quinta-feira, julho 31, 2008

Teclo; logo existo???


Descobri o texto "Teclo, logo existo: Novos tempos, novas ferramentas, novos jeitos de aprender e existir", de autoria de Ney Mourão, que é jornalista e tutor em Educação a Distância, no blog Arte Brasilis (versão 2), da arte-educadora Vera Guidi, de São Paulo-SP. O texto em questão, é o reflexo dos novos tempos de tecnologia e educação integradas, e fala justamente dos desafios do mundo digital.

Teclo; logo existo

Hoje é inegável que quando se tecla e se publica as ideías através de um blog, de uma página, ou outro recurso disponível no ciberespaço, passa-se a existir enquanto ser digital (uma personagem formada de bytes e mais bytes). Entretanto, nem tudo que reluz é ouro, assim como nem tudo que é atribuído a César é de fato de César! Há que se ter muito cuidado em repassar mensagens de correio eletrônico, por mais belas e edificantes que sejam, como se fossem de fulano e sicrano, pois a autoria no ciberespaço é discutível ainda, e sem a devida checagem podemos cometer gafes, ou estimular a desinformação. Entre o autor desconhecido e o autor não-identificado há uma grande fronteira inexplorada. O primeiro, trata-se da autoria desconhedida de uma obra, e o segundo de uma autoria não determinada. Nem todo texto de autor não-identificado merece receber a alcunha de autor desconhecido. Muitas vezes nós é que desconhecemos a autoria e condenamos um texto a tornar-se de autor desconhecido, o que é também um desserviço a literatura, a história, arte e a cultura.
Seguidamente recebo belas crônicas atribuídas a Jabor, L.F. Veríssimo, etc. Já li desmentidos dos dois. Também não posso afirmar que os desmentidos são reais. No mundo digital a gente aprende a confiar desconfiando...
Então, se "teclo, logo existo", este ser autoral deve ter o cuidado de marcar seu estilo e suas opiniões, para evitar tornar-se futuramente também um autor desconhecido por conta do descuido de certas pessoas que copiam e colam textos alheios sem ter a responsabilidade em referenciar suas fontes.
Atualmente, os blogueiros, e principalmente os blogueiros educacionais, perceberam que teclar e colocar suas opiniões, projetos e atividades na internet os fazem reais a outros tantos que romperam com aquela história de blog ser mero diário e terapia digital, transformando esse recurso em jornal virtual; e em alguns casos até mesmo em ambiente de educação a distância, através de permissões de leitura, de contribuição, mediante convite de seus autores. É um novo hábito que se evidencia pela rede de blogueiros educacionais que indicam uns aos outros, e trocam experiências uns com os outros, a maioria distantes quilômetros uns do outros, o que comprova que para se educar, a questão presencial não é fundamental... Voltarei noutra postagem a este tema.

Vejam também no blog Arte Brasilis sobre o curioso conceito de Paideia, clicando no link abaixo:

O conceito de Paideia

Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço
http://hjorgev.wordpress.com/2007/06/21/397/

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Quem ensina e quem educa?


Postagem extraída do ótimo blog educacional Sobre Educação, da professora Elis, de Santa Catarina - Brasil, vem de encontro ao que penso e tenho registrado no Letra Viva sobre quem deve ensinar e educar; que são papéis sociais tanto de pais como de professores. Para mim, os pais e/ou responsáveis são os primeiros educadores que a criança possui e a sua "pedagogia do exemplo" em casa influencia o jovem antes mesmo de adentrar às escolas, sejam públicas ou particulares. Leiam a íntegra do texto - uma interessante reflexão de uma professora que é mãe e de uma mãe que é educadora -, no link abaixo:

Pais e professores: Quem ensina e quem educa?

Complementando essa postagem a respeito do texto da colega Elis, por indicação de outra amiga, a professora e arte-educadora Vera Guidi, do portal Arte Brasilis, de São Paulo - SP, coloco abaixo um interessante link para uma postagem de seu blog, que vem de encontro ao que consta nesta publicação. Grato Vera pela dica. E um abração.

Quem ensina quem

Observação: Imagem acima, banner do blog Sobre Educação.

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quarta-feira, julho 30, 2008

GEA-FURG premiado no ANIMAMUNDI


O Grupo de Estudos em Animação da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG) foi premiado no ANIMAMUNDI (festival internacional de animação) na categoria Animações para Celular - Prêmio Melhor Animação Juri Popular - Especial Melhor Animação Brasileira - Prêmio Oi.
Para assistir ao Maracão, a animação premiada, cliquem no link abaixo: http://www.animamundi.com.br/cel_galeria.asp?ano=2008&cod=573

Equipe de animação do Maracão:Direção e Edição: Ozi; Roteiro: Sandro Kisner; Desenhos e Animação: Alex Mattos, Anderson Mendonça, Eduardo Porciuncula e Lucas Rechia; Demais Integrantes do GEA -FURG que de alguma forma colaboraram para que o trabalho pudesse ser realizado: Alisson Affonso, Toni Rabello, Wagner Passos, Sandro Mendes, Marcelo Calheiros, José Flores, Wagner Gomes, Ranieri Duarte, Caio Cesar, André Oliveira e Renan Colares. Demais participantes que colaboraram também com o GEA-FURG: Michele Domingues, Paulo Olmedo, Michael Falcão, Rosaura Dias, Jouber Cunha, Yuri Maciel, Gabriel Alagia, Paola Kirst, Bruno Ballester, Josiane Kirst, Eduardo Custódio, Thiago Gonçalves, Louise Silveira, Michael Amaral, Roberto Junior, Vinícius Jorge, Edu Jacques, Leonardo Santos, Luciano Peres, Matheus René, Bruno Miranda, Henri Rickes, Cristian Bertoglio, Monica Costa, Gabriel Maciel, Raquel Santos, Luciano Baldez, Mariana Lucas, Alex Almeida e todos os demais que de alguma forma participaram das atividades do GEA.

Assistam a outra animação do GEA-FURG também selecionada no ANIMAMUNDI, Escar Go!, dirigida por Eduardo Porciuncula, no link http://www.animamundi.com.br/cel_galeria.asp?ano=2008&cod=585

O GEA-FURG tem apoio da ABCA - Associação Brasileira do Cinema de Animação e Revista Idéia - Quadrinhos, Humor e Cultura
Wagner Passos
Contato: 53-91254462
MSN: w-passos@hotmail.com www.vagaodohumor.com
No orkut: http://www.orkut.com.br/Profile.aspx?uid=4185402345289290139
Comunidade: http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=48878637 http://geafurg.googlepages.com/index.htm
http://www.youtube.com/user/GEAFURG

Parabéns a todos! E, em especial, aos amigos Wagner, Allison, Jouber e Mariana Lucas.

terça-feira, julho 29, 2008

Portal InfoEscola



Indicação da profª Kátia Garcia, aqui de Rio Grande - RS, Brasil, o Portal InfoEscola é um espaço de pesquisa destinado a professores e alunos, podendo ser acessado também pelo endereço abaixo:

http://www.infoescola.com/

segunda-feira, julho 28, 2008

A vida intertextual: internet e comunidade


Mais um texto meu da série "A vida intertextual" (que já abordou Cinema, Teatro, Literatura e Televisão), e agora me debruço sobre o mundo virtual e as incríveis paixões que desperta em seus usuários.
Diante da vida pós-moderna, da tecnologia e da invasão de privacidade tendo suas fronteiras borradas, será que um romance ao estilo Romeu e Julieta, no século XXI prosperará? Horas parece que sim, outras, não. Vejam abaixo a incrível história do rapaz que se apaixonou à primeira vista por uma moça, em pleno metrô de Nova Iorque, e que criou um site na internet para ajudar a achá-la, e graças ao público visitante, numa cidade de mais de 8 milhões de habitantes, ele enfim a encontrou. E foram felizes para sempre? Vejam o link abaixo e o final da história de fadas, em plena revolução digital...
Hoje, banalizou-se o amor, seja real ou virtual, e casais parecem ser formados em programas de Reality Show, de acordo com a audiência. Audiência vinculada a contas de patrocínio, e vice-versa. De repente, para agradar ao público, Romeu pode ficar com Eva, Adão com Julieta, e por ai vai... A história interage de uma forma que o autor passa a ser o leitor, internauta, telespectador...
Tudo jogada de marketing? Efeito paparazzi? Incompatibilidade de gênios? As aparências enganam? Tudo isso e mais um pouco pode levar a que uma grande história de amor não perdure mais que o período que o programa está no ar...
Hoje, casais que se formam por conta de intervenções da mídia eletrônica, parecem seguir um roteiro pré-determinado. Casais que surgem em salas de papo, idealizam por demais seu par. E quando se conhecem pessoalmente o imaginário não resiste à realidade. Claro, que para toda regra tem a sua exceção. E há casais que resistem até hoje, por conta de algo mais que bites, chats, etc.
Mas na notícia baixo, extraída do portal Yahoo! Brasil, o interessante foi a solidariedade instânea proporcionada pelo pedido de ajuda, formulado através de uma página na internet, que proporcionou que o rapaz encontrasse a mulher de seus sonhos - literalmente uma agulha num palheiro! Se canalizado esse potencial para as artes, cultura e educação, que grande filão pode ser aberto no mundo digital aos projetos sociais e educacionais do mundo real, que normalmente não encontram espaço na grade de programação da grande mídia, mais interessada em divulgar com requintes as grandes tragédias, o caos, os desastres e banalidades... Mas no mundo real também existem coisas boas a serem descobertas e divulgadas...
Esse caso de amor, acontecido em pleno metrô de N.Y., prova de que o particular atinge o universal; e que o universo de internautas às vezes se interessa por assuntos estritamente particulares, nessa intertextualidade entre a internet e a comunidade virtual, ou não...

Romance do metrô de Nova York chega ao fim da linha

Página criada pelo internauta apaixonado

domingo, julho 27, 2008

Cebolinha aprendeu a falar o "R"...


