterior, encontrei na crônica Tempo Incerto, publicada em 1964, certa intertextualidade com o discurso de Rui Barbosa, proferido no Senado Federal, em 1914. Vejam os dois fragmentos em questão:
“... Chegamos a um ponto em que a virtude é ridícula e os mais vis sentimentos se mascaram de grandiosidade, simpatia, benevolência ...” - Cecília Meireles (1964);
“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". (Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86).
Literatura e política se entrecruzaram, e continuam se entrecruzando sempre. Ambas são formas narrativas, discursivas de passar idéias e ideais. A literatura muitas vezes diz o que a política silencia, eis a grande diferença. Noutra postagem, abordarei outra crônica surpreendente de Cecília Meireles, do mesmo livro Escolha o seu sonho, desta feita, debruçando-se sobre o diário do imperador D. Pedro II, e sua visão da política de seu tempo, tão similar a de nosso, em pleno século XXI. Aguardem.
Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço
http://www.unipampa.edu.br

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Cronograma de atividades do NTE Rio Grande para 2008


A equipe do NTE Rio Grande está em fase de elaboração do cronograma de atividades a serem oferecidas no primeiro semestre de 2008 aos servidores da rede pública estadual, sob jurisdição da 18ª Coordenadoria Regional de Educação. Serão oficinas variadas, enfocando aos multimeios e a informática educativa, desde a criação de blogs educacionais, frontpages (páginas no ambiente wiki), até utilização do software Hagáquê (para elaboração de histórias em quadrinhos) e de construção de jogos educacionais. Aos professores estaduais, interessados em se inscrever, informamos que o referido cronograma, assim que estiver concluído, será remetido ao Setor Pedagógico e Gabinete da 18ªCRE, que se encarregará de sua divulgação junto às equipes diretivas das escolas públicas estaduais; bem como, através dos blogs Letra Viva do Roig e Dezoito CRE, além da lista de contatos dos professores e demais servidores que já cursaram os cursos de capacitação em informática educativa - básicos 1 e 2, pelo nosso núcleo de tecnologia educacional, que serão avisados por mensagem de correio eletrônico (e-mail). Os pré-requisitos para participar dessas oficinas, oferecidas gratuitamente, são: ser servidor público estadual, sob jurisdição da 18ª CRE; ter noções de informática básica e possuir internet (na escola ou na residência, preferencialmente, para poder dar continuidade no ambiente escolar dos recursos disponibilizados durante as oficinas). Para o segundo semestre/2008, serão oferecidos os cursos básicos 1 e 2, de informática educativa. Aos interessados, favor aguardarem maiores informações.

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Bolsistas de pós-graduação e tutoria em cursos da UAB

Segundo notícia do portal da CAPES, sobre a Universidade Aberta, os bolsistas de pós-graduação da Capes e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Ministério da Ciência e Tecnologia (CNPq/MCT) poderão ser tutores da Universidade Aberta do Brasil (UAB), sistema de educação a distância, em nível superior, para formação de professores da educação básica.
Para saber mais, acessem o link das Notícias da CAPES.

Sugestão de leitura: Revista Pátio nº 44

A Revista Pátio (www.revistapatio.com.br), ano XI, nº 44, edição novembro 2007/janeiro 2008 traz como tema principal "A escola multimídia: Como educar para a sociedade da informação", além de entrevista com os psicanalistas Diana e Mário Corso, que analisam o papel da mídia na formação das crianças; entre outras matérias interessantes para educadores que utilizam ou não a tecnologia em seu fazer pedagógico e demais interessados nesta e noutras questões que envolvem o cotidiano educacional.

Já faz um ano desta foto e de um título inesquecível

Há um ano atrás, num 17/12, num domingo ensolarado, minha esposa, também colorada, tirou a foto ao lado, de pai e filho irmanados na comemoração do título mundial inter-clubes da FIFA do nosso Sport Club Internacional, de Porto Alegre-RS. Allan (o meu bebezão da foto) estava com 1 ano e 10 meses. A gurizada da vizinhança acha ele a cara do Alexandre Pato. Se um dia Allan vier a jogar 10% do Pato original, a família Brasil Roig e a nação colorada agradecem! Lembro a emoção de ver o Adriano Gabiru fazer o gol salvador. Encerrado o jogo, a família inteira foi para o canalete da Av. Major Carlos Pinto, em Rio Grande-RS-Brasil, local de confraternização. A "Maré Vermelha" tomou conta da cidade, Estado, país e mundo. No sábado, assisti em casa ao vídeo (presente da prima Rejane, uma gremista...), intitulado Gigante, produzido pelo Inter, para comemorar a campanha vencedora. Ali se vê claramente o confronto, não apenas de duas escolas de futebol, mas de dois modelos de cultura e civilização. De um lado uma verdadeira seleção mundial, o Barcelona, da Espanha (da região da Catalunha, de onde vieram meus antepassados, no final do século XIX), com jogadores de diversas seleções nacionais; do outro lado, um time mais modesto, verdadeira seleção nacional brasileira, com jogadores de quase todas as regiões do país. De um lado o consagrado Ronaldinho Gaúcho, ex-Grêmio; do outro, a promessa de craque, Alexandre Pato, hoje no poderoso Milan, da Itália, que sagrou-se ontem campeão mundial inter-clubes FIFA, aplicando 4x2 sobre o valente Boca Juniors, da Argentina. Analisando o vídeo da campanha do Inter, e a final de ontem, fiz anotações para outro artigo de opinião (o terceiro) da série "Futebol: metáfora da vida", que após sua conclusão, estará disponível em meu outro blog ControlVerso , que trata de poesia, contos, crônicas e colagens, todas de minha autoria. Que em 2008, o Internacional, reformulado, com novos jogadores, volte a ser um vencedor. Um dos clubes mais organizados do país, que sem grandes patrocínios (nem transações nebulosas, do tipo lube-empresa, que levaram times consagrados como Grêmio, Palmeiras e Corinthians à Segunda Divisão do Brasileirão!), mantém a folha em dia, revelando a cada ano um craque, e tendo que infelizmente vendê-lo para o exterior, para manter seus compromissos (Nilmar, repatriado, Sóbis, Pato...). É a renovação forçada que se faz necessária. Por sinal, o Internacional sub20, que já é o atual campeão brasileiro da categoria, vai decidir em breve o título, e quem sabe trazer o bicampeonato, contra o Cruzeiro de Belo Horizonte-MG. Vendo o Milan, com jogadores há 5, 10 anos no plantel, dá dó de ver Pato longe, sem sequer ter jogado um clássico Gre-Nal por aqui. Coisas da vida e do futebol... Esporte faz bem para saúde física e mental, e deve ser estimulado na escola e fora dela. Para meus alunos gremistas, continuo a dizer: "Quem gosta de INTERnet é colorado e nem sabe disso!" Risos. Hoje a tardinha, se tiver festa lá no canalete, estarei lá com Allan, esposa e amigos, para a festa. Uhu! Saudações coloradas!

