domingo, abril 27, 2008

Jogos educacionais: jogar, alterar e criar um jogo próprio


Na Oficina de Jogos Educacionais, que sou responsável, utilizamos o software Klik and Play, fornecido durante a especialização em TIC's na Promoção da Aprendizagem (UFRGS-2007), da qual fui cursista e participei da disciplina opcional que era justamente sobre jogos educacionais.
A concepção de produzir jogos com conteúdos educacionais, pelo próprio educador, em parceria com o aluno, utilizando conteúdos e competências de sua disciplina é uma grande opção para minimizar o choque de gerações. O Klik and Play traz 14 jogos, estilo árcades, que possibilitam jogar, alterar estes, adaptando as necessidades do educador e sua turma, ou criar um novo. Coordeno 3 turmas de JE, e por questão de atividades paralelas, como a participação no PROEA/PRG - Programa de Educação Ambiental do Porto do Rio Grande, tive que transferir o segundo encontro de uma turma (turno manhã), e a viagem a Porto Alegre, para participar da assembléia do CPERS, também transferi o encontro com outra turma (turno tarde). Com a turma 2, do turno da noite, aconteceu o encontro semanal normalmente na última quarta-feira, dia 23/4. No total, a Oficina de Jogos Educacionais é composta de 3 encontros, de 3 horas cada, no laboratório do NTE Rio Grande/18ª CRE. No primeiro, mostro como usar jogos como o Drawing for children (um paint mais sofisticado, que traz recursos de desenhos e pintura, além de carimbos e cliparts específicos); Pikerucho, indicado para séries iniciais, em um palhacinho pula ao toque da barra de espaço, atingindo balões coloridos, em que o objetivo é acertar a alternativa correta das quatro operações que aparecem na alto da tela; BlockCAD é um jogo estilo Lego, só que em 3D (três dimensões), em que pode-se construir um minimundo digital, com peças e bonecos que parecem aqueles do Playmobil. Por fim, neste 1º encontro, fazemos a Trilha 1, que refere-se ao uso dos 14 jogos disponíveis no Klik and Play. E o interessante é que na turma da manhã, tive diversas cursitas, professoras da rede pública estadual, que também trabaham na rede pública municipal e rede particular, que por às vezes usarem mais o botão direito do que o esquerdo (por serem canhotas), descobriram algumas opções que nem eu conhecia. Como sempre digo, o processo de aprendizagem é mútuo. Então, no 2º encontro, é feita a Trilha 2, que compreende seguir um passo-a-passo para percepção da sistemática de um jogo já feito, que aborda diferenciar o editor de nível (que é a fase de um jogo) e o de eventos (que é adicionar fundo, personagens, objetos, dando a cada um funções diversas, como movimento, som, seqüência lógica, etc. E confesso estar temeroso, não com a turma composta de professoras, mas comigo mesmo, pois essa Oficina é minha estréia com esse tema. Anteriormente fui apenas cursista e não o educador. Mas fluiu muito bem, e a turma se divertiu aprendendo junto. Como acontece na informática, nem sempre o passo-apasso funciona, ou pela máquina travar ou por faltar algo que não foi percebido antes. Acabamos resolvendo em grupo essas situações, e fazendo um adendo ao pequeno manual fornecido aos cursistas. Tal ajuste facilitará às próximas turmas, graças a integração entre mim e a turma 2. Na Trilha 3 e última, criaremos um jogo educacional, de um nível apenas, mas que com o manual poderá ser possível aos cursistas a criação de níveis e eventos diversos, dependendo, como friso a todos, da dedicação, tempo e criatividade de cada um. Informática é uma grande aliada, mas a máquina apenas acompanha comandos dados, e se o cursista não fizer estes, nenhuma máquina o fará por ele.
Hoje, li no portal Yahoo! Brasil, secção tecnologia, uma notícia sobre nova concepção que é a de não apenas reproduzir mas criar jogos, que podem ser feitos não apenas por gigantes do mercado da informática, tipo Microsoft, Nintendo, EA, etc. , mas um simples usuário que tenha criatividade. Tenho falado neste blog, nos cursos e oficinas com os colegas e cursistas da necessidade do educador do século XXI pensar na produção do conteúdo, e não apenas na sua reprodução do que já existe, e feito por terceiros. Para quem trabalha com educação e tecnologia, e pretende utilizar jogos educacionais em seu cotidiano escolar, sugiro a leitura do artigo de Jocelyn Auricchio, acessando o link (atalho) abaixo.

Videogame 2.0: faça seu próprio jogo

Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço
www.coverbrowser.com/image/misc-games/5606-1.jpg

sábado, abril 26, 2008

Agradecimento literário


Aproveito, ainda em tempo (apesar da correria que vivo ultimamente e que me impede em certos momentos de publicar notícias neste jornal virtual), para agradecer a profª. Adriana Gibbon, do curso de Letras, da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG), pela inclusão da poesia Sexta-feira da Paixão, de minha autoria, em trabalho de análise de textos na sua disciplina. É uma satisfação saber que uma obra minha está sendo trabalhada na Academia. Todo escritor escreve obviamente para um leitor. E um(a) acadêmico(a) de Letras é um(a) leitor(a) qualificado, o que valoriza ainda mais essa indicação. Algumas amigas e conhecidas, que casualmente são alunas da profª Adriana - que não conheço pessoalmente - foram as que me trouxeram essa grata notícia. Diante do estresse natural de várias atividades simultâneas - que às vezes me impedem inclusive de alimentar periodicamente este blog -, saber do reconhecimento de um trabalho poético é uma verdadeira injeção de ânimo para um poeta e escritor autodidata, como é o meu caso. Grato mais uma vez à profª. Adriana pela escolha de meu texto poético.
Abaixo, segue a íntegra da referida poesia (escrita em 05/12/2004), já publicada em meu outro blog ControlVerso , onde divulgo meus poemas, contos, crônicas, artigos de opinião, ilustrados por colagens, também de minha autoria.

SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO

Vai, meu poeta...
Pega tua pena e não demora
Que um anjo passou zunindo agora
Com as asas abertas da imaginação.

Versos, verões, virtudes, versões...
E a liberdade, musa de todo poeta,
É uma fênix incinerada,
Revivendo-nos a cada paixão...

Nunca uma sexta-feira foi igual àquela,
Depois que Cristo, morto de amor,
Por nós de novo se apaixonou...