Meu filho Allan, de 3 anos e meio (foto acima), esta semana aprendeu a usar a letra "R". Antes, meu Cebolinha, que nem o personagem criado por Maurício de Souza, trocava o R por L. Hoje, diz croba (cobra), vrede (verde)... Agora diz o R, mas troca as letrinhas, que nem seu pai quando escreve no computador, mais rápido que o teclado possa acompanhá-lo. Risos. Allan agora está mais para outro personagem de histórias em quadrinhos e desenhos animados, o Hortelino Troca Letras.
Falar sobre Cebolinha, o portal da Turma da Mônica tem inúmeras atividades para que professores das séries iniciais possam utilizar com seus alunos. A aprendizagem e a questão lúdica não precisam estar separadas. Aprende-se brincando.
Façam uma visita no link abaixo:

Portal Turma da Mônica

Os Sete Pecados Capitais dos Educadores


Todos que me conhecem sabem que gosto por demais do número sete, além do fato de ter nascido em 7/7, e pelo fato de um dia, uma amiga e poeta, chamada Leinecy Dorneles, fundadora da Casa do Poeta Brasileiro - Cassino/Rio Grande, e uma de minhas "madrinhas" no mundo das letras, ter me dito que começasse a anotar essas estranhas coincidências com o referido número. E dito e feito: já perdi a conta e já não conto mais as inúmeras relações da minha vida com o 7. Como brinco com os amigos, deve ser meu algoritmo, de meu sistema operacional... Risos.
Então, nada mais interessante que unir o útil ao agradável, com o texto abaixo (e que assino embaixo, dispensando maiores comentários), de Augusto Cury - autor de livros como Pais Brilhantes, Professores Fascinantes, entre outros sucessos - extraído a partir do portal Nossa Língua, Nossa Pátria, do professor Eduardo Paes.
O texto pode também ser visitado pelo link abaixo:
http://www.nlnp.net/7pecados.htm

OS SETE PECADOS CAPITAIS DOS EDUCADORES

(por Augusto Cury)

1) Corrigir publicamente: Jamais deveria expor o defeito de uma pessoa, por pior que ela seja, diante dos outros. Valorizar mais a pessoa que erra do que o erro da pessoa.

2) Expressar autoridade com agressividade: Os que impõem sua autoridade são os que têm receio das suas próprias fragilidades. Para que se tenha êxito na educação, é preciso considerar que o diálogo é uma ferramenta educacional insubstituível.

3) Ser excessivamente crítico: obstruir a infância da criança. Os fracos condenam, os fortes compreendem, os fracos julgam, os fortes perdoam. Os fracos impõem suas idéias à força, os fortes as expõem com afeto e segurança.

4) Punir quando estiver irado e colocar limites sem dar explicações: A maturidade de uma pessoa é revelada pela forma inteligente com que ela corrige alguém. Jamais coloque limites sem dar explicações. Use primeiro o silêncio e depois as idéias. Diga o quanto ele é importante, antes de apontar-lhe o defeito. Ele acolherá melhor suas observações e o amará para sempre.

5) Ser impaciente e desistir de educar: É preciso compreender que, por trás de cada jovem arredio, agressivo, há uma criança que precisa de afeto. Todos queremos educar jovens dóceis, mas são os que nos frustram que testam nossa qualidade de educadores. São os filhos complicados que testam a grandeza do nosso amor.

6) Não cumprir com a palavra. As relações sociais são um contrato assinado no palco da vida. Não quebre. Não dissimule suas reações. Seja honesto com os educandos. Cumpra o que prometer. A confiança é um edifício difícil de ser construído, fácil de ser demolido e muito difícil de ser reconstruído.

7) Destruir a esperança e os sonhos. A maior falha que podem cometer é destruir a esperança e os sonhos dos jovens. Sem esperança não há estradas, sem sonhos não há motivação para caminhar. O mundo pode desabar sobre uma pessoa, ela pode ter perdido tudo na vida, mas, se tem esperança e sonhos, ela tem brilho nos olhos e alegria na alma.

Observação 1: Imagem acima, de autoria do grande pintor e ilustrador norte-americano Norman Rockwell, extraída da internet, do endereço abaixo
http://blog.morandini.com.br/2006/12/01/norman-rockwell/
Observação 2: Incrível, quando voltei para a área de edição deste blog, após postar este texto, percebi que era justamente a 770ª postagem no Letra Viva, e que hoje, dia 27/7, somando os números dá 16, que novamente somado dá? Isso mesmo: 7!!! Risos.

sábado, julho 26, 2008

RPG no Kzuka


O blog colaborativo de produção literária que tenho com alguns alunos (amigos virtuais) da graduação e pós-graduação em Letras - FURG, chamado RPG - Role Poetic Games ou Jogos Poéticos Virtuais, está sendo divulgado na seção Drops, do portal Kzuka, do ClicRBS.
Vejam link abaixo, com a notícia:

RPG - Role Poetic Games no Kzuka

Videoclipe de alta tecnologia e o fenômeno dos Rods


Acima: House of Cards, de Radiohead.


Acima: Making of


Acima: Fenômeno dos Rods.

Segundo informações no YouTube, o novo videoclipe "House of Cards" da banda Radiohead (uma de minhas preferidas), e que pode ser assistido acima, luzes ou câmeras não foram utilizadas. Em vez disso, plotagem das imagens na tecnologias 3D, recolhendo informações sobre as formas e aparente distância dos objetos. Um dos muitos exemplos do que a tecnologia nos proporcionará nos próximos anos, em que teclados,monitores e fios não existirão mais, e que as imagens holográficas serão uma constante, quando poderemos, se não tivermos o devido cuidado e senso crítico, nos transformarmos num personagem do filme Matrix (brincadeirinha...), que não consegue diferenciar ilusão digital da realidade real... Assistam também o Making of, do mesmo (com links abaixo).
Por sinal, recentemente assisti (infelizmente, pela metade), um documentário no canal The History Channel, no programa MonsterQuest, que investiga lendas urbanas e outras formas inexplicáveis que aparecem na natureza. O tema era o fenômeno Rods (terceira imagem acima). O que são Rods?
Segundo matéria do portal Gnosis on Line: "Rod (em inglês: Bastonete) é um fenômeno ainda não esclarecido descoberto em gravações em vídeo. Em várias filmagens foram registrados efeitos ou objetos cuja natureza não foi satisfatoriamente explicada. E esse fenômeno se espalha por todos os cantos do mundo, dos Estados Unidos ao Iraque, do Brasil ao Japão".
Ao final do documentário, diante das evidências, fiquei com a impressão que o tal fenômeno, que só é captado pelo olho digital das câmeras e nunca pelo humano, é apenas uma ilusão de ótica provocada pela velocidade de insetos, pássaros e outras criaturas, nada sobrenaturais, que passam próximo da lente, e são duplicadas, triplicadas, até quintuplicadas na filmagem.
Interessante que a própria ciência e a tecnologia que desmistificam fenômenos, podem também, como no caso dos Rods, criar os seus próprios. Se observarmos atentamente a terceira imagem, após os dois vídeos, trata-se, na minha opinião, de apenas um pássaro que passou voando muito próximo da lente da câmera, graduada para focar à determinada distância, e que essa aproximação repentina e veloz causou uma simples distorção na imagem mais próxima, mantendo as imagens distantes, para qual o foco estava devidamente regulado, intactas. Acreditar é bom, mas uma dose de ceticismo também é saudável...

Abaixo link para o mesmo vídeoclipe:
Radiohead - House of Cards

Abaixo, link para o Making-of do referido clipe:

Making-of "House of Cards"

Observação: Terceira imagem, abaixo dos vídeo, de Rods, extraída do portal
http://www.gnosisonline.org/Ufognose/o-que-sao-rods.php

sexta-feira, julho 25, 2008

25 de julho, Dia do Escritor


Em homenagem ao Dia do Escritor, que comemora-se neste 25/7, como escritor e poeta, aproveito a oportunidade para destacar abaixo, outra interessantíssima indicação do amigo Robson Freire, editor do blog Caldeirão de Idéias, e multiplicadore de informática educativa (como eu, só que) no NTE Itaperuna - RJ.
Trata-se do StorYBook: Software Livre para Escritores, que pode ser baixado pelo Caldeirão, através do link abaixo:

StorYBook: Software Livre para Escritores

Incrível. Iniciei a escrever meus primeiros versos aos 17 anos, no longínquo 1981, a lápis, num bloco de notas. Poemas de adolescente para um amor que ainda estava por vir. Dez anos depois, em 1991, iniciei meus primeiros passos na informática, digitando textos para um colega que tinha um escritório de advocacia. Lembro de anotar numa agenda o passo-a-passo de ligar e desligar o PC, configurar página, fazer margem, configurar impressão, etc. Sempre escrevi, seja poemas, crônicas, contos, algumas novelas, todas registradas na Fundação Biblioteca Nacional (FBN), até poder realizar o sonho de publicar meu primeiro livro, chamado Realidade Virtual, lançado na 18ª Bienal Internacional do Livro, em São Paulo (abril/2004), e em outro do mesmo ano, tendo o mesmo sido selecionado pela editora Litteris - RJ, para participar do estande Brasil, na Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, estando o referido, desde então, no catálogo internacional de direitos autorais, caso um dia alguma editora estrangeira se interesse pela sua aquisição.
Mas quando iniciei os primeiros passos na informática, sem saber que um dia trabalharia com esse tema, no âmbito educacional, ainda era um escritor que rabiscava tudo a mão, não acreditando que um dia, como hoje, não passaria sem escrever direto num editor de texto, vendo a obra criar vida na tela de um computador. Atualmente só escrevo em papel, se não tiver um PC por perto. Meu sonho de consumo é um laptop, ou palmtop, para agilizar mais ainda a escrita, seja onde estiver.
No Dia do Escritor, um conselho àqueles que escrevem e sonham um dia publicar seus livros. Não existe bom escritor, sem antes um grande leitor, e revoguem-se as disposições em contrário. Risos. Além disso, deve-se ter na exata medida, uma dose de crítica e uma pitada de autocrítica, não deixando tudo a cargo de parentes e amigos, que às vezes são mais fãs da pessoa que do autor. Remetam para editoras. Existem algumas que recebem, via correio eletrônico, outras por remessa de Correio tradiconal dos originais impressos. Sempre registrem a autoria da obra. E aguardem. Algumas não irão responder, extravios ou coisa semelhante. Outras irão responder pró-forma, em formulário padrão, agradecendo o envio e informando não ter interesse na publicação. Outras colocarão o arquivo ou enviarão orçamento, tipo tantas páginas, custo tanto. Outras, se interessadas, pedirão prazo para avaliação, e aí, pode ser que surja uma boa proposta editorial.
Publicar, para um escritor é a meta final, o que importa é dar vida aos personagens e à história, e que ambos faças sentido para além de seu autor. Talvez venham de críticos, avaliação dura. E ai, das duas uma: ou eles podem estar certos, ou errados. Antes de lançar meu livro - lembro a jovens, estudantes ou aspirantes a escritor(a)em palestras -, recebi 3 respostas. Uma, favorável e duas desfavoráveis. Destas, uma dizia que "eu deveria viver a ter o que dizer", outra "que eu não merecia ser publicado, pelo menos por aquela editora". A favorável, foi o oposto, elogiando a forma da escrita. E ai, o dilema... As duas primeiras, um pouco rígidas, chegaram bem antes da favorável, e, eu, com mais de 30 anos, um homem maduro, fiquei com um bloqueio criativo, que durante um mês sequer peguei um livro. Imaginem só se fossem tais palavras dirigidas ao jovem de 17 anos!!! Com certeza não estaria aqui hoje, nem terei blog, e minha vida teria mudado 360º. Não sei se para melhor ou pior, mas não teria na palavra a minha maior fonte de inspiração e de viver a ter o que dizer... Enfim, após esse incidente, pré-lançamento do livro, somente voltei a rabiscar algo depois de três meses. Exatamente quando chegou a da editora pela qual "arrisquei", ficando ainda seis meses num dilema de "publicar ou não publicar, eis a questão!" Então, um conselho de um "tio" aos jovens escritores: "Na Literatura, bem como na Medicina, uma segunda pou terceira opinião é importante", e não se deixem abalar por críticas nem abandonem a escrita ao primeiro insucesso. A vida está repleta de erros de avaliação. O genial Charles Chaplin, um dia concorreu ao concurso de melhor imitador de Carlitos (imortal personagem do Cinema Mudo, criado por ele próprio), e, curiosamente, ficou com o terceiro lugar! Coisas da Vida.
Então, um Feliz Dia do Escritor a todos que juntam letras e formam palavras, e que com palavras reunidas formam belas frases, e com frases bem construídas criam uma narrativa, e que está proporciona aos leitores de todas as idades uma viagem ao imaginário de cada um.
Um grande abraço também ao amigo Robson, que soube que também escreve e que tem um projeto com sua filha, de fazer uma releitura para a Arca de Noé, trazendo-a para os dias atuais. Convide-me para o lançamento, quando terminar o projeto e for lançá-lo. Grato amigo, por mais uma fantástica indicação.

