quarta-feira, outubro 31, 2007

Hoje é o Dia das Bruxas


Hoje, Dias da Bruxas, o Halloween norte-americano, resolvi postar essa imagem que recebi de uma prima, via orkut. Apenas uma brincadeira. Afinal, de vez em quando precisamos descontrair para não levar a vida de forma tão sisuda como uma bruxa.

Curso de Formação em História e Cultura Afro-brasileira e Africana


Recebi do DLANEC (Departamento de Letras e Artes e Núcleo de Estudos Canadenses) da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG), de Rio Grande - RS - Brasil, a informação (foto) acima que é interessante repassar aos interessados na temática da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Trata-se de um curso a distância, gratuito e com certificado de extensão, por iniciativa do Ministério da Educação em parceria com a Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional que visa incentivar a formação continuada dos profissionais da Educação Básica das redes públicas estaduais e municipais.
Maiores informações no site:
Ensino Afro Brasil

Surdos em evidência 2


Ontem pela manhã, durante a atividade com alunos surdos, dentro do projeto de informática na educação especial, que coordeno no NTE Rio Grande/18ªCRE, tivemos a visita e participação de Diogo Madeira, estudante de jornalismo, que é surdo, e é editor do blog do Diogo Madeira, e de Cristiane, facilitadora da Libras - Linguagem Brasileira de Sinais (foto acima). Além de Miriam Barreto, fazendo curso de intérprete de Libras, em Pelotas - RS - Brasil (autora desta foto).
Tenho dado suporte a profª. Daina Soares, educadora de surdos da EEEF Barão de Cêrro Largo, em Rio Grande-RS, na construção do blog Surdo em Evidência, e lá consta também notícia sobre Cássia Lobato Marins, estudante de pedagogia, que estagiou na turma de surdos e participa do projeto de informática na educação especial. São mostras de que, se for dado chance ao portador de necessidades educativas especiais (seja surdo, cego, ou outra limitação física), a inclusão pode dar certo. O PNEEs é uma pessoa como qualquer outra, não melhor nem pior, apenas um ser humano com uma limitação, que não impede o ensino e a aprendizagem. Tenho aprendido muito com este projeto, tanto com os professores parceiros como com os alunos e apoiadores e voluntários. Mais adiante coloco alguns fotos da atividade com o Klik and Play, software para construção de jogos educacionais que pretendo desenvolver oficina tanto com alunos como profesores para 2008. Ontem pela manhã os alunos aprenderam a jogar. Nos próximos encontros, com as demais turmas do projeto (11 ao todo), estaremos, dentro das limitações e possibilidades de cada turma, utilizando também a possibilidade de alteração e criação de jogos com conteúdos e competências de cada área.

terça-feira, outubro 30, 2007

Semana cheia de atividades

Esta semana, continuo com minhas diversificadas atividades, ou seja, a rotina de um educador "multifuncional". Risos. Ontem iniciei uma oficina de jogos educacionais com alunos do projeto de informática na educação especial, da EEEF Barão de Cêrro Largo, turma de altas habilidades/superdotação, que tem como responsável e parceira a profª Isabel Veleda, mostrando o software Klik and Play, para futuro desenvolvimento de jogos educacionais. Aprendi a usar esse software na oficina de jogos educacionais da pós em tecnologia educacional (UFRGS-2006/2007). Pretendo com esta turma, além de jogar, alterar jogos e criar novos, utilizando conteúdos e competências de diversas áreas, além de preparar os interessados para serem alunos-monitores em oficinas com as outras turmas da educação especial e ensino regular para o ano letivo 2008. Breve colocarei um slide.show dessa atividade.
Também teve início esta semana o Ciclo Intermediário do Curso de Mídias na Educação (UnB-2007). Enfim, várias atividades que vão se complementando. E que irei comentando, conforme for desenvolvendo-as. Até mais.

segunda-feira, outubro 29, 2007

Sobre o mundo e os livros


Domingo encerrou a XVI Feira do Livro de São José do Norte, que me proporcionou uma grande experiência de vida, como patrono e escritor, mas acima de tudo, como cidadão. Mais uma vez agradeço a gentileza da escolha de meu nome, e o apoio da comissão organizadora do evento, sem falar do público presente aos 7 dias da Semana do Município. O Encontro de Corais, a apresnetação da Orquestra de Câmara da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), de Canoas. Enfim, manifestações da cultura erudita com a popular, convivendo harmoniosamente. Pude reencontrar diversos amigos de infância. A maioria não me reconheceu de início, visto que saí de São José do Norte há quase 25 anos (completam nesse 18/11). De lá pra cá, a cidade e o mundo mudaram e eu, cidadão do mundo, também mudei. Mudei por dentro e por fora, mas ainda continuo em essência o mesmo: adorando ler e escrever.
Posteriormente, conversando com a amiga e futura bibliotecária Aline, a respeito de livros e da citação que fiz em meu discurso de abertura, ficamos em dúvida quanto a sua autoria. Eu tinha conhecimento que "Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros mudam as pessoas" era de autoria de Caio Graco (154-121 a.C.), político romano do séc. II a.C. Aline me contou que tinha a mesma frase em uma camiseta, atribuída a Mário Quintana (1906-1994), poeta gaúcho. Combinamos cada qual fazer sua pesquisa e contar ao outro. Antecipo que através de busca pela internet permanece em parte a dúvida, apesar da maioria das referências citarem Quintana ao invés de Caio Graco. Independente de seu autor, é uma bela frase que quem souber nos dizer de qual obra de Quintana consta, agradeceria muito, pois li boa parte de sua rica produção e não conhecia essa frase como sendo sua.
Abaixo, mais algumas frases sobre livros e mundo, que merecem destaque, extraídas de minhas variadas leituras de mundo:
"O mundo é um belo livro, mas com pouca utilidade para quem não sabe ler."( Carlo Goldoni )
"O mundo está se movendo tão rápido atualmente, que o homem que diz que algo não pode ser feito é geralmente interrompido por alguém já fazendo."( Harry Emerson Fosdick )
"A vida pode mudar a arquitetura. No dia em que o mundo for mais justo, ela será mais simples."( Oscar Niemeyer )
"Nós mudamos incessantemente. Mas se pode afirmar também que cada releitura de um livro e cada lembrança dessa releitura renovam o texto."( Jorge Luis Borges )
"Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro."( Henry David Thoreau )
"A maior parte do tempo de um escritor é passado na leitura, para depois escrever; uma pessoa revira metade de uma biblioteca para fazer um só livro."( Samuel Johnson )
"A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde."( André Maurois )
E a mais interessante, trata-se de um provérbio sem autoria identificada que diz assim: "Um livro fechado é apenas um bloco de papel". Então, incentivemos a leitura de livros e de mundo em quem nos rodeia.
Fonte: Webfrases
Observação: Imagem acima, extraída da internet do endereço blog.uncovering.org

domingo, outubro 28, 2007

Blog Surdo em evidência

Entrou no ar neste mês o blog SURDO EM EVIDÊNCIA , que tem como editora a educadora de surdos Daina Pfarrius Soares, e como colaboradoras as professoras da área da surdez da EEEF. Barão de Cêrro Largo, em Rio Grande, parcerias do Projeto de Informática na Educação Especial, uma iniciativa entre o NTE Rio Grande/18ªCRE e a referida escola, e que está na sua 3ª edição e que me tem como coordenador. Além da área da surdez, o projeto inclui alunos e professores da área de altas habilidades/superdotação; deficiência visual e deficiência mental e classes inclusivas. São cerca de 80 alunos em 11 turmas. Ajudei Daina na criação e configuração inicial do blog Surdo em evidência, e pretendo dar o mesmo suporte às outras turmas do projeto. Em 2008, ofereceremos oficinais de contrução de blogs às escolas públicas estaduais sob jurisdição da 18ª CRE.

Último dia da XVI Feira do Livro de São José do Norte


Hoje, 28/10, dia do funcionário público, encerra-se a XVI edição da Feira do Livro de São José do Norte, e a primeira a term um patrono, que coube a mim este privilégio. Durante sete dias, a Semana de Aniversário do Município, que completou 176 anos de emancipação política, movimentou a cidade e região, através da Feira do Livro, do Seminário da Associação Pró-Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Aphac-Norte), além de expositores, palestrantes, escritores, poetas, editoras, livrarias, corais, etc.
Ontem a escritora Elma Sant'Ana lançou o livro "Garibaldi em São José do Norte: a luta pelo porto", e coube a mim, como patrono, fazer sua apresentação. Posteriormente recepcionei o Grupo de Poetas Livres Girassol, com integrantes de Rio Grande, São José do Norte e região, que proporcionaram aos presentes a Casa das Lendas, um sarau poético. Por fim, no interior da Igreja Matriz São José, teve o V Encontro de Corais - Encontracanto, que arrancou caloroso aplausos da platéia.
Hoje, entre as diversas atividades de encerramento da Semana do Município e da própria Feira do Livro, ocorrerá às 15h apresentação de Invernada; às 17h30, na Igreja Matriz; apresentação da Orquestra de Câmara da Ulbra, às 19h clip de encerramento da Semana do município; 20h lançamento do CD da banda Nitrovoid e, por fim, às 21h show musical, no palco de shows.
Observação: Foto acima de minha autoria.

sábado, outubro 27, 2007

Inclusão digital nas cidades brasileiras

Notícia extraída do portal Yahoo! Brasil, trata da questão da inclusão digital nas cidades brasileiras, que retrata a questão do desiquílibro entre Norte e Sul, que persiste em outras áreas, não apenas da ciência e da tecnologia, mas da educação, saúde, etc. Mas sempre é bom lembrar que grande parte dos recursos arrecadados em impostos neste país-continente vão para a vala comum de empreendimentos nebulosos e sem a devida transparência, e que pouco mais de a décima parte deste montande de fato é utilizada com algum caráter social e inclusivo.
Apesar disso, vale a pena ler a matéria (link abaixo) para ver como a inclusão digital está mudando o perfil de alguns locais.
Mais de 50% das cidades do país atendem via web