Vejo-O vivo em cada cruz,
Cada poste de luz que ilumina meu caminho,
Em cada copo de vinho e pedaço de pão...


Observação: A imagem acima trata-se de uma colagem, de minha autoria, a partir da composição de duas fotografias: uma da capa de um disco de Terence Trent Darby (Cristo estilizado) sobreposta com a foto de operários, fazendo uma instalação de energia elétrica (esta segunda, não identificada a autoria por mim). Fiat lux, faça-se a luz!

terça-feira, abril 22, 2008

Os 3J no PROEA/PRG



Os 3 J (jotas) é uma brincadeira com a inicial do nome de Jane, José e Janaina. Eu e minhas duas colegas de projetos envolvendo o NTE e a educação especial da EEEF Barão de Cêrro Largo, em Rio Grande - RS - Brasil. Na foto acima, estamos os 3 J, participando da primeira de uma série de 4 saídas de campo, dentro do Programa de Educação Ambiental do Porto do Rio Grande - PROEA/PRG, visitando inicialmente a zona portuária.
Janaina Senna Martins, 3ª da esquerda pra direita nas fotos acima é minha colega multiplicadora de informática educativa no NTE Rio Grande/18ªCRE, e Jane Degani, a 1ª da esq. pra direita, é nossa colega de Projeto de Informática da Educação Especial, responsável pela 2ª série, turma DM, que foi a turma escolhida para que elaborassemos Projeto de Aprendizagem, via TCC, na especialização em TIC's na Promoção da Aprendizagem (UFRGS-2007).
O referido projeto de aprendizagem pode ser acessado pelo endereço
http://janainaejose.pbwiki.com/

domingo, abril 20, 2008

Cadastro no Portal dos Blogs


Visitando um blog que leva a outro, e outro e mais outro, nesse labirinto que é a internet, descobri o Portal dos Blogs, onde é possível cadastrar seu blog e outros que tiver, para ficar numa lista, por área de atuação, à disposição dos interessados.
O Letra Viva do Roig está cadastrado em EDUCAÇÃO; já os outros dois ativos que tenho ControlVerso e Olhar Virtual estão cadastrados em ARTES.

sábado, abril 19, 2008

Conversão de apresentação de slides em vídeo


Graças a indicação da colega Márcia Paganella, do blog Me Acharam, pude conhecer o programa E.M. Free PowerPoint Video Converter 1.0 , e com ele converter, como teste, uma antiga apresentação de slides, com texto, fotografias e formatação de minha autoria, integrante do Projeto Poesia Ilustrada (que já foi exposto em diversos locais), em que mesclo textos poéticos e imagens em PowerPoint. Convertido a apresentação de slides em vídeo, coloquei o mesmo no YouTube , e de lá capturei o endereço do vídeo pra postar em meu blog. Essa multifuncionalidade é interessante ao educador do século XXI, para mesclar reprodução e produção de conteúdos envolvendo arte, cultura e educação, além de recursos como câmera digital, mic romputador, programa de criação de slides, conversor de slides em vídeo, YouTube e blog. Como esse vídeo foi o primeiro, ainda não estou familiarizado com todos os recursos do programa. Mas quem quiser ler com calma o texto sobreposto às fotografias tiradas por mim, da cidade do Rio Grande - RS - Brasil, basta usar o botão pausa.

sexta-feira, abril 18, 2008

Passeio de vagoneta pelo Molhe Oeste da Barra do Porto de Rio Grande


Em 06 de abril de 2008, realizei um antigo sonho: passear de vagoneta no Molhe Oeste da Barra que conduz ao Porto, aqui na cidade do Rio Grande - RS - Brasil. É incrível como as coisas tão próximas às vezes não são realizáveis ou levam muito tempo pra acontecer. Morando aqui na região, desde 1 ano e meio de idade (sou natural de Porto Alegre), mas me considero meio nortense, por ter ido ainda bebê para o município vizinho de São José do Norte - terra de meus avós paternos -, e aos 18 anos, por doença na família, vim morar em Rio Grande, me tornando meio rio-grandino também. Às vezes, na imprensa, saem notícias (sobre educação ou literatura) dizendo que sou nortense, ora rio-grandino, ora porto-alegrense. Para todos digo o mesmo: sou cidadão do mundo, e cada local traz um pedaço de minha identidade. Somos todos frutos do mundo em que vivemos, da família que habitamos, da cultura que herdamos.
Pois então, passear de vagoneta - um carro que lembra aqueles que andam em trilhos de trem, só que puxado à vela -, era um sonho antigo que por falta de oportunidade nunca tinha feito. Alguns amigos brincam comigo quando conto que aprendi a andar de bicicleta apenas aos 30 anos de idade. Na verdade, por causa de uma infância e adoslecência com dificuldades financeiras, nunca tive uma "bike", e quando, passada a crise, tive condições de adquirir uma, tinha vergonha de aprender. Um dia, aos 30, na praia do Mar Grosso, ajudado por meus irmãos, aprendi em minutos, e finalmente realizei outro antigo sonho: comprar e andar na minha própria bibicleta.
Quando proporciono, através de projetos de aprendizagem, aos alunos da Educação Especial a possibilidade de mexer num microcomputador, vejo nos olhos deles o mesmo brilho que já tive e tenho ao realizar um pequeno sonho. Somos eternos aprendizes. E, como comento com meus alunos-cursistas, professores da rede pública estadual, a maioria já com mais de 30 ou 40 anos, aprendendo a manipular um PC: mexer num computador é como andar de bicicleta. Depois que se aprende a se equilibrar, é só embalar e pronto. Aquele que acha que sabe tudo, não sabe o principal: "Que estamos sempre aprendendo uns com os outros".
Criei então um slideshow, acima, para mostrar as belíssimas imagens desse passeio com a família, pois o vídeo que fiz, de poucos minutos, deu 121MB, e me impossibilitou no momento de colocar no YouTube (que armazena vídeo de até 10MB) e pegar endereço pra colocar no blog. No futuro irei editar o mesmo, pra publicar no blog algumas imagens em movimento. É um passeio fantástico que aconselho a todos que visitam a região sul do Rio Grande Sul, Brasil.
Fomos em quatro (eu, esposa, filho e cunhada) ao preço de vinte reais (cinco "pila" pra cada). Pila é o nome dado pelos gaúchos ao dinheiro. O passeio leva em torno de uma hora (entre ida e volta), com um intervalo de 10 minutos lá no Farol, para tirar fotos.
Tive a sorte de no meio do passeio observar o deslocamento de um navio cargueiro saindo do Porto, e indo para o Oceano Atlântico, e as fotos podem ser vistas no slide show. O Molhe Oeste situa-se ao lado da praia do Cassino, em Rio Grande.
Em uma próxima vez, pretendo conhecer o outro lado, no município de São José do Norte, também de uma beleza fantástica, onde existem leões-marinhos habitando o braço Leste dos Molhes da Barra.
A verdadeira felicidade na vida está nas pequenas coisas que estão ao nosso redor, e por serem cotidianas, nem sempre percebemos a riqueza e o valor natural. Realizei este sonho, e tenho outros tantos, que não são nada extravagantes. A felicidade está na simplicidade da vida. Saber compartilhar aprendizagens é um desses pequenos segredos de um bom educador.
No ano em que se comemora o bicentenário da Abertura dos Portos brasileiros às nações amigas de Portugal, mostrar essas imagens é a minha pequena contribuição para marcar essa data comemorativa.