domingo, dezembro 16, 2007

Escolha o seu sonho (sugestão de leitura)

Terminei de ler hoje o livro Escolha o seu sonho, com crônicas de Cecília Meireles, publicado em 1964. Conhecia uma parte de sua obra em verso, mas desconhecia este livro em prosa. Foi uma leitura extremamente agradável, e surpreendente. Primeiro, como coloquei em postagem anterior, a respeito do texto TEMPO INCERTO, que escrito há 43 anos atrás, se divulgado sem autoria e tempo de escritura, poderia se passar por uma crônica dos dias atuais. Outra crônica, intitulada Do Diário do Imperador, também me chamou demais a atenção, pelo fato de Cecília comentar alguns fragmentos do diário de Dom Pedro II, que retratam o seu tempo, mas dá para compreender, através de suas reflexões, um pouco de nossa essência política, que infelizmente parece inalterada com o passar dos tempos e das CPI's. Vejam alguns exemplos das palavras de D. Pedro II:
"Muitas coisas me desgotam; mas não posso logo remediá-las e isso aflige-me profundamente. Se ao menos eu pudesse fazer constar geralmente como penso! Mas para quê - se tão poucos acreditariam nos embaraços que encontro para que eu faça o que julgo acertado! Há muita falta de zelo, e o amor da pátria só é uma palavra - para a maior parte!"
Li essa crônica, posteriormente a não aprovação da continuação da CPMF, que embora um imposto a mais, teve na oposição um componente parece-me muito mais político partidário, do que ético, até pelo fato de quem foi agora (na oposição) contrário a sua prorrogação, quando na situação, foi seu autor... Vejam esse trecho:
"Tudo inventam; e triste política é a que vive de semelhantes embustes quando tantos meios honestos havia de fazer oposição; mas para isso é necessário estudar as necessidades da Nação - e onde está o zelo?"
Pois é, onde está o zelo de seguidas oposições que fazem a tal oposição mais a Nação, com suas atitudes de inviabilizar um governo. E quando retornam ao poder, lamentam-se dos fatos que fizeram quando oposição pela oposição pura e simplesmente. Opor-se a alguém ou algo, deveria ser baseado em convicções e não em conveniências momentâneas, como é feito neste país, desde que foi descoberto em 1500. Observem este outro fragmento do diário do Imperador:
"Na educação da mocidade é que sobretudo confio para regeneração da pátria. Gritam que se não pode chegar ao poder senão fazendo oposição como a fazem; mas, quando no poder, não sofrem do mal que fomentaram? A imprensa é inteiramente livre, como julgo deva ser, e na Câmara e no Senado a oposição tem representantes; mas que fazem estes pela maiori parte?"
O que fazem nossos "representantes", que investem milhões em campanhas, para um salário que durante um mandato será impossível de por meios lícitos recueprar a décima parte deste investimento? O que fazem além de defender seu quinhão?
Ao falar da coisa pública, D. Pedro II foi extremamente atual com seu tempo e também com o nosso, mesmo sem ter "bola de cristal":
"... Mas tudo custa a fazer em nossa terra e a instabilidade de ministério não dá tempo aos ministros para iniciarem, depois do necessário estudo, as medidas mais urgentes. É preciso trabalhar, e vejo que não se fala quase senão em política, que é, as mais das vezes, guerra entre interesses individuais".
Como Cecília destaca, D. Pedro II "deixou fama de sabedoria, e comparando-se as modestas (mas importantíssimas) observações de seu diário com a verborragia demagógica de que ainda somos vítimas, e dos males que a acompanham, compreende-se que muita gente desesperada até pense em tornar-se monarquista"; mas como a própria Cecília ressalta: "... convém não esquecer estas palavras do próprio Imperador: 'Nasci para consagrar-me às letras e às ciências; e, a ocupar posição política, preferiria a de presidente da República ou ministro à de imperador".Há mais de cem anos, o imperador do Brasil escreveu em seu diário algo que permanece imutável, para nossa sina na Terra Brasilis:
"A falta de zelo; a falta de sentimento do dever é nosso primeiro defeito moral. Forçoso é, contudo, aceitar suas conseqüências, procurando, aliás, destruir esse mal que nos vai tornando tão fracos". Creio que a educação e os jovens, como o próprio imperador sugeriu, sejam o caminho mais efetivo para essa mudança.
Escolha o seu sonho, livro de crônicas de Cecília Meireles (foto da capa acima) é uma indicação de leitura que sugiro àqueles que gostam de beber na fonte dos clássicos da literatura, trazendo curiosas reflexões sobre o seu cotidiano que ainda repercutem em nosso dia-a-dia.