Quadro Interativo eBeam


Para quem deseja conhecer uma forma eficiente e mais barata de transformar seu quadro branco e uma espécie de louça eletrônica (mágica), clique no link abaixo, e vejam que incrível recurso, chamado Quadro Interativo (por cerca de R$ 1.100,00). A indicação foi me repassada pelo colega e amigo Robson Freire, do Caldeirão de Idéias, que atua no NTE Itaperuna - RJ.
Segundo Robson: "O eBeam é uma solução inovadora que torna qualquer quadro branco padrão em área digital de trabalho, basta fixá-lo no quadro branco, conectá-lo ao computador e, com o auxílio de um projetor, todas as funções de qualquer aplicativo de software podem ser acessadas diretamente no quadro, através da caneta eletrônica, sem precisar usar o teclado ou o mouse convencional".
Assistam também em seu blog, um vídeo que demonstra a funcionabilidade do Quadro Interativo eBeam. Como gosto de comentar: entre o ideal e o possível, existem diversas opções, dependendo da criatividade e disponibilidade de recursos humanos e financeiros...
Grato Robson por compartilhar essa notícia, e que teu Caldeirão continue a borbulhar mais e mais idéias e ideais.

Quadro Interativo eBeam

Vejam também outro interessantíssimo post de Robson, publicando o texto de Jésus Beltran Ller sobre o trabalho em rede:

A Sociedade em Rede

Observação: Imagem acima, extraída do blog Caldeirão de Idéias.

Portal do Professor


O Ministério da Educação (MEC) lançou recentemente mais uma grande ferramenta de pesquisa e apoio aos educadores, chamada Portal do Professor, onde constam vídeos, áudios, textos e uma série de recursos pedagógicos à disposição dos interessados, que poderão se cadastrar como usuários mediante login e senha para poder ter acesso a todo o contéudo. Visitem e vejam só as inúmeras possibilidades de uso.

Link:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/

quinta-feira, julho 24, 2008

A vida intertextual: televisão e cotidiano

Mais uma postagem da série "A vida intertextual" (que tratei de Cinema, Literatura e Teatro), dessa feita abordando a Televisão e o Cotidiano.
Fato acontecido recentemente com o ator Jackson Antunes, vilão da telenovela A Favorita, da Rede Globo, reacende a questão da intertextualidade e emotividade entre a novela e o cotidiano. Muitos leitores e/ou telespectadores confudem realidade com ficção, tomando a segunda pela primeira. Jackson, que interpreta uma personagem violenta, foi agredido na rua por um cidadão que misturou as estações...
Segundo a matéria (link abaixo), do site Famosidades, Jackson, em entrevista ao jornal carioca "O Dia", comentou que: "O homem parecia revoltado com outras coisas. Começou falando de Celso Pitta, do banqueiro Daniel Dantas e acho que quando me viu e aproveitou para se vingar das loucuras que o Leonardo comete".
Na terça-feira (22/07), o programa Casseta & Planeta Urgente!, humorístico também da Rede Globo, em seu tom escrachado de sempre faz uma engraçadíssima "pegadinha" com os colegas do ator Daniel Dantas, vilão da novela Ciranda de Pedra, das 18horas, e homônimo do banqueiro que é "protagonista" da Operação Satyagraha, da Polícia Federal. Por sinal, esse episódio recente da vida nacional, traz componentes trágicos de um imenso Teatro do Absurdo (para nenhum Eugène Ionesco, ou Qorpo Santo pôr defeito), com disputas entre os três poderes da República. E o mais estranho em tudo é que nenhuma CPI, em ano eleitoral, foi ainda determinada para investigar as supostas vinculações com os bastidores do poder, no tempo e no espaço. Satyagraha poderia ser o nome da próxima novela das Oito, que inicia às 21 horas, e que por causa de seu horário, delimita que os jogos televisionados sejam quase às 22 horas. Hoje, saber o que é trágico ou cômico, ou o que é fictício e real nos discursos advogatícios ou no dos políticos é tarefa hérculea, pois envolve além de arte e cultura, literatura e teatro, também política, justiça, e todas as formas de escrita possíveis e inimagináveis. A intertextualidade entre a realidade e a ficção (entre a vida e a televisão) são públicas e notórias, basta assistir ao telejornal e depois à telenovela. O grande problema é que na ficção todos pagam por seus pecados, mas no mundo real a ficção dos processos e CPIs nos fazem crer justamente no oposto. E que o crime compensa, a partir da quantia retirada dos cofres públicos. Se forem migalhas, o calabouço medieval está repleto, se forem milhões, o paraíso terreno é o destino. Entre o céu e o inferno de Dante, fica "...tudo como dantes no quartel de Abrantes".
Quisera eu poder ainda ver em vida, a intertextualidade da ficção contaminar a realidade, e não justamente o contrário...
Para saber mais do incidente envolvendo o ator Jackson Antunes e sua "intertextualidade" com a vida mundana, basta clicar no link abaixo:

Telespectadores levam casos de novelas para a vida real

Observação: Imagem acima, extraída da internet, do seguinte endereço http://niilismo.net/galeria/

Para entender o mundo digital da geração atual...



O vídeo acima, de cerca de 9 minutos, foi indicado pelas colegas Janaina Martins e Ieda Freitas, e pretendo usá-lo na abertura de encontros presenciais do curso de Introdução à Educação Digital (proinfo integrado/MEC/Seduc-RS), como outros vídeos que tenho publicado em meu blog. O vídeo em questão serve para que professores e pais entendam o mundo digital da geração atual (alunos e filhos), que apelidei de Geração USB, pela questão da conexão quase umbilical dos jovens aos multimeios e às tecnologias em geral. MSN, orkut, chat, blog, celular, mp3, etc. são componentes do cinto de utilidades dos jovens, com mais recursos que o do Batman, herói de minha adolescência. Risos.
Vale a pena conhecer Rafinha 2.0, alusão a Web 2.0, um novo mundo virtual que se abre para o ensino e a aprendizagem integradas e inclusiva. Os jovens já estão incluídos nele há um bom tempo, faltam os pais e os professores (boa parte deles) também se incluírem no debate, no processo e nas inúmeras possibilidades que esse Admirável Mundo Novo proporciona aos que vão além da reprodução, e usam sua criatividade para a produção de conteúdos pedagógicos.
Link abaixo para o vídeo, capturado do YouTube:

Rafinha 2.0

quarta-feira, julho 23, 2008

A vida intertextual: teatro e educação


Continuando a série de postagens, tratando da vida intertextual (já comentei sobre Literatura e Cinema), neste texto abordarei as relações entre vida, teatro e educação.
As relações entre texto e vida, vida e texto, vão além da questão de quem imita quem: a vida à arte, ou vice-versa. Parte da questão entre a idéia originária e a original, ou seja, o que faz que alguém como William Shakespeare, um dos maiores dramaturgos de todos os tempos, ao criar suas inesquecíveis peças teatrais, e que com o tempo passe a parecer clichê, por conta das seguidas repetições nada originais, meramente cópias umas das outras? Depois de Shakespare, por exemplo, toda história de amor impossível entre dois jovens de famílias rivais (Romeu e Julieta), passou a ser mero clichê, pois ninguém conseguirá superar o mestre dos mestres! Depois de Sófocles, e seu Édipo Rei, até Sigmund Freud rendeu-se ao mitologia para criar as bases de sua psicanálise... E por ai vai os exemplos em que o teatro serviu de molde à literatura, para a ciência e para a vida em sociedade.
O teatro é o reflexo da vida, e a vida, em certos aspectos é dotada de uma teatralidade e dramaticidade sem igual. Basta abrir um jornal ou assistir a um telejornal para que possamos ser tomados por notícias que se houvessem Sófocles, Shakespeare, Eugene O'Neill, Berthold Brecht, Arthur Miller, Nelson Rodrigues, entre outros talentosos dramaturgos, para que gerassem novos clássicos da dramaturgia... Até pelo fato de que num tempo de total inversão de valores, em que as máscaras estão caindo uma a uma na política mundial, nunca o cotidiano pareceu-me tão teatral, com a maioria dos políticos criando personagens caricatos, com falas marcadas e manjadas (clichês), aguardando a cada eleição para repetir os mesmos discursos e depois de eleitos, a mesma prática convencional de defesa intransigente apenas de seus interesses e nada mais. Cidadãos acima de qualquer suspeita, são hoje suspeitos de crimes trágicos às nações, seus estados, cidades...
Porém, o teatro, tão rico de expressões corporais, faciais, musicais, poéticas e literárias é pouco usado no ambiente escolar, onde o jovem tem uma predisposição nata às artes... Conheço algumas escolas que tem seu grupo de teatro, e que fazem maravilhas, tanto a partir de autores clássicos como contemporâneos, quando não têm seus próprios autores na comunidade escolar.
Recentemente conheci via orkut, depois MSN uma professora, que, conhecida de infância me reencontrou por este blog. Ou seja, três ferramentas de interação que os jovens dominam como poucos e que a maioria dos professores, por desconhecimento ou receio, colocam ao largo da prática educacional, como coisas banais, pouco instrutivas, que, segundo eles, fazem apenas seus filho alunos ficarem vidrados horas diante de um computador... Volto a lembrar que toda ferramenta só é nociva a alguém se o seu usário a utiliza fora de suas recomendações. Uma chave de fenda é feita para aparafusar e desaparafusar, e se utilizada fora dessas especificações pode ser uma arma letal...
Então, voltando ao teatro, a vida e a educação, há cerca de duas semanas tive a grata satisfação de reencontrar, via mundo digital, a professora Vilmabel Gibon, que é editora do blog educacional Teatro e Vida. Através dele, Vilma, que além de professora é brinquedista, orientadora vocacional e atriz em formação, procura divulgar seus projetos vinculados à educação e ao teatro. Um deles é o Teatro pedagógico - Nova proposta de trabalho educacional, dirigida a pais e educadores, tratando da importância do teatro na educação.
Segue abaixo, breve comentário de Vilma sobre essa proposta:
"Segundo o psiquiatra Roberto Shinyashiki numa entrevista com Vanucci disse: '... o que as escolas deveriam fazer é ajudar os alunos a desenvolverem as suas potencialidades...' E nessa nova proposta que tenho - Teatro Pedagógico, eu trabalho com teatro de forma a desenvolver as potencialidades de cada ser e a educação formativa comportamental (valores e virtudes), linguagem do afeto, objetivando a realização pessoal e profissional de cada indivíduo = felicidade".
Usando o lema que Vilma usa seguido:" A mudança do mundo começa em mim".
Para saber mais sobre esse projeto e outras atividades dessa talentosa educadora, basta clicar no link (atalho) abaixo para o seu blog:

Teatro e Vida

Em tempo: No ano de 2006, a convite do ator e diretor de teatro Canrobert Brasil, escrevi a minha primeira peça de teatro, para mim um duplo desafio, pois jamais tinha escrito algo para essa forma de expressão artística, e muito menos dirigida especialmente ao público infantil. A obra, originalmente intitulada por mim de "Enquanto as crianças dormem", foi rebatizada por Can com o título de "E agora Betinha?", e encenada pelo Grupo de Teatro Dupla Face, na Semana do Dia das Crianças (2006), no teatro Municipal de Rio Grande - RS - Brasil, obteve um grande sucesso (surpreendente pra mim!), tendo a última das apresentações destinado recursos da arrecadação para uma entidade social. A mesma peça foi encenada em 2007, na 11ª Festa do Mar, em Rio Grande - RS. A experiência foi tão gratificante, do ponto de vista artístico e cultural como do social, que em 2007 escrevi um novo texto, a pedido de Canrobert, igualmente dirigido ao público infantil, dessa feita chamada a peça de As Travessuras da Bruxa Fel, tendo como mote a questão ambiental. Este novo projeto ainda está na fase de ensaios e formação de elenco. E para minha surpresa, soube por Vilma que ela foi convidada por Canrobert para ser a Bruxa Fel, mas que não pode aceitar, pois estava fazendo curso e desenvolvendo projetos em Porto Alegre.
A vida é mesmo surpreendente e intertextual, e através do mundo digital conseguimos encontrar ou reencontrar amigos, fazer novos, divulgar atividades, conhecer novos projetos, ampliando horizontes e possibilidades de uso da tecnologia, da arte e da cultura na educação. Visitem o blog Teatro e Vida, e conheçam essa interessante proposta de unir teatro, vida e educação.

Apresentação Livro Teatro Pedagógico

Observação 1: Acima, apresentação em SlideShow da peça "E agora Betinha?", de minha autoria, com direção de Canrobert Brasil (2006), com imagens feitas pelo fotógrafo Gerson Pantaleão, gentilmente cedidas pelo Grupo Teatral Dupla Face. "E agora Betinha?" tem como tema a vontade de Betinha e Júnior, duas crianças que são amigos e vizinhos, de conhecer o mundo durante uma noite, apenas com bicicleta e mochila. Para essa jornada encontram como guia um Anjo que é morador de rua (ou seria um morador de rua que era um Anjo? xiii), que os acompanha nessa incrível viagem à imaginação, conhecendo pelo caminho Dona Maria Fumaça e outras personagens...
Observação 2: Para um autor ver suas personagens criarem vida é uma experiência sem igual. Os atores de "E agora Betinha?" foram extremamente criativos e talentosos, o que valorizou e muito minha obra. Grato a todos!

terça-feira, julho 22, 2008

Blog RPG no Diário Popular de Pelotas


O blog RPG - Role Poetic Games ou Jogos Poéticos Virtuais, foi criado no final de 2007, a partir de idéia de escrita colaborativa minha com dois amigos virtuais, também escritores, chamados Suellen Rubira e Leandro Kerr, ambos de Rio Grande - RS - Brasil, que se conheceram através do (tão criticado, para alguns) orkut, mas que, como qualquer ferramenta, seja tecnológica ou não, depende do seu usuário. Um lápis pode ser uma arma, se usado com intenções que não as de apenas escrever.
Em 17 de janeiro 2008 montei o blog, para garantir o direito do nome e da idéia. Mas somentecinco meses depois ao conhecermos mais 2 escritoras, Andréia Alves Pires e Ana Cristina Matias, é que de fato o blog começou a ter forma, através de conversas via (o também criticado por alguns) MSN. E daí em diante, a partir das primeiras postagens a história ao estilo do jogo RPG, que funciona a base de cartas, dadas e tabuleiro, tomou uma forma virtual e literária.
Em 21/06/2008 (ontem completou nosso primeiro mês de atividades!), iniciou a publicação do primeiro post (texto), e dali em diante muitos outros tem surgido, entrecruzando idéias, personagens, cenários e histórias. Essa primeira história , que espero de muitas que virão, chama-se No Castelo de Messiter ou As Torres de Areia. Como todo blog, as postagens são empilhadas umas sobre as outras e para se ler o início da história, o leitor deve, ou procurar pelo índice à esquerda de 00 até o número da postagem mais recente, ou buscar no arquivo do blog, ou por fim, clicar na parte inferior do blog, na opção "postagens mais antigas".
Em julho, recebemos a colaboração do talentoso desenhista Jouber Domingues Cunha, editor do blog Canção do tempo, que tem feito os desenhos que constam a cada postagem.
O que o grupo RPG tem em comum é o gosto pela arte, cultura e literatura. Eu sou o veterano do grupo, com 44 anos, enquanto os demais têm entre 22 e 26 anos. O que comprova alguns comentários aqui no blog Letra Viva do Roig, quando digo que estou sempre aprendendo, sempre motivando e me automotivando.
Vejam abaixo a íntegra da nota publicado no jornal Diário Popular, de Pelotas - Rs - Brasil, divulgando o RPG, em seu caderno @dolescendo, coluna Blogando:

http://jogospoeticosvirtuais.blogspot.com/
Com o objetivo de promover a escrita colaborativa e criativa através de uma espécie de RPG literário surgiu esse espaço virtual. Os cinco escritores do blog são rio-grandinos adoradores de literatura e tecnologia. O veterano do grupo é o educador, poeta e escritor José Antônio Roig, com 44 anos, os outros tem entre 22 e 26 anos: Suellen Rubira, Leandro Kerr, Andréia Pires e Ana Cristina Matias. Esse mês o desenhista Jouber D.Cunha também veio somar ao grupo através da elaboração de desenhos dos personagens criados.


Breve currículo dos participantes do blog RPG e seus respectivos blogs individuais:

José Antonio Klaes Roig, mestrando em Letras (FURG), escritor, professor e especialista em tecnologia educacional
Blog literário: ControlVerso

Andréia Alves Pires, mestranda em Letras (FURG), professora e jornalista
Blog literário: Solstícios

Suellen Rodrigues Rubira, acadêmica de Letras (FURG), professora e poeta
Blog literário: Freak in The Sky

Ana Cristina Matias, acadêmica de Letras (FURG)
Blog literário: A Solidão Nunca está Sozinha

Leandro Kerr, acadêmico de Administração de Empresas (FURG)
Blog literário: Bota Limão

Colaborador:

Jouber D. Cunha, estudante e desenhista.
Blog literário: Canção do Tempo

Para saber mais sobre RPG, clique no link abaixo:

O que é um RPG?

Observação: Agradecemos a jornalista Mônica Jorge, do Diário Popular de Pelotas - RS - Brasil, pela divulgação desse blog literário de produção coletiva e virtual.

segunda-feira, julho 21, 2008

A metáfora do lápis II


Pois, então...
Em 16/07/2008, coloquei no meu blog um texto de Gavriel Salomon, intitulado "O laboratório de computador: uma má idéia, atualmente santificada", também conhecido como A metáfora do lápis, que utilizamos no Curso de Introdução à Educação Digital.
Ontem dia 20/07/2008, Dia Internacional do Amigo, estive ausente da internet. Era aniversário de meu pai, o artista plástico José Américo Roig, mais conhecido como Zeméco, para o qual criei em 2006 o blog Olhar Virtual , para divulgar sua vida e obra. Meu pai é uma pessoa especial, não somente para minha família, mas principalmente para os amigos e a arte cultura de sua terra natal, a pequena e hospitaleira São José do Norte, vizinha a Rio Grande, no extremo sul do Rio Grande do Sul e do Brasil. Meu pai sempre quis voar... Aos 14 anos de idade, fez um par de asas voadoras, a base de bambu, papel celofone e cola (grude) e resolveu se jogar de cima do telhado de um casario histórico da sua cidade. Diz a lenda urbana que foi de uma das torres da Igreja Matriz, e se assim o fosse, teria antecipado em décadas o vôo ocorrido na também pequena Saramandaia, a fictícia cidade criada pelo grande escritor e dramaturgo Dias Gomes. Nessa o vôo foi concretizado, na cidade real, Zeméco se estatelou no chão quando bateu em uma árvore (aguardem para breve a colocação de vídeo com depoimento dele no Olhar Virtual). Resultado: quebrou perna, costelas e cabeça. Mas o sonho de voar meu pai continuou alimentando, até que um dia, já maduro, o fez em avião. Risos. Por coincicência ou não, foi também em um 20 de julho que nasceu Santos do Dumont, inventor do avião e pai da avião brasileira (ainda que os EUA insistam com o vôo solitário e sem testemunhas do irmãos Wright, contra evidências de Dumont, na Paris de 1906). Em 20 de julho, o homem desceu na Lua, e Neil Armstrong celebrizou o fato através de uma singela e profunda frase: "Um pequeno passo para o homem e um imenso salto para a Humanidade".
Juntando tudo isso, lembrei-me ontem de uma história contada por um amigo (não lembro quem), que dizia que "os norte-americanos desenvolveram uma caneta esferográfica especial e espacial - Space pen - um avaço tecnológico, fruto da corrida espacial. Foram gastos anos e muitos recursos para desenvolvê-la, mas o objetivo foi atingido. Em contrapartida, os cosmonautas russos, sem tamanhos recursos, tiveram que usar o prosaico lápis. E conseguiram atingir os mesmos objetivos."
Moral da história ou da piada: Às vezes conseguimos as mesmas coisas de formas sofisticadas ou simples, dependendo da criatividade, vivência ou dos recursos disponíveis. Ou como digo: Entre o ideal e o possível, muitas vezes temos que de um limão fazer uma limonada. Sem falar que a dependência total da tecnologia, quando de um "apagão" no sistema, por exemplo, pode nos deixar totalmente ilhados e sem opções. Se navegar é preciso, como escreveu Fernando Pessoa, inspirado em antigos cantos dos navegantes, no ciberespaço, navegar é preciso, com cuidado, segurança e criatividade. Cuidado para não repassar informações equivocadas; segurança para não deixar seu sistema ser invadido por vírus e criatividade para diante de tanta coisa disponível no mundo virtual, "clones de outros clones", encontrar o seu próprio espaço, de forma original...
Enfim, a minha Metáfora do Lápis é ampla e simples ao mesmo tempo. Primeiro por ser leitor e escritor desde a adolescência, e ter na Literatura uma válvula de escape, uma terapia e um objetivo de vida. Com os livros aprendi quase tudo que sei, com os escritores tive e tenho lições de vida, que utilizo no meu dia-a-dia. Em segundo plano, sendo especialista em tecnologia educacional, em que os multimeios e os avanços tecnológicos estão sempre ampliando horizontes, continuo a valorizar práticas também a base de lápis e papel, giz e quadro, arte e cultura... A tecnologia deve ser pensada como forma de nos proporcionar outras formas de passar um conteúdo, seja tecnológico, pedagógico, como artístico e cultural.
Usando o título de uma apresentação de slides, mandada pela colega Rosy (cursista da turma de Educação Digital), digo que "A Felicidade é a viagem, não o destino". E a tecnologia no cotidiano das pessoas deve ser um meio e não um fim... Ou seja, deveríamos trocar de celular quando este não pudesse mais nos servir, e não torná-lo obsoleto a cada novo lançamento com novos recursos que não dizem respeito ao ato de falar em si, principalmente se o objetivo do aparelho é a comunicação móvel. Entretanto, vejo muitos jovens que usam o seu celular para tudo, menos para falar com alguém. São as contradições do mundo cibernético, em que o lápis parece uma peça de museu. Entretanto, é bom lembrar que se um dia faltar luz a Humanidade, poderá ser um pequeno lápis e papel, ou uma simples pedra riscando outra pedra que poderá deixar aos viajantes do tempo futuro nossas lições ruprestres...