terça-feira, abril 15, 2008

Blog do DTG Lanceiros da Tradição


É com satisfação que indico mais um blog, fruto das Oficinas de Blogs Educacionais, da qual sou responsável, disponibilizada pelo Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) Rio Grande / 18ª CRE, vinculado a Seduc-RS. O blog indicado chama-se Lanceiros da Tradição e foi criado pela profª Beth Oliveira, para divulgar o DTG dos Lanceiros da Tradição da EEEM Bibiano de Almeida, da 6ª região Tradicionalista de Rio Grande - Rio Grande do Sul - Brasil. CTG é Centro de Tradições Gáuchas, um local onde é cultivado a história, a arte e a cultura do Estado do Rio Grande do Sul. Para quem não é gaúcho, o DTG é o Departamento de Tradições Gaúchas, ou seja, uma célula em que normalmente está vinculada a um CTG. O Blog Lanceiros da Tradição está repleto de imagens, fotos, álbuns de fotografias (no Bubbleshare), divulgando os eventos que o DTG Lanceiros da Tradição participa e obteve premiações. A colega Maria Elisabeth Oliveira é o patrão (termo usado no Sul para designar o dirigente) da entidade, e professora da rede pública estadual. Uma bela iniciativa de unir educação, arte e cultura. Parabéns a Beth pela iniciativa e aos integrantes do DTG, que são alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Bibiano de Almeida, do município de Rio Grande - RS - Brasil, pelo destacado trabalho na preservação da identidade gaúcha.
Como especialista em História do Rio Grande do Sul: sociedade, política e cultura (FURG-2006), tratei da questão da identidade do gaúcho típico e seu arquétipo na obra de Érico Verissimo, e, em especial, o primeiro volume da trilogia O Tempo e o Vento, intitulado O continente. Em 128 páginas me debrucei sobre duzentos anos de história do meu estado natal, analisando realidade e ficção, comparando a mesma trajetória feita por Erico Verissimo, ao abarcar em sua mais destacada obra ficcional, também duzentos anos de história gaúcha (1745-1945). E o que parecia paradoxal no início de minhas pesquisas, de unir tradição e modernidade, proporcionou-me ao final do trabalho monográfico, não apenas conhecer aspectos da história e literatura gaúchas, mas perceber que o tradicionalismo, muitas vezes associado ao conservadorismo do gaúcho, nesse caso, do CTG, da questão da valorização e culto à memória, às lendas e usos e costumes do estado mais meridional do Brasil, foi de fato um aspecto modernista, iniciando seus passos algumas décadas antes mesmo do Modernismo fundar seu movimento, através da Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo. Tradição e modernidade, portanto, andam de mãos dadas, e não o contrário, como alguns pensam. É um bom tema para debate, inclusive, já palestrei sobre isso em seminários, em dois municípios aqui da região sul (Rio Grande e São José do Norte). Valorizemos então nossa identidade através da arte e cultura.
Quem quiser conhecer um pouco da alma gaúcha deve visitar um CTG ou DTG, assistir a uma Invernada (show de dança gaúcha), participar de uma Roda de Chimarrão, onde a cuia com o mate passa de mão em mão, de boca em boca, de forma solidária. Um povo só pode ser entendido através de sua cultura. Abaixo, Hino Sul-Rio-Grandense, com Letra de Francisco Pinto da Fontoura e Música de Joaquim José de Mendanha: "Como a aurora precursora/do Farol da divindade,/foi o vinte de setembro/o precursor da liberdade./(Estribilho)/Mostremos valor constância/nesta ímpia e injusta guerra;/sirvam nossas façanhas/de modelo a toda a terra./
Mas não basta p’ra ser livre/ser forte, aguerrido e bravo;/povo que não tem virtude/acaba por ser escravo".
Observação 1: Imagem acima, extraída do blog em questão, no endereço
http://lanceirosldt.blogspot.com/
Observação 2: A letra e a música do hino podem ser baixadas pelo portal abaixo
http://www.galpaovirtual.com.br/hino.php

