domingo, março 30, 2008

Notícia Superinteressante


Caros visitantes do blog Letra Viva do Roig, uma boa notícia e ótima opção de pesquisa para professores e alunos é o fato de que a Revista Superinteressante está disponibilizando, via online, todo o seu acervo de textos gratuitamente (de 1987 a 2006)! Segundo notícia do próprio portal: "São mais de 12 mil páginas com as matérias de capa e algumas das seções que construíram a história da revista. Em breve, todos os especiais, o restante das seções e o conteúdo integral das edições em 2005 e 2006 também estarão disponíveis".
Para acessar ao referido acervo, basta clicar no link abaixo:
Acervo Superinteressante

sábado, março 29, 2008

Blog: ferramenta dialógica entre a tecnologia e a educação

Como proposto no título desta postagem, o blog ou diário virtual, para mim é uma ferramenta dialógica entre a tecnologia e a educação, se utilizada nessa perspectiva por educadores que busquem o duplo caminho entre o local e o universal. O blog, evidentemente, por não ter todos os recursos de um sítio (site) não deve querer se propor a ser um portal, mas sim um indicativo dessas múltiplas possibilidades que existem no mundo digital, também chamado ciberespaço, rede mundial de computadores e outras denominações. Um blog pertencente a um educador (ou blogueiro educacional) - como é o meu caso e doutros colegas que muito têm me auxiliado no imenso desafio de unir tecnologia com educação -, deve divulgar atividades locais e também mostrar outras possibilidades. Refletir não apenas para si, mas sobre o mundo em que está inserido. A rede lógica da informação e a lógica da rede de comunicações devem convergir para o mesmo fim, quando se trata de tecnologia educacional: "educar" a máquina e seus usuários em prol do diálogo social, e não robotizar ambientes, alguns já robotizados por um ensino maquinal, de perguntas e respostas no estilo "questionário" ou de estudo dirigido, que leva não ao ensino mas a "decoreba", como dizem os alunos, que é o ato de decorar as coisas sem se dar conta do que elas de fato são.
Sempre que posso acompanhar o trabalho de colegas e amigos, vou aqui neste espaço divulgando, referenciando, estabelecendo links que vão além de um caminho (atalho) para seu blog. Busco estabelecer parcerias para a resolução de dúvidas, troca de experiências e a produção conjunta no futuro de projetos colaborativos a distância.
Como comentei na oficina de construção de blogs, para professores da rede pública estadual, aqui da região da 18ª CRE - Rio Grande, o blog pode ser um pequeno portal de EAD, quando utilizado por uma escola ou professores e alunos, a partir do recurso de configurar as permissões para seu acesso, como colaborador ou leitor. Neste ambiente virtual, de pequeno porte, é possível discutir a distância, seja de forma universalizada ou restrita, os conteúdos e competências de uma disciplina, e ao final do trabalho, que poderá ser em forma de projeto de aprendizagem ou não, divulgá-lo para o mundo, quando eliminadas as restrições de acesso.
Dialogar com o mundo, seja em âmbito local ou universal, pode ser feito através de um blog, que una a tecnologia e a informação com a educação e a inclusão social. O Letra Viva do Roig, blog criado durante a especialização em TIC's na Promoção da Aprendizagem (UFRGS-2006/2007), proporcionou-me não apenas conhecer propostas e projetos de terceiros, como divulgar os meus, e obter o reconhecimento nacional e internacional por conta dos mesmos. Hoje, tenho o privilégio de contar com uma rede de amigos que se espalham pelo mundo real e virtual. Sem eles, muitos de meus projetos não teriam sido possíveis, tampouco a sua ampliação e qualificação. Parceiros que comentando no blog, ou mandando por e-mail comentários e esclarecimento de minhas dúvidas, dialogaram comigo, estabelecendo inclusive um vínculo de amizade. Tenho consciência que, sem o blog, jamais teria tido tal reconhecimento, que tem sido comprovado com o aumento dos visitantes, que hoje ultrapassam a média de 1 centena ao dia, e em alguns momentos, ultrapassando as duas centenas diárias. Nada disso seria possível, lógico, se não fosse indicado por amigos, colegas e visitantes a outros visitantes, bem como se não alimentasse o blog, quase que diariamente, de informações, sugestões, reflexões e críticas construtivas, dentro de uma propostas construtivista, de aliar a aprendizagem significativa e a flexibilidade cognitiva, tanto com alunos como professores.
Um blog não é um site, mas pode ser tão importante como um, se for dialógico com o mundo em que vive e com os desafios que envolvem a tecnologia educacional.
Dentro desse diálogo diário que travo dentro da rede lógica e mundial de computadores, cabe salientar alguns outros blogs educacionais e culturais que considero parceiros do Letra Viva do Roig, pelo apoio que sempre me deram quando precisei. São eles, dentre outros que breve terão destaque:

Caminhos , de Bernardete Motter, de Caxias do Sul - RS;
Caldeirão de Idéias , de Robson Freire, de Itaperuna - RJ;
Arte Brasilis , de Vera Lucia Guidi, de São Paulo - SP;
Me Acharam , de Márcia Paganella Ribeiro, de Caxias do Sul - RS;
Culteduc - Educação e Cultura Digital , de Márcia Br., de São Paulo

Observação: Imagem acima, intitulada "Constructing the Rainbow", de Mark Kostabi, extraída da internet do endereço
http://www.adambaumgoldgallery.com

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quarta-feira, março 26, 2008

Nossa Língua Nossa Pátria


Por indicação de minha prima Rejane (bibliotecária), fui incluído na lista do prof. Eduardo Fernandes Paes (Porto Alegre-RS-Brasil), que mantém um sítio a serviço da Língua Portuguesa, chamado NOSSA LÍNGUA NOSSA PÁTRIA, que trata também de Educação e de Literatura Brasileira. Periodicamente, através de mensagens de correio eletrônico, recebo artigos e notícias. Visitando mais detalhadamente o sítio, descobri algumas curiosidades e preciosidades, como as que indico abaixo, e que tratam de Educação:
EDUCAÇÃO MITOLÓGICA
O PROFESSOR DO FUTURO
O ESTUDANTE DO FUTURO
O PROFESSOR PROVOCAÇÃO
A ESCOLA INCLUSIVA - CARACTERÍSTICAS IDEAIS
QUANDO O PROBLEMA NÃO É O ALUNO
COMO SERÁ A EDUCAÇÃO DA PRÓXIMA GERAÇÃO? (OPINIÃO DE 12 PENSADORES)

Conforme apresentação no sítio:
O Prof. Eduardo Fernandes Paes é formado em Letras (Português-Literatura) pela Universidade Gama Filho - RJ -, com especialização em Tiflopedagogia. Promove cursos de Atualização em Língua Portuguesa, Redação Escolar e Oficial, Informática para cegos e Sistema Braille.
Preocupado com o rápido e fácil acesso à informação e ao conhecimento pelos seus companheiros de deficiência, o Prof. Eduardo Paes decidiu criar esta página a fim de torná-la uma fonte permanente de consulta de assuntos referentes à Língua Portuguesa, à Educação e à Literatura Brasileira.
Sendo também cego, produziu esta página com a ajuda do programa Intervox (software para geração de home pages), o qual integra o Sistema DOSVOX, específico para deficientes visuais, desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sob a coordenação do Prof. José Antonio Borges.


O download gratuito do Programa DOSVOX pode ser feito através do endereço
http://intervox.nec.ufrj.br/dosvox

E-mails de contato do Prof. Eduardo Paes:
nlnp.ep@terra.com.br
nlnp_edu@yahoo.com.br

Observação: Imagem acima, colagem de minha autoria, a partir de outras duas imagens capturadas da internet:
www.quintandinha.com (Mapa do Brasi) e
http://mundoafora.wordpress.com (lápis na mão).

Aplicativo gratuito que converte apresentações de slides em vídeo


Resolvi postar em meu blog a indicação da colega Márcia Paganello, do blog Me Acharam, referente ao E. M. Free PowerPoint Video Converter 1.0, que é um aplicativo gratuito que transforma apresentações de slides em vídeo, em diversos formatos. Inclusive mp4, para tocar no iPod e enviar para o YouTube, claro. 100% livre de vírus.
Márcia que tem um trabalho admirável na educação e um blog de refência para mim, diz ter baixado e testado o referido programa, que segundo a mesma é de fácil instalação e rápido para converter seus slides em vídeos.
Quando se discute tecnologia e educação, deve-se discutir formas não apenas de reproduzir conteúdos já previamente feitos por terceiros, mas também incentivar o uso da informática e dos multimeios e mídias em geral na produção de conhecimento, informação e conteúdos pedagógicos.
Esse aplicativo indicado por Márcia é um dos meios de agregar diversas tecnologias em prol da educação, já que envolve o uso de imagens que podem ser de câmera digital, capturadas da internet, ou produzidas no paint ou outro meio digital, ou até mesmo artesanal, desenhado pelos alunos e escaneado/digitalizado para um microcomputador. Uma apresentação de slides convencional - feita para rodar num micro e, se a escola tiver um datashow, numa sala de vídeo -, pode também ser convertida em vídeo (editada num programa como o Movie Maker, ou similar) e publicada no You Tube. De lá, pode-se inserir essa imagem num blog, numa página de internet, ou num aparelho de DVD conectado a televisão.
Diante dos avanços que a TV Digital se propõe a oferecer em breve ao público brasileiro, saturado de uma programação repetitiva e pouco instrutiva, produzir o próprio conteúdo escolar, que pode ser também artístico e cultural, é um grande achado para o educador do século XXI. Parabéns a colega e amiga Márcia pela indicação. Convido aos visitantes do Letra Viva que visitem também o blog Me Acharam , sempre com interessantes sugestões, que merecem ser conhecidas e universalizadas.
Observação: Imagem acima (aquário425), extraída da internet do endereço
http://www.xpock.com.br.jpg. Aproveitando o gancho da imagem, ouvi há tempos atrás, um radialista comentar que certa cidade interiorana brasileira (não me recordo local), tinha um canal de TV, não lembro se estatal ou comunitário (estou com a memória falha), e que ficou durante um mês mostrando sistematicamente um vídeo de um aquário com peixinhos coloridos (como da imagem no alto). E pasmem, de acordo com o radialista, quando a TV voltou a programação normal, a audiência que tinha subido com o tal vídeo, despencou. Eu não duvido nada disso, pois atualmente com programas que dizem ser um show de realidade, e outras simulações, melhor ver um aquário digital, do que "peixes" em forma de gente numa casa com piscina e coisa e tal, por quase 3 meses, nada fazendo, nada dizendo, nada contribuindo para tamanha exposição e premiação. Se fosse pra mostrar um programa educacional que premiasse ao seu final com 1 milhão de reais, veiculado em horário nobre, como esses tais Reality Shows, não dariam espaço. Diriam que a audiência prefere isso e aquilo. Mas, que eu saiba, a audiência, em TV aberta, assiste ao que tem, sem muitas opções, já que se mudar de canal estarão lá os mesmos programas com outras pessoas, etc e tal. Claro, existem as exceções. Não reparem, é apenas uma reflexão provocativa ou uma provocação reflexiva.