sábado, dezembro 15, 2007

Curso de Arquelogia Náutica - Projeto Sítio Arqueológico Escola


No final de 2006, como cursista, concluí, juntamente com alunos de graduação da Oceanologia e História (FURG), o Curso de Extensão em Arqueologia Náutica, promovido pelo LEPAN/DBH e Museu Náutico da FURG, tendo como responsável o oceanólogo e mergulhador Rodrigo Torres. O curso faz parte do Projeto Arqueológico Sítio Escola, em que os cursistas recebem noções de história da navegação, construção de embarcações, cartografia, topografia, etc. Além das aulas teóricas no LEPAN (laboratório de arqueologia - FURG), tivemos, em 2006, aulas práticas, analisando, medindo, catalogando 3 naufrágios localizados aos fundos do Yacht Club do Rio Grande, bem próximo do Museu Oceanográfico da FURG e da EEEF Barão de Cêrro Largo (onde funciona o NTE Rio Grande/18ª CRE, onde exerço a função de multiplicador em informática educativa). O slide show acima, trata-se de apenas algumas das fotos que tirei do passeio de encerramento do curso, em dezembro de 2006, que saiu dos fundos do Museu Oceanográfico, indo próximo aos Molhes da Barra e retornando. Foi num domingo de sol forte, realizado próximo ao meio-dia. Por mais belas que sejam as fotos, não dão conta da beleza natural de ver ao vivo e a cores aquela paisagem de cartão postal que nem todos os riograndinos e nortenses conhecem, mesmo residindo nesse pequeno paraíso, no extremo sul do Rio Grande do Sul - Brasil.
Fui, em 2006, um aluno esforçado, e para variar, o aluno mais "experiente" (em termo de idade, risos) da turma, que me adotou como um companheiro. Aprendi a usar equipamento GPS, teodolito, bússola, roupa e equipamento de mergulho (não chegamos a mergulhar), enfim, foi uma experiência única, que me deu um conhecimento para minhas atividades com alunos e professores. Aos fins de semana íamos para nosso sítio escola, para trabalhar nos naufrágios, e passamos o dia todo lá, compartilhando os lanches de forma comunitária. Eu, pelo tamanho (1,91 cm) era o homem régua, que ía voluntáriamente para dentro d'água para que os colegas pudessem medir a distância. Mas com quase 100kg, literalmente afundava na lama, precisando de socorro dos colegas para sair do buraco. Risos. O grupo foi muito legal, e fiz grandes amigos.
Em 2007, cursando especialização a distância e mestrado presencial, não pude dar continuidade aos meus estudos, na segunda edição do Projeto Sítio Escola, mas como em 2006, disponibilizei um dia para que o professor e os cursistas pudessem utilizar o laboratório de informática do NTE, para usarem softwares necessários as atividades finais do curso. Ontem, mesmo retornando de viagem, não poderia deixar de atender ao pedido do meu professor e amigo Rodrigo Torres, e disponibilizei o laboratório para a atividade final do curso ArqueoNau 2007. Conheci a nova turma, também com alunos de graduação da Fundação Universidade Federal do Rio Grande, dos cursos de Oceanologia e História. Espero poder noutras edições voltar a ser cursista, principalmente no Projeto Sítio Escola do Farol Atalaia, na 5ª Secção da Barra, em São José do Norte (município vizinho a Rio Grande), onde passei minha infância e adolescência. Rodrigo se dispôs, em contrapartida ao uso do laboratório, a dar palestras e fazer passeio com alunos dos projetos do NTE e da EEEF Barão de Cêrro Largo, para 2008. Unir o útil ao agradável, eis a lição que aprendi desde cedo com meus amigos.

sexta-feira, dezembro 14, 2007

O mundo é uma bola


Hoje, durante o almoço, em uma das raras vezes que tenho assistido TV ultimamente, vi no Globo Esporte, reportagem a respeito da chamada "bola inteligente", que vem com um microchip e sensores supersensíveis, capazes de confirmar o ingresso ou não da bola no gol... Com certeza mais um avanço tecnológico, que se não é propaganda de Bombril, possui mil e uma utilidades, dentre elas, a principal, de coibir o erro humano, de fato ou proposital, principalmente no esporte, e mais ainda, no futebol, a paixão nacional. Na história do futebol mundial quantos erros que a TV mostrou posteriormente deram títulos a clubes e seleções nacionais. Com esse dispositivo, só será validado se o chip acusar a ultrapassagem total da bola pela linha do gol, como diz a regra do futebol. Mas tem um porém, parece que será usado como teste neste domingo, durante a decisão do mundial inter-culbes da FIFA, no Japão, entre Milan e Boca Juniors, mas só será oficializada posteriormente a Copa do Mundo de 2010, que casualmente será realizada no Brasil, 60 anos depois da primeira edição. Naquele dia Deus não foi brasileiro, e sim uruguaio, mas isso é outro assunto, e nesse resultado não há o que se questionar. Como diziam alguns desses filósofos do futebol: "O jogo só acaba quando termina". Esse sensor será um grande avanço e exemplo para os jovens de como a tecnologia pode ajudar não apenas ao esporte, mas a justiça de um jogo... A tecnologia, no cotidiano, de tão incorporadas quase como uma segunda pele aos jovens, passa desapercebida às vezes. Um simples celular, que serve também para mil e uma utilidades - e até pra conversar, se quiserem -, já li e comentei nesse blog, carrega em si toda uma tecnologia superior a que nossos avós e bisavós tinham ao seu dispor. O grande problema da tecnologia é a sua banalização, principalmente na Educação, com o surgimento do denominado "Professor Datashow" e do "Professor Power Point", que dão suas aulas numa sucessão de slides e mais slides, lendo e repetindo o mesmo conteúdo de forma pseudomoderna... A modernidade deve ser vista pelo conteúdo e não pela forma como é passado, repassado ou produzido. Desculpem certa redundância, mas a vida, o mundo e a bola são redondos e redundantes às vezes...
Para saber mais sobre esse novo dispositivo, sugiro clicarem nos links abaixo:
A bola inteligente
Bola inteligente é solução para resguardar os árbitros
Observação: Imagem acima, extraída do endereço eletrônico abaixo:
http://dn.sapo.pt/2005/11/08/desporto/
bola_inteligente_e_solucao_para_resg.html

quinta-feira, dezembro 13, 2007

O acesso a informação na era da informação

Olhem que paradoxo, em plena era da informação, no que tange aos "Adolescentes especiais (que) não têm acesso a informação" sobre dados que dizem respeito ao seu cotidiano, em temas variados, desde sexo seguro e campanhas de prevenção de DST. Notícia publicada no portal Yahoo! Brasil merece uma leitura e reflexão da escola e da sociedade. Aos interessados, basta clicar no link abaixo.
Adolescentes especiais não têm acesso a informação