segunda-feira, abril 14, 2008

Educação e a "pré-história" do futebol


Em 26/03/2008, ocorreu em Londres um jogo amistoso entre as seleções nacionais de futebol do Brasil e da Suécia. A imprensa vinculou imediatamente ao cinquentenário do 1º. título mundial de futebol do Brasil, vencido justamente em 1958, sobre a Suécia, país organizador da Copa do Mundo daquele ano. A Confederação Brasileira de Futebol, atual CBF, mas que em 1958 chamava-se CBD, Confederação Brasileira de Desportos, tratou de desvincular o jogo de qualquer sentido de comemoração oficial da entidade com o cinquentenário, que segundo li em jornais, deverá ser comemorado durante o ano, no Brasil.
A partir daí duas coisas me chamaram a atenção: primeiro, essa forma da CBF não querer vincular esse jogo amistoso aos festejos, enquanto grande parte da imprensa européia e mundial fez tal vinculação. Em um segundo momento, o que me surpreendeu foi a declaração de diversos jogadores da atual seleção, e, em especial, o talentoso Luis Fabiano, que desconheciam a maioria dos fatos ligados a essa primeira conquista em Copas do Mundo, e que com certeza nos tornou, a partir dela, o País do Futebol. Luis Fabiano chegou a dizer aos repórteres que não sabia de quase nada pois não era nascido na época. Convenhamos, como educador, achei a desculpa mais esfarrapada possível. E fiquei bastante contrariado não apenas com o jovem e talento jogador, mas com a própria entidade que comanda o futebol nacional que não esclarece aos seus valorizados craques um pouco da história do futebol nacional e mundial. Se nada sabem da história da própria profissão que os torna independentes fincanceiramente em curto espaço, o que saberão de outras coisas do mundo? Evidentemente que não quero cobrar de Luis Fabiano, Robinho e outros jogadores (que também não sabem a letra do Hino Nacional, escrito também muito antes de seu nascimento e de todos os brasileiros vivos), conhecimento de física, matemática, ciência e tecnologia. Mas, creio que pelo nível que estão, jogando em grandes clubes do exterior, recebendo em euros, deveriam buscar informações sobre a "pré-história" do futebol. Digo pré-história em tom irônico mesmo, pois se tudo que foi feito antes de nossa existência não temos obrigação de saber, como alegou Luis Fabiano, então, eu que nasci em 1964, não deveria saber nada de História, Literatura, Tecnologia, Arte, Cultura e Educação feitas antes do meu nascimento. Se a moda pega, o mundo virará um caos. Os pilotos desconheceram a história da aeronáutica; os marinheiros da navegação; os militares da estratégia; os políticas da retórica e das ideologias, etc.
É incrível que jovens talentos nada saibam sobre carques do passado como Mané Garrincha, Pelé, Vavá, Zagallo, Nilton Santos, Djalma Santos e tantos outros que contribuíram para a valorização deste esporte em terras brasileiras, que nasceram na época errada, pois nada lucraram com o futebol, e graças ao talento do passado, foi possível a independência fincanceira dos craques do presente. Naquele tempo a TV não era o poderoso veículo de comunicação de massas, nem jogadors, por mais talentosos que fossem, recebiam direito de uso da imagem e contrato com empresas de material esportivo, tendo tratamento de superstars. Não culpo apenas os jovens jogadores pelo desconhecimento, mas também a entidade gestora do futebol nacional por não fazer um trabalho também de conscientização dos craques do presente e do futuro e a devida (em todos os sentidos) valorização dos craques do passado. A vida é muito maior que a duração da nossa própria vida. Educar é um ato contínuo, e vai muito além da escola. Educadores devem ser todos, principalmente pais e gestores, sejam públicos ou privados. Eu não nasci em 1958, mas sei bem que muito de nossa identidade nacional é devido a vitória daqueles 22 jogadores que se sagraram campeões mundiais em terra estrangeira. Se desconhecemos nossas origens, e as origens de nossa profissão não somos de fato bons profissionais e cidadãos.
Observação: Imagem acima, colagem de minha autoria (2008), a partir de recortes de revistas antigas (usando apenas tesoura e cola bastão, e digitalizando o resultado via scanner para um computador).

O gerenciamento do conhecimento local


O professor Ladislau Dowbor concedeu uma entrevista esclarecedora a revista Carta na Escola, edição nº 24, de março/2008, cujo título chama-se "Gerir o conhecimento local". Já assisti palestra de Dowbor em que ele tratava dessa questão e concordo plenamente com ele. O saber local deve ser incorporado na prática educacional. Vejam algumas opiniões interessantíssimas de Dowbor, prof. de Economia e Administração da PUC-SP, destacadas pela revista:
- "Está acontecendo uma explosão do universo do conhecimento à disposição e a escola continua a repassar o que está na cabeça do professor";
- "Em Piraí, no Rio de Janeiro, eu vi o pessoal da escola pública assistindo aula de Geografia e se conectando ao Google Earth. É outra coisa";
- "Nós caminhamos para diversos tipos de desemprego estrutural. A pesca artesanal ocupa cerca de 300 milhões de pessoas, mas vem sendo destruída pela grande pesca oceânica";
Conforme destaca a revista "Para Dowbor, que foi aluno de Jean Piaget, na Suíça, o currículo escolar deveria introduzir visitas a hospitais, indústrias, empresas, universidades". Conforme o subtítulo da matéria Ladislau Dowbor "defende uma escola menos lecionadora e mais articuladora do conhecimento que a tecnologia tornou acessível a todos".
Como sou adepto do construtivismo, usando nos projetos que envolvem a tecnologia educacional, os conceitos da aprendizagem significativa e da flexibilidade cognitiva, tenho me valido muito do saber local na prática educacional, seja trabalhando com o saber que o aluno traz de casa, seja fazendo saídas de campo pra que possamos compartilhar o conhecimento. No projeto de aprendizagem que desenvolvi em parceria com a colega Janaina Martins e a profª. apoiadora Jane Degani, com uma turma de 2ª série DM, utilizamos 4 ambientes distintos de aprendizagem: sala de aula, laboratório de informática do NTE, onde eu e Janaina somos multiplicadores de informática educativa e, por fim, saídas de campo, com os alunos, mostrando questões como a água e a energia elétrica, dois assuntos que eles mesmos escolheram.
O referido projeto que foi base para o TCC da especialização em TIC's na Promoção da Aprendizagem (UFRGS-2006/2007), e pode ser acessado através do endereço http://janainaejose.pbwiki.com/. Na saída de campo final, fomos pela orla da cidade até o mercado público, onde é comercializado pescados. Na oportunidade, educadores e alunos puderam ter uma "aula" com um dos comerciantes que vendia pescados em uma das bancas, e também um dos alunos, morador da povoação da Barra, em Rio Grande-RS-Brasil, e local de moradia de muitos pescadores, sabia o nome dos peixes tanto como o vendedor. Foi uma experiência enriquecedora para todos, pois cada qual, em determinado momento, foi agente e sujeito da aprendizagem compartilhada e do saber local a serviço da educação colaborativa.
Observação: No vídeo acima, extraído do YouTube, do endereço
http://br.youtube.com/watch?v=HhoMA6xPzbE ,
Ladislau Dowbor dá uma entrevista em março de 2007, sobre "Políticas de apoio ao desenvolvimento local".