domingo, março 23, 2008

Algumas indicações de blogs e sites educacionais/culturais

De vez em quando gosto de indicar alguns blogs educacionais ou culturais que descubro por garimpagem própria ou indicação de amigos e colegas blogueiros. Segue abaixo alguns que merecem ser conhecidos e indicados a outros blogueiros por seu conteúdo. Sempre que visitar um blog que lhe chame a atenção é interessante deixar lá seu comentário, um breve recado ou uma mensagem. O contador de visitas que marca a quantidade de acessos é uma ferramenta impessoal de aferição. melhor o contato direto com seu público. Até pelo fato que diz a boa educação que todo visitante, no mundo real como no digital, deveria se apresentar ao dono da casa, dizendo um "olá", e um "como vai?". Vejam meus blogs e sites indicados, logo abaixo:
Cultura na Rede
Informática na Educação
Memórias in Photo
Portal Kids
Fundação Pensamento Digital
Fazendo Blogs
Tecnologia na Educação
TVE Brasil
Blogosfera
Ladislau Dowbor

Observação: Imagem acima, intitulada "Coming Togeth", grafite no papel, de Mark Kostabi, extraída do endereço
http://www.adambaumgoldgallery.com

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terça-feira, março 18, 2008

Localização do NTE


Indico aos professores que se inscreveram para as oficinas de criação de blog (diário virtual), construção de páginas no ambiente wiki e de jogos educacionais (Klik and Play e Hagáquê), com início a partir de 24/3, que o Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) Rio Grande funciona no pavilhão dos fundos da E.E.E.F. Barão de Cêrro Largo, na Av. Comendador Vasco Vieira da Fonseca, 723, Centro, Rio Grande - RS - Brasil (conforme indicação na imagem acima). Ainda têm vagas para todas as oficinas. Nesta segunda-feira, 17/3, concluí com minha colega Janaina um pequeno tutorial de apoio sobre a construção de páginas no ambiente wiki. Os tutoriais das oficinas de blog e jogos educacionais já tinha elaborado anteriormente. O objetivo das oficinas é que tais recursos possibilitem a maior interação entre educadores de escolas, e de divulgação de projetos de aprendizagem e outras atividades que tanto professor, alunos e escolas possam executar, com o uso da tecnologia educacional.
No segundo semestre de 2008, ofereceremos os cursos básico 1 e 2 em informática educativa. Maiores informações sobre as oficinas poderão ser obtidas através da direção das escolas públicas estaduais sob jurisdição da 18ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), nos municípios de Rio Grande, São José do Norte, Santa Vitória e Chuí, ou no próprio NTE, pelo fone(fax): 053-3231-2934 ou pelos e-mails: nte-riogrande@seduc.rs.gov.br ou nteriogrande@yahoo.com.br.

A 5ª revolução da informática


De acordo com Steve Ballmer, presidente da Microsoft - em palestra na CeBIT 2008, na Alemanha, maior evento de tecnologia no mundo -, estamos vivendo a 5ª revolução da informática. Ballmer disse que: "Eu vivi quatro grandes revoluções: o computador pessoal, a interface gráfica (com mouse, ícones e janelas), a explosão da internet e a web 2.0. Agora estamos à beira da quinta revolução, em que o software será capaz de adivinhar o que a pessoa deseja fazer. Ela dirá: Quero ir para Hannover e o software reservará automaticamente as passagens e o hotel."
Segundo a notícia, extraída do portal Yahoo! Brasil, e que poderá ser lida na íntegra acessando o link abaixo: "As primeiras máquinas realmente inteligentes serão, é claro, enormes e muito caras. Como o supercomputador Jugene, que é o segundo mais rápido do mundo (só perde para uma máquina do Exército dos EUA) e acaba de ser inaugurado em Jülich (oeste da Alemanha). Ele é capaz de fazer 167 trilhões de cálculos por segundo, 4.300 vezes mais do que o PC mais possante disponível no mercado".
De acordo com a notícia, há no evento uma mostra das inúmeras possibilidades que a ciência e a tecnologia nos brindarão nos próximos anos, de quinquilharias "às últimas novidades em televisões e celulares, passando por tecnologias irresistivelmente futuristas - como o computador ao lado, controlado pela mente (basta "pensar" para mover o cursor do mouse)".
Controle remoto através da mente? Algo que lembra a ficção e o cinema, como o filme Scanners (1981), de David Cronenberg. Quem já o viu deve se lembrar. São perspectivas impressionantes de possibilidades da tecnologia dar asas ao que antes era fruto da imaginação. Nos próximos dez anos, tudo indica, teremos revoluções cada vez com prazo de validade mais curto. Vejam só outra novidade que nos aguarda: "(...) é o vídeo de ultra-alta definição: cientistas alemães demonstraram uma tela que atinge 5 mil linhas de resolução. É cinco vezes mais do que a HDTV (TV digital de alta definição que acaba de chegar ao Brasil) e chega a provocar uma certa vertigem".

Computadores vão nos entender?

Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço
http://www.rel-uita.org

domingo, março 16, 2008

Tecnologia Blu-ray e o fim da era do DVD


Pois é, antigamente, por era considerávamos milênios, depois séculos, décadas, atualmente são anos, e em alguns casos, meses. O DVD, que aposentou a fita VHS está com os dias contados. Seu sucessor já está aí, o Blu-ray, embutido em consoles para videogame, TV digital, PCs, etc de última geração, até à escrita final deste blog. Daqui há alguns meses, tudo também poderá estar ultrapassada. Eis O Admirável Mundo Novo em que vivemos que de quando em quando tudo fica obsoleto e novo ao mesmo tempo. Leiam a interessante resenha do livro de Aldous Huxley, A tecnologia e a ciência de Huxley em Admirável Mundo Novo.
Quem é meu aluno, em projetos de aprendizagem ou nos cursos de capacitação em informática educativa para professores da rede pública estadual, aqui no Rio Grande do Sul, já ouviu de mim ano passado esse comentário da possível substituição do DVD por nova tecnologia.
Como tudo na vida há prós e contras. A favor, a questão da maior qualidade da imagem e som e da capacidade de armazenamento de dados no novo disco óptico a ser disponibilizado. Epecialistas dizem que um DVD convencional armazenado 4.7 Gb, enquanto a tecnologia Blu-ray permite a armazenagem de 50Gb, ou seja, mais de dez vezes a capacidade atual. Ao invés de locar uma série com 7 DVDs, pode ser locado apenas um único disco e ainda sobra espaço.
Porém, como tudo que vem para substituir uma mídia ou tecnologia, requer novos investimentos, como adaptadores, conversores ou substituição total por novo equipamento. O aparelho de DVD custa atualmente menos de R$100,00, o que explica sua popularização e desvalorização. O novo produto, como o próprio DVD quando surgiu, está na casa dos R$3.000,00, mas em questão de 2, 3 anos, com a popularização do sistema, deve baratear também, até que novo sistema revolucionário surja e deixe tudo obsoleto de novo, novamente, outra vez. E ai eu me pergunto: o que farão com o lixo tecnológico de videocassetes, DVDs, telefones celulares, pilhas e bateria que usam em sua maioria parte metais pesados?
Para saber mais sobre esse assutno, favor clicar no link abaixo, com a íntegra da notícia, extraída do portal Yahoo! Brasil - seção tecnologia:

O que é preciso para abraçar o Blu-ray

Não sou contra o avanço tecnológico, muito pelo contrário, como especialista em tecnologia educacional, sou simpatizante da utilização das mídias no ambiente escolar, como o uso planejado e eficiente de rádio, TV, DVD, microcomputador, internet, celular, etc. Havendo um projeto em que esses recursos que a tecnologia proporciona possam ser integrados, a própria aprendizagem pode ocorrer de forma compartilhada entre jovens e adultos, alunos e professores. O aluno usa melhor cada um desses equipamentos que seu professor, seja ele especialista ou não. Todavia, usa com um sentido meramente recreativo. Uma rádio, com sua programação variada pode ser adaptada ao convívio escolar, não apenas como reprodutora de notícias da cidade e músicas da moda, mas criada com os softwares e equipamentos disponíveis no mercado para a criação de uma rádio escolar, em que professores e alunos podem criar, produzir sua própria programação. A TV e o DVD podem servir como mais do que cinema escola, se utilizados documentários disponíveis nas locadoras, ou gravados da TV a cabo, ou outros vídeos instrutivos que o professor contextualize o mundo e o conteúdo e competências de sua disciplina. O laboratório de informática não precisa estar conectado a internet sempre para quem se eficiente com o uso de jogos educacionais off-line, instalados nas máquinas, que incentivem o aprender brincando e não a "pancadaria digital", como esses jogos de luta. Há jogos como o BlockCAD, que se constroe uma cidade com peças Lego em formato digital, por exemplo; há também o Hagáquê, que proporciona a criação de histórias em quadrinhos pelos alunos, que podem utilizar figuras prévias do software, ou do interior do PC, de fotografia digitalizadas, e até mesmo imagens capturadas da internet, se for o caso. Enfim, o celular pode ser usado para mostrar as possibilidades de comunicação, com custo baixo, em que os famosos "torpedos" permitem que as pessoas troquem informações a distância, gastando poucos centavos. O celular pode ser proposto como meio de pesquisa entre alunos, extra-classe, como "tema", em que os mesmos poderão indicar uns as outros desde sites para pesquisa de determinado assunto até idéias sobre o tema a ser pesquisado. O educador, pode, seja num laboratório de informática, como na sala de aula convencional ou na biblioteca escolar, utilizar, através de Porjetos de Aprendizagem, as tecnologias disponíveis na escola, mediando o trabalho em grupo. O jovem, quando motivado e dado a ele chance de produzir também conteúdo pedagógico, assessorado pelo professor, e não apenas sendo mero reprodutor de conteúdos pré-existentes, pode surpreender pela criatividade na abordagem. Claro, é preciso que o educador deixe claro que além do uso das teclas do computador Control+C e Control+V (colar e copiar, respectivamente), deve o mesmo colocar abaixo dos dados pesquisados a sua opinião pessoal, sem esquecer da citação da fonte de referência. Feito isso, a tecnologia pode ser uma grande aliada de professores e alunos.
Observação: Imagem acima, colagem feita com material extraído da internet, do endereço
www.telmaxiblog.blogspot.com/ (imagem do DVD) e do portal Uniágua - Universidade da Água, http://www.uniagua.org.br/website/
default.asp?tp=3&pag=aguaplaneta.htm (giff do planeta Terra).

