sábado, junho 28, 2008

Mensagem holográfica


Vídeo acima é um teste de mensagem holográfica enviada por celular. Mais um dos incríveis avanços da tecnologia que se igualam à ficção científica. Especialistas dizem que breve no telefone móvel (celular) poderá ser possível fazer tudo: assistir TV, acessar internet, editar texto, jogar, tirar fotos, ouvir músicas, ler livros, enfim, até mesmo, se quiser seu portador, usá-lo para se comunicar por voz. Meu celular é usado mais para me localizarem mesmo, e o uso mais para remeter e receber mensagens, do que para falar com alguém. Desde o advento da telefonia móvel, há vantagens e desvantagens. E, normalmente, dependendo do ponto de vista, estado de ânimo e compromissos, ser encontrado em qualquer parte para ser uma experiência proveitosa ou desagradável. Há pessoas que embora saibam que existe um dispositivo chamado "silencioso" em seu aparelho, insistem em deixá-lo desativado em cinemas, reuniões, palestras, viagens, etc., o que passa a ser um transtorno para vizinhos e pessoas no entorno, que precisam aturar de minuto em minuto aquelas chamadas irritantes, como musiquinhas mais irritantes ainda. Risos. Parecem um trio-elétrico. Alguns até não usam o silencioso para chamar a atenção, fazer charme, se sentirem o centro das atenções. Imaginem só, agora com esse recursos de mensagens holográficas, em que aparecem em 3D. Vai ser uma poluição visual se não tiver um meio-termo para seu uso. No meio de um evento, e começam a disparar mensagens holográficas distraindo a platéia, por exemplo.
Em se tratando de mensagem holográfica, alguns políticos brasileiros já são especialistas e precursores da holografia na política, principalmente no horário gratuito eleitoral, quando suas propostas e plataformas não passam mesmo de mensagens holográficas, "marqueteiras", que só existem com prazo de validade - antes das eleições. Passada esta, todos os efeitos especiais e as receitas para todos os males da sociedade são esquecidas. Tudo volta terrívelmente ao normal. Nesse caso a tecnologia é somente incidental.
Por outro lado, enquanto educador, vislumbro grandes possibilidades de uso com alunos e professores, entre colegas e outros profissionais. Não apenas como videoconferência, mas como aulas e atividades a distância, com uma maior interação. Sem falar que essa tecnologia poderá ser adaptada para equipamentos (se já não existirem) de maior projeção de imagens e de conteúdos.
O vídeo acima, pode ser também assistido pelo link abaixo.

Holographic Text Messages

quinta-feira, junho 26, 2008

Jogos como terapia?


Notícia (link abaixo), extraída do portal Yahoo! Brasil trata da questão do jogo encarado como terapia. Ontem, em telejornal (não recordo o canal), vi outra notícia sobre experiência de escola do Japão com o uso de videogames em sala de aula, utilizando a tecnologia como potencializador pedagógico. O jogo, como um livro, pode ser tanto considerado uma terapia ocupacional como uma auto-ajuda, mas além disso, deve ser encarado e potencializado como um instrumento de interação e integração educacional e social. Jogos educacionais existem, e na distribuição Linux Educacional 2.0 são vários, que possibilitam o exercício mecânico de comandos, mas também a passagem de fases, não apenas do jogo, mas fases educacionais, da apreendizagem solitária - cada qual sentado em sua cadeira e mesa - à solidária, em que os alunos se levantam constantemente, e interagem uns com os outros, atuando como monitores do professor, auxiliando àqueles com maior dificuldade ou que nunca tiveram acesso à tecnologia em seu cotidiano familiar.
Nos projetos em que participo como multiplicador, tenho alunos da educação especial e do ensino regular que sei que possuem pais ou responsáveis, que não sabem a Libras - Língua Brasileira de Sinais nem sabem mexer no computador, mesmo quando têm acesso a eles em casa. Os filhos aprendem rápido e reclamam da lentidão dos pais, acostumados a uma velocidade de conexão e hipertextualidade que têm no mundo digital. Eu bruinco que é questão de "processador" e HD mais antiqüados que nós somos, de uma geração ainda vinculada a repetição e nem tanto a criação. Os pais, ainda extremamente cartesianos em sua postura, inclusive alguns professores, que desejam que seus alunos se adaptem ao seu jeito, e não o contrário. A esses pais e educadores, desculpem-me dizer, mas estão ultrapassados no tempo e no espaço, em seus conceitos e pré-conceitos sobre educação e tecnologia, e precisam revê-los para não ficarem também ultrapassados como a máquina de escrever, o mimeógrafo, e outros tantos quem em menos de 10 anos tornaram-se peças de museu. Não defendo a informatização e mecanicidade total dos saberes, muito pelo contrário, mas a articulação de propostas que integrem o moderno ao antigo, mas que é ainda atual. Nem tudo que é novo é moderno. Basta ver o vídeo "Tecnologia ou metodologia?", que postei alguns post abaixo deste. O que se deve modernizar é a forma de ver o aluno e a própria sociedade, que já não é a mesma, pós-revolução tecnológica. Nesse panorama, o jogo educacional já existente ou aquele que o professor pode criar a partir dos conteúdos e competências de sua disciplina, podem auxiliar na memorização e assimilação dos mesmos pelo alunado, tanto vinculado à imagem, o som e o movimento.
Quem foi meu aluno(a) das oficinas de jogos educacionais (primeiro semestre/2008), em Klik and Play, deve lembrar que comentava na distinção entre editar Nível e Evento. Nível é cada fase, onde se coloca um cenário e nele personagens e objetos. Evento é a ação que adicionamos a esses personagens e objetos, numa tabela que lembra uma planilha de cálculo. No entrecruzamento de colunas e linhas, editamos tais eventos como som, movimento, pontuação, etc. Às vezes, brinco com meus alunos cursistas, que são professores colegas da rede pública estadual no Rio Grande do Sul - Brasil - sob jurisdição da 18ª Coordenadoria Regional de Educação e s Seduc, às quais esta vinculado o Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) Rio Grande, onde exerço a função de multiplicador de informática educativa -, que precisamos "editar", depurar e reavaliar nossos conceitos sobre Nível e Evento em nossa comunidade escolar. Entre a realidade virtual e a real, há que se buscar a humanização da máquina e nunca a robotização do alunado, como canso de repetir. Se não, apenas repetiremos o efeito Matrix, de estarmos conectados às máquinas, confundindo a realidade artificial criada por elas com a real, que não é nada do que imaginamos, lá fora. De vez em quando é preciso surgir um Neo, ou os irmãos Warchowski para revolucionar a sétima arte, com seuus efeitos de computação gráfica ultramodernos. Mas na educação, para que a mesma seja moderna, não basta apenas máquinas sofisticadas. O pensamento daqueles que a utilizam com seus alunos também deve se adequar aos novos tempos, antes que os alunos dêem Game Over ao ato mecânico de estudar. Mais que isso, deve-se incorporar a realidade ao redor ao contexto pedagógico, formando mais do que futuros bons profissionais, mas sim cidadãos conectados ao mundo igualitário e justo.