Encerramento XVI Feira do Livro São José do Norte

Ocorrerá nesse final de semana o encerramento da XVI Edição da Feira do Livro de São José do Norte, com a participação de escritores, expositores, e atividades culturais. Dentre elas, o lançamento do livro "Garibaldi em São José do Norte, a luta pelo Porto", da escritora Elma Sant'Ana, às 17 horas. Às 19 horas, na Casa das Lendas, haverá recital poético com o Grupo de Poetas Livres Girassol de Rio Grande, que conta em seu elenco com poetas rio-grandinos, nortenses e de outras regiões.
Vejam a programação completa para o sábado e domingo, clicando no link abaixo:
Encerramento da XVI Feira do Livro de São José do Norte

sexta-feira, outubro 26, 2007

Programação Semana de São José do Norte

Ontem, na XI Feira do Livro de São José do Norte, tiveram diversas atrações oferecidas ao público presente, dentre elas a Mateada da Rádio Oceano FM. Acompanhei o cartunista e escritor Wagner Passos pela Feira, levando-o a conhecer a mostra da artesanato da cidade, no Salão Paroquial da Igreja Matriz, onde têm diversos expositores. Naquele local há uma Santa Ceia em tamanho original, pintada em 1978 por meu pai, o Zeméco. Apresentei-o a Maicon Bravo, presidente da Aphac. Levei Wagner a Casa das Lendas, onde são contadas histórias do imaginário local, como lobisomem, a bruxa, a mulher de branco, etc. O ecsritor rio-grandino se interessou em desenhar algo a respeito, no formato HQ. Depois acompanhei-o ao Museu Histórico, onde diretor do Museu e presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São José do Norte, Fernando Costamilan nos acompanhou, esclarecendo sobre o rico acervo. O Seminário da Aphac encerra-se hoje, mas a Feira do Livro continua até domingo, quando ocorrerá o encerramento oficial. Vejam nos links abaixo a programação de hoje.
Encerramento IX Seminário da Aphac-Norte
Semana do Município

quinta-feira, outubro 25, 2007

176 anos de emancipação de São José do Norte


Hoje, 25/10, comemoram-se os 176 anos de emancipação política do município de São José do Norte - RS - Brasil, cidade onde vivi minha infância e adolescência, terra de meus pais, local rico em história, arte e cultura. A Semana do Município, de 22 a 28/10, está movimentando a região. Eis abaixo, algumas notícias extraída do Jornal Agora (www.jornalagora.com.br) sobre os eventos já realizados e a serem realizados hoje e durante a semana.
Aberta oficialmente a 16ª Feira do Livro
São José do Norte: 176 anos de emancipação política
Observação: Acima um slide show feito por mim, com quadros de meu pai, o artista plástico José Américo Roig (o Zeméco), que retratam alguns casarios, paisagens e acima de tudo os aspectos históricos da região. Como disse em meu discurso, como patrono da XVI Feira do Livro, o que distingue eu de meu pai é o uso da tinta: eu no papel (sendo escritor) e ele sobre tela (pintando), e acima de tudo o sentido que damos as nossas leituras e escritas de mundo. Meu pai foi homenageado pela sua vida e obra dedicadas a São José do Norte, e emocionado contagiou a todos, inclusive a mim, que em minha fala salientei a importância do livro, da literatura e da necessidade de darmos sentido e significado às nossas atividades individuais que são o reflexo de nossa vida em comunidade. Lembrei como disse Leon Tolstói: "Queres ser universal, canta a tua aldeia". Falei também a frase atribuída a Caio Gracco, que diz: "Um livro não muda o mundo, muda pessoas. As pessoas é que podem mudar o mundo". Muitos livros mudaram a minha vida, e meus escritos tentam mudar primeiro o meu mundo, e a partir dele, repercutir em minha aldeia. Eis o papel social da literatura, da história, da arte e da cultura numa sociedade. Não mudar o mundo, mas as pessoas; a partir de suas aldeias, valorizando a arte e cultura popular.

quarta-feira, outubro 24, 2007

Wagner Passos e O Menino do Mar

Recebi por e-mail, do amigo Wagner Passos o seguinte convite que reproduzo abaixo. Na correria entre o trabalho e o evento, não consegui postar hoje comentário sobre a abertura da Feira do Livro, ocorriada ontem. Assim que der comento. Passei aqui só para divulgar o lançamento do livro de um talentoso amigo.

Wagner Passos autografa "O Menino do Mar" em São José do Norte
Amanhã dia 25/10 (quinta-feira) a partir das 17 horas o cartunista rio-grandino Wagner Passos estará autografando seu livro infantil "O Menino do Mar" na 16ª Feira do Livro de São José do Norte, no estande da Livraria Acadêmica.
Quem adquirir o livro ganha de brinde uma caricatura produzida pelo autor.
Wagner Passos é editor da Revista Idéia, juntamente com Alisson Affonso e Ivonei D´Peraça, e produziu desta vez um trabalho pensando nos pequenos leitores e na forma de perceberem o mundo em sua volta. O livro valoriza a exuberante natureza, pensando na preservação e na conscientização de mantermos viva as belezas da região. É assim a história deste livro, um menino que cresce a beira do mar e descobre brincando as belezas de um lugar mágico e desconhecido.
A 16° Feira do Livro de São José do Norte tem como patrono José Antônio Klaes Roig, escritor nortense e filho do artista plastico Zemeco.
"O Menino do Mar" tem apoio cultural do TECON Rio Grande, Posto do Joaquim, SCA e Revista Idéia. Apoio de Produção: M3 e Cria Publicidade.
Contato: 53-91254462 Assessoria
www.vagaodohumor.com

terça-feira, outubro 23, 2007

Abertura da XVI Feira do Livro de São José do Norte


Hoje, às 18 horas, no largo entre a Igreja Matriz São José e a Praça Intendente Francisco José Pereira, ocorrerá a abertura oficial da XVI Feira do Livro de São José do Norte - RS - Brasil, do qual tive o privilégio de ser escolhido patrono.

Abaixo, programação de hoje, no 9º Seminário da Aphac-Norte(Salão do Ministério Público)
19h – Eleições Gestão 2008/2010
19h30min - “A Cultura através dos Tempos”
Professor Péricles Gonçalves – Furg
20h30min – Momento Cultural
Academia Rio-grandina de Letras
21h15min - “Os Antigos Carnavais”
Octávio Amaral Silveira.
Observação: Imagem acima, extraída do blog Olhar Virtual, que retrata vista da cidade de São José do Norte, feita pelo artista plástico nortense José Américo Roig, o Zeméco (meu pai), que será homenageado, na oportunidade, pelo município.

Imagens do PA na Educação Especial e o uso da tecnologia no ambiente escolar


Acima o slide show com algumas imagens do Projeto de Aprendizagem na Educação especial, com 2ª série DM, que resultou em duas atividades Projeto Água (sob minha responsabilidade) e Projeto Energia (sob responsabilidade de minha colega Janaina), apresentado no dia 05/10, no auditório do Instituto de Educação Juvenal Miller, em Rio Grande-RS, na mostra sobre Experiências de Educação Ambiental na Escola Pública, dentro da programação do I Curso Nacional de Educadores, promovido pelo CPERS/Sindicato, com apoio da 18ª CRE e Associação dos Diretores de Escola.
O Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) Rio Grande/18ª CRE, onde trabalho como multiplicador de informática educativa apresentou o projeto de aprendizagem desenvolvido com alunos da 2ª série DM, em parceria com a professora Jane Degani, da área da deficiência mental, da EEEF Barão de Cêrro Largo, Rio Grande.
O referido projeto foi parte das questões práticas da Especialização em Tecnologia Educacional (UFRGS-2006/2007), que eu e minha colega Janaina estamos concluindo, com defesa para o próximo mês, em Porto Alegre. Abordamos o uso da tecnologia e da inclusão sob os aspectos educacional e social em ambientes escolares, além da sala de aula convencional, como laboratório de informática, biblioteca escolar e saída de campo. A temática abordada durante o PA foi da educação ambiental (usando como fonte de pesquisa o site do MMA - Ministério do Meio Ambiente, entre outros), e o que os alunos se interesavam em aprender, a partir de certezas provisórias e dúvidas. Foram escolhidos dois assuntos: a água e a energia elétrica. Depois foi construída uma página no ambiente wiki, em que foram publicadas as imagens e textos selecionados pelos alunos, seus comentários, alguns arquivos de som e depoimentos dos educadores envolvidos. Esse endereço, após defesa do TCC, será disponibilizado neste blog para visitação.

Palestra: O gaúcho típico e o seu arquétipo na obra de Érico Veríssimo


Ontem a noite proferi a palestra Identidade cultural: o gaúcho típico e seu arquétipo na obra de Érico Veríssimo, na abertura do IX Seminário da Aphac-Norte (Associação do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de São José do Norte - RS - Brasil). Foi uma experiência agradabilíssima, pelo local, antigo Hotel Amaral, restaurado pela Promotoria nortense, e que tem um belo auditório que ficou superlotado. O Promotor Dr. Éverton Menezes participou da abertura, e em seguida Maicon Bravo, presidente da Aphac saudou aos presentes. Como falei à jovem diretoria da Aphac, quando o público é acima do esperado é sinal de que o trabalho está sendo bem feito. Na platéia, pude reencontrar velhos amigos, colegas e até alguns de meus alunos dos cursos de capacitação com informática educativa no NTE Rio Grande, que moradores de São José do Norte. Durante 1 hora abordei a questão da construção da identidade cultural na obra de Verissimo, a partir de seus personagens centrais de O tempo e o vento - e ,em especial, de O continente, volume 1, da trilogia - comparados a autobiografia Solo de Clarineta, volume 1, em que busquei paralelos com os familiares de Érico.
Esta palestra (resumida) é decorrência do trabalho monográfico História, Literatura e Identidade Regional: o gaúcho típico e seu arquétipo através da obra de Érico Verissimo, usado como quesito parcial de conclusão da Especialização em História do Rio Grande do Sul: sociedade, política e cultura (FURG-2006), 128 p. Cópias deste trabalho, em sua íntegra, podem ser encontradas nos acervos da Biblioteca Municipal Delfina da Cunha, em São José do Norte, e na Biblioteca Central da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG), em Rio Grande - RS - Brasil.
Observação: Imagem acima extraída da internet, do endereço
http://www.overmundo.com.br/

segunda-feira, outubro 22, 2007

Dilvulgação da XVI Feira do Livro na TV Mar


Estive hoje ao final da manhã (foto acima) nos estúdios da TV Mar, canal 15, da ViacaboTV, de Rio Grande-RS, divulgando a programação da semana do Município de São José do Norte-RS, que ocorrerá de 22 a 28/10/2007. Neste período teremos o IX Seminário da Aphac-Norte (Associação do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de São José do Norte), de 22 a 26/10, com abertura às 19 horas, no auditório do Ministério Público, na Rua Gal. Osório; e a XVI Feira do Livro do município nortense, que será de 23 a 28/10/2007, com abertura oficial amanhã às 18 horas, no largo entre a Igreja Matriz São José e a Praça Intendente Francisco José Pereira. Reforço meu convite aos nortense, rio-grandinos e visitantes da região ou que estiveram neste período aqui pelo extremo sul do Rio Grande do Sul, e do Brasil, para participarem dos dois eventos, que divulgarão aspectos históricos, artísticos, culturais e literários de São José do Norte e arredores.