Conclusão da Especialização em Tecnologia Educacional



Ontem, pela manhã, eu e minha colega Janaina, concluímos a especialização em Tecnologias da Informação e da Comunicação na Promoção da Aprendizagem (UFRGS-2006/2007), apresentando cada qual seu TCC a banca examinadora, presente no prédio A, do Instituto de Matemática, no Campus do Vale, no bairro Agronomia, em Porto Alegre. Janaina foi a 4ª e eu o 5º a se apresnetar de um grupo de 6 cursista naquele turno. Pude reencontrar colegas e amigas, que conhecia apenas do mundo viurtual nessa especialização a distância. Bem como, pude rever amigas que tinha conhecido na etapa presencial. Em ambos os casos, a parceria entre colegas que se tornam amigos, foi essencial. Essa pós teria sido muito mais desgastante, caso eu não tivesse podido contar coma colaboração dos professores orientadores, tutores e dos colegas cursistas, que em determinadas atividades me auxiliaram em sua execução. Educação a distância é possível, quando os grupo envolvido no curso, de agentes a sujeitos, interagem além dos meios eletrônicos (e-mail, forum, MSN, skype, chat,etc), compartilhando suas experiências. Em 2007, cumulativamente a essa pós, iniciada em 2006, acumulei as funções de multiplicador de informática educativa no NTE Rio Grande/18ªCRE, nos turnos da manhã e noite, dando cursos a professores da rede pública estadual, e desenvolvendo projetos de aprendizagem e de ensino com alunos, de turmas da EEEF Barão de Cêrro Largo, onde o NTE está implantado. Os professores responsáveis por estas turmas, seja do ensino regular como da educação especial, foram mais que parceiros, colegas, mas também amigos. Em atividade do Curso de Extensão a ditância Mídias Integradas à Educação (UnB-2007), também pude elaborar e executar atividades, graças a esses professores, dentre eles Éverton Souza (História), Simone Zogbi (4ª série regular), Jane Degani (Educação Especial, área deficiência mental); bem como minha colega de NTE, Janaina Martins, e outros colegas, de especialização, como Bernardette Motter (Caxias do Sul), Maristela Brizzi (Ijuí), sempre prestativos e solidários, e outros colegas que descobri no ciberespaço, e que muito me auxiliaram quando nesse turbilhão de atividades, me socorreram, como Robson Freire (NTE Itaperuna - RJ) e Vera Guidi (arte educacodra do blog Arte Brasilis). Mais, no turno da tarde, cursei mestrado em História da Literatura, concluindo os créditos no dia que embarquei para a defesa do TCC desta pós. No mestardo, tive colegas e amigos, que compartilharam livros, cópias, impressões e interpretações sobre livros, autores, teóricos, etc. Quase toda a turma tinha idade para ser um a um meus filhos, com média de idade em torno de 20 a 25 anos. Eu, com meus 4.3 (diria não ser idade mas velocidade de processamento de idéias, para usar um termo da informática... risos), aprendi muito com todos, e principalmente com o corpo docente do mestrado de História da Literatura (FURG-2007). Como escritor, nas poucas horas vagas, puder cursar esse mestrado foi um sonho que tornou-se realidade. Ano que vem iniciarei a escrita da dissertação que abordará a autobiografia de Érico Verissimo, e outro desafio se erguerá no horizonte. Mas isso é outro ano, outra expectativa. Antecipando nessa postagem um primeiro balanço do ano, posso dizer que foi extremamente positivo, por todos os desafios que tive, e a superação constante que eles me impuseram. Mas, volto a afirmar: sem a colaboração dos colegas, amigos, e principalmente da família, esposa e filho, que compreenderam minhas ausências, ainda quando de corpo presente, conectado ao universo digital, escrevendo, escrevendo, escrevendo para todas essas atividades que desempenhei em 2007. Que no próximo ano venham novos desafios, e que eu posso contar com esse meus apoio, essencial para alguém que não se cansa de ser aluno, mesmo quando está na função de educador. Obrigado, de coração, a todos!
Observação: Semana que vem estarei disponibilizando neste blog o endereço eletrônico do Projeto de Aprendizagem desenvolvido por mim e Janaina, criado no ambiente wiki, que foi analisado no TCC, defendido ontem, onde constam fotos, arquivos de som, referencial teórico e etc sobre essa atividade educacional.

terça-feira, dezembro 11, 2007

Tempo Incerto


"Os homens têm complicado tanto o mecanismo da vida que já ninguém tem certeza de nada: para se fazer alguma coisa é preciso aliar a um impulso de aventura grandes sombras de dúvida. Não se acredita mais nem na existência de gente honesta; e os bons têm medo de exercitarem sua bondade, para não serem tratados de hipócritas ou de ingênuos.
Chegamos a um ponto em que a virtude é ridícula e os mais vis sentimentos se mascaram de grandiosidade, simpatia, benevolência. A observação do presente leva-nos até a descer dos exemplos do passado: os varões ilustres de outras eras terão sido realmente ilustres? Ou a História nos está contando as coisas ao contrário, pagando com dinheiros dos testamentos a opinião dos escribas?
Se prestarmos atenção ao que nos dizem sobre as coisas que nós mesmos presenciamos - ou temos que aceitar a mentira como a arte mais desenvolvida do nosso tempo, ou desconfiaremos de nosso próprio testemunho, e acabamos no hospício!
Pois assim é meus senhores! Prestai atenção às coisas que vos contam, em família, na rua, nos cafés, em várias letras de fôrma, e dizei-me se não estão incertos os tempos e se não devemos todos andar de pulga atrás da orelha!
A minha esperança estava no fim do mundo, com anjos descendo do céu; anjos suaves e anjos terríveis; os suaves para conduzirem os que se sentarão à direita de Deus, e os terríveis para os que se dirigem ao lado oposto. Mas até o fim do mundo falhou; até os profetas se enganam, a menos que as rezas dos justos tenham podido adiar a catástrofe que, afinal, seria também uma apoteose. E assim continuaremos a quebrar a cabeça com estes enigmas cotidianos.
No tempo de Molière, quando um criado dava para pensar, atrapalhava tudo. Mas agora, além dos criados, pensam os patrões, as patroas, os amigos e inimigos de uns e de outros e todo o resto da massa humana. E não só pensam, como também pensam que pensam! E além de pensarem que pensam, pensam que tem razão! E cada um é o detentor exclusivo da razão!
Pois de tal abundância de razão é que se faz a loucura. os pedestres pensam que devem andar pelo meio da rua. Os motoristas pensam que devem pôr os seus veículos nas calçadas. Até ps bondes, que mereciam a minha confiança, deram para sair dos trilhos. Os analfabetos, que deviam aprender, ensinam! Os ladrões vestem-se de policiais, e saem por aí a prender os inocentes! Os revólveres, que eram considerados armas perigosas, e para os quais se olhava a distância, como quem contempla a Revolução Francesa ou a Guerra do Paraguai - pois os revólveres andam agora em todos os bolsos, como troco miúdo. E a vocação das pessoas, hoje em dia, não é para o diálogo com ou sem palavras, mas para balas de diversos calibres. Perto disso, a carestia da vida é um ramo de flores. O que anda mesmo caro é a alma. E o Demônio passeia pelo mundo, glorioso e impune".

Observação 1: O texto acima, para reflexão, fala por si mesmo, e foi publicado em 1964 (ano de meu nascimento) por Cecília Meireles, às paginas 48 e 49, de seu livro de crônicas Escolha o Seu Sonho (Ed. Record, 26ª edição, 2005).
Observação 2: A imagem acima é uma colagem digital, feita por mim, a partir de três imagens que têm tudo a ver com esse "Tempo Incerto" em que vivemos. Entre o macro e o microcosmos, já dizia William, o Shakespeare: "Há mais coisa entre o céu a terra que possa vislumbrar nossa vã filosofia". E eu complementaria: Nossa vã tecnologia também, ainda engatinhando...