Observação: Imagem acima, uma colagem digital, feita no Paint, a partir de duas figuras obtidas da internet, nos seguintes endereços
http://es.quebarato.com.br/classificados/caneta-esferografica-em-metal-www-shopsemlimites-com-br__68228.html (caneta esferográfica);
http://estacoes.blogspot.com/2007/03/vov-vai-virar-lpis.html (lápis).

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sábado, julho 19, 2008

Desafio on-line: tente cercar o gato

Figura 1
Figura 2
Figura 3
Recebi da colega e amiga Simone Zogbi, da EEEF Barão de Cêrro Largo, em Rio Grande - RS - Brasil, professora parceira em projetos envolvendo educação e tecnologia, um email com um link para esse divertido jogo que mescla a sistemática de outros como xadrez, dama, resta um, etc. O objetivo é cercar o gato (figura 1), clicando em cada casa vazia, criando em torno dele uma prisão, cercando sua fuga. Mas já vou avisando: no início parece impossível esse desafio, já que o felino, além de veloz tem sete vidas. Hehehehehe. Mas como o 7 é o meu número da sorte, consegui na sétima tentativa, e eis a prova na figura 2, repetida na figura 3. Eis abaixo o link para o jogo:

Chatnoir

Observação: Para jogar de novo, basta clicar na opção Reset, no canto inferior esquerdo da tela.

sexta-feira, julho 18, 2008

A rede lógica e a lógica da rede de amigos...


Não sou adepto dessas coisas de "corrente", que entulham as caixas de correrio eletrônico, mas essa é diferente, repassada pelo novo amigo virtual Leonardo Fernandes, e em homenagem ao Dia do Amigo, que comemora-se em 20/07 (aniversário de meu pai), resolvi aderir a esta pela criatividade e originalidade. Até pelo fato de deixar livre para quem quiser aderir ou não. E também como uma homanagem a alguns amigos que trocam experiências de vida no ciberespaço. Seguem as regras:

1. Escrever uma lista com 8 coisas que sonhamos fazer antes de morrer;
2. Convidar 8 parceiros(as) de blogs amigos para responder também;
3. Comentar no blog de quem nos convidou;
4. Comentar no blog dos nossos(as) convidados(as), para que saibam da “intimação”;
5. Mencionar as regras.

Segue abaixo as oito coisas que eu adoraria fazer antes de morrer, de cunho pessoal, mundano mesmo, alguns desejos bem simples, outros nem tanto, mas nada de pedido de Miss (tipo, a Paz Mundial, e outros blablablás):

1. Primeiro de tudo na vida, queria ver meu filho crescer e me dar muitos netos;
2. Depois, se desse, chegar aos mais de 100 anos, pra poder ler todos os livros que compro e que ganho (uma vida só é impossível pra tantos);
3. E se chegasse ao centenário, poder ter grana suficiente pra reunir todos os meus verdadeiros amigos, num só local, pra um grande churrasco sem hora para acabar e sem preocupações com dinheiro pra pagar essa festança toda, comemorar e bebemorar sempre;
4. Queria poder dar uma volta ao mundo, tanto faz se de barco, avião, disco voador, hehehehehe;
5. Queria saltar de pára-quedas e parar a queda de cabelos (essa segunda é mais difícil, kkkkk);
6. Poder viver dignamente com o salário da aposentadoria (xiii, esse pedido quase impossível, putz);
7. Como Colorado, ver meu S.C. Internacional ser outras vezes campeão do mundo, já que a emoção de 2006 foi incrível!!! E poder ver o time revelar talentos, como Pato, e assistir a um gre-nal de profissionais com ele no time (coisa rara hoje em dia);
8. E por oitavo desejo, viver e sobreviver apenas da Literatura (xiii, outro sonho quase impossível num país de poucos leitores)... Sonhar não custa nada...

Exceto o primeiro, que é um desejo latente, os demais são mais sonhos do que preocupações.
Passo a encrenca que o Leonardo me jogou por cima (ainda bem que ele também é colorado e muy amigo!heheheh), repassando para outros 8 amigos (que não precisam aderir a essa brincadeira se não puderem, amigos não reparam isso). O curioso é que, por enquanto, incrivelmente só conheço esses 8 amigos pelo mundo virtual, através de seus blogs. São eles (em ordem alfabética):
Ana , Andréia , Bernardete , Jouber , Leandro , Robson, Vera e Vilma.

Feliz Dia do Amigos a todos eles e aos meus demais amigos também...

Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço
www.luxosdani.blogspot.com

quarta-feira, julho 16, 2008

A metáfora do lápis

O texto abaixo, chamado A metáfora do lápis, e que integra o contéudo do material de apoio para o curso de Introdução à Educação Digital, da formação em Linux Educacional 2.0, pelo Proinfo Integrado - MEC - Seduc - RS, utilizamos aqui no NTE Rio Grande/18ªCRE, com nossas turmas, pedindo que fizessem na atividade a distância, uma pequena reflexão, usando o editor de textos Writer do BrOffice.org (similar ao Word), e anexando o arquivo a uma mensagem de correio eletrônico dirigida ao NTE/formador. Com essa 1ª atividade, avaliaremos o uso do recursos do editor de texto, os conhecimentos de navegação e e-mail. Nesta 4ª semana de encontros presenciais, estamos vendo mais um pouco de internet, e iniciando Calc (equivalente ao Excell), para que os professores possam fazer planilhas de cálculo com suas turmas.
O texto é uma boa reflexão para o uso da tecnologia na sociedade e encontra-se na apostila, às pág. 36 a 38, tem seu título original como “O laboratório de computador: uma má idéia, atualmente santificada”, de autoria de Gavriel Salomon, e podendo também ser acessado pelo endereço
http://www.divertire.com.br/educacional/artigos/4.htm

A METÁFORA DO LÁPIS

“Há 20007 anos, quando nossos ancestrais ainda habitavam as cavernas, as crianças que ainda não tinham idade para caçar eram diretamente mandadas a uma sala da caverna, para diminuir a destruição e o incômodo que causavam. O mais distinto ancião da tribo que tivesse passado da idade de caçar era encarregado delas, e o melhor que podia fazer era ensinar-lhes a tradição, a mitologia, e a boa conduta na vida diária da tribo.
Decorando, as crianças eram capazes de recontar, palavra por palavra, a história do Grande Orelha, o caçador de mamutes; de contar nos dedos dos pés e das mãos o número de folhas de figo necessárias para temperar uma sopa de leão para doze pessoas e de recitar os dezessete versos do grande poema de Fogo que Podia.
Aprender não era fácil. Afinal, só cálculos simples poderiam ser feitos nos dedos das mãos e dos pés. Ainda assim, esse aprendizado era realizado com prazer de todos.
Um dia, a palavra chegou com os pássaros migratórios de uma nova tecnologia, uma “tecnologia em muitos séculos de invenções”: o lápis. Foi um burburinho e, sem hesitação, dois anciões foram mandados à Grande Caverna para aprender tudo sobre aquela maravilha. Quando voltaram, uma sala especial da caverna foi imediatamente aparelhada para se fazerem estudos sobre o lápis. Foi acarpetada com as maiores folhas de mamoeiro e mobiliada com almofadas especiais, feitas de pêlo de camelo.
Nenhuma criança podia entrar na sala sem lavar as mãos!
Fascinado com a nova tecnologia, o ancião mais voltado para o futuro foi nomeado para começar o planejamento e o ensino dos Estudos sobre Capacidade do Lápis, na sala recém aparelhada. Aliás, bastante cedo, surgiu um completo e mais interessante currículo de Lapislogia. E como era interessante! O currículo trazia tópicos maravilhosos! Como apontar um lápis e como usar a outra ponta para apagar; como equilibrar um lápis na orelha e como segurá-lo entre os dedos.
A criança estudiosa, que tivesse sido bem sucedida nestas etapas mais difíceis, poderiam começar o LápisLogo ( para desenhar flores) (...) um desenvolvimento interessante deu-se bem diante dos olhos dos anciões. As crianças começaram a escrever.
Havia, é claro, alguma preocupação com relação à possibilidade de esse novo empreendimento interferir (oh Deus!) no que se tinha desenvolvido no ensino de rotina da
caverna regular. Lá os professores (naquele momento já havia dois) estavam verdadeiramente preocupados com o fato de que a introdução do lápis na sala privilegiada
pudesse forçar algumas mudanças no aprendizado mecânico, tão bem estabelecido.
Na verdade, havia uma mulher da tribo, conhecida pelo seu modo provocativo de encarar a vida (ela uma vez sugeriu que as crianças inventassem suas próprias histórias, mas é claro que em silêncio), que propôs usar o lápis em todas as atividades de aprendizado das crianças, talvez para escrever, possivelmente para fazer contas.
Mas não havia realmente espaço para esse tipo de preocupação. Por que, afinal, como alguém, com exceção da excêntrica mulher, chegaria a sugerir que aquele maravilhoso currículo de Lapislogia, supervisionado por renomados peritos, com suas possibilidades de desenho, escrita e cálculo, fosse tirado da sua sala especial para substituir o aprendizado automático? Por que um lápis deveria ser usado como instrumento nas rotinas diárias? (...)”
(Fonte: “O laboratório de computador: uma má idéia, atualmente santificada”, de Gavriel Salomon).