Educação especial e uso do Hagaquê



Das 9 às 10 horas, no laboratório do NTE teve mais um encontro com a 2ª série DM, da educação especial, que tem como responsável a profª. Jane Degani, idealizadora e apoiadora do projeto de informática na educação especial - parceria do NTE com a EEEF Barão de Cêrro Largo (Rio Grande-RS-Brasil), onde o Núcleo de Tecnologia Educacional Rio Grande/18ª CRE está implantado e em funcionamento desde 2005. Coordenando este projeto, durante 3 anos, tenho percebido como a informática no ambiente escolar é uma grande ferramenta de aprendizagem e inclusão educacional, tecnológica e social. Esse é inclusive o tema de meu TCC em especialização em Tecnologia Educacional (UFRGS-2006/2007), com defesa prevista entre os dias 5/11 e 05/12/2007, no Instituto de Matemática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre-RS. Este ano adotamos o software Hagaquê (de criação de histórias em quadrinhos), não apenas com os alunos deficientes mentais (fotos acima), bem como toda a educação especial da referida escola (surdos, cegos e baixa visão, altas habilidades/superdotação). Com o Hagaquê utilizamos o tema da educação ambiental, aliando os conteúdos e competências da cada área, sempre com a participação e o apoio das professoras regentes da turma. Após a defesa do TCC, neste diário virtual abordarei minha experiência, tanto na coordenação como educador, no projeto que a cada ano, de forma simples mas compartilhada, une a teoria educacional à prática escolar, unindo tecnologia e educação.

História e consciência cultural


Hoje, no laboratório do NTE Rio Grande, aconteceu uma atividade com as turmas 62 e 62, da 6ª série da EEEF Barão de Cêrro Largo (Rio Grande-RS), organizada pela profª. de História Zaionara Lima, acompanhada da profª. facilitadora de Libras (Linguagem Brasileira de Sinais), já que a referida escola tem alunos surdos incluídos em classes regulares. Tratou-se de pesquisa via internet sobre manifestações de valorização cultural e da consciência negra, que tem no dia 20/11 sua comemoração. Eu e minha colega Dulcinéa Castro (coordenadora do núcleo) demos suporte, quando ao uso da pesquisa via internet, visto que alguns dos 33 alunos presentes nunca tinha acessado a rede mundial de computadores. Como sempre digo, não há como disassociar a inclusão educacional e digital da questão social. É em atividades desta monta que muitos alunos têm pela primeira vez seu contato com a informática e a internet no ambiente escolar. Mas, logo sabendo os primeiros passos, já estão experts na manipulação do equipamento, dependendo do educador para dar significado ao uso da máquina. Acima fotos da atividade que ocorreu entre às 8 e 9 horas, no NTE.

Inicia hoje o IX Seminário da Aphac-Norte

Notícia abaixo, extraída da edição virtual do Jornal Agora (www.jornalagora.com.br), de Rio Grande - RS - Brasil, divulga a palestra que darei hoje na abertura do IX Seminário da Associação Pró-preservação do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de São José do Norte (Aphac-Norte):

9º Seminário da Aphac
José Roig abre ciclo de palestras
Terá início nesta segunda-feira, fazendo parte das comemorações alusivas à passagem dos 176 anos de emancipação política de São José do Norte, o 9º Seminário promovido pela Associação Pró-Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de São José do Norte, que este ano tem como tema: “São José do Norte: Culturas Possíveis”.
O evento, que se estenderá até o dia 26, será aberto às 19h30min com a palestra com o tema “Identidade cultural: o gaúcho típico e seu arquétipo na obra de Érico Veríssimo” pelo escritor José Antonio Klaes Roig, que este ano foi escolhido para a condição de patrono da Feira do Livro do Município. A palestra terá por local o auditório do Ministério Público.
Para as 20h30min, está marcado o Momento Cultural, com apresentação do Coral Municipal e, para as 21h15min, 10 anos da Aphac-Norte e Projetos.

domingo, outubro 21, 2007

O mundo enigmático de Clarice Lispector

Como esse blog, além de discutir educação e tecnologia, tem o nome de Letra Viva, e de vez em quando, após a especialização em Tecnologia Educacional que lhe deu causa (com defesa de TCC em novembro do corrente), diversificará os temas, abordando também aspectos literários, históricos, artísticos e culturais; alguns já abordados eventualmente, visto que são todas áreas em que atuo e que me complementam e completam como profissional e ser humano. Vez em quando também colocarei algumas resenhas ou fragmentos de textos que me são significantes, como este abaixo, extraído da primeira e segunda páginas do livro Perto do Coração Selvagem, de Clarice Lispector, uma das escritoras mais provocadoras e brilhantes que já conheci (infelizmente apenas no papel), que disse certa vez: "Em uma outra vida que tive, aos 15 anos, entrei numa livraria, que me pareceu o mundo que gostaria de morar. De repente, um dos livros que abri continha frases tão diferentes que fiquei lendo, presa, ali mesmo. Emocionada, eu pensava: mas esse livro sou eu! Só depois vim a saber que a autora era considerada um dos melhores escritores de sua época: Katherine Mansfield."
Felizes daqueles que se dão ao luxo de poder conhecer pessoalmente seus mestres, sejam professores em sentido estrito como educadores em sentido amplo. Minha educação teve como pilares meus professores, profissionais da educação, e muitos educadores, em sua maioria grandes escritores, como Érico Verissimo, Moacyr Scliar, Caio Fernando Abreu, Roberto Drummond, Mario Quintana, William Shakespeare, Miguel de Cervantes, Julio Verne e Clarice Lispector, entre outros. Muito do que sei devo aos meus educadores (escolares e literários) e aos livros indicados ou escritos, por uns e outros. Nessa antevéspera da abertura da Feira do Livro de São José do Norte - RS - Brasil, que tenho o privilégio de ser o patrono, darei mais enfoque a área literária, e espero que os visitantes deste diário virtual (já próximo dos 4.000 acessos) compreendam e compartilhem suas leituras comigo. Eis abaixo o fragmento citado, de Clarice Lispector, em Perto do Coração Selvagem:
O PAI...
"A máquina do papai batia tac-tac... tac-tac-tac... O relógio acordou em tin-dlen sem parar. O silêncio arrastou-se zzzzzz. O guarda-roupa dizia o quê? roupa-roupa-=roupa. Não não. Entre o relógio, a máquina e o silêncio havia uma orelha à escuta, grande, cor-de-rosa e morta. os três sons estavam ligados pela luz do dia e pelo ranger das folhinhas da árvore que se esfregavam uma nas outras radiantes.
Escostando a testa na vidraça brilhante e fria olhava para o quintal do vizinho, para o grande mundo das galinhas-que-não-sabiam-que-iam-morrer. E podia sentir como se estivesse bem próxima de seu nariz a terra quente, socada, tão cheirosa e seca, onde bem sabia, bem sabia uma ou outra minhoca se espreguiçava antes de ser comida pela galinha que as pessoas iam comer.
Houve um momento grande, parado, sem nada dentro. Dilatou os olhos, esperou. Nada veio. Branco. Mas de repente num estremecimento deram corda no dia e tudo recomeçou a funcionar, a máquina trotando, o cigarro do pai fumegando, o silêncio, as folhinhas, os frangos pelados, a claridade, as coisas revivendo cheias de pressa como uma chaleira a ferver. Só faltava o tin-dlen do relógio que enfeitava tanto. Fechou os olhos, fingiu escutá-lo e ao som da música inexistente e ritmada ergueu-se na ponta dos pés. Deu três passos de dança bem leves, alados.
Então subitamente olhou com desgosto para tudo como se tivesse comido demais daquela mistura. "Oi, oi, oi...", gemeu baixinho cansada e depois pensou: o que vai acontecer agora agora agora? E sempre no pingo de tempo que vinha nada acontecia se ela continuava a esperar o que ia acontecer, compreende? Afastou o pensamento difícil distraindo-se com um movimento do pé descalço no assoalho de madeira poeirento. Esfregou o pé espiando de través para o pai, aguardando seu olhar impaciente e nervoso. Nada veio porém. Nada. Difícil aspirar as pessoas com aspirador de pó." Clarice Lispector - Perto do Coração Selvagem.

Um bom início de semana a todos nós, sejamos relógios, máquinas, guarda-roupas, galinhas, minhocas, pais ou Clarices. Carpem diem, aproveitem o dia, a cada dia, não como se fosse o último, mas, parafrasenado o título de um filme, como se fosse "O primeiro ano do resto de nossas vidas".
Observação: Imagem acima extraída da internet, site www.lumiarte.com.

Escola Assis Brasil no Portal Social


Recebi da colega Cátia da Rocha material sobre a Escola de Orientação Profissional Assis Brasil, de Rio Grande - RS - Brasil, da qual é vice-presidente, informando que a referida instituição foi selecionada em 2007 pelo Portal Social, que é um site na Internet que apresenta um cardápio de instituições sociais gaúchas e catarinenses. Através do site, pessoas e empresas podem conhecer o trabalho de cada instituição e fazer contribuições em dinheiro. O Portal Social é uma iniciativa da Fundação Maurício Sirotsky sobrinho. Abaixo, maiores dados sobre o projeto, extraídos do folder da instituição.
HISTÓRICO:
A E. O. P. Assis Brasil, antigamente denominada Associação Abrigo de Menores Assis Brasil, foi fundada em 27 de julho de 1948 com a finalidade de abrigar menores carentes, em regime de internato, função esta que desenvolveu por muitos anos. Após um período de dificuldades, seu atendimento tornou-se inadequado. Então, a partir de 1990, com o auxílio da iniciativa privada, a instituição foi reestruturada, passando a atender a comunidade local focalizando a orientação profissional, atendimento sócio-educativo e o atendimento da Educação Infantil.
MISSÃO:
Oportunizar para as comunidades do entorno da Escola o desenvolvimento de um projeto que lhes dê formação profissional, geração de renda, atendimento sócio-psico-educativo pra as crianças a adolescentes e suas famílias, evitando que estes fiquem sujeitos a situações de vulnerabilidade social.
Público Alvo:
Crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
PROJETOS DESENVOLVIDOS
•Educação Infantil – atendimento de crianças entre 0 e 5 anos em regime de creche.
•ASEMA – atendimento de crianças entre 6 e 10 anos em apoio sócio educativo em meio aberto, com atividades de apoio escolar, recreação, lazer, artes, Educação Física.
•Oficinas de Informática – atendimento de adolescentes em cursos de informática básica com editor de textos, planilhas e apresentações de slides e formação sócio-educativa.
•Horta Comunitária – atividade com as famílias do entorno da Escola para construção e manutenção de uma horta comunitária.
•Curso de Auxiliar de Escritório – orientação profissional acerca do trabalho em um escritório.
•Aulas de Esporte – atividades desportivas para os adolescentes atendidos na Escola.
•Curso de Aprendiz de Serviços Bancários – orientações sócio-educativas para adolescentes que atuaram como aprendizes em Instituições bancárias. Convênio com o Banco do Brasil
Sendo uma entidade sem fins lucrativos, todos os projetos são desenvolvidos com recursos de editais de projetos sociais e com doações da sociedade civil e empresas da região.
Nesse sentido, para ampliarmos o nosso atendimento e garantirmos a sustentabilidade dos projetos em desenvolvimento precisamos de sua contribuição.
Como contribuir com Escola de Orientação Profissional Assis Brasil:
- ASSOCIANDO-SE, todo mês será debitado da conta o valor da mensalidade estipulada pelo doador. Interessados em associar-se devem entrar em contato pelos telefones 53-32351085.
- ou pelo site Portal Social, localiza a página da E. O. P. Assis Brasil e efetua a doação por meio de boleto bancário ou via cartão de crédito.
ESCOLA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL ASSIS BRASIL
Rua Juan Llopart s/nº - Carreiros
CEP: 96214-400 –Rio Grande- RS
FONE/FAX: 53-3235.1085
E-mail: eopassisbrasil@vetorial.net ou eopassisbrasil@yahoo.com.br
URL: Creche Assis Brasil
Observação: Slide show acima, extraído da mensagem recebida pelo orkut.

