quarta-feira, agosto 22, 2007

Galileu tinha razão!

Galileu Galilei (1564-1642), físico, matemático e astrônomo, proferiu uma frase que continua atualíssima, apesar da prática conservadora de alguns homo tecnologicus (se é que existe esse termo, pura licença poética minha): "Não se pode ensinar coisa alguma a alguém, pode-se apenas auxiliá-lo a descobrir por si mesmo". Trabalhando com tecnologia, capacitando professores da rede pública estadual (RS), cada vez mais chego a conclusão que a frase, atribuída a Galileu, é a mais cristalina verdade. Não se ensina nada a ninguém, apenas se media a informação que pode se tornar conhecimento que vira aprendizagem compartilhada. Ainda mais num universo virtual que em pouco menos de dez anos deixou obsoletos, ultrapassados, antiqüados; quase "jurássicos", para uns ou em peças de museu, para outros, equipamentos como: retroprojetor, máquina datilográfica, mimeógrafo, toca-discos, fita cassete, fita VHS, entre outras, que a nova geração nem desconfia que existiu ou se vê não sabe pra que serviu...
Lembram daquele fato que contei, da menina que visitando a coleguinha viu uma máquina datilográfica? Surpresa por desconhecer aquele objeto, disse: "Nossa, um teclado com impressora!" Pois então, mostrar um toca-discos para um jovem adolescente é "pagar mico", como diz a gíria da gurizada.
Então, já que não se pode de fato ensinar nada a ninguém, deve-se tentar sempre aprender com os outros, trocando experiências e socializando informações que gerem conhecimento e aprendizagem mútuas. Eu aprendo (e rejuvenesço) muito entre os jovens e troco com eles experiências de "vidas passadas" das várias atividades profissionais e culturais que já tive, sem precisar fazer nenhuma "regressão hipnótica". Assim faço, e assim consigo superar desafios, tanto no que diz respeito à tecnologia como à educação; além da própria vida que é uma grande e eterna aprendizagem...
Observação: Imagem acima, de Galileu Galilei, extraída de www.ggalilei.kit.net/fotos.htm.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Isso aí, José. Muito boa esta referência ao passado. O que faz repensar sobre a utilidade dos instrumentos de ensino, puramente circunstancial. Numa das facetas de meu trabalho como educadora, em Oficinas Culturais (parceria com a Secretaria do Estado da Cultura-SP), levo desenhos e imagens da cultura e da arte para grupos de jovens com deficiência intelectual. Descobri que o tão difamado mimeógrafo é muito útil para estas reproduções, que serão as imagens-estímulo usadas na intervenção gráfica e no desenvolvento expressivo. E pelo custo reduzido, além da simplicidade de uso, cumpre muito bem o papel mecânico de multiplicar imagens. Daí afirmo que o uso criativo de alguns instrumentos pode ser excelente meio de ação. Da tecnologia mais avançada à folha mimeografada, o que importa é o conteúdo, e como ele sensibiliza o educando. Não acha ?

20:26  
Blogger yanmaneee said...

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