Observação: Imagem acima, extraída da referida apostila.

Notícia sobre Curso Educação Digital - NTE/18ªCRE


Abaixo, link para a notícia publicada no Jornal Agora, de Rio Grande - RS - Brasil, sobre os cursos de Introdução à Educação Digital, oferecidos pelo NTE/18ªCRE.

Professores são capacitados em curso de Educação Digital

O Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) Rio Grande, da 18ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), está promovendo de julho a agosto o curso Introdução à Educação Digital, que faz parte do programa de informatização e capacitação de professores da rede pública (proinfo integrado), oferecido pelo MEC, em parceria com as Secretarias Estaduais de Educação.
Após formação ocorrida em Brasília, com formadores representantes de mais de 30 NTEs do RS, cada núcleo iniciou o referido curso para 6 turmas com cerca de 20 professores cursistas cada, divididos em 3 turnos (2 turmas por turno). São 5 turmas em Rio Grande e uma no Chuí.
O curso é composto de 40 horas, sendo que 20h são presenciais, no laboratório do NTE, e 20 horas a distância em sistema operacional Linux (software livre). Durante essa etapa serão vistas noções básicas de ambiente Linux Educacional 2.0, distribuição feita especificamente para a educação, onde constam aplicativos do MEC, do portal Domínio Público, da TV Escola e do Rived, além de jogos educacionais.
Posteriormente, são ministradas aulas de Writer (editor de texto similar ao Word); Calc (similar a planilha de cálculo Excell); Impress (equivalente ao Power Point, para apresentação de slides); além uso do Navegador de Internet Iceweasel (similar ao Internet Explorer) e da construção de blogs (diários virtuais) para professores.
Em setembro, será oferecido o curso de Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) na Educação, com carga horária de 100 horas, sendo metade desta presencial e a outra a distância, para os professores já previamente inscritos que atuam nas escolas que receberam laboratórios de informática educativa (LIEs) do MEC. De acordo com a demanda, outras turmas poderão ser formadas, já que tal capacitação será continuada, como forma de proporcionar recursos aos educadores para o uso pedagógico dos equipamentos tecnológicos que as escolas tenham ou que venham a receber.
São integrantes do NTE/18ªCRE, a profª. Dulcinéa Costa de Castro, coordenadora do NTE e especialista em Educação a Distância, e os multiplicadores em informática educativa e especialistas em TCIs na Promoção da Aprendizagem, Janaina Senna Martins e José Antonio Klaes Roig.

Observação: Fotos acima, do laboratório 2, do NTE/18ªCRE, com uma das turmas do curso de Educação Digital.

sábado, julho 12, 2008

Um pixel solitário na escuridão cósmica


O vídeo acima, é uma dessas pequenas preciosidades que existem no ciberespaço. Descobri o vídeo por acaso, visitando o blog de uma amiga, Suellen, e um comentário de um visitante me remeteu ao seu blog, chamado Un Brasiliano in Itália, de Leonardo Fernandes, onde pude assistir e buscar no YouTube o endereço para colar no Letra Viva.
Será mais um vídeo motivacional que usarei nos encontros presenciais da formação de Linux Educacional 2.0, no curso de Introdução à Educação Digital, do Proinfo Integrado (MEC), pelo NTE Rio Grande/18ªCRE, da Seduc-RS.
Pixel é a menor unidade de imagem, ou seja, um pequeno ponto numa tela azul de computador. No vídeo acima, intitulado Nós Estamos Aqui: O Pálido Ponto Azul, o pixel em questão é o nosso planeta Terra, que no texto e narração do vídeo, feitos por Carl Sagan, é chamado poeticamente de "um ponto de luz na escuridão cósmica" ou "pálido ponto azul". Além de textos e belas imagens, há uma música, esta produzida por Mogwai, intitulada Stop Coming To My House, do álbum Happy Songs for Happy People. A beleza de ambos, texto, imagens e canção dispensam maiores comentários. É para ver, ouvir e refletir sobre as grandezas e misérias humanas.
Carl Sagan realmente foi um brilhante cientista e um brilhante ser humano, na acepção de brilho de estrelas e de gênios. Quando jovem, assistia encantado aos documentários dele, através da série Cosmos. Alguns anos atrás virei totalmente fã de Sagan, quando li o livro O Romance da Ciência, que já postei neste blog uma breve resenha. O filme Contato, tendo como protagonista a atriz Jodie Foster, e baseado em livro homônimo de Sagan também é uma boa indicação, para ver, ler e refletir sobre o macrocosmos e o microcomputador, entre outras coisas.
Abaixo, link para o referido vídeo, no YouTube:
Nós Estamos Aqui: O Pálido Ponto Azul

quinta-feira, julho 10, 2008

Limites e limitações


Mais um vídeo, que se encontra na Comunidade NTE, da Seduc-RS, indicado pela colega Janaina, aqui do NTE Rio Grande/18ªCRE, e que estamos usando como motivação e reflexão, junto a outros, a cada encontro presencial com os cursistas do Curso de Introdução à Educação Digital, em Linux Educacional 2.0.
O vídeo acima, intitulado Salsa Espetacular, pode ser assistido também no YouTube, pelo link abaixo. E pensar que muitos, quando se fala em tecnologia, julgam-se limitados. Esse vídeo é prova de que os limites e as limitações podem ser ultrapassados.

Salsa Espetacular

A guerra aos bonés e o poder da educação


Havia num reino desencantado, reis e rainhas que baniram uma espécie de chapéu com uma única aba, fixa a frente do olhar, usada pelos jovens do local, e que considerada desrespeitosa à realeza, fora banida para sempre daquele reino não tão-tão distante assim, ainda que não tivessem os nobres uma explicação lógica para tal fato. Os jovens se rebelaram e do confronto, muitos foram expulsos do castelo, ficando do outro lado do fosso e da ponta elevadiça, sujeitos às criaturas da floresta, sempre ávidas em capturar alguém do palácio, para seus rituais alucinógenos...

Não. O texto acima, de minha autoria, não é um mini conto para ser inserido em um de meus outros blogs, o RPG - Role Poetic Games (blog de jogos poéticos literários), em parceria com graduandos e pós-graduandos de Letras, aqui de Rio Grande - RS - Brasil, que narra a saga de personagens reunidos em torno do misterioso e mítico Castelo de Messiter.
O texto acima, uma tentativa de apólogo, foi influenciado pela postagem O "apólogo dos dois escudos": educação e tecnologia? (postado em 09/7/2008), e é fruto também do comentário do amigo e colega Robson Freire, editor do criativo blog Caldeirão de Idéias , que também como eu, trabalha como multiplicador de informática educativa em Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) - ele em Itaperuna-RJ e eu em Rio Grande-RS.
Robson, a respeito da referida postagem, comentou fato ocorrido na escola onde seu NTE está instalado, fato similar ao acontecido coincidentemente (ou não...) na escola onde meu NTE também está implantado. O que ele chama de "Morte aos Bonés!", batizei de "Guerra aos Bonés!" E é um fenômeno da transição entre o ensino tradicional e a revolução tecnológica que ameaça o "poder constituído" de certos professores, ainda vinculados por demais a figura do Magister Dixt (o mestre disse!). E se ele diz é lei. Hoje, o jovem, com acesso a informação e aos multimeios, dominando estes melhor que o professor, gerou um conflito de identidade no magistério. Há dois cavaleiros distintos: professores e educadores. Os primeiros, ainda estão atrelados a uma prática de um estudo dirigido em que ele próprio é o condutor e controlador de tudo, e se tem algum assunto que não domina (como por exemplo a informática e a tecnologia em geral), esse é banido ou rechaçado de forma aberta ou subliminar. Alguns dizem que estão velhos demais para aprender a usar tais ferramentas e que isso não tem serventia para sua prática escolar. Para esse lembro exemplo de espanhola de 92 anos de idade que recentemente teve seu blog eleito como o melhor do mundo. Idade nada tem a ver como vontade de aprender algo novo.
Então, esses profissionais conservadores reclamam que os filhos dominam às tecnologias, e não têm paciência para ensiná-los. É, santo de casa não faz milagres mesmo...
Do outro lado, há o educador, que aprendeu que educar é uma via de duas mãos, em que podemos ensinar e aprender com nossos alunos, a partir da realidade local em que cada um desses jovens está inserido (Aprendemos muitas vezes por que o aluno é problema ao conhecer seus pais). O professor, independente do estágio tecnológico da sociedade, será uma figura essencial para a transformação da informação em conhecimento. Nenhuma máquina fará esse trabalho, pois ainda que a inteligência artificial prospere da ficção cinetífica para o cotidiano, nunca um ser cibernético terá as mesmas emoções e compreensão do mundo contraditório dos humanos. Máquinas trabalham com princípios lógicos, algoritmos e outras equações matemáticas... Como criar uma fórmula para uma máquina entender que o motivo que faz alunos serem problemas na escola não é causado pelo ambiente escolar, e muitas vezes é gerado no próprio seio familiar? Vivemos um tempo de caça às bruxas, e da penalização de culpados. De repente um prosaico boné pode ser acusado, sem direito à defesa (até pelo fato que bonés não podem se defender. Risos), e ser banido de uma escola, pelo simples fato de que alguns professores acham que ele é um desrespeito a sua autoridade. Autoridade se conquista, salvo em tempos de exceção, que vem por decreto. Pela lógica, desrespeito é dizer uma coisa e fazer outra, como por exemplo proibir o cigarro, mas fumar diante dos jovens. Paradoxalmente, a lógica do jovem é muito mais tradicional que a "flexível" lógica dos alunos. Eis uma das contradições e motivo de choque de gerações entre jovens e adultos.
Se ao jovem, às vezes, falta maturidade e vivência para discernir o certo do errado, sendo mais suscetível a discursos panfletários, pirotécnicos, populistas e demagógicos; sobra-lhe a visão lógica, que o faz quebrar recordes em jogos eletrônicos sofisticados, que envolvem raciocínio, velocidade, visão espacial, etc. Por que será que às vezes em sala de aula falta a juventude esse mesmo raciocínio, quando a prática é tradicional? Autoridade e proibições não resolvem problemas de uso da rede lógica de computadores e da lógica da rede de ensino, quando centrada apenas na autoridade pela autoridade, sem a devida argumentação do motivo que um boné, por exemplo, pode ser algo desrespeitoso ao professor...
Quem, como eu, já foi síndico e trabalha na educação percebe nitidamente que as causas da omissão dos pais, de não impor limites nem obrigações aos filhos, vai depois repercutir na escola e na própria sociedade. Já presenciei, tanto em escolas como em condomínios, discussões de pais omissos contra às administrações escolar e condominal, tentando justificar o injustificável (sua ausência e desinteresse); pais que acabam sendo permissivos por conta de sua ausência no período educacional e identitário do aluno, que precede ao ingresso na escola, depois veste capa e espada contra quem acham que está prejudicando seu filho rebelde. Daí por diante, é o mundo que educará o filho que será um aluno comprometido com uma visão particular e não universal. Muitos, sejam jovens ou adultos, só falam em direitos, estatutos, etc, mas esquecem que esses decorrem de deveres... Deveres de estudar e de trabalhar dão direito às férias estudantis e profissionais. Inverter isso é ilógico.
O boné, para atual geração é uma questão de identidade e não reconhecer isso é se encastelar por demais numa torre de marfim, achando que proibir basta para fechar a questão com uma geração que é contestadora, e muitas vezes rebelde sem saber a causa.
A tecnologia também é algo que precisa ser integrada ao cotidiano escolar, sem que seja encarada como um bicho-de-sete-cabeças por parte do professor e gestor escolar. Coisa que seguidamente fico contrariado é quando alguns professores trazem maravilhosas apresentações de slides para apresnetar aos seus pares, ou a pais e alunos, mas não sabem mexer nos bichinhos de sete-cabecinhas, chamados DVD e PC. Aí pergunto aos meus botões: quem afinal fez a tal produção? Muitos professores fazem o tema de casa, ou como muitos pais, alguém faz por eles e seus filhos, para impressionar o respeitável público... Muitos professores se queixam da falta do responsável pelo laboratório de informática educativa (LIE), na escola, que acaba fechado por que ninguém sabe usá-lo com os alunos. Pera aí. Deixa eu tirar o boné! Sou contra essa figura, que deve, quando muito, ater-se a questões técnicas e de manutenção. Quem deve usar o LIE com os alunos é o profesor da própria disciplina. Se não tem conhecimento, procure os NTEs para se capacitar, utilize o potencial que os alunos têm com as tecnologias, e proponha que alguns deles, os líderes da turma, sejam seus monitores, traga os alunos pro seu lado da ponte elevadiça ou atravesse-a... Não tenham medo de computador que não é nenhum dragão. Dragões não existem! E parem de querer etenamente um "Severino" - personagem do programa humorísitco Zorra Total, que faz tudo por todos! -, pois cabe ao professor se incluir ao processo de informática educativa em curso. Além de rever seus valores centrados num tempo que não existe mais.
O poder da educação é o de emancipar as pessoas, torná-las críticas e independentes. O poder na educação, de impor apenas limites e não propor soluções para problemas geradas dentro e fora da escola, é que deve ser debatido, refletido e adequado ao espaço de cada um. Todos temos nossos limites, mas alguns limites impostos são muitas vezes desnecessários, como essa polêmica do uso de bonés e outras proibições que carecem de argumentação lógica para sua implantação.
Um tiro meu boné apenas para as práticas solidárias e integradoras. Àquelas que excluem coisas sem maiores discussões, são práticas antiqüadas que com o tempo não se manterão. Aqui na escola, onde funciona o meu NTE, os professores se reuniram e decidiram que cada professor estipula em sua sala de aula o que pode e não pode ser feito. É um meio termo. Embora, com todo respeito aos professores e colegas de qualquer instituição de ensino pública, lembro que não existe MINHA sala, MINHA escola, MINHA turma, etc.; e sim, NOSSA COMUNIDADE.
Observação: Imagem acima, esxtraída da internet, do endereço
http://amazoniabrazil.com/english/index.php?main_page=index&cPath=26_27

