Jogos educacionais: jogar, alterar e criar um jogo próprio
Na Oficina de Jogos Educacionais, que sou responsável, utilizamos o software Klik and Play, fornecido durante a especialização em TIC's na Promoção da Aprendizagem (UFRGS-2007), da qual fui cursista e participei da disciplina opcional que era justamente sobre jogos educacionais.
A concepção de produzir jogos com conteúdos educacionais, pelo próprio educador, em parceria com o aluno, utilizando conteúdos e competências de sua disciplina é uma grande opção para minimizar o choque de gerações. O Klik and Play traz 14 jogos, estilo árcades, que possibilitam jogar, alterar estes, adaptando as necessidades do educador e sua turma, ou criar um novo. Coordeno 3 turmas de JE, e por questão de atividades paralelas, como a participação no PROEA/PRG - Programa de Educação Ambiental do Porto do Rio Grande, tive que transferir o segundo encontro de uma turma (turno manhã), e a viagem a Porto Alegre, para participar da assembléia do CPERS, também transferi o encontro com outra turma (turno tarde). Com a turma 2, do turno da noite, aconteceu o encontro semanal normalmente na última quarta-feira, dia 23/4. No total, a Oficina de Jogos Educacionais é composta de 3 encontros, de 3 horas cada, no laboratório do NTE Rio Grande/18ª CRE. No primeiro, mostro como usar jogos como o Drawing for children (um paint mais sofisticado, que traz recursos de desenhos e pintura, além de carimbos e cliparts específicos); Pikerucho, indicado para séries iniciais, em um palhacinho pula ao toque da barra de espaço, atingindo balões coloridos, em que o objetivo é acertar a alternativa correta das quatro operações que aparecem na alto da tela; BlockCAD é um jogo estilo Lego, só que em 3D (três dimensões), em que pode-se construir um minimundo digital, com peças e bonecos que parecem aqueles do Playmobil. Por fim, neste 1º encontro, fazemos a Trilha 1, que refere-se ao uso dos 14 jogos disponíveis no Klik and Play. E o interessante é que na turma da manhã, tive diversas cursitas, professoras da rede pública estadual, que também trabaham na rede pública municipal e rede particular, que por às vezes usarem mais o botão direito do que o esquerdo (por serem canhotas), descobriram algumas opções que nem eu conhecia. Como sempre digo, o processo de aprendizagem é mútuo. Então, no 2º encontro, é feita a Trilha 2, que compreende seguir um passo-a-passo para percepção da sistemática de um jogo já feito, que aborda diferenciar o editor de nível (que é a fase de um jogo) e o de eventos (que é adicionar fundo, personagens, objetos, dando a cada um funções diversas, como movimento, som, seqüência lógica, etc. E confesso estar temeroso, não com a turma composta de professoras, mas comigo mesmo, pois essa Oficina é minha estréia com esse tema. Anteriormente fui apenas cursista e não o educador. Mas fluiu muito bem, e a turma se divertiu aprendendo junto. Como acontece na informática, nem sempre o passo-apasso funciona, ou pela máquina travar ou por faltar algo que não foi percebido antes. Acabamos resolvendo em grupo essas situações, e fazendo um adendo ao pequeno manual fornecido aos cursistas. Tal ajuste facilitará às próximas turmas, graças a integração entre mim e a turma 2. Na Trilha 3 e última, criaremos um jogo educacional, de um nível apenas, mas que com o manual poderá ser possível aos cursistas a criação de níveis e eventos diversos, dependendo, como friso a todos, da dedicação, tempo e criatividade de cada um. Informática é uma grande aliada, mas a máquina apenas acompanha comandos dados, e se o cursista não fizer estes, nenhuma máquina o fará por ele.
Hoje, li no portal Yahoo! Brasil, secção tecnologia, uma notícia sobre nova concepção que é a de não apenas reproduzir mas criar jogos, que podem ser feitos não apenas por gigantes do mercado da informática, tipo Microsoft, Nintendo, EA, etc. , mas um simples usuário que tenha criatividade. Tenho falado neste blog, nos cursos e oficinas com os colegas e cursistas da necessidade do educador do século XXI pensar na produção do conteúdo, e não apenas na sua reprodução do que já existe, e feito por terceiros. Para quem trabalha com educação e tecnologia, e pretende utilizar jogos educacionais em seu cotidiano escolar, sugiro a leitura do artigo de Jocelyn Auricchio, acessando o link (atalho) abaixo.
Videogame 2.0: faça seu próprio jogo
Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço
www.coverbrowser.com/image/misc-games/5606-1.jpg