sexta-feira, março 14, 2008

O mundo não é mais como antigamente

Hoje, concluí a leitura do livro de Kledir Ramil, O Pai Invisível, e continuo surpreendido pela aguçada leitura que o cantor e compositor, agora escritor, faz do mundo de pais e filhos, e da escola e sociedade, estando ele fora do ambiente escolar. Seu olhar é bem interessante. Sugiro a leitura, com fiz nas outras 2 postagens sobre a primeira parte do livro, a pais, professores, filhos e alunos. Vejam só o que ele diz sobre esse choque de gerações, à p. 76:
"Nossa geração tem uma enorme dificuldade de impor regras aos filhos. Claro, gastamos nossa juventude lutando contra elas. Escancaramos todos os limites com muita paz, amor, sexo, drogas e rock and roll. Fizemos várias conquistas e empurramos o mundo pra frente. Só que ele foi ladeira abaixo e esquecemos de perguntar onde fica os freios.
Agora, na idade adulta, temos que nos aproximar, pelo menos um pouco, de um modelo de comportamento que ajudamos a demolir. Não é fácil".

Realmente, a escola assiste estupefata problemas extra-classe repercutirem em seu interior, fruto muitas vezes de questões que têm origem na família, em processo de desestruturação social. Há que se avaliar o papel social de cada um nesse triângulo: família - escola - sociedade. É um tema que tenho abordado desde os primeiros passos deste blog. É algo que requer uma leitura de mundo e uma visão de comunidade. O livro de Kledir traz uma dessas faces.
Noutra passagem, por exemplo (p.103), trata de algo que representa o modo de vida atual, que valoriza o banal acima de qualquer coisa:
"A televisão apresenta reality shows, programas com ninguém, sobre coisa alguma. E a gente fica olhando. Paga pra olhar".
Na p. 107 dá pra entender o motivo que fez Kledir e turma escolher o nome de "Os Almôndegas" pra aquele grupo de sucesso nos anos 1970/80. Essa parte deixo pra os leitores de seu livro descobrirem. Não vou ser desmancha-prazeres.
Por fim, entre as boas risadas e as tiradas espirituosas, há um manancial de observações de um pai conectado ao mundo de seus filhos, e ao mundo que o rodeia.
Por fim, cito uma das passagens que mais me chamaram a atenção, às p. 110-111, onde conta o exemplo familiar, de seu pai, um professor que um dia decidiu parar de fumar e datou e assinou na carteira de cigarro o dia que a partir dali não mais fumaria, carregando-a sempre no bolso da calça. E a tentação fez seu pai algumas vezes levar o giz a boca, num gesto instintivo de fumante. E como escreveu Kledir: "Voltava pra casa com o bigode todo branco e, é lógico, na escola virou motivo de chacota". Porém, para os filhos foi motivo de orgulho.
Como num reality show, avaliamos as pessoas pelo que elas aparentam e não pelo que de fato são.
Um dos grandes desafios da sociedade moderna é justamente os pais e os professores (ambos educadores) servirem de referência para os filhos e alunos, que não têm paciência para conversar nem auxiliar aos pais no manuseio de toda uma parafernália tecnológica que eles usam com a maior destrza e seus progenitores tratam como um bicho-de-sete-cabeças. Quem, como Kledir, consegue deixar o saudosismo de lado, lá no tempo que eram jovens e não volta mais, e fazer uma viagem ao futuro de seus filhos/alunos, perceberá que não é possível querer que eles façam a viagem às avessas. Nós já fomos igualmente jovens e imaturos como eles são. Eles não conheceram práticas de nossos pais, que hoje são peças de museu. O que o educador, seja pai ou professor, deve entender que a viagem no tempo só é possível por enquanto na literatura. O mundo mudou, os jovens e seus pais também. E sendo assim, o jovem atual jamais será como nós, quando tínhamos a sua idade. Até pelo fato que, por experiência própria, alguém na situação de aluno, seja jovem ou professor-cursista, reproduz as mesmas idiossincrasias, ou seja, conversa, chega atrasado, espicha o intervalo pro café, quer sair mais cedo e por ai vai. Sem uma auto-avaliação do professor, enquanto aluno, não deve o mesmo criticar tanto seus alunos pela imaturidade, que realmente tem e não negam. Ser imaturo com 14 anos é compreensível. Surpreendente é encontrar alguém nessa faixa de idade com a mesma maturidade que seu professor exige. Portanto, conhecer o mundo do jovem é um bom caminho para descobrir meios e estratégias de contornar o choque de gerações. Um dos meios de fazer essa ponte entre jovens e adultos, pode ser a tecnologia educacional, que abordarei na próxima postagem. E por tecnologia educacional não me refiro apenas a micromputador conectado a internet.
Observação: Imagem acima, intitulada "Geração Futuro",extraída da internet, do endereço http://injuado.wordpress.com

Aniversário da Academia Rio-Grandina de Letras

Em 14 de março de 1981, foi fundada, na cidade do Rio Grande, no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, a Academia Rio-Grandina de Letras, no Dia Nacional da Poesia, em cerimônia ocorrida no Auditório Barão de Vila Isabel, da Biblioteca Rio-Grandense. A instituição literária, artística e cultural teve como um de seus fundadores o teatrólogo Coriolano Benício. Segundo o registro da 1ª Ata da ARL: "Após a Hora de Arte procedeu-se a instalação da Academia Rio-Grandina de Letras, falando por primeiro Coriolano Benício, fixando-se na importância do acontecimento, seguido pelo Jornalista Paulo Menezes, manifestando o seu entusiasmo pelo acontecimento. Depois foi constituído um triunvirato ou Comissão Administrativa, a fim de encaminhar os primeiros passos da novel Instituição Cultural. Ficou a Comissão assim constituída: - Dr. Joaquim Luiz da Silva Filho – presidente, o poeta Carlos Martins da Silva – secretário e o Jurista João Marinônio Carneiro Lages – tesoureiro.”
Atualmente, João Lages, um dos fundadores, é o presidente da ARL. Eu tive o privilégio de ingressar na instituição, em 07/10/2005, por indicação da confreira Zeni Silveira de Silveira, poeta, professora e ex-colega de trabalho na 18ª Coordenadoria Regional de Educação, onde atuei nos anos 2001-2002 com assessor jurídico. Ocupo a cadeira de nº 6, cujo patrono é o prof. Antonio Gomes de Freitas, e que teve como primeiro ocupante o poeta Carlos Martins da Silva (1º secretário da instituição).
No processo de ingresso, foi-me informado das cadeiras disponíveis, e ao deparar-me com o nome do patrono da cadeira nº. 6, a escolha foi automática e sintomática. Primeiro, pelo fato de que morei justamente na rua de mesmo nome, e, depois, que foi ali, após um momento de perda familiar e grave crise financeira, que comecei a reestruturar minha vida. Digamos que na rua prof. Antonio Gomes de Freitas reiniciei minha vida. Digamos também, que foi a partir do ingresso na ARL que iniciei uma nova fase em minha vida. Casualidades a parte, a escolha da cadeira por conta do nome de seu patrono foi decorrência desse processo, às vezes involutário, em que precisamos reiniciar a vida, como fazemos quando trava o computador: control+ alt+delete.
Tenho como confrades e confreiras na ARL ex-professores do Direito e da especialização em História do Rio Grande do Sul. E como nada é por acaso na vida, credito aos que fazem parte de minha vida uma boa parcela do que sou. Não fossem as aulas de Direito Constitucional e Administrativo, ministradas respectivamente pelos profs. Péricles Gonçalves e Gil Barlem, e eu não teria dado conta do desafio de ser assessor jurídico na área da Educação; não tivesse cursado a especialização em História do Rio Grande do Sul: sociedade, política e cultura (2006), e faltaria-me bagagem para prestar exame para o mestrado em Letras, área História da Literatura, e, sendo aprovado, cursar o mesmo em 2007 (créditos), estando em 2008 escrevendo a dissertação que ampliará os estudos sobre a vida e obra de Érico Veríssimo, já feitos na especialização, com enfoque histórico, e agora, no mestrado, com a perspectiva literária.
Portanto, como gosto de dizer aos amigos, repetindo o aforismo de um autor não-identificado (por mim): "Nada é por acaso, nem mesmo o acaso".
Parabéns à ARL, pelos seus 27 anos, e pela oportunidade deste educador - poeta e escritor nas horas vagas -, poder participar das atividades da entidade, dentre elas, integrando a Comissão Editorial da página da Academia Rio-Grandina de Letras, que pode ser acessada on-line, todas às terças-feiras, no Jornal Agora , de Rio Grande-RS-Brasil. Por sinal, neste 14/03, aniversaria também o diretor-presidente do referido jornal Sr. Germano Leite - que gentilmente cedeu espaço em seu conceituado veículo jornalístico para a página da ARL - a quem extendo os parabéns.
Observação: Imagem acima, brasão da Academia Rio-Grandina de Letras, que reúne-se em sábados intercalados, no Sala Abellard Barreto, do Centro Municipal de Cultura de Rio Grande, na rua Mal. Floriano esquina com Coronel Sampaio, sendo aberta ao público visitante. Neste sábado, 15/3, haverá reunião ordinária, a partir das 14 horas. Cada reunião é composta de duas partes: literária, em que os integrantes lêem ou declamam prosa e verso de sua autoria ou de terceiros, além de discutir aspectos históricos, artísticos e culturais do município e região; e administrativa, em que são tratados aspectos burocráticos da instituição.