sábado, outubro 20, 2007

Campeonato de orientação

Assisti há pouco, pela RBSTV, durante o programa Patrola, reportagem sobre o campeonato de orientação, na cidade de Pantano Grande, no RS - Brasil. Essa modalidade esportiva, adaptada de treinamentos militares em países nórdicos, consiste em uma espécie de raly a pé, com mapa e bússola e um equipamento acoplado na mão direita, em que os participantes colocam o dedo nas bases por onde passam para marcar sua trajetória. Para vencer tem que saber se orientar num terreno desconhecido no menor tempo possível. Os organizadores dizem que é uma boa forma de passar noções de geografia, história, topografia, etc. São atividades em que se aprende se divertindo e competindo de forma saudável.
Segundo o site da CBO, orientação é:
- é uma moderna modalidade esportiva que usa a própria natureza como campo de jogo .
- é um esporte em que o praticante tem que passar por pontos de controle marcados no terreno no menor tempo possível, com o auxilio de um mapa e de uma bússola .
- é um desporto distinto dos demais, onde o praticante escolhe o caminho a ser seguido em meio à natureza, gerando deste modo, uma componente mental e lúdica capaz de atrair um grande número de praticantes de todas as idades e ter uma aceitação muito grande pelo público feminino.
A Orientação, como atividade, acompanha o homem desde sua origem. No entanto, como esporte, surgiu nos países nórdicos há mais de cem anos, com o propósito de realizar-se uma atividade física ao ar livre, mantendo a mente do praticante ocupada em toda a sua execução e contribuindo para a educação ambiental.

Creio que tal esporte deveria ser imitado por nossos políticos profissionais que vivem a maioria sem nenhuma orientação, ou com uma orientação totalmente diversa de seu eleitorado, votando contra os interesses da maioria da população. Recentemente o judiciário regulou a questão sobre a fidelidade partidária, para evitar o troca-troca constante de políticos entre legendas numa mesma legislatura. Uma louvável medida, embora saibamos que muitos partidos são também legendas de aluguel, que trocam de sigla de quando em quando. Contradição? Políticos e partidos precisam de muita orientação. E infelizmente, apenas bússola não resolve mais, é preciso também de muito exercício de ética e cidadania para reverter tal situação.
Voltando ao interessante esporte, quem quiser saber maiores detalhes sobre o mesmo, basta clicar no link abaixo:
Confederação Brasileira de Orientação
Observação: Imagem acima extraída da internet, a respeito do esporte orientação, no endereço http://www.escoteiros.net/site/images/orientacao_1.jpg

Sobre internet e livros


A internet, acusada inicialmente por alguns como possível responsável pelo término do livro convencional, tem demonstrado justamente o contrário através de dados de vendas on-line de livros. Veja a íntegra da notícia, extraída do portal Yahoo! Brasil Tecnologia, clicando link abaixo:
Surpresa! A Internet beneficiou o mercado de livros
Observação: Imagem acima, extraída da internet, através do endereço
http://avidapipoca.blogspot.com/2007_03_01_archive.html

sexta-feira, outubro 19, 2007

Ainda sobre o Seminário e a Feira do Livro em São José do Norte





Hoje a tarde, pedi dispensa do mestrado de História da Literatura (em Rio Grande), para poder divulgar nas escolas públicas de São José do Norte (RS-Brasil) a XVI Feira do Livro, da qual sou patrono. Visitei a E.M. Cel. Soares de Paiva, mas antes, fotografei o prédio do antigo Hotel Amaral (foto 1, na rua Gal. Osório ou Rua Direita), recém restaurado pelo Ministério Público nortense (onde ocorrerá o Seminário da Aphac), e também o local onde está sendo montado a tenda e os estandes para abrigarem a Feira do Livro no largo entre a Igreja matriz São José e a Praça Intendente Francisco José Pereira (fotos 2 a 4), onde muito caminhei na infância e adolescência.
Paralelo a Feira, ocorrerá de 22 a 26/10 o IX Seminário da Aphac-Norte (Associação Pró-preservação do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural) e Semana do Município, de 22 a 28/10/2007, que comemora 176 anos de Emancipação Política (25/10/1831 a 25/10/2007). Dentre as atividades programadas, ocorrerão:
Exposições permanentes (pintores, artesãos, feira do produtor e projetos sociais, no Salão Paroquial); exposições de trabalhos escolares; Hora do Conto (Lendas locais), na Casa das Lendas; visitação pública: navio da Marinha e Museu Municipal de São José do Norte, e atividades permanentes: brinquedos infláveis do SESC, oficina de pintura e tatuagem do SESI e oficina de artes da SMEC-SJN, no espaço da Feira do Livro.

quinta-feira, outubro 18, 2007

Faltam 4 dias para a Feira do Livro de São José do Norte

Hoje, como patrono, ainda divulgando da XVI do Livro de São José do Norte - RS - Brasil, visitei mais algumas escolas da rede pública muninipal, como a Tobias da Silva, no distrito do Oriente e a Dom Frederico de Didonet, no Barranco, além da Escola Mun. Cel. Soares de Paiva, sede. O contato com professores e alunos foi muito produtivo. Na próxima terça-feira, dia 23/10, às 18 horas, ocorrerá a abertura oficial.
Na segunda-feira, inaugurando a programação do IX Seminário da Associação do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de São José do Norte, às 19:30h, estarei proferindo a palestra "Identidade cultural: o gaúcho típico e seu arquétipo na obra de Érico Véríssimo", um resumo de minha monografia na Especialização em História do Rio Grande do Sul: política, sociedade e cultura (FURG-2006).
A programação completa do Seminário poderá ser acessada pelo link abaixo, extraído do Jornal Agora, de Rio Grande - RS.
IX Seminário da Aphac-Norte

quarta-feira, outubro 17, 2007

Biblioteca universal: a vida imita a arte?

O grande escritor argentino Jorge Luis Borges, em um de seus contos escrevera (muito antes da informática como hoje temos existir) sobre a Biblioteca Universal que seria um local onde estaria acumulado todo o conhecimento humano.
Hoje, ao acessar o portal Yahoo Brasil! Tecnologia, tive a grata informação e a nítida impressão de que mais uma vez a vida imita a arte, ao ler a notícia que reproduzo na íntegra, logo abaixo:
Unesco e EUA se unem para criar biblioteca digital mundial
PARIS (Reuters) - (Por James Mackenzie) - A Unesco e Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, apoiadas pelo Google, vão desenvolver uma biblioteca digital com trabalhos de todas as partes do mundo, informou nesta quarta-feira a Organização Cultural, Científica e Educacional das Nações Unidas.
"A iniciativa da Biblioteca Digital Internacional é digitalizar materiais raros e únicos de bibliotecas e outras instituições ao redor do mundo e torná-los disponíveis de forma gratuita na Internet", informou a Unesco em um comunicado.
Manuscritos, mapas, livros, partituras e gravações musicais, filmes, gravuras e fotografias serão incluídos no projeto.
A iniciativa foi lançada pela Biblioteca do Congresso dos EUA em 2005, com o objetivo de digitalizar registros das maiores culturas do mundo.
O projeto vai permitir aos usuários procurar por lugares, épocas, temas e instituições participantes.
O projeto soma-se aos esforços de empresas como o Google, que está digitalizando acervos de diversas bibliotecas do mundo para acesso online.
Junto com o Google, primeiro patrocinador do setor privado, há também outros parceiros, incluindo bibliotecas nacionais no Egito, Rússia e Brasil.