domingo, abril 13, 2008

Portal EducaRede

Uma interessante indicação da colega Ieda, trata-se do portal EducaRede , mantido pela Fundação Telefônica, que disponibiliza aos educadores uma série de opções de interação, desde concurso para quem utiliza a internet em sala de aula, até a possibilidade de criar uma comunidade virtual de aprendizagem. No EducaRede há diversas informações, ferramentas e serviços. Também é possível saber sobre a questão autoral na rede e um glossário sobre expressões usadas no mundo digital. Lá é possível encontrar também o EducaLinks , que é um espaço que divulga sites de educadores com projetos e espaços de troca, etc.

sábado, abril 12, 2008

cegueta.com


Por sugestão do amigo Deivisson, de Marília - SP, em viagem aqui pelo extremo sul do Rio Grande do Sul, que conheci esta semana por conta de outro amigo, o Hélio, que tenho atendido no NTE, auxiliando-o no uso do laptop com o dosvox e o gravador de voz, indico o portal Cegueta , destinado aos portadores de deficiência visual e aos educadores que se interessem pelo tema.
Lá é possível encontrar a Rádio Cegueta, biblioteca virtual, tutoriais, músicas, humor, downloads, etc.
Para pesquisas, Deivisson, que possui deficiência visual (assim como o Hélio) indica o portal Altavista.
Para trabalhar com turmas de DV, no projeto de informática na Educação Especial (parceria do NTE Rio Grande/18ªCRE com a EEEF Barão de Cêrro Largo, de Rio Grande-RS-Brasil), que coordeno há 3 anos, tenho podido contar com o apoio voluntário de pessoas que possuem essa necessidade especial - como o inestimável trabalho voluntário feito por Luize Dorneles -, por achar que nada melhor que o próprio portador da necessidade educativa especial seja o monitor dos que tem a mesma limitação física, pois este sabe melhor que qualquer educador que não possua a DV, como agir e como auxiliar no processo de ensino-aprendizagem. A partir dessa aprendizagem, da qual também torno-me aprendiz, passo a ser sujeito e agente educacional, assim como os demais envolvidos nesse projeto inclusivo, do ponto de vista tecnológico, pedagógico e social. Compartilhamos experiências de vida em prol de uma educação de qualidade.
Observação: A imagem acima, intitulada Olho de Deus, foi extraída da internet, do endereço
http://world2.knightfight.com.pt/index.php?ac=showuser&showuserid=78061430

sexta-feira, abril 11, 2008

Blog da Escola de Educação Especial José Alvares de Azevedo


Como multiplicador de informática educativa, lotado no NTE Rio Grande/18ª CRE, é sempre com satisfação que vejo blogs criados a partir das oficinas disponibilizadas pelo Núcleo a professores, serem também utilizados em atividades dentro e fora da rede pública estadual de ensino, ou seja, no sistema de ensino em geral. Como educador, penso que o grande objetivo da educação deveria ser compartilhar experiências e produzir conhecimento mútuo. Aprender a aprender uns com os outros, parafraseando paulo Freire. Como gosto de salientar, a partir da tecnologia educacional, via blog, wiki, microcomputadores, TV, rádio, jornal, DVD, etc., é possível pensar não apenas na reprodução, mas principalmente na produção de conteúdos pedagógicos que podem servir de referência a outros educadores, evidentemente, com as devidas adaptações a sua região, costumes, clima, etc.
Aproveito, então, para destacar o blog (diário virtual) e o wiki (página na internet) da Escola da Educação Especial José Alvares de Azevedo, da cidade do Rio Grande, Estado do Rio Grande do Sul - Brasil, criadas pela cursista Gláucia Pinho, servidora pública estadual, cedida à referida escola; instituição que faz um inestimável trabalho de atendimento a alunos com deficiência visual, desde a estimulação precoce, passando pela educação infantil e ensino fundamental até a 4ª série, também possuindo oficinas de terapia ocupacional, como artesanato, música, dança, etc...
Poder contribuir, ainda que de forma indireta, através de oficinas de blog e wiki, para que instituições de ensino possam divulgar suas atividades na blogosfera, é um dever do multiplicador de informática educativa e do cidadão. Aproveito para desejar sucesso a Gláucia e a Escola José Alvares de Azevedo, e convidar aos visitantes do Letra Viva do Roig, para conhecerem o blog e o wiki (em construção) da referida instituição, nos links abaixo:

Blog da Escola de Educação Especial José Alvares de Azevedo

Wiki da Escola de Educação Especial José Alvares de Azevedo

Observação 1: Imagem acima, logomarca da E.E.E. José Alvares de Azevedo, extraída da internet, do endereço
http://escolaalvaresdeazevedo.pbwiki.com
Observação 2: As oficinas de construção de blog e wiki estão funcionando desde 24/03/2008, no laboratório do NTE Rio Grande/18ª CRE, disponibilizadas nos turnos manhã, tarde e noite, com encerramento previsto para 17/04/2008. Também foram oferecidas oficinas de Histórias em Quadrinhos e Jogos Educacionais. O responsável pela oficina de blog sou eu, José Roig (multiplicador), de wiki, a colega Janaina Martins (multiplicadora) e de HQ, a colega Dulcinéa Castro (coordenadora do NTE). Foram disponibilizadas 5 turmas de blog, 05 turmas de wiki, 04 de HQ e 03 de jogos educacionais.

Blog do Protásio

Dentro dos princípios que regem o blog Letra Viva do Roig, de divulgar atividades e projetos pessoais, mas também de indicar outros blogs, portais, atividades, projetos, notícias que envolvam o uso da tecnologia educacional no ambiente escolar e na sociedade, sugiro a visita ao blog de meu amigo e colega Alexandre Reinaldo Protásio, chamado Blog do Protásio , que vai além do mero inventário de coisas particulares, propondo saudáveis reflexões e críticas construtivas ao cotidiano escolar e seu entorno social.