quarta-feira, julho 09, 2008

O "Apólogo dos dois escudos": educação e tecnologia?


Palavra puxa palavra, idéias puxam idéias, áreas do conhecimento diversas têm sempre alguma coisa em comum, além de suas diferenças. Mundos distantes podem ter a sua intersecção. Considero-me de longa data um profissional multifuncional, acumulando às vezes cargos e atividades diversas e simultâneas (pena que o salário nem sempre acompanhe progressivamente tais situações. Risos). Sempre fui muito curioso e interessado em tudo um pouco. Nem sempre com o intuito de utilizar no cotidiano. Entretanto, sempre acabo encontrando um novo olhar sobre um novo horizonte.
Foi o caso de hoje, durante o intervalo para o almoço, enquanto esperava a esposa. Utilizei aquele breve período no shopping para colocar as leituras de minha dissertação de mestrado em Letras em dia, ou quase isso... Lendo o livro Elementos de Análise do Discurso, de José Luiz Fiorin, da USP (que tive o privilégio de assistir um curso seu ano passado sobre enunciado e enunciação, na PUC-RS, em Porto Alegre), deparei-me às p. 17-18, com o texto "Apólogo dos dois escudos", de José Júlio da Silva Ramos. E vejam só, focado para o mestrado, percebi um ótimo texto para motivação de professores sobre as questões envolvendo tecnologia e educação. Após o referido texto, que reproduzirei abaixo, comentarei e refletirei sobre o que ele me despertou.

Apólogo dos dois escudos

Conhecem o apólogo do escudo de ouro e de prata?
Eu lhe conto.
No tempo da cavalaria andante, dois cavaleiros armados de ponto em branco (= com cuidado, com esmero, completamente), tendo vindo de partes opostas, encontram-se numa encruzilhada em cujo vértice se via erecta uma estátua da Vitória, a qual empunhava numa das mãos uma lança, enquanto a outra segurava um escudo. Como tivessem estacado, cada um de seu lado, exclamaram ao mesmo tempo:
- Que rico escudo de ouro!
- Que rico escudo de prata!
- Como de prata? Não vê que é de ouro?
- Como de ouro? Não vê que é de prata?
- O cavaleiro cego.
- O cavaleiro é que não tem olhos.
Palavra puxa palavra, ei-los que arremetem um contra o outro, em cmbate singular, até caírem gravemente feridos.
Nisto passa um dervis, que depois de os pensar com toda a caridade, inquire deles o motivo da contenda.
- É que o cavaleiro afirma que aquele escudo é de ouro.
- É que o cavaleiro afirma que aquele escudo é de prata.
- Pois, meus irmãos, observou o darês, ambos tendes razão e nenhum a tendes. Todo esse sangue se teria poupado, se cada um de vós tivesse dado ao incômodo de passar um momento ao lado oposto. De ora em diante nunca mais entreis em pendência sem haverdes considerado todas as faces da questão!


Transpondo a análise literária para o ambiente da tecnologia educacional e da própria educação, podemos dizer que os dois cavaleiros dos escudos de ouro e de prata servem de metáfora a professores e alunos, cada qual com seu "escudo" e espada, vindos de reinos distantes um do outro.
Alunos que usam a tecnologia no seu dia-a-dia como extensão do próprio corpo, acostumados com jogos ultrasofisticados, de capa e espada ou não, reclamam de seus professores e sua didática. Professores, ainda com a capa e a espada do Magister Dixt (o mestre disse!), escudados em práticas tradicionalíssima, desde a Távola Redonda, ressentem-se de alunos que só querem usar mp3, celular, ipod, etc. na escola e até mesmo em sala de aula.
Para certos professores alunos são bárbaros, pelos usos e costumes; para certos alunos alguns professores são povos invasores de seu habitat.
Falta na vida real o tal daroês, que concilie os dois mundos, e que faz ver aos dois cavaleiros que ambos podem estar certos e errados, dependendo do ponto de vista. E que ao invés de partirem para o confronto, podem apenas dar uma volta cada um no mundo do outro, e assim perceber que um cavaleiro tinha o escudo por fora de ouro e por dentro de prata, e o outro, ao contrário. E que, portanto, vendo apenas o exterior e não a parte interior do escudo, ambos pensam mal um do outro.
Para isso, nós, especialistas em tecnologia educacional, multiplicadores de informática educativa, formadores de cursos de capacitação de professores com o uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) no ambiente escolar, devemos agir de forma conciliadora, reflexiva, provocativa, fazendo ver tanto a professores como alunos o mundo de cada um. O jovem que concebe a tecnologia apenas como diversão, não tem o conhecimento das possibilidades educacionais da mesma; o professor, que pensa na prática educacional sem os recursos tecnológicos também precisa se integrar ao mundo de seus alunos, dominado por esses meios eletroeletrônicos. Baixar os escudos de ambos e cada qual transitar no mundo do outro, sem espada em punho, é um desafio mais complexo do que passar de fases num jogo em tempo real como Age of Empires, que simula batalhas históricas, em que o jogador vai usando de estratégias para sobreviver ao jogo. Será que o professor não precisa também de estratégias para motivar seu aluno? Será que ele não precisa dessas também para se automotivar continuamente? Será que professores e alunos são cavaleiros e adversários, um do outro? Será que não é mais fácil o cavaleiro arranjar um escudeiro para lhe auxiliar no desenvolvimento de projetos de ensino e pesquisa com a própria turma? Houve um tempo em que a espada era a lei. Mas os tempos mudaram e precisamos saber ver o outro lado da margem em que estamos com os pés fincados ao solo. Curiosamente, penso que a forma da Távola Redonda, do Rei Arthur, cuja a mesa não tinha cantos justamente para mostrar que perante Deus não existiam melhores nem piores, mas sim uma igualdade e fraternidade, é a melhor forma de dispor de cadeiras e mesas numa sala de aula, em que todos se enxergam, olho no olho, e que não precisam estar enfileirados na frente de um "sargentão". Como esse pequeno e interessantíssimo texto, pude realizar duas atividades distintas, que tiveram nesse breve momento sua intersecção, que são literatura e educação. Todo texto deve produzir um sentido, não apenas para o seu autor, mas principalmente para o leitor. No meu caso, o texto de José Júlio da Silva Ramos promoveu um duplo sentido. Que minha postagem possa também servir de motivação a outros educadores que vivenciam essa prática de dois escudos em seu cotidiano. Educação não é um jogo, mas em tempo real deve ser vivenciado, para a resolução de problemas e para a passagem de novas fases. Ai que está o papel do professor, articulador dos saberes: mostrar aos alunos que o conhecimento deve ser gradual, e que não devemos na vida real tentar copiar o password (senha, atalho pra outra fase), sem vivenciar por experimentação e erro ao que só o tempo real pode nos legar. Quando descobrimos com outros o cobiçado "segredo" de mudar de fase sem estudar, a vida mais adiante nos cobrará o conhecimento que saltamos e não aprendemos nem apreendemos conosco. Descobriremos que o segredo não é de ouro nem prata, mas de lata e que logo perde o valor... O verdadeiro segredo é querer aprender de forma compartilhada...
Observação: Imagem acima, relativa ao acima citado jogo Age of Empires, extraida da internet, do endereço
http://www.gameogre.com/reviewdirectory/reviews/
Age_of_Empires_2.php

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segunda-feira, julho 07, 2008

Somos todos passageiros...