quinta-feira, março 13, 2008

Sobre o uso indevido de e-mails

Recebi mensagem de correio eletrônico a respeito de sentença sobre o uso indevido de conta de e-mail de empresa que motivou a demissão do empregado por justa causa. Na verdade, se o e-mail é disponibilizado pelo empregador para ser utilizado no estrito cumprimento da atividade profissional, qualquer desvio de conduta, penso, é passível sim de demissão por justa causa. A grosso modo, é como comparar a atitude de servidor público que pega a viatura funcional pra ir ao cinema, fazer compras pessoais no shopping, ou desfilar na noite com veículo oficial. São funções incompatíveis com o cargo, seja na iniciativa privada ou no serviço público. Portanto, e-mail funcional é pra discutir questões pertinentes a atividade exercida. Para questões particulares, diz o bom senso e agora a lei, devem ser tratados em conta de correio eletrônico particular.
A íntegra da notícia, que reproduzo abaixo, pode ser acessada também através do portal da revista jurídica Última Instância.

Uso indevido de e-mail da empresa é motivo para dispensa por justa causa
A 1ª Turma do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 10ª Região (Distrito Federal e Tocantins) manteve sentença que considerou que ao usar e-mail da empresa onde trabalha, a funcionária pode ser dispensada por justa causa.
Segundo publicou o tribunal, uma atendente de empresa de telefonia recorreu à Justiça do Trabalho com o objetivo de impugnar sua demissão por justa causa. Ela alegava que a empresa teria usado cópias de e-mails para justificar a dispensa, procedimento que seria proibido pela Constituição Federal.
No entanto, para o relator do processo, juiz Ricardo Alencar Machado, as mensagens juntadas aos autos evidenciam que a atendente de forma reiterada descumpria ordens gerais da empresa – inclusive quanto ao uso do e-mail corporativo para fins pessoais, que era proibido – trabalhava com extrema desídia e desrespeitava os clientes da empresa. "Procedimentos que justificam a aplicação da pena de demissão motivada - a justa causa", ressaltou.
Para o magistrado, o e-mail corporativo não é um benefício contratual indireto. Portanto não há como reconhecer a existência de direito à privacidade na utilização de equipamentos concebidos para a execução de funções geradas por contrato de trabalho. Os juízes da 1ª Turma concluíram que a utilização das mensagens como prova é legítima e ratificaram a demissão por justa causa.
O entendimento foi que o uso de mensagens de e-mail corporativo como prova de má conduta de empregado não fere o artigo 5º (incisos X, XII e LVI) da Constituição Federal, que garante ao cidadão o direito à privacidade e sigilo de correspondências. O e-mail corporativo não pode ser comparado às correspondências postais e telefônicas, que possuem cunho pessoal. Ao contrário, trata-se de ferramenta disponibilizada pelo empregador - titular do poder diretivo e proprietário dos equipamentos e sistemas operados - ao empregado, para uso profissional.
Publicada: Quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008.
Fonte: Revista jurídica Última Instância
http://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/48021.shtml

Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço
http://interformacao.wordpress.com/

quarta-feira, março 12, 2008

Histórias do tempo que eu era criança...

Ainda não concluí a leitura do livro O Pai Invisível, do Kledir Ramil, e o tenho lido aos poucos, em doses homeopáticas, entre um intervalo e outro das atividades, para poder saborear cada detalhe. Uma escrita leve, bem humorada, porém, mais que isso, uma forma muito interessante de abordar o choque de gerações entre pais e filhos, através das tecnologias de antanho se comparadas às de hoje. Marquei algumas partes pra citar, mas ficou impraticável, pois teria que citar praticamente todas as crônicas e quase o livro todo. O que digamos, feriria os direitos autorais de Kledir. Então, para deixar todos com "água na boca", citarei mais as páginas e a idéia central nelas contida. Agora, fui ver onde parei a leitura, e vejam só: pág. 70, de um total de 133. Quem se lembra de minha relação com o número sete: 70= 7+0= 7; 1+3+3= 7. Mais uma casualidade. Mas, números a parte, vamos às letras juntas, que formam palavras, que formam frases, que formam idéias, todas muito interessantes...
Na p. 19 há um trecho, que já comentei em postagem anterior, sobre a invenção de uma língua nova a cada geração e o código secreto usado pela atual, via MSN e celular cheio de gírias, abreviaturas e carinhas feitas com os caracteres do teclado, como essa cara de feliz :-) , formada por dois pontos, hífen e fecha parenteses; na p. 42, fala da vida pré-invenção do controle remoto e como o tempo parecia transcorrer de forma mais remota em relação a vida contemporânea; na p. 49 uma pequena radiografia de alguém de fora da escola que capta o que se passa com essa geração e que cada educador (pai, responsável e professor) deveria ler (e por isso mesmo, vou ter que citar um fragmento: "Você pode estar imaginando que eles odeiam ir pra escola. Ao contrário, adoram. Só que a maioria não vai pra estudar, vai pra encontrar a galera e se divertir. E fazer bagunça, pois as garotas gostam é dos garotos que ficam zoando, aprontando. Entre agradar uma gatinha esperta ou a coordenadora da escola, eles sempre ficam com a primeira opção. É claro.)"; outra pérola, à p. 52, que quem lida com tecnologia e jovens sabe bem é que: "Eles não gostam de fazer uma coisa só, preferem várias ao mesmo tempo: computador, TV ligada, um som rolando, um bate-papo no telefone... Parece falta de interesse ou atenção, mas não, é o jeito deles./No início, pensei que só os meus filhos eram assim, mas descobri que são todos iguais. Acho que o cérebro dessas crianças já veio de fábrica com outro tipo de processador. E um upgrade de memória", o que concordo plenamente. Um pai conectado com o mundo em que vive, um escritor que mesmo fora do mundo educacional dá uma lição de bom humor e entendimento sobre os jovens. Continuando, à p. 55, fala sobre o novo perfil da família brasileira, sua estrutura e desestruturação, numa clara intertextualidade com um poema de Drummond, aquele chamado Quadrilha, em que os versos dizem: "João amava Teresa que amava Raimundo/que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili/que não amava ninguém./João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento,/Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,/Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes/que não tinha entrado na história". Vejam esse trecho de Kledir e notem as influências poéticas em sua crônica: "(...) O menino chama a avó de tia, que gostaria de ser chamada de mãe. O atual marido chama o neto de filho, pois ele é irmão dos filhos. A mãe do garoto, que casou com o pai do irmão e também é irmã do próprio filho, resolveu chamar o seu pai pelo nome, o que só confundiu tudo ainda mais. O filho mais velho encheu o saco e virou punk."
Às páginas 60-61, o trecho onde retirei o título dessa postagem, é quando Kledir conta ao seu filho que a TV, em sua época de criança, "era em preto e branco, [ai] ele [o filho] viajou na idéia de que o mundo todo era em preto e branco e só de uns tempos para cá é que as coisas começaram a ganhar cores". E, para finalizar, por enquanto, à p. 67, o cantor e escritor conta suas experiências familiares junto a "janela eletrônica", a televisão, antes do advento do controle remoto.
Cheguei a metade do livro e já dei boas risadas, refleti muito e me vi refletido também nas lembranças de criança do Kledir, que é quase da mesma geração que eu (nasci em 1964, acho que ele no final dos anos 1950). Pouca coisa de diferença, pois quando ele era jovem, no grupo Os Almôndegas, "Eu era um garoto que amava os Beatles e os Rolling Stones". Ou um tempo - para usar as próprias palavras dele (p. 8) - "Quando eu era guri, no século passado, o tempo andava mais devagar. As férias eram enormes e o ano letivo durava uma eternidade. (...) Não sei o que aconteceu. O tempo está passando cada vez mais rápido. deve ser culpa desses relógios digitais. Antigamente, o relógio era um negócio com ponteiros e precisava dar corda para funcionar".Antigamente, eu lembro que até chegar aos 18 anos, levou um século, mas depois dos 20, nunca mais o tempo parou de acelerar... Enfim, mais adiante, quando concluir a leitura da segunda parte do livro, voltarei a comentar aqui. Já era fã do cantor e compositor, agora virei fã antes mesmo de concluir a leitura do livro.
Observação: Imagem acima, do antigo seriado de TV norte-americano "O Túnel do Tempo", que eu quando menino adorava ver, junto ao "Terra de Gigantes", "Viagem ao Fundo do Mar", "Perdidos no Espaço", "Planeta dos Macacos", entre outros. Imagem extraída do endereço
http://tuneldotempoartesplast.blogspot.com/