Observação: Imagem acima, extraída da internet, através do endereço do blog:
http://kaskaedeskaska.blogs.sapo.pt/

terça-feira, outubro 16, 2007

Filhos do Paraíso, o filme


Sempre que colegas educadores me pedem o nome de um filme, indico Filhos do Paraíso, belíssimo vídeo iraniano do diretor Majid Majidi, que em 1999, juntamente com Central do Brasil, de Walter Salles Jr. e A vida é bela, de Roberto Benigni, disputaram o Oscar de melhor filme estrangeiro, sendo vencedor o filme italiano, da distribuidora norte-americana Miramax. Nada contra o filme de Benigni, que é uma delirante fantasia. Contudo, apesar de ser também escritor de ficção, creio que coisa mais fantástica que a realidade não há.
O filme iraniano é inspirado num fato real: dois irmãos (menino e menina) têm que dividir o mesmo par de tênis velho para irem à escola, visto que o menino, logo no início da película, perde o surrado par de sapatos da irmã, este recém vindo do conserto. Ou melhor, deixa num canto, enquanto compra legumes pro almoço,e um catador de lixo, vendo o péssimo estado dos mesmos, cr~e que tinha sido largado na rua, como lixo. A partir daí, o irmão começa a dividir seu par de tênis com a irmã menor, que estuda pela manhã e ele a aguarda chegar, para calçar o mesmo par e ir correndo para a escola, no turno da tarde. O diretor da escola, vendo apenas a "ponta do iceberg" começa a ameaçar o menino de expulsão se continuar com os seguidos atrasos, mas é um professor de educação física que vê no aluno um talento natural para o esporte. Nesse corre-corre e troca-troca, o jovem acaba se destacando por sua velocidade e é inscrito numa corrida, onde o 3º lugar é justo um par de tênis novos - para os dois irmãos, muito melhor que os primeiros lugares: viagem à colônia de férias, que eles jamais tinham ido também. Cruel dilema, que não conto o final, evidentemente, para que todos vejam o filme.
História tocante, simples e bem contada, mostrando outra faceta do povo iraniano, que comumente têm sua imagem associada, na cultura ocidental, ao fanatismo religioso, terrorismo e a opressão. Por sinal, nesse jogo de sinuca mundial, o Irã, por "suspeitas" de ter a bomba atômica, parece ser a “bola da vez” da máquina de guerra do Tio Sam.
Se nós, ocidentais, conhecêssemos um pouco da cultural oriental, veríamos que, como a nossa, suas religiões buscam a fraternidade e a igualdade, mas são pessoas que às vezes manipulam as leis, em interesse próprio ou de seu grupo. Se invertêssemos a perspectiva de nossa visão, e nos colocássemos do outro lado do espelho, e víssemos nossa cultura, do ponto de vista do Oriente Médio, teríamos a perplexidade como companheira. Vejam bem: Somos iranianos, e sentimos na pele a influência ocidental em nossa cultura, mudando nossos hábitos e promovendo aculturação, como foi feito com indígenas nas Américas; temos supostamente a bomba, mas, assim como nós, nossos inimigos e outros povos também a possuem, mas nenhum deles, exceto um, ousou usá-la sobre uma população civil e 3 dias depois (apesar de saber dos efeitos devastadores) despejou a 2ª sobre cobaias humanas no Japão, tendo às duas explosões vitimado mais de 110 mil (ou 36,666 vezes as vítimas do WTC); presidentes (Lincoln e Kennedy) mortos à queima-roupa; no Vietnam usaram poderoso desfolhante (napalm), para combater os soldados vietcongues, matando no “fogo amigo” muitos soldados yankees; Afeganistão e Iraque foram arrasados em busca de armas de destruição em massa e do líder da Al Qaeda, Bin Laden (ex-agente da CIA), que até agora, mais de 6 anos depois, continua sumido dos satélites espiões supersofisticados; que os libertadores, ao destronarem os tiranos (antes aliados), colocam outros, de sua confiança em seu posto; que desacatam e desmoralizam a ONU, órgão criado após a 2ª Guerra Mundial, para tentar evitar guerras e destruição desnecessárias; enfim, uma série de incoerências brutais. Do ponto de vista do oprimido, quem é o extremista e o terrorista, odiado ao extremo? O maniqueísmo tenta dar ao terror uma pátria.
Filhos do Paraíso e Central do Brasil, tratam da questão da miséria, do ponto de vista de uma criança. O vencedor, A vida é bela, também tinha como protagonista uma criança. Porém, o “ponto de fuga”, partia da inverossímil história de um pai, num campo de concentração, poupando o filho da descoberta do regime nazista, como se isso, na vida real, fosse possível. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, preferiu novamente a ilusão à realidade, assim como W. Bush preferiu acreditar no ponto de fuga de relatórios inverídicos ao invadir países, sem o apoio internacional. O mundo ficou mais seguro desde então?
Filhos do Paraíso fez-me lembrar de cena verídica, acontecida numa escola pública, alguns anos atrás: uma mãe emocionada pediu que colocassem seus dois filhos, matriculados na 5ª série do ensino fundamental, mas em turno diferentes, na mesma turma, visto que ela, muito pobre, não tinha como pagar passagem para os dois, devendo estes se revezar durante a semana, para não perderem o conteúdo nem terem excesso de faltas. A vida é bela e triste também, quando o ponto de fuga de poucos se sobrepõe ao ponto de vista de todos... Ou quando a ilusão vence a realidade, e as pessoas perdem essa noção...
Observação 1: Esta postagem é uma adaptação do artigo de mesmo nome, publicado em 26/05/2005, no Jornal do Norte, de São José do Norte-RS. Desde lá o que mudou, infelizmente é que o jornal não existe mais, mas a situação narrada em Filhos do Paraíso e a guerra ao terror, levando mais terror ao mundo ainda não cessou.
Observação 2: Imagem acima, uma colagem de minha autoria, em que a imagem dentro do monitor do PC é uma cena do filme Filhos do Paraíso.

segunda-feira, outubro 15, 2007

O professor multifuncional


Costumo usar em meus escritos, sejam acadêmicos, literários, ou nos blogs, um certo jogo de palavras, uma analogia e metáfora, comparando situações do cotidiano. Quando se trata de educação e tecnologia, percebemos cada vez mais a expressão multifuncional tomar conta do meio tecnológico. Mas se analisarmos bem, essa expressão já esta presente no contexto pedagógico há muito tempo. Vejamos: por multifuncional, a primeira coisa que nos vem a mente é esses equipamentos integrados, ou seja, o popular 3 em 1, que iniciou lá pelos anos 1980, se não me falha a memória, com o toca-discos aliados ao rádio e ao gravador de áudio. Logo depois, com o cada vez maior avanço científico e tecnológico, e tanto o Long Play (LP), ou disco de vinil sumiu do mercado, pertencendo a peças de museu e colecionadores, depois foi com a fita K-7. O rádio resiste, hoje integrado a internet. Mais recentemente surgiu a multifunionalidade, através de equipamentos eletroeletrônicos como impressora, scanner e fotocopiadora, tudo num só pacote. Tem suas vantagens e desvantagens, como tudo na vida. A vantagem e, ironicamente, sua desvantagem devem ao fato dessa integração. Se estraga um componente, normalmente, acabamos sem os 3 equipamentos. Claro, não é regra.
Da mesma forma, o professor, que comemora o seu dia hoje, já vem sendo multifuncional há décadas, sobrecarregado de funções, sem que ninguém faça muito alarde. Vejam só: é educador, orientador, assistente social, psicólogo, terapeuta ocupacional, pai/mãe temporário (aliás, mais tempo que os pais biológicos às vezes), entre outras coisas. E observem só, multifuncional e eficiente, como seu equivalente tecnológico, de baixo custo e de fácil manutenção. No meio tecnológico, essa integração visa a substituição de equipamentos obsoletos, ou tornados assim pelo modelo consumista que impede que mantenhamos a mesma impressora e scanner, se o sistema operacional vai se tornando cada vez mais sofisticado. Há conflitos na programação, e acima de tudo, no que tange impressoras, que antes podiam ser recarragadas de forma fácil pelo próprio usuário, nas mais modernas, não há mais essa possibilidade. E o custo do cartucho original, todos sabemos, o valor elevado.
Neste Dia do Professor, paremos para refletir sobre o papel social de cada um na sua comunidade: gestores que devem gerenciar o processo educacional, educadores que devem educar para a vida, pais que devem cultivar valores éticos e morais em seus filhos ainda na tenra idade, etc. E que saibamos valorizar essa multifuncionalidade de uma categoria que é formadora de quase todas as demais categorias profissionais.
Como escreveu Oscar Wilde: "A Educação é uma coisa admirável. Mas é sempre bom lembrar, de tempos em tempos, que nada daquilo que realmente vale a pena saber pode ser ensinado". Viver só se aprende vivendo, sejamos multifuncional ou não. Então, um feliz Dia do Professor a todos que fazem da educação a sua vocação.

TCC concluído


Hoje, dia 15/10, recebi e-mail de minha orientadora, profª Jane F. Barros, com a avaliação final de meu TCC da Especialização em Informática Educativa (UFRGS-2007), dando como concluído essa fase, aguardando agora o prazo para defesa da mesma que tem como título INCLUSÃO DE PORTADORES DE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS: ENTRE O PARADOXO TECNOLÓGICO E O EDUCACIONAL. O referido TCC aborda os paradoxos em três esferas: educacional, tecnológica e social.
Agradeço, hoje, no Dia do Professor a todos os colegas, professores-orientadores e tutores, aos amigos, pelo apoio nesse desafio, e principalmente a família, pela compreensão as minhas constantes ausências, ainda que de corpo presente, diante do microcomputador. Sem essas pessoas que me rodeio físicamente ou a distância, tenho certeza que não teria conseguido conciliar uma pós, o trabalho, o mestrado e as atribuições de pai e marido. Com essa especialização, mais que o título que receberei, poderei com certeza, a aprtir das possibilidades e atividades desenvolvidas, ampliar e ultrapassar meu "horizonte de expectativas" (expressão trazida do mestrado e das teorias literárias), de quando iniciei essa caminhada. Várias oficinas que pretendo desenvolver para o ano letivo 2008, são com base em aprendizagens feitas durante esta pós (blog, wiki, jogos educacionais, gestão de tecnologias na escola, esse, mais especificamente por causa do curso de mídias ne educação, também feito paralelamente). Aprendi, primeiramente com a literatura, depois com a educação e mais recentemente com a tecnologia "que tudo vale a pena se a alma não é pequena". Aprendi também que se trabalhar na terceira pessoa plural, conseguimos, tanto como professores e alunos, superar os desafios, pois sempre é melhor trabalhar em equipe do que em EUquipe. Até pelo fato de que os acertos e seus méritos são de todos e devem ser compartilhados, enquanto os erros podem ser divididos e refletidos para não serem mais repetidos como uma dízima periódica. Trabalho de conclusão de curso concluído, agora é só esperar o prazo para defesa, que deverá ocorrer ainda este mês.
Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço:
http://fusionanomaly.net/mcescherthreespheres2.jpg, de autoria de M.C. Escher, intitulada "Three espheres2".

domingo, outubro 14, 2007

Ecomuseu da Ilha da Pólvora


O slide show acima foi feito a partir de fotos que tirei em final de 2005, quando visitei com a família à Ilha da Pólvora, antigo arsenal do Exército Brasileiro, que hoje é um ecomuseu, com passarelas de madeira e dois mirantes para se ver a beleza da região. Muitos moradores de Rio Grande e arredores desconhecem essa beleza natural, aberta a visitação. Basta se dirigir aos fundos do Museu Oceanográfico da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG), e lá embarcar num pequeno barco e ficar na ilha por 1 hora ou mais. Com uma máquina fotográfica digital tirei diversas fotos dos mais variados ângulos e posições. As do alto do mirante (existem dois) dão uma visão panorâmica do local. Pretendo nos próximos projetos de aprendizagem envolvendo alunos e professores da rede pública estadual incluir na programação um passei a esse pequeno paraíso, como atestam as fotos. Às vezes as melhores viagens estão bem perto de nós e nem percebemos. Não é preciso ir a Disneylândia para ter uma verdadeira viagem na imaginação, aprendendo sobre a realidade ao nosso redor.
O ecomuseu está aos fundos do Museu Oceanográfico, que fica a frente da EEEF Barão de Cêrro Largo, entre as ruas Vasco Vieira da Fonseca e Três de Julho, no centro de Rio Grande - RS - Brasil. No pavilhão dos fundos da Escola Barão está em funcionamento, desde 2005, o Núcleo de Tecnologia Educacional (CRE) Rio Grande/18ªCRE, onde trabalho, por igual período.
Agora que aprendi a usar o slide show, aguardem outras produções de projetos e de pequenas viagens que faço, sem precisar sair aqui da região. Através da educação e da tecnologia, com um sentido social, podemos fazer belas viagens sem precisar sair de nossa cidade. E o melhor: descobrir diversos aspectos que passamos uma vida inteira sem saber. Bom, agora, com um belo domingo de sol, irei passear com a família, e se der tirarei mais fotos para futuras apresentações.