Somos todos passageiros, menos o motorista e o cobrador, diz uma velha piada. Somos todos passageiros da Nave Mãe, diz um poeta. Para alguns, a vida é apenas uma passagem sem volta, para outros, estamos sempre voltando...
Hoje, neste 7 de julho, em que completo mais um aniversário, não sei se digo que estou 4 x 4, que nem um veículo com tração nas quatro rodas, diante dos cada vez maiores desafios dessa imensa estrada, ou se estou 4.4, que nem um processador de informações navegando na infovia digital. Sou um pouco de ambos.
Já dizia outro poeta que não importa o caminho, o que interessa é saber aproveitar a viagem. Para comemorar mais um ano de existência e de trabalho, postei acima um vídeo extraído do YouTube, com uma criativa apresentação de slides, tendo como fundo a belíssima e sempre atualíssima canção de Caetano Veloso, Terra.
Link para o vídeo:
Terra, de Caetano Veloso
Aproveito também, já que falei de Terra, para colocar o link para outra bela canção:
Planeta Água, de Guilherme Arantes.

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domingo, julho 06, 2008

Vida, Cinema e Educação



Essa semana perdi uma amiga e colega, a profª. Glória Pereira, diretora da E.M. Sant'Ana, de Rio Grande - RS - Brasil, e hoje completa-se o 7º dia de sua partida. Apesar de não termos muita convivência e não sermos tão íntimos, a amizade e o coleguismo não são avaliados por tempo e espaço, ainda mais em tempos digitais em que as barreiras de tempo e espaço são rompidas a todo instante. Glória não era uma amiga digital. Nunca falei com ela via MSN, orkut, sequer e-mail. A convivência era colateral por conta de sua amizade com minha esposa Elisabete, também professora, que foi sua colega na escola Sant'Ana.
Mas Glória era uma pessoa especial, como pude perceber nas poucas e boas viagens com alunos ao Museu de Ciências e Tecnologia da PUC-RS, em Porto Alegre - RS - Brasil, que tive o privilégio de acompanhar, junto com minha esposa; além de jantares, festas escolares, seminários e outras atividades educacionais. Glória é e foi uma daquelas pessoas que marcam presença e lideram um grupo pela sua personalidade forte, suas palavras e ações.
Infelizmente não pude ir à sua despedida, por conta de compromissos profissionais, nem minha esposa, acometida de mal-estar súbito. Mas há pessoas que permanecem na gente, ainda que distantes no tempo e no espaço. Glória é uma dessas...
Ser professor é professar a fé em algo (ensino, escola, num mundo melhor) e em alguém (no aluno, no colega...). E por conta dessa perda para a educação aqui da cidade, lembrei casualmente do filme Sociedade dos Poetas Mortos, e daquela cena antológica quando o professor interpretado por Robin Williams é demitido da escola conservadora e teórica por conta de sua prática inovadora, e vem se despedir da sua turma (vídeo acima, capturado do YouTube, com link abaixo deste post). Quando se perde alguém, passa um "filme" em nossa cabeça. Quem assistiu ao premiado filme de Peter Weir não esquecerá jamais da cena final. Um filme para ser visto por pais e filhos, professores e alunos, num turno, em que dois ou mais professores juntem suas turmas e horários para que seja visto na íntegra e depois debatido alguns aspectos que dizem respeito a todos.
O filme começa com a chegada do novo professor, ex-aluno da instituição, e em uma das cenas inesquecíveis, ele pede aos alunos de sua turma de Literatura que rasguem uma das páginas do livro didático adotado como Bíblia pela escola tradicional, numa alusão às práticas que não mudam, se repetem mesmo que ineficazes, pois assim diz a regra que deve ser e que não se deve "nunca" questionar. Depois tem a cena do Carpem Diem, aproveitem o dia (que também pode ser baixada do YouTube), em que o professor mostra retratos antigos, amarelados de ex-alunos brilhantes da instituição que não aproveitaram os dias, e acabaram morrendo sem pôr em prática seus sonhos. Mais adiante, se reúne com os alunos que mais se identificam com seu método no local batizado de Sociedade dos Poetas Mortos, onde liam obras de poetas e escritores já mortos, daí a explicação para o título do filme. Um dos jovens quer ser poeta e ator, mas a opressão familiar, principalmente do pai, o impede de seguir seu ideal, devendo ser advogado para seguir a "tradição" familiar, o que acaba de forma trágica.
Mas a cena final é avassaladora (revejam-na, no vídeo acima), quando o professor é demitido por conta de sua "prática inusitada" e vem pegar seus pertences, e encontra na sala um professor por demais pragmático, repetindo a velha lição desbotada, indignado pela falta de uma página do tal livro... Quando um dos alunos sobe à mesa e grita Ó Captain, My Captain (versos do poeta Walt Whitman), outros repetem o gesto, que tinha sido feito no início do filme pelo próprio professor. Pode-se perceber a turma dividida entre os que sobem nas classes e os que ficam de cabeça baixa com medo do outro professor e suas ameaças.
Que lições trazem esse filme? Primeiro que nem tudo que seja fictício é mera coincidência com a realidade. Que tanto os poetas como os professores mortos, que souberam aproveitar à vida (Carpem diem), deixam aos seus alunos um legado imortal, que passará de geração a geração. Paulo Freire ou Carlos Drummond não estão mais entre nós, no espaço, mas no tempo estão e estarão sempre atuais e referenciais, cada qual em sua área. Que o aluno que é modelo para a escola conservadora nem sempre está melhor empregado e realizado. O que parece um paradoxo, e o que é espirituoso e provocador (considerado por uns como indisciplinado ou aluno-problema), pode ter naquele tipo de ensino pragmático e tradicional também o seu próprio problema, por não se adaptar àquela estrutura monolítica. Educar, hoje mais do que nunca, pressupõem mediar o conhecimento, articular os saberes, entre o formal, aprendido pelo professor nas instituições de ensino, com o popular, trazido de casa pelo aluno. Qual é afinal o problema da escola atual? O aluno, o professor, o ensino, o livro didático? Nenhuma das respostas ou todas as alternativas? Embora essa pergunta tenha múltiplas respostas, não é uma pergunta de escolha múltipla, em que basta marcar um X e está resolvida a questão, muito pelo contrário. É uma questão em aberto que requer a análise de diversos fatores sob os mais diferenciados enfoques. E que um post despretensioso não poderá responder.
Comparando a educação atual com a mostrada no filme Dead Poets Society, que retrata uma instituição tradicional dos EUA, nos anos 1950, podemos dizer que ainda há uma estrutura similar em boa parte das escolas públicas brasileiras, mesmo passados mais de meio século. Não é uma crítica mas uma constatação. O professor que tenta inovar é recebido com receio tanto por alunos, professores que são colegas, equipe diretiva e principalmente os pais, que carregam em seu imaginário a idealização do professor tal qual a de um sacerdote, com a aura de um modelo que não pode mudar sua postura nem o conteúdo que vem de cima para baixo. Professores que "rasgam" páginas da cartilha, e chamam seus alunos para aproveitar à vida, a partir de experiências comuns a todos, mas com forte amparo teórico e prático (construtivista ou não), são tidos como "malucos-beleza" até pelos colegas, que os rotulam como quem só quer passear fora de aula e deixar os alunos se moverem, uns ensinando os outros. Imaginem que bagunça pode parecer para quem não concorda com esse tipo de filosofia educacional.
Será que educar restringe-se apenas a dia, hora e local pré-determinados? Que educar fora da sala de aula não é educar? Se for assim, realmente está aí o grande problema e a resposta para a crise da sociedade, que delega à escola sua tarefa também de primeiro educador de uma criança, e que alguns professores acreditam que são educadores apenas enquanto estão na sua sala de aula, e tocando a sineta, o sino, a sirene, etc., já cumpriram com seu dever e ponto final. A vida é uma eterna retiscência, quando não uma imóvel interrogação que nos acompanha por toda vida. Temo por aqueles que julgam ter achado todas as respotas, inclusive para as perguntas que ainda nem foram formuladas! Esses phD em tudo são os que menos sabem da vida real. São teóricos do não-viver. Como brinco com meus amigos, a única certeza que tenho comigo é a de que dúvidas sempre terei! E que estou sempre aprendendo com meus alunos, sejam eles alunos mesmo ou professores cursistas. E os cursos de Linux Educacional estão aí pra que eu aprenda com eles, mediando o conhecimento...
Com base nisso, vejo aquela cena final de um jeito diferente do que meu colega conservador. Vejo um professor que rompe com modelos mas não com a forma de educar o homem pelo homem, a partir de suas vivências, sonhos e desilusões. Aquele professor já foi um aluno naquela instituição e sentiu na pele o que deveria ser mudado e quis mudar. Mas o sistema não muda de uma vez só, e nem a partir de apenas uma pessoa. A história de humanidade é feita de mártires, que foram os precursores, e que só foram reconhecidos em seu mérito após a morte.
Então, quando no filme simbolicamente o primeiro aluno sobe na mesa e é seguido lentamente por mais alguns, enquanto os demais ficam de cabeça baixa com medo do professor repressor estamos replicando o mundo educacional em que para tudo há os que acompanham e os que permanecem estáticos, sejam alunos ou professores, pais ou alunos. Vejo que aqueles que "sobem na mesa", não no sentido de serem indisciplinados mas solidários ao método de ensino que aprovaram estão mais propensos ao sucesso, ainda que a escola tradicional reprove ética, moral e educacionalmente sua postura. E que os que são alunos modelos para um ensino conservador e ultrapassado, estão fadados a pagar o preço desse conformismo, lá fora.
Porém, para o professor tradicional, que vê apenas a superfície dos problemas de seus alunos, o que eles exteriorizam, subir na mesa é pura provocação e indisciplina que devem ser punidas com suspensão ou expulsão. E que acreditam que outros professores como o retratado por Robin Williams não querem dar aula e só brincar com os alunos.
Contudo, uma coisa é certa. Ao assitir ao filme, progressistas e conservadores se emocionam, tal qual as donas de casa diante do enredo de uma tele-novela, torcendo pelo "mocinho" e odiando a "megera", mesmo que na vida real cada um de nós, por nossos atos sejam para alguém tanto o "mocinho" como a "megera" da história real. Precisamos muito aprender a educar a nós mesmos primeiro, antes de nos aventurarmos a querer ensinar e dar lição de moral a quem quer que seja, tanto na ficção como na realidade, eis lição que o filme e a vida me ensinaram e que tento reproduzir em meus atos como cidadão e educador. Assistam, nos links abaixo, dois vídeos que tratam de educação (um cinema e outra música) e façam, suas próprias conclusões.

Dead Poets Society, de Peter Weir

Another Brick in The Wall, de Pink Floyd