Entre a problemática e a solucionática: repetição, reprodução, produção e colaboração
Depois de uma semana fora, em viagem, o retorno traz a problemática de colocar inúmeras atividades em dia. Levei na mala, para Brasília, textos do mestrado em Letras, para adiantar leituras, alguns em francês, sobre o pacto autobiográfico de Philippe Lejeune, com o material do curso de extensão em francês que me inscrevi para isso. Nada pude ver... As atividades do mídias integrados na educação, também, tive que recuperar na volta. Pior, o curso de técnico em linux (todo a distância, com início), simultâneo com o de formador de linux educacional, me pareceu essa semana grego. Isso que há 2 anos atrás fiz curso de extensão, de noções de grego koine. No técnico em linux, tenho prazo para colocar tudo em dia até 21/6. Na correria que estou, facilite e atinjo índice de velocista para os jogos olímpicos de Pequim (risos). Desde que cheguei, passei a organizar com minhas colegas de NTE as turmas e atividades a serem feitas a partir da próxima semana. Amanhã coloco o calendário para os cursistas inscritos e leitores desse blog possam saber. Serão 6 turmas, duas por turno. Manhã com Dulcinéa, tarde com Janaina e noite comigo. Tenho resenhas e sumário da dissertação para apresentar a minha orientadora, com 2 semanas de atraso. Enfim, diante de tal problemática há que se pedir aos céus que surja uma "solucionática". Tal termo, evidentemente não existe, fruto de uma brincadeira do ex-jogador de futebol Dario, ou simplesmente Dadá Maravilha, que um dia largou um entre tantas pérolas: "Podem vir com a problemática que eu tenho a solucionática", num estilo nbem parecido com a personagem Odorico Paraguassu, eterno prefeito da folclórica e fantasiosa cidade de Sucupira, ambos criados por Dias Gomes.
Tenho conversado com muitos colegas que atuam com a informática educativa, alguns on-line outros bem mais próximos, e todos têm a mesma concepção que a informática não é a solucionática para a educação. É uma ferramenta a mais para qualificação, valorização e mudanças de paradigmas. Mas ela por si só não resolverá nada e ainda poderá de "solucionática" tornar-se uma prolemática, se a sua incorporação aos ambientes de ensino-aprendizagem não foram mediados por projetos que justifiquem seu uso... Não basta apertar botões para que tudo se modifique. A não ser na ficção científica. No mundo real, a informática na educação deve seguir 4 fases distintas e progressivas: 1º) repetição, mecânica, de funcionamento do equipamento, como fazemos quando aprendemos a usar uma biciclieta, um carro, qualquer objeto; 2º) reprodução, depois de repetir e memorizar bem comandos, passa-se para a reprodução do que existe, de apresentações de slides, planilhas de cálculos, desenhos, etc.; 3º) produção, a partir do uso do ferramental, cria-se conteúdo próprio capturado por scanner, câmera, e outros que pode ser publicado em ambientes virtuais, como blogs, wiki, CDs, enviados por emails, servindo de apoio a colegas, alunos, etc; 4º) e última fase, ao meu ver, a interação com outros educadores criando projetos colaborativos, interdisciplinares e multidisciplinares, em que cada um contribui com uma especialidade e atividade. Essa fase ainda não é tão divulgada, mas existe. É a fase mais delicada, pois requer planejamento total, de horários e até fuso-horários, dependendo do local onde o parceiro vive, mas é um caminho de infinitas possibilidades, dependendo da criatividade e empatia entre professores e alunos. Quando puder, retornarei a esse assunto. Por enquanto vou resolver a minha problemática de conciliar atividades para mais de 30 horas diárias, em apenas as 24h possíveis. Se alguém souber de tal equipamento (máquina do tempo ou similar) me avise, que quero encomendar uma urgentemente. Risos.
Observação: Imagem acima, extraída da internet, do portal
www.antenando.com.br
1 Comments:
Oi José Antonio!
Foi um grande prazer conhecer teu blog ... realmente este espaço é muitíssimo interessante e de muita utilidade para quem busca a tecnologia integrada à educação.
Cheguei aqui através da postagem do Caldeirão e achei este post de uma clareza imensa e também retrata muito bem a realidade de nossas escolas em relação as tecnologias .... espero que possamos chegar a ultima etapa com uma garnde parte de nossos professores.
Também sou gaúcha e, com certeza, voltarei aqui com muita frequencia!
Um grande abraço!
Verônica
http://ideiasemblog.blogspot.com
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