Visitem o blog Olhar Virtual



O blog Olhar Virtual foi criado por mim para fazer um inventário da vida e obra de José Américo Roig. Também conhecido pelo apelido de Zeméco, meu pai é um artista plástico autodidata de São José do Norte - RS - Brasil, que vive há quase 30 anos na praia do Mar grosso, naquele município. No Olhar Virtual há um acervo digital de parte de suas obras, a maioria retratando a paisagem, o casario e os costumes da região sul do Rio Grande do Sul,e principalmente sua cidade natal. E tem um pequeno detlahe: Zeméco é cego de um olho, e recentemente passou por sérias dificuldades de visão do olho são. Mas graças a tratamento a base de colírio tem conseguido voltar a enxergar mais do que vultos. Ainda assim, sua memória visual tem conseguido preservar parte da história e arquitetura colonial da região, já que muitos prédios tombaram pela força de O tempo e o vento... Quem tiver algum quadro dele, favor enviar uma foto dogotalizada para o e-mail: klaesroig@yahoo.com.br , que será colocado no acervo, com o devido agradecimento.
Observação: Acima, meu primeiro slide show, que traz 12 imagens de quadros de Zeméco, que podem ser vistos junto ao restante do acervo no link abaixo:
Olhar Virtual

sábado, outubro 13, 2007

Novo visual do blog ControlVerso


Graças a ajuda inestimável da colega e, antes de tudo, grande amiga Bernadette Motter, de Caxias do Sul - RS, editora do blog Caminhos o meu outro blog ControlVerso , que trata de arte e cultura, está de visual novo. Ou seja, um banner criado por Berna, a partir de uma colagem de minha autoria, vide acima. E o mais incrível desta troca de experiências em ambiente virtual, entre colegas que atuam com informática educativa, é o fato que não nos conhecemos pessoalmente, apesar de sermos colegas de especialização em tecnologia educacional. Como comentei com ela, hoje a tecnologia e os multmeios nos proporcionam um contato direto, em tempo real, entre pessoas das mais variadas regiões de um estado, país e mundo. Graças ao blog Letra Viva do Roig tenho podido divulgar projetos e opiniões, e receber comentários e estabelecer contato com outras pessoas mundo afora, que se interessam, como eu, em compartilhar suas experiências nas mais variadas áreas, e em especial nas de educação e tecnologia. O blog Controlverso é uma atividade paralela que exerço, já na área cultural, com contos, poemas, crônicas, artigos de opinião e algumas colagens feitas a partir de recortes de revistas antigas. A maioria das colagens (e alguns poemas e contos) é datada de quase 10 anos atrás. Outra amiga que conheci pela internet, Vera Guidi, arte educadora, editora do blog Arte Brasilis perguntou-me qual programa que eu utilizava para produzir aquelas imagens, se era tipo photoshop, corel draw, etc... E comentei que usava apenas tesoura e cola bastão (risos), e depois o resultado usava o scanner, digitalizando para o computador. O efeito realmente parece profissional. Vera me perguntou ainda sobre a questão das proporções entre as imagens que se encaixam bem. Respondi que nessa minha garimpagem de imagens, sempre seleciono um fundo, um recorte de revista amplo que sirva como tal, ou dois semelhantes que eu possa tornar em um só, depois separo imagens pequenas, médias e grandes e as sobreponho a esses fundos, dando a devida proporção. Aglumas vzes dou pequenos cortes na imagem central para encaixar outra imagem menor dentro deste cenário novo. Depois é só escanear e pronto. Claro, meus trabalhos de colagem buscam sempre uma imagem com alguma significação social. O que eu fazia há 10 anos atrás, como terapia, para o desgaste natural de diversas atividades simultâneas, não pensei que poderia ser utilizado atualmente num contexto digital e virtual como o ciberespaço. Mas nada é por acaso - como estou sempre repetindo - nem mesmo o acaso. Visitem então o ControlVerso, que está de visual novo. E mais uma vez, meu muito obrigado a amiga Berna.

sexta-feira, outubro 12, 2007

Um outro modelo de civilização


Notícia extraída do portal Yahoo! Brasil, trata de invento de estudantes do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), que conseguiram criar um dipositivo capaz de gerar energia elétrica para alimentar a bateria de um celular durante 6 meses, a partir da utilização de folhas e gramas. Para ler a notícia na ítegra, basta clicar no link abaixo:
Estudantes do MIT e seu novo invento
O protótipo, ainda em fase experimental é um grande alento para os países em desenvolvimento, como diz a matéria, tão carentes de recursos energéticos. Mas uma coisa é certa, vivemos dentro de um modelo globalizante de civilização, que desde a 2ª Guerra Mundial, mudou o eixo da Terra, do ponto de vista político, econômico, ideológico, ético e tudo mais. Se a Guerra Fria não destruiu o mundo, os efeitos (estufa, aquecimento global, lixo, superpopulação, drogas e etc) do pós-guerra deixaram suas marcas em todos. Hoje, com a queda do muro de Berlim, há apenas um modelo civilizatório, do tipo fast food. Do consumismo exacerbado, que quem trabalha com tecnologia, como é o meu caso, percebe. Há um processo de descartabilidade de coisas e pessoas. Há quase 1 aparelho celular per capita no país. As pessoas trocam de modelo, ora por que é descartável mesmo e apresenta defeito logo, ou pelo fato de que novo modelo traz um "efeito especial" que o outro não tinha: câmera digital; MP3; rádio; internet; games, etc. Os equipamentos são substituídos pelo fato de que os novos sistemas operacionais os tornam obsoletos ainda com o termo de garantia vigente.
Algum tempo atrás, assisti estupefato, documentário apresentado, se não me falha a memória, pelo canal a cabo A&E Mundo, tratando da batalha judicial que um inventor americano travou, até as últimas instâncias estadounidenses para poder patentear e comercializar um motor a base de eletromagnetismo que acabaria com a necessidade de combustíveis fósseis. Imaginem só a disputa e o lobby que movimentou tal discórdia. O inventor teve que vender bens para custear invento, e mesmo assim não conseguiu o registro da patente, que se realmente funcionasse, poderia mudar a lógica do sistema bélico-petrolífero que comanda o mundo, e elege presidentes, de pai para filho, como uma dinastia. Da noite para o dia, magnatas e cheiques do petróleo dormiriam ricos e amanheceria donos de óleo escuro sem mais valor comercial. Não sou muito de acreditar em teorias da conspiração, mas que existem coisas que nem desconfiamos nos bastidores da política, isso existe sim.
Para quem se interessa por inventos e inventores, sugiro assistir ao filme Tucker, um homem e seu sonho, de Francis Ford Coppola, baseado em fatos reais, todavia no campo automobilístico, que também gerou muitos efeitos nas grandes empresas do setor, pois Tucker sem querer quase quebrou poderoso e disfarçado monopólio, que acabou com seu sonho americano. Carros e motores, dois grandes inventores arruinados por interesses em torno de um modelo civilizatório/predatório que tem levado o mundo a um preocupante panorama. Por sinal, quem é a favor do petróleo é contra o controle da emissão de poluentes, e recusa-se a assinar o Protocolo de Quioto. Assistam também ao vídeo Uma Verdade Incoveniente, produzido pelo ex-vice-presidente norte-americano Al Gore, que recentemente foram premiados com Oscar (o vídeo) e o Prêmio Nobel da Paz (o homem). Gore perdeu a eleição, justo no estado onde o irmão do "presidente eleito" não conseguiu evitar suspeitas de fraudes em cartões perfurados de votação. E o "Mundo Livre", mais uma vez teve que ceder aos interesses indisfarçáveis da indústria bélica e petrolífera. Enquanto não mudarmos o modelo predatório em curso, nossa civilização caminhará sem rumo.
Porém, anúncios de inventos como esse, de estudantes do MIT, como também o laptop de 100 dólares, mostram que é possível mudar a lógica e o eixo de um modelo nocivo e infeliz. Mas para isso, é preciso conscientização e muita mobilização sobre esses cidadãos "acima de qualquer suspeita" e seus salões ovais. O ovo de Colombo, outro invento curioso, que merece um dia uma postagem.
Observação: Imagem acima extraída da internet, do endereço deviantART.com, intitulada "Urban Culture", de Ratpat13 (pseudônimo do autor).

Feliz Dia das Crianças para quem ainda é criança!


