terça-feira, março 04, 2008

A questão autoral no mundo digital


Hoje, mais do que nunca, a questão autoral num mundo cada vez mais dominado pela informática (informação+automática) e pela internet ficou complexa e que requer cuidados em sua análise. Como educador, sempre alerto aos meus alunos e aos professores cursistas sobre os cuidados ao utilizarmos uma informação obtida por meio eletrônico em uma produção ou simples reprodução.
A internet tem sido o celeiro da troca de experiências e informações, proporcionando a divulgação de projetos e atividades que antes ficavam restritas às suas comunidades, ou às vezes em alguma publicação da área de atuação dos responsáveis pela informação. Hoje, não. Com as inúmeras possibilidades que alunos e professores têm de produzir conteúdo e divulgar suas produções na rede mundial de computadores, projetos de escolas ou educadores ficaram à disposição do mundo virtual.
Entretanto, há que se ter certos cuidados no trato da informação, seja ela obtida por meio eletrônico, por meio impresso ou outro. Há que se referenciar, primeiro a autoria (quem produziu o texto ou imagem), o endereço eletrônico, se obtida a informação pela internet, os dados da publicação, como ano, editora, número da página. Enfim, cuidados necessários para que não ocorram desinformações em escala mundial, como tem acontecido.
Já perdi a conta de e-mails com supostas denúncias contra A, B ou C, sobre venda da Amazônia por empresa norte-americana (quando se tratava de jogada de marketing de indústria de refrigerantes), de imagem de Macchu Picchu, cuja rotação indicava o perfil de um inca (mas que se tratava de efeitos de computação gráfica), enfim, mensagens de correio eletrônico ou apresentação de slides atribuindo a Arnaldo Jabor, Luis Fernando Verissimo e outros escritores consagrados a autoria daquelas mensagens e slides. Todas elas desmentidas posteriormente.
Por isso, enquanto educadores e blogueiros, devemos alertar aos alunos, colegas e comunidade da necessidade de quando repassarmos uma mensagem desse tipo, tentarmos comprovar sua autenticidade. Se não vem com o endereço eletrônico da publicação, eu não repasso jamais. Se não há como checar dados polêmicos, remeto direto pra lixeira, pois não devemos contribuir para a poluição digital que são essas correntes, feitas por hackers que desejam ou invadir nosso computador com inúmeros vírus letais, ou pessoas que utilizam de sofismas (um pouco de verdade dentro de uma grande mentira) para atrair nossa atenção e fazer-nos de seus propagandistas na rede.
Por fim, a questão autoral, seja no mundo digital ou nos bancos escolares, tem duas formas: a que reproduz e a que produz informações e conteúdos. No primeiro caso, é fundamental que professores orientem seus alunos para que em suas pesquisas e trabalhos não executem apenas os comandos do teclado "Control C + Control V", que significa copiar e colar dados de um local para o outro, sem informar a autoria, o endereço e deixando de expressar abaixo desses dados a própria opinião; já, quanto a produção de conteúdos, via blog, páginas virtuais ou trabalhos impressos para apresentação em sala de aula, além da autoria direta do aluno ou do professor, também devem ser referenciadas pelos dados que ele pesquisou, os endereços onde se encontram os mesmos, para que o leitor possa confirmar e ampliar sua pesquisa. Do contrário, acontecerá como tem sido a tônica na autoria digital, de sermos "papagaios" uns dos outros, reproduzindo o famoso "ouvi dizer". Mas onde, quando e como? Seja imagem, seja texto, divulgar a fonte e a autoria, mais do que obrigação é lei, passível de implicações pela questão do plágio, que é usar idéias de terceiros como suas. Então, estimulemos que a autoria fique explicitada, e em mensagens suspeitas, não repassem sem a devida confirmação, para evitar a desinformação generalizada. Afinal, somos todos seres intertextuais. Nossas idéias são frutos de nossas leituras e dos autores que gostamos e que nos servem de parâmetro na vida e na profissão.
Observação: Imagem acima, uma colagem digital a partir de um retrato meu, foi possível graças ao uso do software chamado Hockneyizer , que permite a criação sem cola nem tesoura de colagens similares de uma forma simples. E não esqueçam de divulgar sempre a fonte de sua informação.

4 Comments:

Blogger Caroline Bertol said...

Olá, sou de um grupo chamado COLABOR e também estamos discutindo o mesmo assunto. Teremos um evento no sesc sp pinheiros que começa na semana que vem: Autoria e Textualidade na Era Digital. Veja mais em www.actamedia.org ou em
www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/busca.cfm?conjunto_id=5052

Teremos oficinas e um grande simpósio.
Abçs

Caroline C. Rocha
carolinerocha@hotmail.fr

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