Sessão solene pelos 50 anos da 18ª CRE - Rio Grande


Hoje, às 20h, ocorrerá no salão da 18ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) Rio Grande, sessão solene da Academia Rio-Grandina de Letras, em homenagem aos 50 anos dessa instituição que é elo entre a Secretaria Estadual da Educação do Estado do Rio Grande do Sul e as escolas dos 4 municípios sobre circunscrição da mesma: Rio Grande, São José do Norte, Santa Vitória do Palmar e Chuí. Estarei presente pelas duas instituições: como educador, multiplicador de informática educativa do Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) Rio Grande da 18ª CRE, e pela ARL, da qual sou membro titular da cadeira nº 6, cujo patrono é o prof. Antonio Gomes de Freitas. Educação e cultura em minha vida sempre estiveram presentes.
Logo após, devo embarcar para Porto Alegre, para amanhã (12/12), a partir das 08:30horas, no Instituto de Matemática, da UFRGS, defender meu TCC na especialização em tecnologia educacional, que trata da "Inclusão de Portadores de Necessidades Educativas Especiais: Paradoxos Tecnológio e Educacional".
Observação: Foto acima, de minha autoria, da fachada do prédio reformado da 18ª CRE.

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Encerramento oficial 3ª edição Projeto Informática na Educação Especial: parceria NTE/18ªCRE e Escola Barão


Hoje, pela na manhã, ocorreu no laboratório de informática do Nucleo de Tecnologia Educacional (NTE) Rio Grande, da 18ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), o encerramento oficial da 3ª edição do do Projeto de Informática na Educação Especial - 2005/2007, com a entrega de certificados aos participantes (professores e alunos e alunos-monitores). Estiveram presentes ao evento além de mim, coordenador do projeto, a profª Dulcinéa Costa de Castro, coordenadora do NTE, a profª Glacy Canary, Coordenadora Regional de Educação/18ª CRE; a profª Alzira Paiva Freitas, diretora da EEEF Barão de Cêrro Largo; as professoras parcerias da área da Educação Especial da Escola Barão (área da surdez: Daina, Kátia, Elizete e Cleusa; área da deficiência mental: Jane Degani (idealizadora do projeto); área da deficiência visual: Nirlei e Nicéia; área de altas habilidades/superdotação: Isabel Veleda e da 4ª série do ensino regular Simone Zogbi); além dos alunos e seus pais e/ou responsáveis. A partir da segunda quinzena de dezembro a equipe do NTE estará elaborando o calendário de atividades para o primeiro semestre de 2008, a ser enviado para as escolas da rede pública estadual, sob jurisdicação da 18ª CRE Rio Grande - RS - Brasil.

domingo, dezembro 09, 2007

Vídeo no YouTube do Projeto Hagáquê - Aprendendo com os Quadrinhos


Eis acima, o vídeo (de minha autoria) com imagens do Projeto Hagáquê - Aprendendo com os Quadrinhos, parceria do NTE Rio Grande/18ª CRE com a EEEF Barão de Cêrro Largo. Eu e a profª Simone interagimos em conjunto e com a turma durante esse projeto de aprendizagem que envolveu diversos recursos tecnológicos (a meu cargo) e pedagógicos (a cargo de Simone). Parte do projeto foi feita no laboratório de informática do NTE, que funciona no antigo pavilhãos da técnicas agrícolas (desativado) da Escola Barão, adaptado para receber o Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) Rio Grande, que pertencente a 18ª Coordenadoria Regional da Educação, tem como atribuição principal a capacitação de professores e servidores públicos estaduais, da área da educação, com a informática educativa, abrangendo os municípios de Rio Grande, Santa Vitória do Palmar e Chuí. A outra parte do projeto foi complementada em sala de aula, com o uso de revistas (gibis) de histórias em quadrinhos, pela profª Simone, para que os alunos se familizarizassem com a seqüência de uma HQ, entre outros conteúdos e competências que tiveram na tecnologia educacional sua aliada, com o uso de microcomputadores, internet, datashow, o software Hagáquê, paint brush, câmera digital; mas principalmente o uso da aprendizagem significativa e da flexibilidade cognitiva, dois pilares do construtivismo. Na parte final do mesmo, após a turma e profª terem realizado passeio a uma charqueada (infelizmente outrso compromisso me impediram de acompanhá-los), as fotos desta atividade extra-curricular foram usadas para a criação de novas HQs em que os próprios alunos tornaram-se personagens de suas contruções, unindo o útil ao agradável, a tecnologia com a educação.
Observação: Cliquem duas vezes no vídeo para ele rodar.

sábado, dezembro 08, 2007

Porto do Rio Grande prêmio de responsabilidade ambiental


Em tempos de noticiário cada vez mais catastrófico, é com satisfação que divulgo notícia publicada na edição on-line do Jornal Agora (www.jornalagora.com.br), da cidade do Rio Grande - RS - Brasil, sobre a premiação recebida pelo Porto de Rio Grande, relativa a responsabilidade ambiental, conforme link (atalho) abaixo.
Porto recebe prêmio de responsabilidade ambiental
Esse ano, tive o privilégio de participar de curso do ProEA-PRG (Programa de Educação Ambiental do Porto do Rio Grande), oferecido aos educadores da rede pública do município, em que os cursistas assistiram palestras, vídeos e desenvolveram atividades diversificadas, que, no meu caso específico, auxiliaram, e muito, em projetos com alunos e professores da rede pública estadual, via NTE/18ª CRE. O professor José Vicente Freitas, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), um dos palestrantes no ProEA-PRG, nos enviou inestimável material sobre água e energia; temas que desenvolvemos com alunos da educação especial, dentro da especialização em tecnologia educacional (Ufrgs-2007), que eu e Janaina, minha colega de NTE, iremos defender através de TCC, no dia 12/12, no Instituto de Matemática/Ufrgs, em Porto Alegre-RS. Para o ano letivo 2008, o referido material, remetido por José Vicente, será trabalhado com alunos e professores da rede pública estadual, como tema transversal nos cursos de informática educativa, realizados pelo NTE. Disponibilizaremos em ambiente adequado, a ser adaptado no núcleo, esse farto material para consulta local. Pretendemos, em 2008, planejar, como feito na prática escolar da especialização, promover nas atividades com alunos, além de elaborar atividades em laboratório de informática e na sala de aula, pesquisar também o acervo desta "biblioteca" do NTE e não somente a internet, além de fazer saídas de campo, seja no belo entorno da EEEF Barão de Cêrro Largo, onde o NTE/18ª CRE funciona, seja visitando o ecomuseu da Ilha da Pólvora, o Museu Oceanográfico/Furg, ambos em frente à Escola Barão e NTE, e outros locais em que a teoria possa integrar-se naturalmente com a prática educacional.
Observação: Foto acima, da plataforma P-53, no Porto do Rio Grande - RS - Brasil, extraída da página http://www.intelog.net/Imagens/p53rg.jpg