terça-feira, março 11, 2008

O impacto social das comunicações móveis na geração SMS


Ontem, postei um comentário sobre as "Incríveis casualidades", e, hoje, torno a voltar ao assunto...
Como comentei no dia anterior, pesquisando as relações sobre a pintura e a fotografia, a história e a literatura para o ensaio do mestrado, sobre o livro O pintor de retratos, de Luiz Antonio de Assis Brasil, encontrei farto material, evidentemente não utilizado em sua maior parte, pois embora também seja especialista em tecnologias da informação e da comunicação (TIC's) na Promoção da Aprendizagem, meu foco no referido ensaio era a área de História da Literatura. Mas esse material não ficará no limbo, pois o usarei em atividades que liguem a tecnologia e a educação. Entre alguns textos, dois falvam sobre o surgimento da televisão, que sem nada a ver com o que pesquisava, poderia ser utilizado futuramente em alguma atividade com alunos e professores. Dito e feito.
Hoje pela manhã, pra cumprir atividade do curso de mídias na educação, me reuni com o prof. de Éverton Aguiar, de História, para tratar de um projeto, ainda em esboço, da montar uma rádio escolar. Neste projeto, Éverton pretende fazer primeiramente um resgate histórico sobre o rádio no Brasil, depois na cidade, para num segundo momento elaborar trabalhos com alunos na montagem de uma rádio e demonstração do funcionamento da mesma à comunidade escolar numa futura Feira de Ciências. Achei ótima esta idéia.
A tarde, num intervalo das atividades do NTE, postei um comentário (abaixo desta)sobre a tecnologia 3G. E a noite, recebi um e-mail de minha prima, que vendo o comentário anterior tinha lido um artigo falando das novas tecnologias e do uso do SMS pela geração atual. Tudo casou uma com a outra.
Diante de farto material pude perceber as inter-relações entre as antigas e novas tecnologias. A fotografia, por exemplo, passou a ser executada em parte por pintores de retratos até o surgimento de fotógrafos-retratistas sem esse vínculo direto com as artes plásticas; os primeiros profissionais da TV brasileira eram pessoas que trabalhavam no rádio e trouxeram técnicas e procedimentos de lá, que foram paulatinamente sendo adaptados ao novo veículo de comunicação de massas. Porém, com a informática de uso pessoal, foram surgindo especialistas da própria área sem intervenção direta de outros meios, e estes jovens desbravadores do mundo digital foram fazendo um processo inverso que forçou que o mundo real se adaptasse a essa nova realidade. Prova disso que a geração SMS (mensagem via celular, também chamado de torpedo) tem uma relação de "segunda pele" com o celular, controle remoto, MP3, câmera digital, iPod e toda a parafernália tecnológica, melhor que qualquer adulto. Em termos de uso rápido da tecnologia de ponta, provavelmente, se fossem apresentados em igualdade de condições um novo equipamento a um adolescente ainda no ensino fundamental e a um adulto com PhD em qualquer área que não seja ciência e tecnologia, o primeiro descobriria os comandos básicos e as funções avançadas em menor tempo que o segundo. Entretanto, é bom lembrar que manipular adequadamente uma máquina e saber fazer um uso eficiente, significativo e produtivo do mesmo já é outra situação. Requer maturidade, capacitação e filosofia de vida.
Repito sempre: Para mim, o que difere um laboratório de informática educativa (LIE) de uma lan house é o uso que o jovem faz dele. No primeiro, enquanto aluno, se tiver um projeto planejado e acompanhado pelo professor, logo a interação entre a tecnologia e a pedagogia tornam-se nítidas. Já no segundo caso a interação será entre a tecnologia e a terapia ocupacional, sem limites nem controle, sem muitas vantagens para a aprendizagem, pois acabarão usando apenas MSN, Orkut, chat, e outros blá-blá-blás. Mas se o educador tiver uma proposta motivadora, até mesmo MSN, orkut, chat, blog e outros recursos de interação podem ser uma das formas de planejar estratégias de uso do ambiente informatizado em benefício da educação. Um blog, onde a turma, dividida em grupos de pesquisa virtual e bibliográfica possa postar imagens, textos e opiniões sobre um Projeto de Aprendizagem sobre uma área de interesse com vinculação ao currículo escolar é uma forma de trabalho colaborativo e aprendizagem significativa para professor e alunos.
Os jovens nunca se comunicaram e de forma instantânea entre si tanto e em um período tão curto na história da própria Humanidade. Porém, pais e filhos, professores e alunos nunca estiveram tão distantes quando trata-se do uso da tecnologia e da troca de experiências entre ambos os grupos. O jovem não tem paciência para ensinar (isso mesmo) ao adulto o ABC da tecnologia, e o adulto tem receio de usar essa tecnologia em prol da própria educação.
Eis, abaixo, fragmento do texto "vc eh velho d+: O conflito de gerações chega à era do SMS", de Laura M. Holson, com tradução de Deborah Weinberg, publicado hoje (11/03/2008) no The New York Times:
Cada vez mais, as crianças dependem de seus aparelhos eletrônicos como telefone celular para se definir e criar círculos sociais separados de suas famílias, mudando a forma que se comunicam com os pais. As inovações, é claro, sempre geraram amplas mudanças na sociedade. Quando os telefones se tornaram comuns no século passado, os usuários -adultos e adolescentes- encontraram uma espécie de privacidade e fácil comunicação desconhecida para Alexander Graham Bell ou suas filhas.
O automóvel acabou inaugurando uma era em que os adolescentes podiam sair para namorar longe dos "chaperones". E o computador, junto com a Internet, deu até a crianças muito novas vidas virtuais distintamente separadas dos pais e dos irmãos.
Analistas de empresas e outros pesquisadores acreditam que a popularidade do telefone celular -junto com a mobilidade e intimidade que permite- acelerará ainda mais essas tendências. Até 2010, 81% dos americanos de 5 a 24 anos terão um telefone celular, subindo de 53% em 2005, de acordo com o IDC, empresa de pesquisa em Framingham, Massachusetts, que acompanha o setor. Psicólogos sociais como Sherry Turkle, professora do MIT, que estudou o impacto social das comunicações móveis, diz que essas tendências provavelmente continuarão, enquanto os telefones celulares
vão se transformando em minicomputadores de mão, formadores de rede social e telas de cinema.
"Para as crianças, tornou-se um objeto que formula a identidade e modifica a psique", disse Turkle. "Ninguém cria uma nova tecnologia compreendendo realmente como será usada ou como poderá mudar uma sociedade".
Os fabricantes de telefones celulares ficam felizes em preencher essa nova lacuna de geração. No último outono, a Firefly Mobile introduziu o glowPhone para a pré-escola. O aparelho tem um pequeno teclado com dois botões de discagem automática, um com uma imagem de uma mãe e outro de um pai. A AT&T promove seu serviço sem fio com comerciais de televisão que zombam de uma mãe que não compreende o vernáculo de telefone celular da filha.
O IDC diz que a renda de serviços e produtos vendidos para consumidores jovens e seus pais deve crescer para US$ 29 bilhões (cerca de R$ 58 bilhões) em 2010, subindo de US$ 21 bilhões (aproximadamente R$ 42 bilhões) em 2005. Até agora, o celular tem mais vantagens do que desvantagens para a família, pois permite que os pais atinjam seus filhos a qualquer momento.

Observação 1: Imagem acima, de um celular com câmera muito "rudimentar", extraída da internet, do endereço
http://www.ataliba.eti.br/trackback/700
Observação 2: A íntegra do texto publicado no The New York Times pode ser acessado no seguinte blog:
Resíduo Digital

O mundo em 3G


Já escrevi uma vez, artigo de opinião intitulado O Mundo em 3D, falando sobre questões que envolvem a mídia, que não abordam os fatos nas 3 dimensões.
Entretanto, esta postagem é motivada pela tecnologia chamada 3G, que irá revolucionar a forma de usarmos a própria tecnologia, tornando tudo móvel, com uma interatividade maior entre as mídias como TV, celular, internet, rádio etc.
Segundo a notícia, extraída do portal Yahoo! Brasil e que pode ser lida na íntegra, bastando clicar no link (atalho) abaixo: "A nova tecnologia abre as portas do acesso à banda larga móvel em alta velocidade pelo telefone móvel. Isso quer dizer que o serviço de voz que já existe ficará melhor e chegarão outros tipos de aplicações sem fio. Os destaques ficam por conta da TV Digital (aberta) no celular, videoconferência em tempo real e Internet em qualquer lugar".
Segundo Luis Minoru, diretor-geral da consultoria Yankee Group na América Latina:"Se até agora a família usava um computador para acessar a Internet de casa, agora cada um poderá fazê-lo dos seus aparelhos e de qualquer lugar. Se antes era necessário plugar o laptop na rede para entrar na Internet, isso acabou. O notebook, com os devidos adaptadores, poderá entrar na rede de diversos pontos".
Literalmente o mundo caberá na palma da mão de um usuário da tecnologia 3G. Vejam mais detalhes no link abaixo:

O que muda com a chegada do 3G

Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço
http://stationa.net/

Indicação do portal Bússola Escolar


Indico o site Bússola Escolar, site para pesquisas escolares, que é considerado um dos melhores sites educacionais da internet, tendo como conteúdo: Tradutor online, dicionários, e outros dados, conforme imagem acima, capturada de sua página inicial. Soube desse site (sítio), ontem, por indicação de Élio e Josi, que são cegos, e vieram junto com a profª Nirlei, da área de deficiência auditiva, que atende pessoas com baixa visão e cegueira em sala de recursos na EEEF Barão de Cêrro Largo, em Rio Grande - RS - Brasil. O casal veio conversar comigo, no Núcleo de Tecnologia Educacional, sobre questões de configuração de som do winvox (Dosvox) para laptop. Pedi a eles que na próxima vez que vierem à escola, onde funciona o NTE Rio Grande/18ªCRE, se possível, que tragam o equipamento junto, pois sem manipular o mesmo fica difícil saber o que acontece com a saída de som baixa - é como dar diagnóstico sem conhecer o paciente.
Élio está estudando e para assistir às aulas usa gravador digital, que por ser importado, ao ser instalado o arquivo de som no laptop, segundo entendi, precisa de um tradutor do inglês para o português com áudio. Fiquei de pesquisar para ele sobre o tema, e aproveitei para divulgar esse interessante portal educacional chamado Bússola Escolar, já colocado em meus links favoritos.

