sexta-feira, março 23, 2007

A construção do conhecimento III: entre o construtivismo e o concretismo


Dizem que a vida começa aos 40. Mais do que frase feita, no meu caso específico, é a mais pura realidade, nada virtual, como gosto de frisar... Em 2004, exatamente alguns meses antes de completar 40 invernos (sou de 7/7,1964, que somando 7+7+1+9+6+4= 34, que somado 3+4 dá 7, mais do que numerologia, é um fato que me acompanha há um bom tempo...), lancei justamente meu primeiro livro, chamado Realidade Virtual... Dali, fui, menos de um ano depois, pai, pela primeira vez. Já havia sido padrasto, de uma primeira união. E claro, publicando um livro, tendo um filho, tive que plantar uma árvore, no quintal da casa de meus pais, pra seguir a risca aquela máxima... Dali em diante, retomei os estudos. Em 2006, conclui uma especialização em História do Rio Grande do Sul: sociedade, política e cultura, e iniciei, por conta do trabalho no nçucleo de tecnologia educacional, essa especialização em tecnologia educacional, em curso até julho, e sendo aprovado para um mestrado em História da Literatura, FURG, 2007/2008. História e Literatura, Educação e Tecnologia, aliadas a Arte e Cultura, são as seis áreas do conhecimento que me completam como profissional, cidadão e acima de tudo, ser humano... Uso e abuso da inter e multidisciplinaridade em minhas atividades, buscando conexões entre todas. Uma acaba sendo a terapia doutra... Um projeto de vida, com vários projetos de trabalho e pesquisa...
Claro, que conciliando trabalho (40h semanais) e estudo (20h) mais as madrugadas, fins de semana e feriados, não há como de vez em quando não confundir as coisas, por exemplo: Pensar em construtivismo (educação) e falar concretismo (literatura)... São palavras parecidas, que remetem a construção do conhecimento pedagógico e do experimentalismo literário...
Tudo isso deveu-se ao fato de ontem, pela manhã, ao terminar a atividade do Projeto de Aprendizagem com alunos da 2ª série DM (deficiência mental) que tiveram um rendimento acima do esperado, atividade da pós em tecnologia educacional, em que uso o construtivismo, já pensar nas atividades que teria mais adiante no mestrado, sendo o concretismo (ou a Poesia Concreta, como também é chamado) como um dos objetos lidos... No fim, o que reforçou mais a confusão foi a visão da construção em frente à EEEF Barão de Cêrro Largo, onde funciona o NTE Rio Grande/18ªCRE, da nova e bela sede da Justiça Federal, em Rio Grande (fotos acima). Uma construção que terá 6 andares, segundo consta, que terá em seu último andar um restaurante panorâmico para a Lagoa dos Patos, com o encerramento da obra previsto para o final de 2008, se não me falha a memória... Educação e Justiça, duas coisas que faltam nesse país continente... Educação necessitando de infra-estrutura e investimentos nas escolas públicas, justiça social sendo um clamor da população, desde seu Descobrimento. Quem dera a educação, que apesar de tudo, carece de recursos financeiros, tivesse os mesmo recursos e obras que a Justiça possui. Mesmo assim, o professor é um construtor do conhecimento, alicerce do desenvolvimento de qualquer nação... A luta por um piso nacional que valorize o educador, seja professor ou trabalhador na educação, deve ser a luta não apenas do profissional, mas te toda a comunidade escolar, e diria mais: de todos aqueles que alegando que a Educação é fundamental para a resolução dos graves problemas sociais, referindo-se mais ao ensino formal, que a educação familiar... Depositando na escola todos os sonhos, anseios e obrigações que são de todos... Mais que uma provocação, essa postagenm é um convite à reflexão, ao debate e a construção do conhecimento, desde a sua base, até seu mais elevado patamar....