Jogar videogames pode servir de terapia

Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço
http://c-avolio.com/2006/10/re-post-matrix.html

RPG - Role Poetic Games


Junho para mim verdadeiramente é um mês de desafios e de projetos. Em um junho (2004), há 4 anos atrás, iniciei o projeto de escrever o jornal cultural chamado Letra Viva, distribuído inicialmente em versão impressa, na região de Rio Grande e São José do Norte - RS - Brasil, para depois mandar para uma lista de contatos que hoje possui mais de 500 e-mails, fora o repasse desses. Em junho (2006), 2 anos atrás, criei este blog (primeiramente como diário de curso na Especialização em TICs na Promoção da Aprendizagem - UFRGS - 2006/2007), que passou a ser um dos veículos de divulgação de projetos e notícias sobre educação e tecnologia, arte e cultura, não apenas meus, mas de amigos, colegas e outros.
E foi em junho/2008 que iniciou de fato um projeto que começou embrionário comigo e mais dois amigos virtuais (Suellen e Leandro), através de conversas on-line, via MSN, quando cogitamos em uma escrita colaborativa virtual e a distância. Pensado em 2007, só iniciou de fato neste mês de junho, quando se integraram ao mesmo mais dois amigos virtuais (Ana Cristina e Andréia). Após algumas conversas on-line, iniciamos a postar textos curtos de uma história em construção, no blog chamado RPG - Role Poetic Games ou Jogos Poéticos Virtuais.
O RPG, sigla que significa role playing game (jogo de interpretações de papéis que consiste na união do conceito de teatro com as regras de um jogo, onde temos a interpretação de personagens ficcionais controlados pelo seu respectivo controlador. E a movimentação é feita a partir de uma narrador ou mestre, e o jogo de dados para definir o caminho a seguir) é uma nova experiência de reunir 5 escritores e poetas para colaborar a distância com esse jogo literário virtual. Existem RPGs de mesa e dados e o eletrônico. O nosso é via blog.
No RPG poético, os componentes são: eu mesmo, mestrando em Letras, autor do blog ControlVerso (http://controlverso.blogspot.com), além dos jovens Ana Matias (acadêmica de Letras), do blog A Solidão Nunca está Sozinha: http://anacpm.blogspot.com/; Andréia Alves Pires (mestranda em Letras), do blog Solstícios: http://solsticios.blogspot.com/; Leandro Kerr (acadêmico da Administração de Empresas), do blog Bota Limão: http://botalimao.blogspot.com/ e Suellen Rubira (acadêmica de Letras), do blog Freakie In The Sky: http://freakinthesky.blogspot.com/. Todos residentes em Rio Grande – RS – Brasil e alunos de graduação e pós-graduação da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG). E o curioso é que apesar de morarmos na mesma cidade ainda não nos reunimos na versão presencial.
Visitem então o RPG – Role Poetic Games, que pode ser acessado também pelo do endereço http://jogospoeticosvirtuais.blogspot.com/ e acompanhem a saga virtual que iniciou neste mês de junho, e que é fruto de um projeto de produção textual colaborativa em ambiente virtual. Participem também da enquete para escolha do título (entre as opções sugeridas) dessa história coletiva que está em curso.
Para saber mais sobre o que é um RPG, acesse ao endereço:
http://www.rpgonline.com.br/dicas_de_rpg.asp?id=76

Observação: imagem acima extraída da internet, do endereço
http://danifernandes.zip.net/images/dados.gif

quarta-feira, junho 25, 2008

O avanço do software livre


Notícia (link abaixo) extraída do portal Yahoo! Brasil comenta sobre o avanço do software livre, em grande parte pela nova concepção de apresentação e uso similar aos softwares proprietários, pela sua funcionalidade e possibilidades. Mais do que uma questão ideológica entre sistemas operacionais pagos e gratuitos, há que se levar em conta as possibilidades dinâmicas que distribuições em Linux proporcionam à Educação como um todo. Primeiro, a questão econômica, que barateia sensivelmente o preço dos equipamentos; depois por ter uma interface e softwares utilitários e aplicativos que caem como uma luva à dinâmica do processo de ensino-aprendizagem, em que os educadores precisam lidar com uma geração que já incorporou ao seu cotidiano as TICs, ainda que de forma mais lúdica do que pedagógica. Para que essa incorporação e inclusão sejam eficientes, evidentemente cabe ao professor mediar essa transição, utilizando um referencial adequado a prática que deseja desenvolver. Essa semana, aqui no NTE Rio Grande/18ªCRE, iniciamos os primeiros encontros presenciais do curso de Educação Digital, em que serão formados professores da rede pública estadual no uso da distribuição Linux Educacional 2.0. É um desafio inclusive para nós, que só tínhamos um laboratório encaminhado pela Seduc-RS, com sistema Windows, e não utilizávamos o Linux. Agora, com outro laboratório, recebido do MEC, com Linux Educacional, os cursos de formação começaram. Mas nos primeiros contatos com as turmas, a receptividade tem sido muito boa, até pelo fato que o LE 2.0 apresenta similaridade com o ambiente Windows. Mas possui um diferencial para melhor, no que tange à educação. No menu, na guia do MEC encontra-se disponibilizados em cada PC o conteúdo integral do kit DVD Escola, com 50 títulos, abrangendo conteúdos educacionais veiculados pela TV Escola; há material do portal Domínio Público, como clássicos da literatura, artigos e textos diversos em formato PDF; também uma amostra do RIVED (objetos de aprendizagem); sem falar nos jogos educacionais direcionados às áreas do conhecimento, como matemática, ciências, etc. Um universo digital a ser explorado por professores e alunos. E por fim, na guia Escritório (equivalente ao Office), é tudo questão de adaptação ao novo sistema, pois Calc (similar ao Excell), Writer (editor de texto, similar ao Word) e Impress (apresentação de slides, similar ao Power Point). O Linux, na versão Educacional 2.0 não é mais o bicho-papão que muitos pensavam. Vale a pena conferir, e ir descobrindo, além dos cursos de capacitação, também por conta própria outras inúmeras possibilidades de uso pedagógico de uma ferramenta tecnológica.

Para proclamar a independência do seu PC

Observação: Imagem acima extraída da internet, do endereço
www.planeta-informatica.com/tag/linux/

A pedagogia do exemplo a não ser seguido...