Projeto Hagaquê - 4ª série/2007 - encerramento


Acima, slide show feito por mim, a partir da prática escolar com a 4ª série do ensino fundamental da EEEF Barão de Cêrro Largo, tendo como professora parceira a colega e amiga Simone Zogbi. A prática decorrente desse projeto, encerrou nessa sexta-feira, dia 07/12. Dia 10/12, a partir das 08:30 horas, ocorrerá no NTE a entrega de certificados de conclusão aos participantes (professores e alunos) do Projeto de Informática na Educação Especial, em que a 4ª série do ensino regular, também da Escola Barão, foi convidada a se integrar, a contar desta 3ª edição. A turma de 4ª série regular, interagiu durante todo o projeto de forma participativa entre nós, educadores, e entre eles próprios, o que facilitou muito a todos. Dentro da aprendizagem significativa é importante trabalhar com o conhecimento prévio que o aluno traz de casa e do meio onde convive, flexibilizando a prática escolar, promovendo-se assim a interação entre o grupo e o compartilhamento do conhecimento adquirido com o uso dos meios tecnológicos. Na primeira fase do projeto, tivemos dificuldades com a versão do software Hagaquê (a primeira, que apresentava problemas ao salvar e tentrar abrir o arquivo). Com o auxílio de amigos, como o colega Robson Freire, do NTE de Itaperuna - RJ (e eis ai a educação a distância em sentido amplo, em que educadores e alunos podem interagir uns com os outros, independentemente do espaço físico onde estão...), foi possível baixar a versão mais recente do referido software educacional (disponível gratuitamente AQUI ), que funciona de forma satisfatória. A cada software descoberto por mim ou indicado pela Secretaria Estadual da Educação do Estado do Rio Grande do Sul, ao qual o NTE Rio Grande/18ªCRE está vinculado ( CATE ), bem como através de indicações de colegas e amigos do ciberespaço, inicio sua utilização com um conhecimento básico. Através do uso continuado, vamos, alunos e educadores, descobrindo o que a "gurizada" chama de "manhas". No Hagáquê, como em outros programas, a sistemática foi a mesma. O que volto a ser recorrente: "Professor, não tenha receio de usar a tecnologia no ambiente escolar, somente pelo fato de não ter conhecimentos avançados em informática. Não é obrigatório isso. Claro que se souber usar a nível básico essas ferramentas, e tiver persistência, e espírito de descoberta, facilitará sua prática pedagógica. Mas, a tecnologia é dominada melhor pelo aluno, do que pelo adulto. Cabe a nós, educadores do Brasil, a criação dessa ponte entre a tecnologia, que o aluno domina, e as práticas pedagógicas, que são e deverão ser sempre a nossa principal área de atuação. Se mediarmos esse dois pólos de ensino-aprendizagem (tecnologia e pedagogia), tudo ficará mais fácil. E o aluno, de adversário, para uns, passará a grande aliado, como aliada deve ser encarada a tecnologia; e não um bicho-de-sete-cabeças". Nesse projeto, conseguimos o voluntariado de 2 alunos, Jonathan e Marcelo, que atuaram cada um como aluno-monitor (em turno inverso) no Projeto de Informática na Educação Especial, que abrange turmas das áreas da surdez, deficiência mental, deficiência visual e altas habilidades/superdotação. Na turma de altas habilidades os alunos Pablo e Eduardo também atuaram em turno inverso, cada um como aluno-monitor, auxiliando a profª multiplicadora do NTE Janaina Martins. Volto a repetir: "A inclusão educacional pressupõe a inclusão tecnológica (como ferramenta de apoio) e a social (como ato de cidadania). E a inclusão, que deve ser sinônimo de interação e integração, deve privilegiar formas de incluir alunos regulares e/ou portadores de necessidades educativas especiais (PNEEs) como sujeitos e agentes integradores/multiplicadores da informática educativa, não apenas reproduzindo teorias, práticas, conteúdos e competências, mas também produzindo conteúdo, tanto pedagógico (projetos educacionais) como tecnológico (softwares educacionais, por mais simples que sejam...)".Observação: Leiam abaixo nota publicada no Jornal Agora, da cidade de Rio Grande-RS, no dia 08/12/2007, sobre o Projeto Hagaquê.
Escola Barão eleva a auto-estima dos alunos através dos quadrinhos

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Hoje estou de aniversário

Há exatos 15 anos atrás, em um 07 de dezembro, iniciei minha trajetória na Educação, e desde lá tenho acumulado experiência e projetos em diversas áreas: administrativa, jurídica, tecnológica, etc. Hoje, pela manhã, encerrei juntamente com a profª Simone Zogbi, as atividades do Projeto Hagáquê. Nas próximas postagens ainda voltarei a comentar sobre esses meus 15 anos na Educação e sobre o projeto acima citado.

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Literatura e laços de família

Hoje, a tarde, conheci Edson Roig Maciel, mestrando em Literatura Comparada pela UFRGS, que além do mesmo sobrenome Roig, tem em comum comigo o gosto pela Literatura. Assisti a comunicação de Edson, na mesa 3 - tema Literatura Estrangeira, que apresentou o texto "O imaginário afetivo de Enriques Vila-Matas: resgatando os biografemas de Barthes". Vila-Matas é um escritor espanhol, da região da Catalunha, mesma região de origem dos Roig, que no dialeto catalão significa "vermelho". Esse dado, quanto ao significado do sobrenome da família desconhecia. Combinamos de trocar e-mails para buscar a genealogia da família e comprovar um possível parentesco, já que segundo Edson, o sobrenome Roig é bem popular lá na Espanha, não tão como o Silva, no Brasil, mas similar. Esse dado, da popularidade dos Roig, já sabia. Porém, a maioria dos Roig que conheço, e outros que me descobriram, via orkut, tem parentesco. Meus bisavós paternos dom Miguel Roig e Victória Metlas Roig, vieram de navio, daquela região da Espanha, no final do século XIX, e acabaram se estabelecendo em São José do Norte, cidade vizinha a Rio Grande, ambas no extremo sul do Rio Grande do Sul - Brasil. Na mesma mesa, estava Elena Palmero González, minha professora do mestrado em História da Literatura (FURG), apresentando o texto "El arpa y la sombra, de Alejo Carpentier: última viagem às origens"; além da professora de Edson, Rita Lenira de Freitas Bittencourt (UFRGS), com o texto "Três vezes Shandy: limiares críticos de Enrique Vila-Matas"; Antonio Carlos Silveira Xerxenesky, com o texto "O deslocamento em A viagem vertical, de Enrique Vila-Matas" e Kelvin dos Santos Klein (coordenador da mesa), com o texto "As propostas de Calvino na crítica literária de Enrique Vila-Matas". Amanhã encerra o Seminário, e também o curso que estou fazendo pelas manhãs, com o Prof. Dr. José Luiz Fiorin (USP), intitulado "Enunciação, Estrutura e História".