quinta-feira, abril 10, 2008

Lista de discussão e a discussão nas listas


Caros visitantes do blog Letra Viva do Roig, depois de uns dias ausentes da blogosfera, estou aqui para refletir sobre a importância de uma Lista de Discussão.
Esse afastamento foi devido as diversas atividades no NTE e fora dele, além das atividades particulares e pessoais. Entretanto, mesmo longe, sempre a matéria-prima para um blog deve ser o cotidiano de seu editor, mais que inventário de ações, uma forma de discussão sobre o mundo que nos rodeia.
Para refletir sobre educação e estabelecer parcerias a distância, nada melhor que um blog, mas também nada tão eficiente como uma lista de discussão. Lembro que há alguns anos, quando comecei a utilizar a informática com fins educacionais, participei de alguns encontros com colegas que já estavam num nível mais avançado do que eu, e como todo iniciante, seja aluno, cursista ou educador, fica-se com receio de fazer certas perguntas que parecem banais (aos outros, diga-se de passagem). E ai ficamos perdidos no mundo real e no ciberespaço. Como sou comunicativo, sempre pergunto o que não sei, anoto, rascunho, até fixar bem a novidade. Em um desses encontros, o pessoal falava animado de uma tal de LISTA; que tudo deveria ser discutido lá, colocado lá, compartilhado lá. E eu comigo mesmo pensei: que lista? o que é uma lista? Pra que serve?
Quando uma colega me explicou que a LISTA nada mais era que, como o próprio nome diz, uma LISTA DE CONTATOS de endereços eletrônicos de um grupo que tem alguma atividade em comum, para discutir de forma ampla questões do universal ao particular, fiquei mais aliviado.
Hoje, acho fundamental aos educadores que utilizam ou não a tecnologia no seu ambiente de trabalho, mas que têm uma conta de correio eletrônico ativa, que participem de uma lista. E melhor ainda, criem sua própria lista, com os e-mails de amigos, colegas e parceiros de determinada atividade, projeto ou profissão. Uma LISTA é um meio ágil, descentralizador e eficiente de compartilhar dúvidas e certezas. Uma lista pode ser temática. Quando mais restrita a um determinado tema melhor. Ter uma lista ou pertencer a uma deveria ser uma prática mais comum, que possibilita que eu, por exemplo, participando de uma lista de discussões de Blogs Educacionais (como de fato participo), possa receber contribuições de colegas de várias partes do país, sua sindicações de outros blogs, programas, atividades, curiosidades afins. Também posso contribuir, postando na lista minhas sugestões, dúvidas e materiais que possam ser socializados, contribuindo para que a distância física aproxime colegas que tem um mesmo ideal. Portanto, educadores de determinada escola, ou de escola de determinada cidade, ou de diversas escolas de um estado e até mesmo país, criem suas listas, convidando seus amigos e colegas para estabeleceram uma estrada de duas mãos entre a informação e o conhecimento. Criar uma lista de discussão não é complexo, dadas as possibilidades que ela permite de interação digital. Uma lista agrupa os dispersos. Já participei de grupos interessantíssimos, com pessoas de várias áreas do conhecimento e com atuação em diversos segmentos da sociedade, que se tivessem sido agrupados numa lista, teriam como acompanhar as discussões e ações de seus integrantes, cada qual auxiliando ao outro, na medida do possível, quando fosse necessário. Sem a lista, cada um trabalha só para uma causa que é única: a melhoria da sociedade. Mas há que se deixar claro que lista de discussão não é pra ser banalizada com apresentações de slides sem sentido ao objetivo da própria lista, nem propagandas indesejados, fora também do âmbito que a lista se propõe. O objetivo principal de uma lista de discussão é socializar as informações e não banalizar a prória discussão com spams e outras pragas que infestam o mundo real e digital. Portanto, vamos estimular o uso da lista de discussão e da discussão eficiente numa lista. Tudo que envolva tecnologia educacional e inclusão social via tecnologia, podem me convidar para uma lista que terei o maior prazer em pertecer. Mas se for só pra receber inúmeras apresentações de slides de imagens e mensagens, por mais belas que sejam, mas que fogem a esses objetivos, por respeito ao meu tempo e a minha caixa de emails, peço que retirem o meu nome da lista, ou nem o incluam. Grato.
Observação: Imagema cima, extraída da internet, do endereço
http://acertodecontas.blog.br