Mais um vídeo que está na Comunidade NTE-RS, e que é possível achá-lo no YouTube, com o nome de Children see, children do (algo como criança vê, criança faz... copia... Tradução livre minha), e que trata do que chamo de "a pedagogia do exemplo" de alguns pais e professores em relação a seus filhos e alunos. Se as crianças têm exemplos negativos ou controvertidos ao seu redor não podemos condená-los por serem apenas replicantes dos mesmos. Se a TV aberta e o rádio possuem programação de nível ético e moral discutíveis, justo no chamado horário nobre - que de nobre só o custo elevado dos comerciais -, como pedir que os jovens se posicionem sobre temas que desconhecem, ou tenham uma maturidade que lhes é negada? Criticar é fácil... Reportagens de interesse relevante são quase no formato "Se Vira nos Trinta" (ou meu nome é Enéas, ex-candidato a presidência da República, que em horário político eleitoral tinha apenas 10 segundo para dar seu recado), como aquele quadro de programa dominical em que o candidato se esforça pra fazer algo diferente em apenas 30 segundos. Mas pra falar sobre as banalidades de pessoas que são famosas por nada fazer em ambientes virtuais que se dizem shows de realidade (reality shows, será? a vida na real só existe gente "sarada" que logo que sai de uma casa vai posar para revistas??? esse mundo real desconheço aqui do outyro lado da tela...). Para esses Adônis e Vênus levam minutos e quase horas de exposição continuada, de cadernos até produtos inimagináveis estampando seus corpos e rostos. A pedagogia do exemplo a não ser seguido é uma das lições que o vídeo acima nos demonstra. Melhor o replicarmos com os jovens de espírito ao nosso redor...
Link para o video acima, no YouTube.

Children see, children do.

terça-feira, junho 24, 2008

O ser e o estar: nada é o que primeiro aparenta...


Somos ou estamos professores? Somos ou estamos pais? Somos ou estamos alunos? Somos ou estamos cantores? Ser ou estar, eis a questão! Conheço muitos que estão alguma coisa (por força de hábito, conveniência, convivência, medo, necessidade, etc.) mas não são o que aparentam. Nem todo professor é educador, pois educar pressupõe mais do que ter didática, estrutura e metodologia. Têm alguns que estão pós-graduados, mas não são tudo o que dizem ser. Outros falta tempo e recursos para se especializar, mas têm o dom de encantar e de educar. Querer não é poder... Eu sou professor e não estou professor. Mais, me considero um educador sempre aprendendo que nada sei... Têm muitos que estão mas não são, de fato educadores...
Não se preocupem, caro amigos e colegas da Educação, isso não é desabafo nem desatino contra algo que me fizeram, muito pelo contrário. Tenho 15 anos e meio de educação, nas mais variadas atividades, e tive sorte de conhecer mais educadores que são do que estão... Aprendi mais do que ensinei. O que me levou a escrever essas linhas é o vídeo que assisti hoje pela manhã, graças a colega e amiga Janaina Martins, que me mostrou, lá na guia "Parada Obrigatória", da Comunidade NTE - RS, no ambiente TelEduc, da Seduc-RS.
As aparências e os juízos de valores precipitados enganam mesmo. Pensei, quando ela me chamou para assitir o vídeo de cerca de 5 min. que se tratava de uma dessas "pegadinhas", já que a canção parecia playback, e o cantor galês era um ilustre desconhecia. Vejam então e surpreendam-se como eu entre o Ser e o Estar...
Assistam o vídeo acima, capturado do YouTube, com legendas, mostrando o desafio de Paul Potts, galês, vendedor de celulares, que tinha o sonho de ser cantor de ópera, e ao participar de um concurso de talentos. Primeiramente foi menosprezado, até começar a cantar a inesquecível Nessun Dorma, que Luciano Pavarotti celebrizou.
É um exemplo de que as aparências enganam, que os equívocos de avaliação de alguém apenas pelo que ele demonstra exteriormente são enormes, e que acreditar com persistência, auto-crítica e humildade em si mesmo e depois em seus sonhos é o caminho para professores, pais e alunos. Muitas vezes rotulamos as pessoas pelo que elas aparentam e não pelo que de fato são. Há muita bela embalagem vazia, e muitos tesouros enrolados em papel de embrulho. Em 15 anos de trabalho e vocação na Educação, já conheci alunos tidos como rebeldes sem causa, com um grave problema familiar e social às suas costas, sem ter com quem compartilhar. Já vi colegas desestruturados por conta de um turbilhão emocional interior e exterior, além da imaginação. Cnheci pessoas que apesar disso, nunca demonstraram nem descarregaram em colegas e amigos seus desajustes. Aprendi que somos o resultado de nossas escolhas (como disse um poeta), mas acima de tudo, o resultado das escolhas que o mundo e a vida não nos permitem.
Já assisti a esse vídeo quase dez vezes, e em todas a emoção toma conta de meu ser, por ver a humildade e o talento de Paul Potts e pela cara de espanto dos jurados quando ele começa a cantar. Imperdível. Vale a pena ver de novo, mostrar aos alunos, pais e professores que olham para seus semelhantes com o mesmo ar de descaso que o vídeo demonstra.
Emociono-me também com a música Nessun Dorma, já que fiz inclusive um poema com esse mesmo nome, poucos dias depois da morte de Pavarotti, quando o meu ex-professor e hoje colega de Academia Rio-Grandina de Letras (uma de minhas referências como exemplo de educador no curso de Direito e na vida), abordou em reunião acadêmica um texto que falava sobre a vida e obra de Luciano Pavarotti e sua perda para a arte e cultura mundiais.
O blog Letra Viva do Roig, no mês que completa dois anos de existência, e no mesmo mês que o jornal virtual de minha autoria, com o mesmo nome completa 4 anos de diletantismo, não poderia deixar de avançar além da educação e da tecnologia e ir ao encontro da arte e da cultura. Que ninguém durma sem saber se está ou é alguém...

Observação 1: O vídeo Nessun Dorma, com Paul Potts (versão legendada) pode ser baixada do YouTube, pelo link abaixo.

Nessun Dorman com Paul Potts (legendado)

Observação 2: Meu poema Nessun Dorma (escrito em 11/10/2007), link abaixo para meu blog ControlVerso.

Nessun Dorma, de José Antonio Klaes Roig

Tecnologia ou metodologia: eis a questão!