segunda-feira, março 10, 2008

Incríveis casualidades


Já comentei as estranhas casualidades comigo em relação ao número 7, percebidas de uns 3 a 4 anos pra cá, mas que se reportam ao meu nascimento em 7 de julho (sete) de 1964 (que somados 7+7+1+9+6+4 = 34 = 3+4 = 7). Mas há às vezes outras incríveis casualidades de assistir a um filme locado, e depois colocar em algum canal da TV e estar lá o referido filme sendo mostrado, de comentar sobre uma pessoa e receber uma mensagem, uma carta, encontrála por acaso na rua, etc. Deixo claro que não me considero místico nem cético, apenas um curioso sobre os mistérios da vida. Não escancaro a porta a qualquer teoria da conspiração, tampouco fecho a sete chaves para certas impressões sobre o que não tem ainda explicação.
Ontem a noite, enquanto terminava de revisar meu 3º ensaio para o Mestrado em Letras (área História da Literatura), referente a disciplina de História e Literatura, cujo objeto era a análise do livro O pintor de retratos, de Luiz Antonio de Assis Brasil, comparando pintura e fotografia com literatura e história, estando com a TV ligada no canal The History Channel, fui lembrado pela programação da televisão que tinha esquecido de colocar uma nota de rodapé explicativa de uma citação.
No caso, tinha escrito sobre aspectos da fotografia, em que a personagem central do livro um pintor de retratos que sofre influências da fotografia tinha como “Seu grande trunfo, que lhe garantiu rendimentos permanentes, era o fato de possuir exclusividade na venda e revelação dos filmes de celulóide que a Brownie exigia” (ASSIS BRASIL, 2005, p. 165). Brownie era uma câmera fotográfica, e fiquei de colocar mais dados sobre o inventor do filme para essa máquina, chamado George Eastman, e havia me esquecido.
Quando ouvi o início de um documentário no History, tratando de fotografia me interessei, e quando falou de Eastman, lembrei imediatamente da nota de rodapé ainda não feita. Uma incrível casualidade que tem se repetido, e que ainda não procurei calcular as probabilidades.
O que importa, a despeito disso, é que o livro O pintor de retratos é um belíssimo painel histórico e literário de uma sociedade em transformação entre o final do século XIX e o início do século XX. Já tinha lido e comentado anterioremente neste blog outro livro de Assis Brasil, Concerto Campestre, mas O pintor de retratos encantou-me mais ainda, pela narrativa curta, direta, refinada e fascinante, que me permitiu diversas possibilidades de interpretação, e englobar temas que muito me interessaram desde sempre: história, literatura, pintura e fotografia.
Sou especialista em História do Rio Grande do Sul, escritor, filho de artista plástico e fotógrafo amador, nas horas vagas. Enfim, uni, como sempe faço na minha vida, o útil ao agradável. Noutro momento, voltarei a este tema. Sugiro a leitura dos dois livros acima citados que são verdadeiras viagens no tempo, sem que seja necessário o ingresso em alguma máquina. Luiz Antonio de Assis Brasil tem se tornado um de meus escritores preferidos, ao lado de outros gaúchos, como Érico Verissimo, Moacyr Scliar, Caio Fernando Abreu, Mario Quintana, entre outros. Aproveitem também e visitem seu site oficial:
Luiz Antonio de Assis Brasil.
Observação: Foto acima da atriz Sarah Bernhardt, retratada pelo famoso fotógrafo Nadar, que ilustra a capa do livro O pintor de retratos (L&PM, 2005, 181 p.).

Brasileiro deixa tudo para o último dia...


Pois é, nós, brasileiros, somos acusados - nem sempre indevidamente - de deixar as coisas sempre para a última hora, do último dia, seja inscrição para concurso, vestibular, até a famosa entrega da declaração do imposto de renda. Apesar de brasileiro nato, normalmente procuro, pelo contrário, resolver as questões sempre nos primeiros dias. Entretanto, a recém ontem de noite, consegui terminar de revisar e imprimir os 3 ensaios do Mestrado em Letras, área: História da Literatura, para entregar hoje na universidade. Isso mesmo, hoje! Mas foi uma situação atípica. Durante as férias procurei compensar com a família a "ausência ainda que de corpo presente", sempre conectado ao computador, seja no trabalho ou em casa - única forma de ter dado conta, em 2007, de trabalhar 2 turnos (manhã e noite) e estudar a tarde, no mestrado (FURG/2007-2008), além de fazer cursar uma especialização a distância em Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC's) na prmoção da Aprendizagem (UFRGS/2006-2007), um curso de extensão a distância em mídias na educação (UnB/2007), e outras atividades artísticas e culturais, como palestras (sobre tecnologia e educação, arte e cultura), curso de informática educativa, como voluntário, coordenação do Projeto de Informática na Educação Especial e o patronato na 16ª Feira do Livro de São José do Norte - RS - Brasil.
Às vezes, perguntado por amigos, como consigo dar conta de tantas coisas ao mesmo tempo, digo, brincando: "Quando estamos numa montanha russa nem sempre temos tempo para apreciar a paisagem. Presos ao acento e seguros às barras de proteção, vamos em frente, esprando apenas que o carro pare de subir e descer em alta velocidade. Quando paramos e olhamos para os trilhos e o percurso feito, pensamos: como dei conta disso?".
Assim é a vida de educadores e de pessoas que acumulam várias atividades, simultaneamente, aliando organização e despreendimento. Conheço diversos amigos e colegas que vivem nesse "turbilhão", dando conta de vários desafios ao mesmo tempo, e que quando relaxam, ou tiram férias, perdem o ritmo e o tempo volta a ter 24 horas, cada hora 60 minutos, cada minuto 60 segundos. Na correria, 3 ou 4 segundos aguardando que uma página abra, que um arquivo seja anexo, parecem uma eternidade.
Falando em deixar para depois, comigo aconteceu o mesmo, quando em férias. Fui deixando, deixando, e quando vi os prazos tinham se afunilado, e precisei fazer um esforço concentrado para concluir os 3 ensaios, que ficaram satisfatórios, mas que, pra minhas exigências pessoais, precisavam de uma revisão mais detalhada. Terminado esse desafio, inicia agora outros mais, como a escrita da dissertação de mestrado; a visitação esta semana às escolas que possuem laboratório de informática na rede pública estadual, sob jurisdição da 18ª CRE Rio Grande; o início, a partir de 24/3, das oficinas de blog, páginas na internet e jogos educacionais, como multiplicador de informática educativa, trabalhando em NTE; além de outros projetos e atividades profissionais e pessoais. Mas incrivelmente, quando estou nesse corre-corre produzo melhor, pois cada momento é precioso e único, e fico mais focado e concentrado nos objetivos traçados para aquele ano. Então, brasileiros de Norte a Sul, lembrem dos prazos a cumprir, para não ser preciso remediar nem atropelar as coisas pelo caminho.
Nas férias, licenciei-me de tudo, sendo apenas pai e marido, para compensar um outro ano em que estarei às vezes distante, ainda que perto, noutra dimensão, ainda que na mesma casa; vivendo num mundo digital e no real ao mesmo tempo. Esposa professora compreende bem essa rotina e me dá apoio. Sem o suporte familiar, dos amigos e dos colegas, nada seria possível, e sempre faço questão de agradecê-los por isso... Bom, por enquanto é só, já está na hora de virar a ampulheta novamente... O tempo não pára.
Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço
http://ofantasticomundodehugo.wordpress.com/

sábado, março 08, 2008

Campanha: Liberdade para o blogueiro Kareem


Essa notícia, descobri por acaso, pesquisando na internet temas sobre blogs e blogueiros, e confirmei se a referida campanha para libertação do blogueiro egípcio Kareem Amer ainda estava válida. Luciana Capiberibe, blogueira do Amapá, Brasil, confirmou e me mandou maiores detalhes que me fez associar-me a campanha, pedindo a outros blogueiros visitantes do Letra Viva do Roig que também expressem em seus diários virtuais o interesse pela liberdade de Kareem.
Veja abaixo postagem que copiei do blog Notícias daqui de Luciana Capiberibe:

No dia 03 de março de 2008, um ano após a prisão do blogueiro Kareem Amer, a agência HR info informou que uma campanha lançada por alguns jornais egípcios independentes conseguiu provar que Kareem Amer é inocente da acusação pela qual ele foi condenado: de ter insultado o presidente. Kareem foi condenado a 4 anos de prisão por causa de um artigo onde ele descrevia uma assembléia de caridade islâmica, ele teria ofendido o presidente quando repercutiu o que os participantes da Assembléia disseram. Jornais independentes conseguiram comprovar que não havia sido Kareem, e sim os membros da Assembléia que fizeram as afirmações pelas quais Kareem foi condenado a prisão. Ele continua preso e já chegou a ser espancado na prisão, há uma extensa rede de solidariedade no mundo todo pedindo sua libertação. Maiores informações no sítio FreeKareem, o idioma é o inglês.

quinta-feira, março 06, 2008

Boa notícia aos blogueiros de plantão


Notícia extraída do portal Yahoo! Brasil indica que Blogar é bom para a vida social (clique neste link para ler a íntegra da matéria).
Como blogueiro educacional, e editor do blog Letra Viva do Roig há mais de 1 ano e meio tenho sentido como ter uma espaço virtual para divulgação de idéias, projetos e atividades próprias e de terceiros auxilia e muito a vida social e profissional. Graças ao blog (diário virtual) pude conhecer colegas e fazer amigos, dividindo impressões e discutindo alternativas para uma inclusão da tecnologia no ambiente escolar, além de tratar de questões artísticas e culturais que tem inter-relações com os outros dois temas.
Segundo pesquisa do site TechCrunch: "(...) os pesquisadores notaram que após dois meses de blogagem a sensação de apoio social e redes de amizades eram maiores do que em pessoas que não possuem blogs".
Um blog educacional é mais que um diário virtual, é um veículo de comunicação social também, em que o educador, mais do que divulgar suas atividades, deve propor a reflexão a crítica construtiva para os desafios que são o uso da tecnologia educacional e da inclusão social, seja do portadores de necessidades especiais, alunos regulares, professores e até a comunidade escolar como um todo.
Se um blog é um diáro com acesso público, seu objetivo não pode se restringir ao interesse meramente individual. Criar redes de blogs, como o Blogs Educacionais (em que educadores de várias partes do país trocam mensagens de correio eletrônicos, tiram dúvidas e ajudam-se mutuamente, através de listas de discussão), e outros mais que existem no ciberespaço é uma das formas de estabelecer parcerias e trocas de esperiências on-line e instantâneas que do meio convencinal seriam improváveis.
Observação: Imagem acima, intitulada Falso espelho, do pintor belga René Magritte, extraída da internet, do endereço
http://gavetados.blogspot.com/2005/02/juarez-machado...