terça-feira, dezembro 04, 2007

Comunicação sobre A síndrome de Ulisses no seminário da PUCRS

Realizei, hoje, ds 17:15h às 17:30 horas a comunicação sobre o ensaio de minha autoria O paradoxo de Ulisses em a síndrome de Gamboa: a poética da errância, dentro da programação do XXV Seminário Brasileiro de Crítica Literária e XXIV Seminário de Crítica do Rio Grande do Sul, promovido pela PUCRS. Participei da mesa 7, tema: Literatura Estrangeira e Lingüística, no prédio 08, sala 308 da PUCRS, em Porto Alegre. Apesar de dar aula, fazer palestras, falar em público regularmente, sempre que vou apresentar um novo trabalho vem junto aquele "frio na barriga" de iniciante. Mas disfarço bem (ou como disseram minhas alunas, professores estaduais: nós disfarçamos melhor, que você não percebe... Risos...). Apesar desse frio na barriga num dia com sol e calor intensos, tudo transcorreu bem, e pude apresentar minha leitura sobre a obra de Santiago Gamboa comparada com o clássico de Homero, Odisséia, aquele com sentido paródico a este. Na mesma mesa, de número 7 (sempre esse número cabalístico me acompanhando sem que eu saiba o motivo...), estiveram a profª Regina Kohlrausch (PUCRS), coordenadora da mesa, com a comunicação intitulada "Literatura espanhola: tendências contemporâneas"; Hugo Jesus Correa Retamar, mestrando UFRGS, com texto "Afonsina: a mulher, a cidade e o homem", profª. Helenita Rosa Franco (PUC), com o trabalho "Sor Juana Inés de la Cruz" e Paulo Vianna Sant'Anna, meu colega de mestrado em História da Literatura (FURG), com o texto "Vozes narrativas e gêneros literários em A síndrome de Ulisses".
Amanhã, na mesa 3, irei assistir ao trabalho de Edson Roig Maciel, que trata de "O imaginário afetivo de Enrique Vila-Matas: resgatando os biografemas de Barthes". Um detalhe: conheci esse outro Roig, ao ver a programação do Seminário da PUCRS, e fiz contato por email com ele. Não nos conhecemos pessoalmente, mas já temos 2 coisas em comum: O sobrenome incomum (que leva a crer um provável parentesco), e ambos serem mestrandos em letras. Eu na FURG, de Rio Grande, e ele na UFRGS, de Porto Alegre. Incríveis coincidências.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Confirmado data e local da defesa do TCC em tecnologia educacional

Recebi, via e-mail, dos organizadores do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu Especialização em Tecnologias da Informação e da Comunicação na Promoção da Aprendizagem (UFRGS-2006/2007), a confirmação da data e do local da apresentação da defesa do TCC. Eu e Janaina, cursistas de Rio Grande - RS, apresentaremos a síntese de nossos TCCs no dia 12/12, pela manhã, em Porto Alegre - RS, no Instituto de Matemática - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Campus do Vale, na Av. Bento Gonçalves, 9500 - Bairro Agronomia - Prédio A (43111) Sala A109. Horário: das 8h30 às 12h. A apresentação é pública e cada cursista terá 15 minutos para exposição e 10 minutos para debate com a comissão examinadora, para emissão de parecer.
Essa especialização nos proporcionou, entre outras coisas, a ampliação de nossa prática escolar com o uso dos multimeios. Blog, wiki, jogos educacionais, fizeram parte de projetos e oficinas que ocorreram durante essa especialização, e que serão retomados ano que vem com professores e alunos da rede pública estadual, na circunscrição do NTE Rio Grande/18ªCRE. Como sempre digo: "Precisamos nos colocar, vez que outra, na função de aluno-cursista, para auto-avaliarmos nossa prática escolar". Após a defesa, estarei publicando uma síntese do TCC que abordou a "INCLUSÃO DE PORTADORES DE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS: PARADOXOS TECNOLÓGICO E EDUCACIONAL".