Assisti o vídeo acima, durante o curso para formadores em Linux Educacional 2.0, etapa Educação Digital, em Brasília. Reeencontrei-o, graças a colega Janaina, que o achou na Comunidade NTE-RS, do ambiente TelEduc, hoje pela manhã, quando a equipe do NTE Rio Grande/18ªCRE estava fazendo os últimos acertos para início do curso de Educação Digital, oferecido aos professores da escolas que receberam LIE do MEC, com o sistema operacional Linux.
O referido vídeo é um momento para refletir sobre a incorporação da tecnologia no ambiente escolar sem o devido acompanhamento da metodologia a ser empregada. Como digo aos amigos e colegas, a informática e os multimeios são equipamentos, máquinas de apoio, que não vão mudar nosso jeito de pensar nem agir, se não buscarmos integrá-las, não ao nosso mundo e valores, mas ao mundo digital e carregado de imagens do alunado, já adepto do uso da tecnologia de ponta desde a mais tenra idade. Antes de louvarmos ao deux ex machina (Deus surgido da máquina), devemos avaliar qual a melhor proposta pedagógica e metodológica para integrar os meios (equipamentos) aos fins (a educação de qualidade). O importante não é a máquina em si, mas a forma que o usuário faz dela: convencional ou inovadora. Se produtora de conteúdos ou apenas reprodutora do que já existe e tornou-se clichê. Repetição, apenas quando estamos descobrimento um equipamento, despois deve-se pensar na produção e colaboração entre professores e alunos, entre colegas da mesma escola, ou em ambientes virtuais a distância. Vejam o vídeo produzido pela Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC, e tirem suas próprias conclusões.
Observação 1: O TelEduc é um ambiente de ensino a distância pelo qual se pode realizar cursos através da Internet. Está sendo desenvolvido conjuntamente pelo Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied) e pelo Instituto de Computação (IC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). No caso da Seduc-RS, as equipes dos Núcleos de Tecnologia Educacional trocam experiências dentro do TelEduc, através da Comunidade NTE-RS.
Observação 2: O referido vídeo pode ser baixado do YouTube, clicando no link abaixo.
Tecnologia ou Metodologia?

segunda-feira, junho 23, 2008

O efeito Katilce e a segunda vida...


Alguém já ouviu falar sobre o efeito Katilce? Nem eu. Descobri por acaso, ao mostrar o portal EducaRede, da Fundação Telefônica, para uma colega, a profª. Luciane, que trouxe hoje a tarde a sua turma da EEEF 13 de Maio, de Rio Grande, para pesquisarem sobre o meio ambiente e a poluição. Lu é minha colega também do Programa de Educação Ambiental do Porto do Rio Grande (ProEAD-PRG). E ao mostrar o portal EducaRede, a ela, descobri esse texto sobre o tal efeito Katilce, que merece uma leitura atenta por parte dos educadores que usam ou pretendem usar a web e a web 2. A segunda vida, do post, é logicamente uma referência ao jogo Second Life, febre entre os internautas, em que cada um assume uma personalidade digital e interage com outros. Atualmente tenho duas vidas, a orgânica e a digital, e às vezes as duas se fundem e confundem, pois tenho tantos amigos de carne e osso, como de bits e bytes. Muitas vezes, para os problemas do mundo real são os amigos digitais que me ajudam on-line, via blog, e-mail, orkut, torpedo, MSN, etc. Tudo que muitos pais e professores temem, como algo alienante e pouco produtivo de ficar horas diante de uma tela de computador. Na verdade, como tudo na vida, depende do uso que fazemos das tecnologias. Atualmente, sem elas, fico extremamente limitado em meu trabalho. Quanto a Katilce, para saber do que se trata, merece ser lido na íntegra o texto abaixo, escrito por Maurício Garcia, PhD, é especialista em gestão educacional e entusiasta de novas tecnologias aplicadas à educação (http://www.mgar.com.br).

Efeito Katilce

Observação: Imagem acima, de Bono Vox, vocalista do U2 e Katilce, extraída do endereço www.viniciuscosta.org/blog/media/bono4.jpg

Idéias em blog


Conheci o diário virtual Idéias em Blog por conta da visita de sua editora Verônica Carvalho ao Letra Viva do Roig. Como sempre digo, no que tange a tecnologia educacional como a vida, estamos sempre aprendendo algo novo a cada novo dia. Visitando seu blog me surpreendi com novos recursos como TOTLOL, o VCASMO e o NeoBook. O primeiro é uma espécie de YouTube para crianças, com vídeos dirigidos às idades de seis meses a 6 anos, e o segundo um recurso para apresentações multimídia online, que proporciona o uso de vídeo e slides simultâneos numa mesma tela. Visitem o blog de Verônica e vejam melhor esse e outros recursos interessantíssimos, que logo estarei também incorporando a minha prática educacional. Conforme Verônica, educadora em Santa Maria - RS - Brasil, ela chegou até o meu blog por indicação do Caldeirão de Idéias, do colega e amigo Robson Freire, do NTE de Itaperuna - RJ. A rede lógica e a lógica da rede de computadores é justamente essa de compartilhar idéias e propostas, ampliando horizontes. Tenho aprendido a cada dia um novo passo nesse caminho, e repassar aos que estão iniciando a jornada, mais que solidariedade é obrigação do bom educador, que logo verá seu aprendiz (seja aluno ou colega) o superando e lhe indicando outros caminhos, nesse grande labirinto que é tanto a vida, a informática, como a educação.

quinta-feira, junho 19, 2008

Curso Introdução a Educação Digital - Linux - NTE/18ªCRE


Segue abaixo o calendário de início do Curso de Educação Digital - Linux Educacional 2.0 a ser ministrado para os professores da rede pública estadual, sob jurisdição da 18ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), no Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) - Rio Grande/18ªCRE, localizado junto a EEEF Barão de Cêrro Largo. Neste momento serão contempladas as escolas que possuem laboratório de informática educativa (LIE), recebidos do MEC, com o sistema operacional Linux.