sexta-feira, abril 04, 2008

Convergência tecnológica e educação digital


Quanto mais trabalho com a tecnologia educacional, diretamente com meus cursistas e alunos ou indiretamente a partir de experiências de colegas ou outros que venho a saber, mais fico com a impressão de que a convergência tecnológica depende da educação digital e vice-versa, no que tange a produção de conhecimento através do uso das TICs. Parece o óbvio, mas não é.
Para quem não ouviu ainda essa sigla, TICs são as tecnologias da informação e da comunicação (microcomputador, TV, rádio, internet, telefone celular, etc.), que, se bem utilizadas, podem promover a inclusão educacional e social. Porém, o uso desses equipamentos fora de um contexto que vise a criação de conteúdo pedagógico e não somente reprodução do que já existe, não propõe a convergência, que vai além de usar diversos equipamento para trabalhar conteúdos e competências curriculares.
Usar a TV e o DVD, ligadas a um sistema de som, apenas para recreação não é usar as potencialidades que estes equipamentos dispõem. Nos cursos e oficinas, quando possível, comento com colegas como se pode aliar essa convergência tecnológica em prol da informação e comunicação entre professores, alunos e comunidade.
O blog (diário virtual), que pode ser criado gratuitamente através de ferramentas como o Blogger , é um dos exemplos mais acabados dessa convergência. Para criar-se um blog é necessário ter algum conhecimento, ainda que básico, de informática, para manipular teclado, mouse, inserir imagens e textos, fazer links (atalhos) para outros blogs ou sítios (sites). Pode-se inclusive editar imagens, ou criar colagens digitais, a partir de fotografias capturadas por professores e alunos da prática escolar ou extraclasse, levando primeiro o arquivo para um editor de imagens, ou o próprio Paint, onde pode ser recortada, colocada a outras, e por ai vai. Para isso, faz-se necessário saber usar uma câmera digital, e como fazer sua transferência e manipulação dentro de um microcomputador. Se a escola, professor ou alunos tiverem uma filmadora, uma câmera digital ou um celular com câmera embutida, é possível tirar fotografias ou fazer pequenos vídeos, que podem ser editados, usando o Movie Maker, do Windows, ou um software livre. Com o vídeo editado, se for superior a 10MB, ou fragmentada em arquivos até essa capacidade, uma atividade pedagógica da escola pode ser publicada no YouTube, maior banco de vídeos do mundo digital. Estando lá, pode ser acessado por todos, ou capturado o endereço, como link ou como vídeo mesmo, para postagem no blog, orkut, site, etc. Claro que, como informo a todos, com o devido termo de autorização do uso de imagens e demais dados, por parte dos responsáveis pelo aluno, ou das pessoas maiores de 18 anos, envolvidas no projeto.
Uma apresentação de slides pode ser convertida e vídeo e gravada em CD ou DVD para passar no gravador/reprodutor de DVD, conectado a uma TV, caso a escola não tenha laboratório de informática. Essa apresentação de slides pode ser conteúdos de uma aula, e se for criativa e original, pode ser cedida ou trocada com outros educadores mundo afora.
Uma pequena história em quadrinhos, feita no Hagáquê, ou similar, unida a fotos, desenhos do paint, ou outra produção com imagens, pode ser colocada numa apresentação de slides, e esta convertida em vídeo, para futura publicação no YouTube, e de lá, seguindo o mesmo processo, postada em blog, site, orkut, etc. Com diversas fotografias, podem ser feitos álbuns digitais, para publicação no ciberespaço, usando recursos como o Slide Show, BubbleShare, etc. São recursos que requerem uma certa educação digital para sua boa utilização, mas nada complexo, somente requerendo uma conta de correio eletrônico válida e senha, e é claro, uma dose de criatividade e originalidade. Criativos, todos somos; originais, nem tanto, basta ver a programação televisiva, com todos os recursos de alta tecnologia que dispõem e ficam imitando mutuamente, diariamente, como nos reality shows, concursos de dança, “pegadinhas” e videocacetadas”, só para exemplificar algumas das banalizações dos meios de comunicação de massa.
Então, a meu ver, a convergência tecnológica é possível, desde que antes o educador e o alunado possuam uma educação digital direcionada para a produção de conteúdo pedagógico compartilhado. O aluno deve ser convidado a interagir em grupos, pesquisando e apresentando aos demais suas conclusões, sempre mediado pelo professor da disciplina, que não precisa necessariamente ser um tecnólogo, mas ter noções básicas do uso da informática e da tecnologia na sala de aula, no laboratório de informática. Professores e alunos devem também compartilhar e convergir para o uso dos multimeios de forma colaborativa, pois como gosto de dizer, o educando pode ser o “piloto” (usuário da máquina) e o professor o “navegador” (mediador do conhecimento e...) de uma atividade educativa, que inclusive pode e deve ser ao mesmo tempo recreativa para ambos. É o chamado aprender se divertindo, que auxilia a convergência tecnológica e à educação digital, minimizando os problemas do choque de gerações. Eu faço muito isso, e estou sempre aprendendo com meus alunos o que eles chama de “manhas”, seja em jogos educacionais, seja no uso mais objetivo do equipamento, através da descoberta de teclas de atalho e tudo mais...
Muitos educadores que não dominam os multimeios se queixam que seus filhos dominam a tecnologia, mas não têm paciência para ensiná-los. Por experiência própria digo que não há aprendizagem sem experiência e continuidade. Sem anotar o passo-a-passo do uso de um maquinário (seja qual for), quando nos primeiros passos, o adulto se esquece dada a carga de trabalho e responsabilidades na sala de aula e extraclasse; se este não utiliza com freqüência os equipamentos, também logicamente não recorda-se mais dos procedimentos. Nesse caso, concordo com os jovens: haja paciência! Anotar é preciso! Memorizar só se consegue com a repetição: acertando e errando.
A educação digital, independente dos cursos de capacitação que seja oferecidos ou procurados individualmente, pode ser feita de forma compartilhada e convergente, entre professores e alunos. Os primeiros passam aos segundos os conteúdos e competências a serem trabalhados naquela disciplina, gerenciando o processo de ensino-aprendizagem; os alunos, que convivem mais seguidamente com a tecnologia e trocam entre eles, com rapidez assustadora, impressões sobre tudo a todo momento, podem receber a atribuição de utilizar as ferramentas em grupo, convergindo todos, professores e alunos, para uma atividade prazeirosa, colaborativa, educativa e tecnologicamente eficiente. Não existe milagre nem receita de bolo infalível, pois cada grupo interage de uma forma peculiar. Mas sempre é bom lembrar que a escola só existe em função do aluno, e que cabe ao professor estimular sua turma a ter interesse no conteúdo a ser ministrado. A aprendizagem, em sentido amplo, só ocorre quando professores e alunos, pais e filhos convergem para um objetivo em comum: educação de qualidade (para a vida, o mundo e o trabalho), seja ela na modalidade digital ou convencional.
Muitos professores desconhecem as inúmeras possibilidades do uso das mídias na educação. Divulgar essas informações e sugestões é dever de todo educador que trabalhe com a tecnologia educacional.
Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço
http://www.iwb.net.au/advice/images/digital_hub.jpg

quarta-feira, abril 02, 2008

Portal Kids e Tchê Mirim


Recentemente conheci o espaço virtual, inserido no veículo Portal Kids.com, intitulado Seção Tchê Mirim, que trata história e cultura gaúcha para crianças.
Como educador e especialista em História do Rio Grande do Sul: sociedade, política e cultura, interessei-me pelo material disponibilizado pelo sítio (site), principalmente pelas possibilidades do uso virtual, com alunos. Para quem não é da região sul do Brasil, há um Dicionário de Regionalismo do Rio Grande do Sul, com variados termos que o turista, o visitante ou o novo morador pode ir buscando seu significado. É um ambiente que se propõe a receber também colaborações sobre arte, cultura e história gaúchas.
Segundo Vicky Machado, diretora e idealizadora do Portal Kids e do Tchê Mirim, essa seção, chamada Tchê Mirim do Portal Kids, "foi criada considerando-se a importância do papel da criança na perpetuação da cultura gaúcha e a lacuna existente na sociedade, no que tange a ações direcionadas a este fim".
Objetivo geral do portal é investir na informação cultural e fomentar a continuidade da tradição gaúcha, através de hábitos e costumes, tendo como foco o público infantil, entre seis e dez anos de idade, tradicionalistas e educadores.
Os objetivos específicos são:
•Tornar-se referência, enquanto ferramenta de pesquisa e interatividade, direcionada ao público infantil e educadores de séries iniciais (1ª a 4ª).
•Levar ao conhecimento do público infantil a história, cultura gaúcha e o sentimento cívico;
•Levar ao conhecimento de educadores do ensino fundamental da rede pública e privada na região sul do país esta ferramenta e suas utilidades como suporte pedagógico; tornando-se referência de pesquisa e interatividade;
•Fomentar a discussão com a comunidade em geral e com o universo escolar sobre a motivação e a capacitação dos educadores no cumprimento da Lei nº 24/2004, que determina a inclusão do conteúdo “história e cultura Rio-Grandense” no currículo;
•Fomentar discussão com educadores e comunidade em geral sobre a importância da inclusão digital;
•Estimular a prática de civismo nas crianças;
Então, essa é mais uma indicação do Letra Viva do Roig para educadores e alunos, que utilizam o mundo virtual em suas práticas escolares.
Participem! Para entrar em contato: Vicky Machado/Tchê Mirim
e-mails: contato@portalkids.com e tchemirim@hotmail.com
fone:(51)9223-4646
portal: http://www.portalkids.com/tchemirim