Em algum lugar do futuro, em busca do passado...


Já comentei neste blog que fim de semana passado assisti com meu filho o belo e criativo desenho da Disney A Família do Futuro , que traz a seguinte história: "Lewis é um jovem inventor que cria máquina capaz de recuperar lembranças perdidas. Ele só quer encontrar em suas memórias a figura de sua mãe, que o abandonou quando bebê, mas acaba viajando no tempo. Em algum lugar do futuro, ele encontra uma família cuja sobrevivência está em suas mãos" - essa resenha pode ser lida no Yahoo Cinema. O menino cria o que chama de Memory Scanner, ou escâner de memória, que atua através de laser que escaneia as memórias que estão no córtex cerebral e remetem para a tela, a partir de um teclado onde é inserido dia, hora e local desejados. Fantasia pura, não é mesmo?
E não é que, ao acessar minha conta de correio eletrônico, descobri que esse equipamento, um tal de scanner que recupera as memórias, existe?!? Sim! Segundo notícia extraída do portal Yahoo! Brasil essa tecnologia já existe, e é "um sistema que lê imagens do cérebro e pode permitir no futuro a leitura dos sonhos".
Segundo a reportagem: "Na edição desta semana da revista Nature, uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley relata a criação de um sistema capaz, ainda que de modo rudimentar, de ler a mente humana, traduzindo o que se passa no córtex visual primário do cérebro". Qualquer semelhança com a sinopse do filme não é mera coincidência. Não pude precisar quem imitou quem antes. Se foram os realizadores do desenho que sabendo destes estudos primários usaram como argumento, ou vice-versa. O desenho foi lançado em 2007, mas deve ter iniciado a produção um a dois anos antes. Já o equipamento real não consta a data do início da pesquisa, que pela complexidade também deve ter começado alguns anos atrás.
Maiores detalhes e íntegra da reportagem podem ser obtidos clicando no link abaixo. Acreditem se puder, não é brincadeira. Mais um incrível avanço da Ciência e da Tecnologia, remetendo a ficção científica (FC) para o nível de mero antecipador da realidade.

Pesquisadores criam sistema que lê imagens do cérebro

Imaginem só as implicações e complicações de tudo isso, se usado em larga escala... Seria o fim das Comissão Parlamentares de Inquérito (CPIs), que investigam pra chegar a poucos resultados concretos; dos processos judiciais quilométricos e intermináveis (que autores de idade avançada para acompanhá-los em vida, só usando uma máquina do tempo); da desnecessidade em diante dos testes de paternidade, dos testemunhos falsos, da hipocrisia, da mentira e de tanta coisa nociva que domina a sociedade e o homem, desde o início dos tempos. Parece algo fantástico demais para que, embora possível, possa entrar em funcionamento sem restrições, justamente dos impecilhos colocados por figuras que detém o poder, que para ficarem eternamente no poder usam de todos os meios possíveis para fraudar, inclusive as máquinas, que criam dossiês falsos para invadir países, que utilizam de subterfúgios para burlar as leis internacionais. Seria o fim ou início da espionagem, noutro nível, no mundo digital. Enfim, se fosse ficção já seria por si só fantástico, sendo possível e real, é algo inimaginável suas implicações a médio e longo prazos. Sem falar que não necessitaríamos mais de câmeras digitais e filmadoras, bastava ter o tal Memory Scanner para acessar as imagens de nossa vida real.
Mas calma. A equipamento ainda é rudimentar. Não estamos nesse nível de busca e apreensão das memórias. Vejam só, segundo o texto: "A nova técnica pode permitir, no futuro, o desenvolvimento de um sistema que faça a leitura da memória ou dos sonhos, já que reconstrói imagens visuais. No entando, os cientistas dizem que por enquanto a técnica pode ser aplicada apenas com imagens estáticas já que os aparelhos de ressonância magnética conseguem fazer apenas uma leitura a cada três ou quatro segundos, o que torna impossível decodificar a atividade cerebral no caso das imagens em movimento". Então, pra quem gosta de olhar, pensar, dizer e fazer bobagens que se cuidem, os dias estão contados! O futuro não é mais como antigamente!

Observação 1: Imagem acima, do filme A Família do Futuro, mostrando o Memory Scanner que recupera memórias de quem o utiliza, extraída do endereço
http://br.cinema.yahoo.com/
filme/13722/foto/foto4/afamiliadofuturo.
Observação 2: Imagem da máquina que recupera lembranças perdidas, extraída do endereço
http://br.noticias.yahoo.com/s/06032008/25/
manchetes-pesquisadores-criam-sistema-le-imagens-cerebro.html

quarta-feira, março 05, 2008

Oficinas de blog, wiki e jogos educacionais


Aos colegas, educadores da rede pública estadual, sob abrangência da 18ª CRE - Rio Grande, informo que serão oferecidas pelo Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) Rio Grande - no qual sou multiplicador de informátiva educativa - oficinas de blog (criação de diário virtual), wiki (construção de páginas na internet) e jogos educacionais (construção e alteração de jogos pelo software Klik and Play), nos meses de março e abril do corrente ano letivo. Requisitos aos interessados: que tenham noções básicas de informática (ou tenham feito pelo NTE os cursos básico 1 ou 2) e noções básicas de internet. Serão 14 vagas por turma (um cursista por computador), um encontro semanal de 3 horas de duração cada. Há turmas nos turnos manhã, tarde e noite. Aguardem nas escolas a correspondência, contendo calendário, turnos e dias das turmas disponibilizadas e período de inscrições. Maiores informações podem ser obtidas no NTE Rio Grande/18ª CRE (funcionando junto a EEEF Barão de Cêrro Largo), com a coordenadora Dulcinéa Castro, pelo fone/fax (053)3231-2934 ou pelo e-mail: nte-riogrande@seduc.rs.gov.br
Informo ainda aos interessados que os cursos básico 1 e 2 em informática educativa serão oferecidos nos 3 turnos, a partir do segundo semestre de 2008, com o período para as inscrições divulgado ao final do 1º semestre/2008.
Observação: Imagem acima, criada por mim no paint, a partir de cliparts.

terça-feira, março 04, 2008

O futuro wireless


Notícia extraída do portal Yahoo! Brasil, na Secção Tecnologia, traz texto sobre as possibilidades da tecnologia sem fio, também denominada wireless. Imaginem só um mundo sem cabos, em TVs, DVDs, impressoras, monitores e outros equipamentos nãpo tenham a necessidades de diversos cabos e plugs que afligem o leigo, na hora da instalação dos mesmos. Mais que isso, a questão estética, em que não será mais visto fios enredados, poeirentos, de fácil tropeço pelo caminho.
No fim de semana passado, assisti com meu filho Allan (de 3 anos de idade) o desenho da Disney A FAMÍLIA DO FUTURO, em que um menino desses gênios científicos desenvolve uma máquina do tempo para conhecer o seu futuro. Uma boa indicação pra sessão pipoca, entre pais e filhos.
O cinema, seja infantil como para adolescentes e adultos, divide-se em duas abordagens sobre o provável futuro da humanidade. Em uns ele é caótico, noutros o futuro é planejado e aparentemente organizado. Não há como saber, como passageiros do tempo que somos, qual deles vingará. Os que viverem até lá saberão. Enquanto esse futuro fantástico ou caótico não chega, aguardemos a cada ano as novidades. Um delas é a incrível impressora Zink, que, conforme a notícia, "imprime fotografias enviadas por celular ou câmara por bluetooth ou USB. O tamanho das imagens em papel é de 5 por 7,6 centímetros. A grande novidade é que não utiliza tinta, mas uma nova tecnologia de impressão térmica desenvolvida pela fabricante americana Zink Imaging e que emprega calor para ativar minúsculos cristais de cor revestidos no papel".
Vejam abaixo mais novidades sobre a tecnologia sem fio:
Rumo a um mundo sem cabos.
Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço
www.fundamentalconteudo.com/index.php?tag=wimax

A geração MSN e O Pai Invisível

Retornei das férias ontem. Mas o que menos tive foi folga. Não viajei. Fiquei na cidade do Rio Grande, onde moro há 25 anos, e eventualmente fui para a praia do Mar Grosso, no município vizinho de São José do Norte, onde morei até os 18 anos, e onde residem meus pais. Aproveitei as férias pra pintar a casa, junto com a esposa, a procurar nova escola/maternal pra nosso filho de 3 anos, já que a anterior fechou. E nas horas "vagas", dediquei-me a elaboração de meu projeto de dissertação de mestrado em Letras (área de História da Literatura), além de 3 ensaios, relativos às 3 disciplinas do 2º semestre. Concluí nesse domingo o segundo ensaio. Essa semana, além de voltar ao trabalho em dois turnos, tenho que escrever o terceiro ensaio literário, revisar e imprimir todos, para entrega no prazo: dia 10/3. Mas nesse meio tempo, entre leituras obrigatórias (não no sentido de forçada, já que adoro literatura), fiz leituras descompromissadas, comentando algumas nesse blog. E pra relaxar das leituras teóricas, leio livros que me chamam a atenção, mas como terapia. Foi o caso do livro O Pai Invisível, de Kledir Ramil, que iniciei a leitura no domingo, e que reproduzo abaixo um fragmento, às páginas 19-20, do referido livro, que retrata muito o cotidiano entre pais e filhos, e o eterno choque de gerações. Sempre admirei Kledir, desde o grupo Os Almôndegas, quando eu era garoto, até sua participação na dupla Kleiton & Kledir, e agora como escritor. Uma leitura agradável, descontraída, criativa e divertida. Uma bela indicação para pais e filhos, professores e alunos nesse retorno às aulas. Vejam abaixo o fragmento em questão:

"Cada geração que chega precisa inventar uma língua nova. Por um lado, é uma maneira de identificação da tribo. Por outro, eles realmente pensam diferente de nós e aí o vocabulário mais tradicional já não é suficiente pra expressar o monte de novidades e informações que circula em suas cabecinhas. Por isso procuro sempre conversar com meus filhos, pra manter aberto o canal de comunicação. Falo pra eles 'tipo assim, tipo assim, 'não sei quê, não sei que lá'... Aí eles mais ou menos entendem o que eu tô querendo dizer. Faço um esforço, senão daqui a pouco vamos precisar de tradução simultânea dentro de casa.
Para piorar ainda mais, inventaram o MSN, essa praga da internet onde eles ficam horas e horas escrevendo abobrinhas uns pros outros. Em código secreto.
O mais difícil para nós, que fomos criados lendo Machado de Assis - e pelo menos uma vez na vida tivemos que estudar o Eça de Queiroz -, é decifrar essa língua feita de símbolos e abreviações com a qual eles se comunicam via computador. A cada novidade que eu consigo descobrir, fico me sentindo como o Champollion decifrando a Pedra de Roseta do antigo Egito".