Rio Grande-RS:
Turma A - turno T - formadora Janaina - início 24/6 - 3ª-feira - às 14 horas;
Turma B - turno T - formadora Janaina - início 27/6 - 6ª-feira - às 14 horas;
Turma C - turno N - formador José - início 24/6 - 3ª-feira - às 18:30 horas;
Turma D - turno N - formador José - início 26/6 - 5ª-feira - às 18 horas;
Turma E - turno M - formadora Dulcinéa - início 24/6 - 4ª-feira - às 08:30 horas;
Chuí-RS:
Turma F - turno M - formadora Dulcinéa - início 24/6 - 5ª-feira - às 9 horas;

Observação: Imagem acima, extraída do portal do professor Rafael Nink.

quarta-feira, junho 18, 2008

Entre a problemática e a solucionática: repetição, reprodução, produção e colaboração


Depois de uma semana fora, em viagem, o retorno traz a problemática de colocar inúmeras atividades em dia. Levei na mala, para Brasília, textos do mestrado em Letras, para adiantar leituras, alguns em francês, sobre o pacto autobiográfico de Philippe Lejeune, com o material do curso de extensão em francês que me inscrevi para isso. Nada pude ver... As atividades do mídias integrados na educação, também, tive que recuperar na volta. Pior, o curso de técnico em linux (todo a distância, com início), simultâneo com o de formador de linux educacional, me pareceu essa semana grego. Isso que há 2 anos atrás fiz curso de extensão, de noções de grego koine. No técnico em linux, tenho prazo para colocar tudo em dia até 21/6. Na correria que estou, facilite e atinjo índice de velocista para os jogos olímpicos de Pequim (risos). Desde que cheguei, passei a organizar com minhas colegas de NTE as turmas e atividades a serem feitas a partir da próxima semana. Amanhã coloco o calendário para os cursistas inscritos e leitores desse blog possam saber. Serão 6 turmas, duas por turno. Manhã com Dulcinéa, tarde com Janaina e noite comigo. Tenho resenhas e sumário da dissertação para apresentar a minha orientadora, com 2 semanas de atraso. Enfim, diante de tal problemática há que se pedir aos céus que surja uma "solucionática". Tal termo, evidentemente não existe, fruto de uma brincadeira do ex-jogador de futebol Dario, ou simplesmente Dadá Maravilha, que um dia largou um entre tantas pérolas: "Podem vir com a problemática que eu tenho a solucionática", num estilo nbem parecido com a personagem Odorico Paraguassu, eterno prefeito da folclórica e fantasiosa cidade de Sucupira, ambos criados por Dias Gomes.
Tenho conversado com muitos colegas que atuam com a informática educativa, alguns on-line outros bem mais próximos, e todos têm a mesma concepção que a informática não é a solucionática para a educação. É uma ferramenta a mais para qualificação, valorização e mudanças de paradigmas. Mas ela por si só não resolverá nada e ainda poderá de "solucionática" tornar-se uma prolemática, se a sua incorporação aos ambientes de ensino-aprendizagem não foram mediados por projetos que justifiquem seu uso... Não basta apertar botões para que tudo se modifique. A não ser na ficção científica. No mundo real, a informática na educação deve seguir 4 fases distintas e progressivas: 1º) repetição, mecânica, de funcionamento do equipamento, como fazemos quando aprendemos a usar uma biciclieta, um carro, qualquer objeto; 2º) reprodução, depois de repetir e memorizar bem comandos, passa-se para a reprodução do que existe, de apresentações de slides, planilhas de cálculos, desenhos, etc.; 3º) produção, a partir do uso do ferramental, cria-se conteúdo próprio capturado por scanner, câmera, e outros que pode ser publicado em ambientes virtuais, como blogs, wiki, CDs, enviados por emails, servindo de apoio a colegas, alunos, etc; 4º) e última fase, ao meu ver, a interação com outros educadores criando projetos colaborativos, interdisciplinares e multidisciplinares, em que cada um contribui com uma especialidade e atividade. Essa fase ainda não é tão divulgada, mas existe. É a fase mais delicada, pois requer planejamento total, de horários e até fuso-horários, dependendo do local onde o parceiro vive, mas é um caminho de infinitas possibilidades, dependendo da criatividade e empatia entre professores e alunos. Quando puder, retornarei a esse assunto. Por enquanto vou resolver a minha problemática de conciliar atividades para mais de 30 horas diárias, em apenas as 24h possíveis. Se alguém souber de tal equipamento (máquina do tempo ou similar) me avise, que quero encomendar uma urgentemente. Risos.
Observação: Imagem acima, extraída da internet, do portal
www.antenando.com.br

terça-feira, junho 10, 2008

Curso Linux Educacional em Brasília


Oi, pessoal. Estou essa semana em Brasília, na fase presencial de formadores em Linux Educacional, Curso Educação Digital, pelo MEC. Depois de pegar, dia 09/06, o aeroporto fechado em Porto Alegre por quase 6 horas e depois um vôo com conexão em São Paulo, cheguei quase meia-noite na Capital do Brasil. Fomos todos os 113 formadores do RS para o hotel, jutrmo-nos aos demais formadores da região Norte, Nrdetes e RJ. Entre pegar bagagem, fazer ficha, tomar aquele banho e deitar, fui dormir às 2 horas. Às 7 horas (horário de Brasília) já estava em pé, para tomar café, fazer credenciamento, tirar fotos e participar da abertura do evento. No intervalo, corri pra um PC pra consultar emails, postar uma atividade do Curso de Mídias Integradas na Educação (UnB), que também faço a distância, ver meu blog e postar esse comentário. As fotos que tirei dessa estadia de quase uma semana serão postadas no blog, à medida do possível. Na volta, mais desafios: conciliar dois cursos a distãncia (Mídias e Técnico em Linux) com atividades presenciais de formador (manhã e noite), além de iniciar a escrita de minha dissertação do metrado em Letras, a família, e tudo mais. Mas são coisas que tendo particionar em meu "HD", pois navegar é preciso, seja no ciberespaço como no mundo real...
Observação 1: Fotografia tirada ao lado do Congresso Nacional, no intervalo do evento, que ocorreu no Resor Academia de Tênis, em Brasília-DF.
Observação 2: Essa foi a 3ª vez que vou a capital do Brasil. Há exatos 10 anos atrás, fui pelo Cpers/Sindicato (Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul), em uma viagem de 36 horas de ônibus, de Porto Alegre a Brasília. Apesar dos meus 191 cm de altura (e o problema de espaço que isso posso significar), posso dizer que foi uma viagem pelo coração do país.
A segunda vez foi em abril/2006, de avião, para participar de Seminário Internacional de Educação, promovido pelo MEC, representando os Conselhos Escolares do RS, por conta do Projeto de Informática na Educação Especial e do processo de inclusão de alunos PNEEs em classes regulares, na EEEF Barão de Cêrro Largo, onde trabalho, junto ao NTE/18ªCRE, em projetos de aprendizagem com alunso e professores da referida escola. Desse Seminário publiquei em jornais da região, diversos artigos envolvendo a questão da educação pública, que pretendo disponibilizar no blog, em formato Scribd, em breve.
Por fim, essa 3ª vinda, não sou o mesmo das demais idas e vindas, obviamente. 10 anos se passaram desde a primeira vez. Há 10 anos atrás, rebobinando-se a fita (nossa, essa expressão já é antiquada também! risos) ninguém de nós pode dizer que é a mesma pessoa, ainda que leve a mesma vida; o que não é o meu caso. Como seres intertextuais, nossas ideías são fruto das leituras de mundo que somos obrigados a fazer por aqueles que nos rodeiam. Tenho consciência, afinal cogito ergo sum (penso, logo existo), de que tudo que sou hoje é por influências de colegas e amigos, e de pessoas que direta ou indiretamente, com suas críticas me fizeram ver que há uma grande diferença entre o espelho e a janela. Na educação, como em qualquer outro ambiente há os que se vêem no espelho e os que observam pela janela o mundo lá fora. Estou nesse segundo grupo. E se o mundo gira em torno do Sol, e não apenas do nosso umbigo, precisamos estar sempre em rotação e em capacitação continuada. Uma década para mim pareceu um século, em matéria de atividades e envolvimentos profissionais, sociais, culturais, afetivos, etc.; e ao mesmo tempo, por mais paradoxal que seja, passou num piscar de olhos. Há 10 anos atrás nem sonhava em vir a trabalhar com tecnologia educacional, tampouco a me realizar e me identificar com projetos de inclusão digital e social. A vida é assim mesmo, um eterno recomeço e uma infinita descoberta de novos objetivos e novas vidas ainda que no mesmo corpo, que também é passageiro dessa pequena nave-mãe, que chamam de Terra.