domingo, dezembro 02, 2007

Blog Surdo em Evidência II


Olhem só, acima, essa apresentação em slide show, postada no blog Surdo em Evidência , que tem como editora a professora Daina Pfarrius Soares. Este blog foi criado por Daina, com meu auxílio, dentro do Projeto de Informática na Educação Especial, para divulgar os projetos e iniciativas da educação especial, área da surdez, das turmas de alunos surdos da EEEF Barão de Cêrro Largo, em Rio Grande - RS, instituição pública onde está implantado o Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) Rio Grande/18ª CRE.
O Projeto de Informática na Educação Especial, do qual sou coordenador, é uma parceria de 3 anos, entre o NTE e as professoras da Educação Especial da EEEF Barão de Cêrro Largo, abrangendo as áreas da surdez, deficiência mental, visual, altas habilidades/superdotação, e este ano, incluindo a 4ª série do ensino regular, que possui alguns alunos portadores de necessidades educativas especiais (PNEEs). É uma satisfação poder contribuir, de forma direta (via projeto) ou indireta (via blog) para a divulgação das atividades e das possibilidades que o aluno PNEE pode ter de se incluir na sociedade de forma efetiva, se a própria sociedade facilitar essa inclusão. Como? A família deve se integrar mais que a escola, tendo os pais o interesse de saber Libras se o(a) filho(a) é surdo, por exemplo, buscando se informar sobre como estimular o aluno fora do ambiente escolar. A escola e os professores devem se incluir, pelo menos na discussão do processo inclusivo, antes de fechar questão sobre algo que desconhecem. Quando converso com colegas, amigos, professores ou não (online ou offline), que se dizem contra a inclusão, a primeira coisa que pergunto é: "O que sabes de fato sobre esse assunto?" Eu, particularmente, tenho 3 anos de prática e leituras, sempre estou aprendendo algo novo. Àqueles que dizem que a inclusão inicia na contramão, depositando pessoas e equipamentos, antes mesmo da capacitação do educador para lidar com essa nova situação, até concordo em parte, pois é tema complexo que requer uma ampla discussão com todos os personagens deste processo. Muitos criticam, mas quando são convidados a se intergrar, pelo menos à discussão, saem pela tangente, mesmo que nãos ejam professores de matemática (desculpem a brincadeira). Aos que dizem simplesmente que são contra por que são contra, e não têm argumentos, pois desconhecem a questão, e são apenas, como muitos formadores de opinião, comentarista do "ouviram dizer...", digo: mergulhe no debate, mas antes mergulhe fundo no assunto, visite uma sala de aula inclusiva e pergunte primeiro aos alunos se eles são contra... Verão que os alunos se integram muito mais rápido seja à tecnologia ou à inclusão do que o professor... Alunos ouvintes aprendem Libras para se comunicar com os surdos, por exemplo. Quem sabe, os jvens, por ainda não terem desenvolvido aquele pensamento cartesiano, em forma de "MRU" (movimento retilíneo e uniforme), que não muda, apesar do mundo ao redor ter mudado, e muito, principalmente a prática escolar, consigam se incluir. Claro, sabemos também da carga pesada depositada pela sociedade na escola e no professor, que o impede de cumprir com sua atribuição principal que é ensinar. Educar cabe também à família, que nem sempre o faz.
Eu, confesso: Desde que há 3 anos atrás iniciei nesse projeto de inclusão educacional, digital, e , acima de tudo, social, mudei radicalmente (para melhor). Sou mais tolerante, mais paciente, mais solidário. Meus problemas e limitações são irrisórios perto de alunos que não ouvem, mas conseguem escutar o que a tecnologia tem a lhes oferecer de auxílio inclusivo; aos alunos deficientes mentais que manifestam, via jogos educacionais, pesquisas e projetos de aprendizagem, sua visão de mundo; os alunos cegos e alguns com problemas de baixa visão e/ou coordenação motora não enxergam o nosso mundo multicolorido, mas têm a visão do futuro, de querer se integrar aos multimeios. Enfim, apesar de, como funcionário público, saber que todas essas atividades nada acrescentem ao meu salário ao final de cada mês ou ano, me sinto (sinceramente) enriquecido como educador, como profissional e como pessoa toda vez que vejo que iniciativas simples, mas sinceras, obtém resultados como esse slide show e o blog Surdo em Evidência, entre outros tantos no ciberespaço, nos demonstram. Parafraseando, Fernando, o Pessoa, digo que "Acreditar é preciso..."; acreditar mais nos seres humanos do que nas máquinas, que são e devem continuar sendo, apesar de todo avanço tecnológico, como meros coadjuvantes do processo educacional, como ferramentas, suportes e nada mais que isso. Desculpem-me ser recorrente, mas para mim, devemos humanizar a máquina ao invés de tentar robotizar as pessoas. Parabéns a Daina, e também as demais professoras da área da surdez, Kátia, Cleusa e Elizete pelo seu profissionalismo e competência. Mas parabéns também aos alunos, que sem a sua interação, nada disso seria possível. Com alguns deles consigo conversar melhor, via MSN, pois ainda não sei a Libras, coisa que ano que vêm, se puder, pretendo aprender. Aprender é preciso... Incluir-se no debate, mais ainda. Um bom fim de semana a todos!

DVD Escola e a Educação Especial


Ontem, dentro da atividade final do módelo intermediário do Curso de Mídias Integradas à Educação (UnB-2007), elaborei planejamento para o uso dos programas da TV Escola no contexto educacional. Já postei no ambiente virtual de aprendizagem a distância e-proinfo do MEC a atividade. Propus o uso do kit da programação da TV Escola, mais precisamente o DVD Escola, distribuído pela Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação a todas as escolas públicas do país, e que traz 50 DVDs com ótimo material sobre História, Ciências, Literatura, Matemática, etc, além do programa Um Salto para o Futuro. Escolhi o DVD nº 2, que trata da Educação Especial, para ser trabalhado com professores da rede pública estadual, via NTE, na apresentação do mesmo, discussão de aspectos do vídeo e reflexão para a inclusão do professor e do aluno no contexto escolar (dúvidas e certezas, propostas e experiências).
O DVD 2 - Educação Especial - é dividido em duas partes: Deficiência Mental e Deficiência Física. Por já ter projetos nessa área, vou trabalhar, nesse momento, com a deficiência mental, que no referido vídeo é subdividida em 6 pequenos vídeos:
- Deficiente mental: ameaça ou oportunidade?
- Estimulação intensificada;
- Brincar é coisa séria;
- O desafio da escola;
- Passagem para a vida adulta,
- Vida adulta e cidadania.
Aos educadores, indico toda a coleção, e, em especial, a destinada a sua área de atuação e do conhecimento. O material é ótimo, trazendo entrevistas de professores, de alunos, de especialistas, propondo uma reflexão crítica e construtiva com base em vivêncas e experiências de agentes e sujeitos educacionais. Ainda não assisti a todos os 50 DVDs da coleção, mas os que pude trabalhar, direta ou indiretamente, adorei pelos subsídios que me deram ao fazer pedagógico, com alunos e também com professores.
Observação: Imagem acima, capa do DVD citado nesta postagem, escaneada por mim.

sábado, dezembro 01, 2007

O paradoxo de Ulisses em a síndrome de Gamboa

Dia 04/12, às 17h15min, estarei apresentando a comunicação sobre o ensaio de minha autoria O paradoxo de Ulisses em a síndrome de Gamboa: a poética da errância, dentro da programação do XXV Seminário Brasileiro de Crítica Literária e XXIV Seminário de Crítica do Rio Grande do Sul, promovido pela PUCRS. Estarei na mesa 7, tema: Literatura Estrangeira e Lingüística, no prédio 08, sala 308 da PUCRS, em Porto Alegre. O livro A síndrome de Ulisses, do escritor colombiano Santiago Gamboa trata "da questão da perturbação psicológica sofrida por alguns imigrantes impossibilitados de voltar à terra natal e sem condições de obter cidadania no país onde estão". Trabalhei com o texto de Gamboa no ensaio para a disciplina Teoria dos Gêneros, da profª Rubelise da Cunha, no 1º semestre do Mestrado em História da Literatura (FURG-2007). Essa comunicação é uma adaptação do referido ensaio.
Observação: Imagem acima (capa do livro em questão) foi extraída da página http://www.siciliano.com.br/capas/857665170X.jpg