Brasileiro deixa tudo para o último dia...
Pois é, nós, brasileiros, somos acusados - nem sempre indevidamente - de deixar as coisas sempre para a última hora, do último dia, seja inscrição para concurso, vestibular, até a famosa entrega da declaração do imposto de renda. Apesar de brasileiro nato, normalmente procuro, pelo contrário, resolver as questões sempre nos primeiros dias. Entretanto, a recém ontem de noite, consegui terminar de revisar e imprimir os 3 ensaios do Mestrado em Letras, área: História da Literatura, para entregar hoje na universidade. Isso mesmo, hoje! Mas foi uma situação atípica. Durante as férias procurei compensar com a família a "ausência ainda que de corpo presente", sempre conectado ao computador, seja no trabalho ou em casa - única forma de ter dado conta, em 2007, de trabalhar 2 turnos (manhã e noite) e estudar a tarde, no mestrado (FURG/2007-2008), além de fazer cursar uma especialização a distância em Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC's) na prmoção da Aprendizagem (UFRGS/2006-2007), um curso de extensão a distância em mídias na educação (UnB/2007), e outras atividades artísticas e culturais, como palestras (sobre tecnologia e educação, arte e cultura), curso de informática educativa, como voluntário, coordenação do Projeto de Informática na Educação Especial e o patronato na 16ª Feira do Livro de São José do Norte - RS - Brasil.
Às vezes, perguntado por amigos, como consigo dar conta de tantas coisas ao mesmo tempo, digo, brincando: "Quando estamos numa montanha russa nem sempre temos tempo para apreciar a paisagem. Presos ao acento e seguros às barras de proteção, vamos em frente, esprando apenas que o carro pare de subir e descer em alta velocidade. Quando paramos e olhamos para os trilhos e o percurso feito, pensamos: como dei conta disso?".
Assim é a vida de educadores e de pessoas que acumulam várias atividades, simultaneamente, aliando organização e despreendimento. Conheço diversos amigos e colegas que vivem nesse "turbilhão", dando conta de vários desafios ao mesmo tempo, e que quando relaxam, ou tiram férias, perdem o ritmo e o tempo volta a ter 24 horas, cada hora 60 minutos, cada minuto 60 segundos. Na correria, 3 ou 4 segundos aguardando que uma página abra, que um arquivo seja anexo, parecem uma eternidade.
Falando em deixar para depois, comigo aconteceu o mesmo, quando em férias. Fui deixando, deixando, e quando vi os prazos tinham se afunilado, e precisei fazer um esforço concentrado para concluir os 3 ensaios, que ficaram satisfatórios, mas que, pra minhas exigências pessoais, precisavam de uma revisão mais detalhada. Terminado esse desafio, inicia agora outros mais, como a escrita da dissertação de mestrado; a visitação esta semana às escolas que possuem laboratório de informática na rede pública estadual, sob jurisdição da 18ª CRE Rio Grande; o início, a partir de 24/3, das oficinas de blog, páginas na internet e jogos educacionais, como multiplicador de informática educativa, trabalhando em NTE; além de outros projetos e atividades profissionais e pessoais. Mas incrivelmente, quando estou nesse corre-corre produzo melhor, pois cada momento é precioso e único, e fico mais focado e concentrado nos objetivos traçados para aquele ano. Então, brasileiros de Norte a Sul, lembrem dos prazos a cumprir, para não ser preciso remediar nem atropelar as coisas pelo caminho.
Nas férias, licenciei-me de tudo, sendo apenas pai e marido, para compensar um outro ano em que estarei às vezes distante, ainda que perto, noutra dimensão, ainda que na mesma casa; vivendo num mundo digital e no real ao mesmo tempo. Esposa professora compreende bem essa rotina e me dá apoio. Sem o suporte familiar, dos amigos e dos colegas, nada seria possível, e sempre faço questão de agradecê-los por isso... Bom, por enquanto é só, já está na hora de virar a ampulheta novamente... O tempo não pára.
Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço
http://ofantasticomundodehugo.wordpress.com/
2 Comments:
cara você pois um tema e so no ínicio falo do tema proposto acima depois começou a falar de você mas de qualquer forma parabéns de ser assim tentar resolver as coisas no mesmo momento em que forem passadas
Oi, o objetivo desse post foi realmente mais um desabafo do que um ensaio sobre o tema proposto. Na verdade, meu blog não tem o objetivo de ser diário virtual, e sim um jornal, mas de vez em quando o espelho de narciso que todos temos, nos faz a refletir sobre o nosso particular e o universal. Grato pelo comentário.
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