O blog Letra Viva do Roig deseja um Feliz Dia das Crianças a todos que, ainda sendo ou não crianças, do ponto de vista cronológico ou não, não esquecem que a vida deve ser vivida com o mesmo espírito infantil de "eterna descoberta". Atualmente, sendo pai, sempre que posso, reservo um tempo para meu filho Allan, com 2 anos e meio (foto acima, em uma brincadeira entre pai e filho, irmanados no espírito da Semana da Criança: tal pai, tal filho, e vice-versa). Como diz aquela propaganda: "Não basta ser pai, tem que participar". Trabalhando com informática educativa, procuro conciliar, sempre que possível, o aprender com a brincadeira. Brinco demais, durante as aulas, seja meus alunos, jovens estudantes do ensino regular e educação especial, como com os professores-cursistas. Utilizo certos bordões como: "Alô, câmbio!" ou "Terra chamando!", quando tanto jovens como adultos se dispersam mais na questão lúdica da informática, tentando trazê-los de volta para o sentido didático e pedagógico de um LIE - laboratório de informática educativa. Mas pode-se, através de jogos educacionais, não apenas jogar, como alterá-los ou criar um novo jogo, colocando neste conteúdos e competências educacionais, e mais que tudo isso, levando-se em conta o conhecimento prévio que o aluno tem e traz de casa, unindo-o ao acadêmico do professor. Durante a especialização em tecnologia educacional, promovida pelo Instituto de Matemática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS-2006/2007) - que me dará o título de especialista em Informática na Educação, com defesa de TCC prevista para o corrente mês, em Porto Alegre-RS -, participei de oficina de construção de jogos educacionais. Aprendi a jogar, alterar e criar jogos dentro do software KNP - Klik and Play. Para o 1º semestre de 2008, pretendo ministrar oficinas de jogos educacionais a professores e alunos da rede pública estadual, sob abrangência do NTE/18ªCRE (Rio Grande, São José do Norte, Santa Vitória do Palmar e Chuí), bem como oficinas de construção de blogs (diários virtuais para professores e escolas) e páginas no ambiente wiki (para professores e escolas), juntamente com minha colega multiplicadora Janaina Martins. Aguardem, que mais para o final deste ano será divulgadas, via escolas públicas estaduais, e também neste blog, maiores informações. Há que se enfocar cada vez mais a produção do conhecimento e não apenas a sua reprodução, como dízima periódica. A vida familiar como a escolar devem ter um sentido, um significado e uma mútua significação. Um algoritmo em comum.
Segundo Pier Cesare Rivoltella, filósofo e especialista italiano em Mídia e Educação da Universidade Católica de Milão, em entrevista a Revista Nova Escola , ed. nº 200, mar/2007, p. 15-18, a tecnologia e seu conteúdo devem fazer parte do dia-a-dia escolar:
- "É a troca da abordagem tradicional - baseada na fala do professor à frente da sala de aula - pelo uso de mídias que favoreçam o trabalho em grupo mais ativo, dinâmico e criativo em todas as disciplinas";
- "Os professores não são formados para lidar com elas (mídias)";
- "As experiências, geralmente, são voltadas para o conhecimento técnico dos meios de comunicação, não o crítico";
Ao ser perguntado de como os jovens se relacionam com as novas tecnologias, disse: "Uma das maiores caracterísitcas desse público é o que chamamos de uma disposição multitarefa. Ele responde às mensagens do celular, ouve música no iPod, vê TV e fala com os amigos no Messenger - tudo ao mesmo tempo. (...) Fazer tudo isso simultaneamente é uma característica típica das novas gerações. Por um lado, isso lhes confere uma elboração cognitiva muito rápida. Por outro, acaba deixando-os na superficialidade, pois não dá tempo de se aprofundar nos assuntos".
Perguntado sobre como a escola se relaciona com esses jovens, disse: "Mal, muito mal. Hoje, as novas gerações estão completamente ligadas à tecnologia e aos meios de comunicação. Elas fazem parte de uma cidade que não é só real mas também digital. E nesse espaço você não é brasileiro nem italiano. Os jovens de hoje são criados numa sociedade digital. Por isso, educar para os meios de comunicação é educar para a cidadania. Daí vem a urgência de a escola se integrar a essa realidade". Dizendo ainda que:
- “A melhor forma de levar o tema mídia para a sala de aula é como um tema transversal. Alguns pesquisadores defendem a criação de uma disciplina específica, mas já está povado que isso não funciona. Se apenas um professor responde pelo conhecimento da tecnologia e da mídia (como ocorre em muitas escolas que têm salas de informática), os outros tendem a se desinteressar pelo assunto. E, para ser eficaz, esse trabalho precisa ser realizado em equipe". Segundo ele, pesquisa de 2006 revelou que 18% dos professores italianos só usam a internet para fazer pesquisas. Eles também não debatem com os aluns os problemas culturais ligados às novas tecnologias - ou porque não entendem que isso interessa a eles, ou proque não se consideram preparados para isso. Na escola, a tecnologia ainda é vista como um perigo, não como uma aliada.
- "(...) Os computadores e os celulares deixaram de ser apenas ferramentas de recepção. Hoje, são também de produção. Uma criança pode tirar fotos ou fazer vídeos com um celular e publicá-los na internet. Qualquer um pode editar e produzir conteúdo (...)." Rivoltella defende a criação de um novo profissional: o mídia-educador: "O mídia-educador é o profissional que tem competências pedagógicas para preservar os valores e a ética necessários na produção audiovisual direcionada ao público infanto-juvenil. (...)". Por fim, disse que: "É possível desenvolver bons trabalhos usando meios como a escrita e a fotografia. Até as rádios comunitárias, que são muito comuns no Brasil, podem ser bem aproveitadas em sala de aula".
Ou seja, segundo minha opinião, uma espécie de educação multifuncional, de múltiplas tarefas entre professores e alunos. O aluno domina aspectos tecnológicos e o professor os aspectos pedagógicos. Dessa intersecção, pode-se elaborar projetos de aprendizagem com significados múltiplos a ambas as partes, e a educação em geral.

Divulgação da XVI Feira do Livro de São José do Norte - RS - Brasil




Ontem, pela manhã e tarde, visitei algumas escolas da rede pública municipal de São José do Norte - RS - Brasil, cidade histórica, também conhecida como Mui Heróica Vila, título dado por D. Pedro, pela defesa do império brasileiro durante a Revolução Farroupilha.
Acompanhado pelas profªs. Edna Tarouco (secretária municipal de Educação do município); Lílian Schwarz (bibliotecária e presidente da comissão organizadora da Feira) e de Rosangela Samaniego (comissão organizadora), visitei 5 escolas.
Já na primeira uma grata surpresa. Na povoação do Estreito, conheci a bela E.M. Padre Eugênio Tyck, onde encontrei amigos e pude conversar com professores, funcionários e alunos. Comentei que era uma satisfação iniciar a divulgação da XVI Feira do Livro de São José do Norte, justo por aquela escola que eu não conhecia, mas que trazia o nome do Padre Tyck, que foi um grande incentivador da carreira nas artes plásticas, de meu pai, o pintor José Américo Roig, o Zeméco, que tem um blog chamado Olhar Virtual, do qual sou editor e que mantenho um acervo digital de sua vida e obra, que tenta resgatar aspectos da história, arte e cultura do município. O padre Tyck, não apenas incentivou Zeméco dar vazão ao seu talento, como foi no Salão Paroquial, da Igreja Matriz, onde o pintor nortense realizou sua primeira exposição de quadros. Antes que essa visita fosse casualidade, já na segunda escola outra agradável coincidência. Na povoação de São Caetano, visitamos a E.M. Guido Fernandes. Seu Guido, como todos o chamavam, foi secretário de administração do município. Eu, quando menino, o conheci pessoalmente, já que minha tia Lélia, que me criou desde o um ano e meio de idade (quando meu pai teve descolamento da retina e ficara cego de um olho). Quando fui morar com meus avós, Lélia era chefe do Departamento Pessoal da Prefeitura, e tinha como sua chefia justamente o seu Guido. Tudo passou a ser mais do que casualidade para mim. A tarde, fomos na E.M. João de Deus Collares - CAIC, e além do contato com profs. funcionários, pais e alunos, pude rever antigos colegas da escola fundamental. Como a escola estava fazendo um almoço pelo dia do professor e funcionário público, fomos gentilmente convidados a participar. O curioso, nessas visitas é o fato de que a maioria dos ex-colegas não me reconheceram de imediato, já que desde 1982 moro no município vizinho de Rio Grande, e venho a São José do Norte, na maioria das vezes a passeio, indo direto para a praia do Mar Grosso, onde moram meus pais há quase 30 anos. Realmente o menino tímido que já fui um dia, mudou interna e externamente. Brinco com os amigos que continuo tímido, só que disfarço bem. Risos. Ainda no CAIC, após o almoço, conheci todas as dependências, seus projetos e estrutura. Visitei também o laboratório da UAB - Universidade Aberta do Brasil, mantindo pela FURG de Rio Grande, para capacitação de professores e cursos de graduação a distância. São José do Norte é um dos municípios pólo da UAB.
Posteriormente, fomos a E.M. Monteiro Lobato, e reencontrei ex-colegas e alguns amigos que, para variar, não me reconheceram. Estar numa escola que leva o nome de um dos maiores escritores brasileiros, que disse que "Um país se faz com homens e livros", foi mais uma coincidência em se tratando de divulgação da um evento literário, até pelo fato que cito muitas vezes essa frase como incentivo ao hábito da leitura em palestras que faço para alunos da rede pública e particular. Seguindo adiante nessa jornada literária, que continuará na semana que vem, visitei a E.M. Cândido Rondon, onde minha mãe (Hildette) foi professora, quando ainda residia na cidade, antes de se transferir para o balneário do Mar Grosso. Lá reencontrei amigos, e tive mais gratas surpresas. Reencontrei Rudi, que foi aluno da dona Hildette (na escola do balneário), sua esposa Simone, diretora da escola, ex-colega de meu irmão Marco, e a profª. (estadual e municipal) Marisane, que é minha "aluna" no curso de informática educativa, no Núcleo de Tecnologia Educacional Rio Grande, onde trabalho. Como toda regra tem a sua exceção, Simone foi uma das poucas pessoas amigas que me reconheceram de imediato. E até comentei, durante o café que lá tomamos, que se vissem minha foto de 20 anos atrás, era com certeza outra pessoa. Enfim, agradeço à SMEC-São José do Norte pela oportunidade de ter visitado essas escolas, ter reencontrado velhos amigos, conhecidos novos amigos, e visitado o interior do município em locais que só conhecia por fotos. Agradeço mais uma vez a minha escolha para ser patrono da XVI Feira do Livro, no município onde cresci, me tornei gente, nasceu o poeta e escritor que há em mim, e que devo muito de minha formação ética, filosófica e moral aos professores e amigos que tive e ainda tenho. Ah, na escola CAIC pude reencontrar a profª. Linei, que foi minha mestre em Português, e que brinco sempre quando a vejo, que ela foi uma das "culpadas", junto a minha mãe, por ter me tornado escritor. Destacando a profª. Linei, presto minha homenagem a todos os professores que tiveram e ainda terão participação em minha vida escolar; pois a vida é a maior escola que temos, e o estudo não se encerra quando deixamos o banco escolar. Muito pelo contrário. Ele é constante.
Ah, antes que me esqueça, agradeço também ao motorista Venildo, da SMEC, que nos conduziu a essa viagem literária pelo município. E vejam só, as coincidências que não param de acontecer em minha vida: conversando com Venildo, de tudo um pouco, mas principalmente sobre a situação da pesca e do pescado na região, soube que tivemos algo em comum. Ambos trabalharam, antes de estar na educação, em indústrias de pescados em Rio Grande. Há uns 20 anos atrás chegaram a ter 34 indústrias, hoje o peixe escasso, são menos de meia-dúzia. Mas isso é um outro tema, para uma futura postagem envolvendo a Educação Ambiental. Como gosto de repetir a cada andança que faço, nas mais diversas áreas (história e literatura; arte e cultura; educação e tecnologia, etc): "Nada é por acaso na vida, nem mesmo o acaso", como já dizia um poeta não-identificado por mim.
Observação1: Imagem acima, bandeira do município de São José do Norte - RS - Brasil;
Observação2: Vista aérea da entrada da doca de São José do Norte;
Observação3: Vista aérea da Barra (ou barrinha) do Estreito, no interior do município de São José do Norte.