Ano passado, quando fui patrono da XVI Feira do Livro de São José do Norte - Rio Grande do Sul - Brasil, uma noite, conversando com minha amiga Aline, acadêmica de Biblioteconomia, que tem idade para ser minha filha, conversando sobre livros e escritores, acabei falando no meio de uma frase a expressão "bagulho", uma gíria. Aline deu uma risada e disse que não acreditava ter ouvido essa palavra de minha boca, por eu ser um escritor, que escrevia artigos de uma forma toda certinha e tudo mais. Pois é, eu e Aline, como outros tantos amigos que tenho, no mundo real e no virtual, temos na linguagem uma forma de expressão, meio de tribo. Uma coisa é a escrita culta, outra o linguajar coloquial. Devido ao contato com jovens, de alunos a amigos, incorporo ao natural certas gírias, e quando estou nas raras vezes conectado ao MSN, incorporo também siglas, abreviações e tudo mais. Como Kledir falou "temos que manter aberto o canal de comunicação" para entender o outro lado, e não apenas na fala, mas na forma de interação. O que me facilita trabalhar com jovens - e saber me comunicar com as diversas tribos -, é continuar sendo um jovem de espírito, apesar do tempo que passa. Minhas bandas preferidas, além das de meu tempo de juventude, são também muitas das que a geração MSN gosta, e não acho isso nada demais, ou melhor, D+. Risos.
Pais e professores que usam o diálogo para se comunicar com seus filhos e alunos, sabem como a resposta e a interação fluem melhor, do que apenas normas e regras inflexíveis dentro de casa ou em sala de aula. Se não há como fazer os jovens voltarem ao nosso tempo e nosso uso e costumes, podemos viajar ao seu mundo, e com base em nossa experiência de vida estabelecer formas de convívio mútuas, respeitando a individualidade.
Assim sendo, indico o livro O Pai Invisível, de Kledir Ramil, como leitura "obrigatória" a pais e filhos, professores e alunos; os adultos para recordarem coisas de quando eram jovens, e os jovens para conhecerem o mundo que viveram seus pais. Se não entendemos o outro lado, não conhecemos o seu significado.
Observação: A imagem acima, capa do livro indicado acima, extraída do endereço
www.brazilianvoice.com/mostranews.php?id=2045.

A questão autoral no mundo digital


Hoje, mais do que nunca, a questão autoral num mundo cada vez mais dominado pela informática (informação+automática) e pela internet ficou complexa e que requer cuidados em sua análise. Como educador, sempre alerto aos meus alunos e aos professores cursistas sobre os cuidados ao utilizarmos uma informação obtida por meio eletrônico em uma produção ou simples reprodução.
A internet tem sido o celeiro da troca de experiências e informações, proporcionando a divulgação de projetos e atividades que antes ficavam restritas às suas comunidades, ou às vezes em alguma publicação da área de atuação dos responsáveis pela informação. Hoje, não. Com as inúmeras possibilidades que alunos e professores têm de produzir conteúdo e divulgar suas produções na rede mundial de computadores, projetos de escolas ou educadores ficaram à disposição do mundo virtual.
Entretanto, há que se ter certos cuidados no trato da informação, seja ela obtida por meio eletrônico, por meio impresso ou outro. Há que se referenciar, primeiro a autoria (quem produziu o texto ou imagem), o endereço eletrônico, se obtida a informação pela internet, os dados da publicação, como ano, editora, número da página. Enfim, cuidados necessários para que não ocorram desinformações em escala mundial, como tem acontecido.
Já perdi a conta de e-mails com supostas denúncias contra A, B ou C, sobre venda da Amazônia por empresa norte-americana (quando se tratava de jogada de marketing de indústria de refrigerantes), de imagem de Macchu Picchu, cuja rotação indicava o perfil de um inca (mas que se tratava de efeitos de computação gráfica), enfim, mensagens de correio eletrônico ou apresentação de slides atribuindo a Arnaldo Jabor, Luis Fernando Verissimo e outros escritores consagrados a autoria daquelas mensagens e slides. Todas elas desmentidas posteriormente.
Por isso, enquanto educadores e blogueiros, devemos alertar aos alunos, colegas e comunidade da necessidade de quando repassarmos uma mensagem desse tipo, tentarmos comprovar sua autenticidade. Se não vem com o endereço eletrônico da publicação, eu não repasso jamais. Se não há como checar dados polêmicos, remeto direto pra lixeira, pois não devemos contribuir para a poluição digital que são essas correntes, feitas por hackers que desejam ou invadir nosso computador com inúmeros vírus letais, ou pessoas que utilizam de sofismas (um pouco de verdade dentro de uma grande mentira) para atrair nossa atenção e fazer-nos de seus propagandistas na rede.
Por fim, a questão autoral, seja no mundo digital ou nos bancos escolares, tem duas formas: a que reproduz e a que produz informações e conteúdos. No primeiro caso, é fundamental que professores orientem seus alunos para que em suas pesquisas e trabalhos não executem apenas os comandos do teclado "Control C + Control V", que significa copiar e colar dados de um local para o outro, sem informar a autoria, o endereço e deixando de expressar abaixo desses dados a própria opinião; já, quanto a produção de conteúdos, via blog, páginas virtuais ou trabalhos impressos para apresentação em sala de aula, além da autoria direta do aluno ou do professor, também devem ser referenciadas pelos dados que ele pesquisou, os endereços onde se encontram os mesmos, para que o leitor possa confirmar e ampliar sua pesquisa. Do contrário, acontecerá como tem sido a tônica na autoria digital, de sermos "papagaios" uns dos outros, reproduzindo o famoso "ouvi dizer". Mas onde, quando e como? Seja imagem, seja texto, divulgar a fonte e a autoria, mais do que obrigação é lei, passível de implicações pela questão do plágio, que é usar idéias de terceiros como suas. Então, estimulemos que a autoria fique explicitada, e em mensagens suspeitas, não repassem sem a devida confirmação, para evitar a desinformação generalizada. Afinal, somos todos seres intertextuais. Nossas idéias são frutos de nossas leituras e dos autores que gostamos e que nos servem de parâmetro na vida e na profissão.
Observação: Imagem acima, uma colagem digital a partir de um retrato meu, foi possível graças ao uso do software chamado Hockneyizer , que permite a criação sem cola nem tesoura de colagens similares de uma forma simples. E não esqueçam de divulgar sempre a fonte de sua informação.

sábado, março 01, 2008

Inclusão inteligente: Jornal Agora



Publicada na edição on-line deste 1º de março, no Jornal Agora, de Rio Grande - RS - Brasil, e à p. 4 da versão impressa do mesmo, matéria com o titulo de INCLUSÃO INTELIGENTE, que trata do Projeto de Informática na Educação Especial, referente inclusão sob os aspectos tecnológico, educacional e social, da qual sou coordenador, contando com apoio das professoras da Educação Especial da E.E.E.F. Barão de Cêrro Largo, do mesmo município.
Vejam o link para a reportagem, logo abaixo:

INCLUSÃO INTELIGENTE

Observação 1: A 1ª foto acima, 2ª série turma DM, da profª Jane Degani, idealizadora do projeto, em que os alunos numa das primeiras fases da atividade interagem com a máquina através de jogos educacionais, para manusear mouse, teclado, coordenação motora, lateralidade, etc. O projeto de aprendizagem (PA) com essa turma, usando a educação ambiental (grupos água e energia), serviu para que eu e minha colega Janaina discutissemos no TCC (trabalho de conclusão de curso), a questão da inclusão e aprendizagem de portadores de necessidades educativas especiais (PNEEs) em laboratório de informática, dentro da especialização em tecnologia educacional (UFRGS-2006/2007). As atividades com essa turma não foram restritas ao laboratório de informática do NTE Rio Grande/18ª CRE, onde somos multiplicadores de informática educativa, capacitando também professores do ensino público estadual para o uso dos multimeios e da informática no ambiente escolar. Tiveram atividades na própria sala de aula, na biblioteca da EEEF. Barão de Cêrro Largo e saídas de campo, para que os alunos vivenciassem em parte, questões discutidas nos demais ambientes de aprendizagem. O referido PA pode ser visitado, acessando o endereço
http://janainaejose.pbwiki.com/
Observação 2: A segunda foto acima, trata-se do Projeto Hagaquê, em parceria com a profª Simone Zogbi, regente da 4ª série regular e inclusiva, da Escola Barão, onde alunos regulares e incluídos atuam em conjunto. No detalhe da foto, os alunos criam cada qual a sua história em quadrinhos (HQ), em que são os próprios personagens, utilizando fotografias de um passeio feito a uma charqueada próxima da cidade de Pelotas - RS - Brasil, município vizinho a Rio Grande.