Campanha: Uso responsável da internet


A empresa GVT, lançou a campanha pelo "Uso responsável da internet", com apoio da Fundação Xuxa Meneghel, do site Amigo da Criança, o CDI, entre outros. O blog Letra Viva do Roig, associando-se a essa campanha faz a divulgação da mesma, informando que no link abaixo indicado, há um portal com atividades diversas para educadores e alunos, além de cartilha sobre a referida campanha.

Campanha: Uso responsável da internet

Visitem também o portal da:

Campanha Nacional de combate à pedofilia na internet

O fim da sociedade de consumo?


Na segunda-feira assisti a um documentário incrível, no canal por assinatura History Channel, intitulado O MUNDO SEM NINGUÉM, em que especialistas mostram o que aconteceria ao planeta Terra, caso a humanidade desaparecesse. É mostrada de forma didática como as coisas vão se deteriorando, de obras, construções a mídias, livros, e tudo que não foi gravado na pedra, graças a corrosão e intempéries, em função da falta de manutenção e conservação. É um vídeo instigante de 120 minutos, em que são mostradas por etapas essas transformações: o que sobreviveria até 50 anos após o desaparecimento da humanidade, depois 100 anos, 500, 1000, 10.000. Um tema que me interessa muito e que já li e escrevi a respeito, em artigos de opinião e obra ficcional. No conto A ESCAVAÇÃO, do livro Realidade Virtual (2004), ambos de minha autoria, já falei sobre essa questão, de uma civilização sobrepor-se a outra e deixar apenas vestígios do que já foi (algo meio bíblico: do pós viesses e ao pó voltarás?). No documentário em questão, um dos entrevistados comentou que "é incrível que com todo esse avanço tecnológico, a humanidade ainda não criou uma forma de deixar sua história registrada e sobrevivendo, que não seja através da escrita na pedra" (ou algo nesse sentido), o que concordo plenamente. Se houvesse um hecatombe, daqui a meio ou um século, DVDs, CDs, vídeos, fitas de áudio, nada existiria mais, e se algum extraterrestre pousasse aqui, diria que esse mundo nunca teve vida inteligente (o que eu concordaria, se levado em conta os gastos assombrosos em armamentos e corrupção, e a ínfima parte de qualquer orçamento pra educação, saúde, segurança, etc. das populações de todos os países). Num panorama como este, os visitantes do além, quando muito, encontrariam ruínas de estranhos monumentos em pedra e seus "hieróglifos". Saindo um pouco da ficção e adentrando na realidade circundante, sugiro a leitura da notícia (link abaixo), que serviu de título a esta postagem, extraída do portal Yahoo! Brasil, que trata da opinião de especialista, abordando um suposto fim da Sociedade de Consumo em que vivemos, a partir de radical mudança climática, que forçará também a mudarmos nosso modo de vida. Vale a pena ler, reler, refletir e repassar aos amigos, colegas, alunos, para debater sobre o mundo anda conosco e suas possibilidades de extinção (senão da humanidade, mas de sua modo inconseqüente de existência). Usem nessa discussão, palavras-chave como: tecnologia, informática, ambiente, ecossistema, educação.

Sociedades consumistas durarão no máximo 20 anos, diz especialista

Observação: Imagem acima, colagem de minha autoria, a partir de recortes de revistas (com o uso apenas de tesoura e cola bastão, sendo seu resultado digitalizado no computador), e que serve de banner para meu outro blog ControlVerso , que trata de arte, cultura, literatura e imagens (colagens), todas de minha autoria.

terça-feira, abril 01, 2008

A importância do Control C e do Control V


Há tempos estou para comentar sobre a importância desses dois recursos que o teclado de um microcomputador oferecem, especialmente a um blogueiro educacional, como é o meu caso e de muitos colegas e amigos, normalmente com diversas atividades por fazer, e que não têm muito tempo para dedicar-se ao blog.
Eu, não digo que todos os dias publique algo, mas faço no mínimo 5 postagens por semana, salvo, quando (de férias) fiquei uma semana sem internet.
Mas aconselho sempre aos blogueiros que façam como eu: quando tem um intervalo ou está de folga (coisa rara), use o editor de texto (word ou writer), para rascunhar a idéia central; depois salve no pc ou num MP3, pendrive, CD, etc. Quando tiver uma oportunidade, também como faço, num intervalo de café, do almoço, acesso o blogger e na área de edição de meu blog uso o control C (copiar) e o Control V (colar), adiantando a postagem, e se tiver uma imagem previamente selecionada copio e colo junto, deixando aquela notícia no modo rascunho, até que encontre outra oportunidade para revisar o texto e , enfim, publicar a postagem na área pública do diário virtual. Nós, educadores e blogueiros, temos que racionalizar o tempo e o espaço disponíveis em nossa agenda sempre cheia. Nesses casos, o Control C e o Control V são valiosos aliados. Sem esquecer que ao copiar e colar fragmento ou texto de terceiros, devemos colocar abaixo do mesmo uma referência de onde foram extraídos os dados. Com os alunos também devemos estimular a pesquisa referenciada, aliada a postagem de sua opinião particular, para que o Control C e Control V não sejam meros recursos de plágio ou de eliminação de tempo de leitura e pesquisa efetivas.
Observação: Imagem acima, de um teclado virtual, extraída da internet do endereço
http://professorvaz.blogspot.com/2007/08/
teclado-virtual2a4eaae4kp6.jpg