sexta-feira, junho 06, 2008

Aniversário da E.E.E.F. Barão de Cêrro Largo


Hoje (06/06), comemorou-se o 49º aniversário da Escola Estadual de Ensino Fundamental "Barão de Cêrro Largo", da cidade do Rio Grande - RS - Brasil. Dentro as atividades da semana de aniversário, culminou hoje com missa, apresentação da banda escolar e almoço de confraternização na escola.
Acima, foto (cedida pela equipe diretiva) que mostra a escola do alto, no local onde ela foi instalada há 31 anos.
Atualmente a escola possui cerca de 500 alunos, distribuídos em ensino fundamental (1ª a 8ª série), educação infantil e educação especial, tendo como diretora a profª Alzira Paiva de Freitas, e as vice-diretoras Maria Christina Casanova e Roberta Caetano. A escola Barão é uma das pioneiras na inclusão de alunos portadores de necessidades educativas especiais (PNEEs), em classes regulares.
Parabéns a toda comunidade escolar, na qual me incluo, pois foi exatamente no Barão que ingressei há 15 anos atrás na Educação Pública, desempenhando diversas atividades, e hoje trabalho além de na escola, também no Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) Rio Grande/18ªCRE, que está implantado desde 2005, no pavilhão das antigas técnicas agrícolas, no interior da referida escola.

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quinta-feira, junho 05, 2008

O algoritmo da sociedade


Uma notícia publicada no portal Yahoo! Brasil, merece um comentário, pois tem a ver indiretamente com o que já tinha comentado de forma transversal em "A vida intertextual", aqui mesmo neste blog, inspirado na assertiva de Marcel Proust, para quem existem tipos humanos de reduzida diversidade, tanto que é possível que nos deparemos ao ler um livro com o reconhecimento da personagem em um vizinho, ou que um amigo, colega, parente, desafeto se pareça nitidamente com alguma personagem literária. A vida é intertextual mesmo. E a tal notícia, intitulada Estudo confirma que capacidade de movimentação do homem é restrita é uma pequena amostra disso. Vale a pena ler a íntegra, clicando no link. Fragmento da notícia demonstra que: "Pesquisadores da Northeastern University de Boston (Estados Unidos) confirmaram o que muitas pessoas já suspeitavam: o ser humano é um animal com restrição de movimentação, já que se limita a ir e vir de um número reduzido de lugares.O estudo, publicado no último número da revista científica britânica 'Nature', registrou durante seis meses as movimentações de 100 mil pessoas através do rastro que deixavam pelos sinais emitidos por seus telefones celulares quando se comunicavam".
Conheço pessoas que se restringem a mesma rotina, dia útil ou não, com precisão de relógio suíço. Repetem-se á exaustão. Mesmo caminho a seguir, da casa para o trabalho, mesmo programa de fim-de-semana, mesmos programas de TV a assistir, mesma forma de puxar assunto (falando sobre o tempo, se vai chover ou ventar), cada qual com horário pré-determinado pra almoçar, jantar, dormir, acordar, etc... Têm alguns que até brinco que poderia acertar o relógio de corda por seu "algoritmo", se hoje não vivêssemos tanto presos a rotina do mundo digital... E quando alguém ameaça a rotina de um "ecosssistema", às vezes, é visto como um estranho no ninho, um estrangeiro numa terra distante. Somos comuns ou diferenciados pelo sotaque, não da voz, mas de nossas ações e opiniões... É incrível como percebo, por ser escritor e escrever seguidamente para jornais artigos de opinião, de forma crítica, como os olhares de concordância ou discordância com o texto publicado mudam. Não sou paranóico, sei quando as pessoas mudam. Até pelo fato, seguindo a máxima do Barão de Itararé, público e notório humorista: "Só por que você é paranóico, isso não significa que você não está sendo seguido". Risos. E quando escrevo poemas, e sou reconhecido na rua, já que a página do jornal traz a foto dos integrantes da Academia Rio-Grandina de Letras (da qual ocupo a cadeira nº 6) ao lado do texto poético, alguns podem confundir o chamado eu lírico (a personalidade poética que só existe enquanto escrita, o ser de papel) com o eu mesmo (o ser de carne e osso). Nem todo poeta é um autobiógrafo que traduz em verso sua vida, nem todo escritor ficcionaliza sua existência... Mas parte da inspiração é fruto de seu cotidiano, obviamente. Porém, para isso existe a licença poética, da gente dizer e criar um mundo a partir de nosso devaneio, tido de olhos bem abertos. O algoritmo da sociedade é o reflexo de seus habitantes e da forma como vivem e convivem em torno de um mundo só seu. Em um dia de chuva observem atentamente os pingos nas poças d'água, que parecem seguir um algoritmo de um imenso sistema operacional. Bendito o Grande Programador, que calculou tudo na natureza num algoritmo perfeito, em que as órbitas dos planetas e os ciclos dos seres vivos têm um ritmo universal. Noutra postagem comentarei as relações que tenho percebido, lido e conversado com amigos, sejam programadores, técnicos em informática ou poetas, entre a tecnologia e a teologia, por mais incrível e paradoxal que possa parecer tal associação.
Observação: Imagem acima, de René Magritte, pintor belga, mestre do surrealismo, extraída da internet, do endereço
http://atuleirus.weblog.com.pt/arquivo/golconde-
ReneMagritte-thumb.jpg