quarta-feira, outubro 10, 2007

Jornal Letra Viva

Neste mês de outubro, o jornal Letra Viva, de minha autoria, completa a 41ª edição, em 4 anos de ativismo cultural, sem fins lucrativos. Por diversas vezes estive a ponto de encerrar sua confecção e distribuição, na maioria dos casos, pelo mesmo motivo: a falta de tempo. Mas quase sempre, a toque de caixa, foi feita a edição mensal, e a outra e assim por diante. O Letra Viva, do qual sou editor, é uma forma de divulgar artigos de opinião, de minha autoria, que normalmente não encontram espaço nos jornais da região, do qual sou colaborador eventual.
O Letra Viva é remetido a uma lista de mais de 500 contatos na região sul do Rio Grande do Sul, em vários estados do Brasil e até no exterior. Os interessados em recebê-lo, via correio eletrônico, basta mandar uma mensagem de e-mail para a conta: klaesroig@yahoo.com.br
O LV pode ser repassado livremente, desde que divulgada a sua autoria.
Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço:
http://www.neoque.hpg.ig.com.br/letras04.jpg

A invasão infantil na web


Dois artigos extraídos do Portal Yahoo! Brasil, secção tecnologia, tratam da delicada, complexa e intrincada questão da invasão do público infantil na internet, que podem ser acessados através dos links abaixo. Pesquisar, discutir e tentar entender o universo infanto-juvenil é um dos maiores desafios do educador contemporâneo. Para que a tecnologia seja mesmo uma ferramenta eficiente no ambiente escolar, há que se dispor a entender o mundo em que vivemos, e principalmente os paradoxos da modernidade, através da proposição de projetos educacionais que dêem significado aos inúmeros recursos disponíveis no ciberespaço. Ao pensar a inclusão tecnológica, educadores e o gestores escolares devem pensar também na inclusão educacional e social do aluno, muito além da incorporação da máquina no ambiente escolar. Educação é muito mais do que código binário: 0-1, sim-não.

Descubram o que os pequenos acessam na rede

Internet é palco de invasão infantil

Observação: Imagem acima extraída da internet, do endereço:
http://pedroalex25.wordpress.com

O efeito borboleta


Fim de semana passado assisti ao filme Efeito Borboleta, e depois loquei o Efeito Borboleta 2. Como toda continuação, nem sempre traz algo novo e sim uma repetição já sem nada a acrescentar. Prefiro o primeiro vídeo, que traz em sua introdução uma citação inspirada na Teoria do Caos, dizendo que "o simples bater de asas de uma borboleta num local pode causar uma tempestade noutra parte do planeta". Idéia interessante e o filme também. Nele, um jovem perturbado consegue voltar no tempo relendo seus diários, e modificando seu passado, promovendo sérias implicações no futuro. Digamos que este filme esteja entre os Em Algum Lugar do Passado e De volta para o futuro, dadas as devidas proporções. Como essa postagem não se trata de uma resenha de cinema, sugiro locar o filme e tirar as próprias conclusões. Mas, o que pretendo com esse tema é abordar a idéia simples de que, dentro da teoria do caos e o caos do mundo em que vivemos, nossos atos repercutem sim, em nós e em quem nos rodeia. Para isso não precisamos ser teóricos ou físicos para perceber o tal "efeito borboleta". E como educadores somos exemplos positivos ou negativos, através de nossos discursos e, acima de tudo, de nossos atos. Quem lida com educação, observa diariamente, em seu entorno ou em depoimentos, projetos e atividades de colegas, no mundo real ou no ciberespaço, situações usando a tecnologia ou não, em que alunos em situação de risco tiveram seu "efeito borboleta", mudando radicalmente seu presente e futuro, a partir de intervenções positivas de educadores, escolas, pais, colegas, amigos, voluntários e outros mais. Como também, muitos alunos foram cooptados para o "lado escuro da Força", por pessoas que circulam dentro e fora do ambiente escolar, com suas falsas promessas de liberdade ou suas omissões. Sempre discuto com colegas e amigos a importância da escola integrar e motivar o aluno, através de projetos, não apenas de ensino e de aprendizagem, mas extra-curriculares, usando o esporte, a dança, a música, o teatro, a literatura, o rádio, a informática, a arte e a cultura em geral, canalizando toda a energia do jovem para a produção artísitica e educacional e não apenas a reprodução de conceitos e/ou pré-conceitos ultrapassados. Em 15 anos de trajetória educacional, conversando com alunos de várias faixas etárias, dentro e fora da sala de aula e do ensino regular, saindo em passeios em projetos ambientais, jogando futsal e volei, enfim, em diversas atividades fora do ambiente tradicional, aprendi que cada um tem um talento nato, faltando apenas descobri-lo e desenvolvê-lo. E que o adulto, embora não pareça, exerce sim uma grande influência no aluno, inclusive o mais rebelde e indisciplinado... Quando se fecha a cara, e não se traz o aluno para discutir problemas de interesse mútuo ao bom desenvolvimento daquela aula ou do próprio ensino coletivo, estamos indiretamente sendo tão imaturos como ele, e fechando portas para nós e para o jovem. A escola é o reflexo da sociedade, e o aluno é o resultado de sua família. Se a família se omite (por falta de tempo e/ou de interesse); sobrecarrega a escola, já com seus próprios problemas estruturais a resolver. Depois que o aluno ingressa no "lado escuro da Força" e na "escola do crime", muito pouco é possível fazer para mudar essa situação. Mas para toda regra, evidentemente, há a exceção. Pensemos então em nosso próprio "efeito borboleta", em relação a nossa vida e de quem nos rodeia. No cinema ainda é possível voltar no tempo e tentar consertar erros. Eu, particularmente, mesmo que isso fosse possível, prefiro continuar acreditando que pode-se aprender com os erros, para não repeti-los. E aproveitar os próprios acertos e dos colegas e amigos para utilizá-los em proveito de uma boa qualidade de vida e de educação escolar e familiar. Ainda que bons exemplos nem sempre cheguem ao horário nobre. Educar é uma nobre arte que não se aprende em nenhum lugar por ser pura vocação...
Observação: Imagem acima extraída da internet, do endereço:
http://aguanaboca.blogs.sapo.pt/arquivo/borboleta.jpg

terça-feira, outubro 09, 2007

O efeito poltergeist

Semana passada, na 6ª-feira, pela manhã, com meus alunos que são professores cursistas de Informática Educativa Básico 2, e hoje a noite, com outra turma (básico 1), diante da forte chuva que caía lá fora do NTE, comentei sobre o "efeito poltergeist", e todos riram, lembrando-se daquela cena antológica em que (não me recordo bem) o pai se dirige aos filhos, ou o irmão a irmã, dizendo que se contasse a quantidade de segundos entre um trovão e outro, se aumentasse, era sinal que a tempestade estava indo embora, e se diminuisse que estava se aproximando... Acho que todos da minha geração, e todos que assistiram a filmes que tinham mais enredo do que pirotecnia e o suspense era sugerido, e não apenas a base de doses maciças de efeitos visuais, computadorizadas, devem se lembrar daquela cena. Meus alunos, todos professores e servidores estaduais da rede pública ficaram felizes pelo fato de que em ambos os dias, os segundo aumentaram entre um trovão e outro, e confesso que eu também. Risos.
O curso básico 1 dá ênfase a aspectos tecnológicos, para quem nunca mexeu num microcomputador ou tem noções vagas. Já o básico 2 tem um enfoque mais pedagógico de propor formas de utilização das mídias no ambiente escolar, tanto no setor administrativo como sala de aula.
Hoje a noite mesmo, antes do término da aula, em que inciamos o conteúdo sobre internet, comentei que além do cinema, HQs e álbuns de figurinhas foram minhas formas de adquirir cultura geral antes e durante o ingresso na escola. Aprendi sobre o nascente e poente do sol, em uma história em quadrinhos do Mickey Mouse. Nos álbuns de figurinhas, aprendi, nos anos 1970, sobre ciências, arte, literatura e cultural geral. Atualmente, tanto desenhos animados, álbuns, e toda a produção destinada ao público infanto-juvenil tem o aspecto mercadológico acima do pedagógico. O importante é mais estampar ícones de desenhos japoneses, e outros estranhos personagens em cadernos, lápis, tênis, roupas e tudo mais, para cobrar muito mais, do que passar valores éticos, morais e didáticos. Esse é um assunto que vira e mexe torno a tocar, pois vira e mexe sempre repete-se as mesmas histórias sem pé nem cabeça em programas infantis...
Como comentei em postagens anteriores, meu filho Allan, de 2 anos e meio, só assisti ao canal de TV a cabo Discovery Kids. Um investimento (e não despesa) que se fez necessário diante da programação discutível das TVs abertas... Temos tentado afastá-lo do consumismo (coisa impraticável em tempos globalizados), mas convivendo com outras crianças, em escolinha/maternal, logo já incorporou certos gostos como carrinhos da coleção Hot Wheels, que nunca falamos em casa. Isso é um outro tipo de efeito poltergeist também; pois por mais que tentemos não entrar na onda consumista, logo acabamos comprando coisa que não precisamos, seja através da propaganda subliminar, seja da propaganda explícita dia após dia... E logo, sem perceber, estamos também trocando de celular, TV, PC, impressora e outros equipamentos eletroeletrônicos pelo simples fato de que com a atualização tecnológica, logo ficamos sem peças de reposição... Então, só nos resta contar os segundos, minutos, dias, no máximo meses, entre um novo lançamento de uma bugiganga qualquer e a nossa adesão ao efeito poltergeist globalizante, pois nosso equipamento torna-se obsoleto, com menos de 1 ano, e temos que substituir por um clone de qualidade cada vez mais duvidosa... Assim caminha a humanidade, pagando cada vez mais caro por produtos cada vez mais inferiores... Não me espanto mais com filmes como poltergeist, mas continuo me espantando diariamente com o efeito que se abateu sobre todos nós, tentemos ou não fugir de disfarçados relâmpagos e trovões...