quarta-feira, junho 04, 2008

Artigo sobre escritores de blogs


Ao visitar o blog Caminhos da colega e amiga Bernardete Motter, de Caxias do Sul-RS, encontrei uma indicação sua de leitura que muito me interessou, pois trata da temática dos blogs e seus escritores (editores). O artigo se chama Escritores de blogs: interagindo com os leitores ou apenas ouvindo ecos? e é fruto de pesquisa de Flávia Di Luccio (profª de Português, Mestre em Psicologia clínica e Doutoranda em Psicologia clínica) e Ana Maria Nicolaci-da-Costa (Psicóloga, Ph.D. em Psicologia, professora e pesquisadora), ambas da PUC-RJ. No referido artigo, que aconselho a leitura a todos os blogueiros há indicações quanto as relações entre autores e leitores de weblogs ou blogs. Vale a pena a leitura atenta do texto que tem cerca de 16 páginas, com as referências.
Todo blogueiro escreve em função de um leitor, que pode ser o ideal ou idealizado, ou o oculto, que não aarece, nem comenta, mas que consta como visitante no contador de acessos, se instalado algum.
Eu, particularmente, assim como muitos blogueiros, não sei se a média de visitas dia é de fato por que o conteúdo agrada ou apenas desperta curiosidade, pelas imagens agregadas e os títulos dados às postagens. Como muitos blogueiros, iniciei meu trabalho com enfoque de diário mesmo, dentro da especialização em tecnologia educacional, mas bem antes do término das atividades propostas e do curso, já dava nova roupagem ao meu diário, que tornou-se uma jornal virtual, versão digital de um jornal de mesmo nome que divulgo até hoje, por email, a uma lista de contatos que tenho, mundo afora. Por sinal, tanto o blog Letra Viva do Roig, como o jornal Letra Viva, que tratam de educação, tecnologia, arte e cultura estão aniversariando neste mês de junho. O blog faz 2 anos de existência e o jornal, 4 anos.
No blog, tenho atingido média de 150 a quase 200 visitas ao dia, já ultrapassei os 20 mil acessos, embora o antigo contador tenha desativado por si só. O atual marca próximo dos 15 mil, mas quantidade não é tudo. Mas evidentemente que essa média considerável pra um blogueiro educacional tem me feito olhar para o blog como um recurso de interação interessantíssimo. Não tenho tantos comentários como o número de visitas, mas pela média de acesso, creio ter um público interessado nos temas que abordo, para o qual procuro sempre promover a reflexão para temas do cotidiano educacional e tecnológico, além de falar de arte e cultura e crítica social. Apesar de ser colaborador de jornais da região, sei que no blog tenho maior liberdade e espaço para abordar diversas situações. E assim como eu, muitos blogueiros encaram seu weblog como quase um serviço de utilidade pública. E mais, um blog pode ser usado como ambiente de educação a distância (o que discutirei noutra postagem).
Observação: Colagem digital acima, de minha autoria, feita no paint, a partir de imagens extraídas da internet, dos seguintes endereços
www.gimba.com.br/computador-celeron-d420---cc... (computador)www.mundoafora.worpress.com (mão e lápis).

terça-feira, junho 03, 2008

A relatividade do tempo cotidiano...


O tempo não pára!, já dizia o grande filósofo contemporâneo Agenor Miranda Neto (vulgo Cazuza), em prosa e verso (vide clip acima, extraído do YouTube)...
Esse post, que trata da relatividade do tempo cotidiano, foi inspirado em um comentário do colega prof. Marco Costa, durante uma das atividades do Programa de Educação Ambiental do Porto do Rio Grande/ProEA-PRG, semana passada, quando observando a foto de uma ampla vista área da cidade, disse que as duas torres de transmissão de energia elétrica entre os municípios de Rio Grande e São José do Norte, no extremo do Rio Grande do Sul - Brasil, deveriam ter entre 4 ou 5 anos de instalação. Exclamei de imediato: "Capaz, Marcos! É muito mais que isso!" E "rebobinando a fita" da memória, lembrei-me que tinha ido lá na estrada da Barra, de bicicleta com meu irmão, também chamado Marco, para conhecer a obra. Na ida foi fácil a favor do vento, só no embalo, mas a volta, contra o mesmo, foi uma pequena odisséia... Lembro que em 1994 vendi minha bicicleta, quando deixei de morar em casa e fui para um apartamento (ou apertamento, para uns), onde não havia espaço para nós dois (risos). Naquele ano as torres já existiam. Então, lá se foram, no mínimo, 14 anos e não 4 ou 5, como o prof. Marco pensava ser.
Sabemos que o tempo (escolar e cotidiano) na zona rural, sem a mesma agitação da zona urbana, parece andar mais devagar, mas é tudo relativo. Lá os relógios e os cronômetros marcam a mesma quantidade de segundos, minutos, horas, dias, etc... Não é o tempo que passa mais ou menos, mas nossos hábitos e modo de vida que dão essa falsa impressão.
Ou então, estamos sendo "abduzidos" sistematicamente e em larga escala, por alguma conspiração governamental ou de aliens (sic), para termos esses cada vez maiores lapsos de tempo. Apesar de escritor de ficção, nas horas vagas, nao creio nessa hipótese. Até pelo fato de que conheço alguns até são abduzidos durante 6 meses, nos mesmos dias, hora e local, e quando acaba a telenovela, passado um tempo já não se lembro mais sequer do nome da mesma e de seu enredo; ou então são abduzidos por 3 meses, por reality shows, que também mostram pessoas "abduzidas" numa casa "com dezenas de olhos nas paredes (lembrando conto de Edgar Allan Poe) sem nada pensar nem nada dizer. Incrível. Mas tanto em um caso como no outro, não são os aliens os vilões, mas a própria programação de qualidade duvidosa, que dá esses lapsos de tempo e de memória nos tele-espectadores.
Falando em lapsos, eu também às vezes penso que fiz algo ano passado, e o passado foi há 3, 5, 7 anos atrás. Na vida agitada e no modo de vida atual, dias parecem minutos, décadas parecem anos... Ayrton Senna, morreu em 1994, e desde lá nunca mais assisti uma corrida de F-1 completa. Quebrou o encanto, a magia, e claro, nenhum sucessor a altura surgiu. E também já fazem 14 anos de sua partida. Se eu não tivesse associado sua morte à Copa do Mundo de 1994, em que o Brasil sagrou-se campeão de futebol, com Romário, Dunga & Cia, talvez não pudesse precisar com certeza quando tinha acontecido, e tivesse a impressão de ter sido há uns 4 ou 5 anos atrás... Incrível, o tempo não pára! O próprio Cazuza foi embora em 1990, em um 07 de julho (dia de meu aniversário), quase 18 anos atrás. Uma geração inteira não ouviu Cazuza cantar. Mas o tempo é uma concepção humana, uma forma de calcular a transitoriedade da própria humanidade sobre a nave-mãe Terra.
Lendo recentemente, para o mestrado em Letras A poética do devaneio, de Gaston Bachelard, quando ele trata dos devaneios da infância, constatei essa sensação que somos tomados, como na infância, de não poder calcular exatamente o tempo e vincular os acontecimentos que nos marcam a outros eventos que se relacionam. Começamos a criar marcos temporais, quando passamos a nos conhecer por gente: ao entrar na escola, o primeiro amor, o primeiro beijo, a primeira namorada, o primeiro livro lido, enfim... Somos, não importa o tempo vivido ou que vivemos, eternas crianças, que não podem mais calcular exatamente os fatos aos dias, salvo os detalhistas que anotam tudo em seu diário particular. E mesmo esses, que relerem algum tempo depois suas anotações, perceberão que não são mais a mesma pessoa que escreveu aquilo, pois tudo muda. Ainda que vivamos cheios de manias, de fazer o mesmo caminho, pelas mesmas ruas, num itinerário metódico, a cada dia que passa somos a soma de todos os dias vividos e convividos... Da mesma forma, como leitores, não de nós mesmos, mas dos outros, quando lemos livros de terceiros, pela segunda vez, percebemos que o livro e a história ainda são as mesmas, mas o leitor já é um outro passageiro do tempo. Ou como dizia um poeta (xiiii, que esqueci o nome): "mudamos e esquecemos de avisar para nós mesmos..." Às vezes essas mudanças são saudáveis e necessárias, outras vezes, a não-percepção de tais mudanças é um grande entrave a nossa convivência cotidiana (até conosco). Toda vez que vejo um aluno, que era apenas um menino(a) tornar-se um jovem, quase de meu tamanho, já constituindo família, e trazendo seu filho para a escola, percebo que a "abdução" continua, e que o tempo não pára para àqueles educadores que fazem da sua profissão uma vocação.

domingo, junho 01, 2008

O mundo onde vivemos


Logo do NTE (acima).

Localização da cidade (acima).

Vista aérea próximo ao Yacht Club, Museu Oceanográfico, EEEF Barão de Cêrro Largo e NTE/18ªCRE (acima).

Localização do NTE vista aérea da cidade, do Porto Novo em direção aos bairros (acima).

Vista aérea da praia do Cassino - Rio Grande - RS (acima).

Aos visitantes deste blog, do país e do exterior, indico nas imagens acima a localização da cidade onde moro e estudo, e do local de trabalho onde exerço as atividades de uso da informática educativa, ministrando cursos de capacitação aos professores da rede pública estadual, da região de Rio Grande, São José do Norte, Santa Vitória do Palmar e Chuí, no extremo sul do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil.
Alem disso, coordeno Projeto de Informática na Educação Especial, parceria (desde 2005) do Núcleo de Tecnologia Educacional/18ªCRE com a EEEF Barão de Cêrro Largo (onde funciona o NTE), com apoio das profªs. da educação especial (áreas da surdez, deficiência mental, visual e altas habilidades). Em 2006/2007, juntamente com a colega Janaina Martins, cursei especialização em Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) na Promoção da Aprendizagem (UFRGS-RS), e nossos TCCs precisaram unir a teoria com a prática, no uso da tecnologia educacional, contando com o apoio da profª parceira Jane Degani (que entre nós até brincamos ser os 3J: Jane, Janaina e José). Jane é especialista na área da deficiência mental; Janaina, professora de Geografia, e eu possuo curso na área técnica em informática também, então unimos os 3 as três áreas (tecnologia, educação ambiental e educação especial, trabalhando como temas transversais na prática escolar). Desse projeto de aprendizagem (PA), surgiu a elaboração de uma página no ambiente wiki, para discutir durante a especialização a prática e a teoria. Fui responsável pelo GRUPO ÁGUA e Janaina, pelo GRUPO ENERGIA, ficando Jane como nossa apoiadora, junto aos 11 alunos participantes do referido PA.
Nos dois PAs, feitos com alunos de 2ª série DM, a criação do ambiente wiki, devido a complexidade, evidentemente, fora feita por Janaina e eu, mas os dados constantes nos mesmos (fotos, depoimentos, indagações, etc. ) foram coletados no quadro magnético, em gravador de voz, bloco de notas, câmera digital, desenhos dos alunos, etc. para que o registro fosse o mais fiel ao que os alunos iam descobrindo e registrando. Com noções básicas de informática, os alunos pesquisavam no Google, sobre Àgua e Energia, salvando fragment de textos e imagens no computador. Em cada PA há uma seção de fotos e imagens feitas com os alunos nos 4 ambientes disponibilizados pelo projeto: a própria sala de aula da Escola Barão, o laboratório de informática educativa (LIE) do NTE, a biblioteca escolar (e os livros dídáticos) e o passeio pela orla da cidade do Rio Grande que, como pode ser visto nas imagens acima, é rodeada por água, por quase todos os lados. O passeio teve como roteiro a saída da escola até o mercado público, no centro da cidade, próximo ao cais do Porto Velho, onde os alunos perceberam por conta própria ou estimulados pelos educadores, as situações positivas e negativas daquele entorno.
Foi uma experiência riquíssima, tanto para educadores como alunos, o que pode ser observado nos links acima disponibilizados aos interessados.
O NTE Rio Grande/18ªCRE está elaborando página no ambiente wiki para que possam ser divulgados projetos, atividades, cursos e outras atividades com professores e alunos da rede pública estadual, sob jurisdicação da 18ªCRE. Logo, divulgaremos aqui o endereço eletrônico.
Observação 1: Imagem nº. 1, colagem digital de minha autoria, pra ilustrar as atividades do NTE/18ªCRE.
Observação 2: Imagem numéro 1, de cima para baixo, extraída da internet, do endereço
http://dandy.djlinux.com.br/wp-content/uploads/2008/03/globo.jpg
e adicionado leganda com indicação da cidade.
Observação 3: Fotos a aéreas da cidade do Rio Grande - RS - Brasil, extraídas do orkut, do álbum de fotografias da profª Gicelda Farias, que me comentou ter copiado do álbum de outros amigos. São imagens que acredito serem institucionais, pela vista aérea, com o panorama de uns 3 ou 4 anos atrás, já que modificações consideráveis na região Porto não foram incorporadas no visual da foto 4, de cima para baixo, e mesmo assim, contém aspectos desconhecidos da maioria dos habitantes da cidade do Rio Grande e arredores. Imagens fantásticas que mostram a beleza e diversidade da região sul, e
que podem ser vistas em seus detalhes, clicando 2 vezes sobre as mesmas. Tomei a liberdade de colocar legendas em algumas delas pra ajudar na localização da cidade e do NTE/18ªCRE.