quarta-feira, dezembro 31, 2008

Pelo cessar-fogo na Palestina!!!


Como humanista e ser humano que se coloca no lugar de seu semelhante, solidarizo-me com o povo palestino, diante da força desproporcional aplicada nos bombardeios que fragilizam e ceifam a vida de civis, que sempre servem de escudo-humano para lados em conflito e interesses políticos.
A favor da vida, da paz e da igualdade entre os povos!!!
Cessar-fogo URGENTE na Palestina!!!
Aquele que compartilhe com este blog dessa idéia, que a passe adiante, numa corrente humitária em favor da vida e da humanidade!!!

Observação: Imagem acima, da bandeira da Palestina, extraída da internet, do endereço abaixo
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/00/
Flag_of_Palestine.svg/350px-Flag_of_Palestine.svg.png

Final de ano e a breve visão retrospectiva de si mesmo...


Último dia do ano; dia também de renovar a esperança em dias melhores.
De mudanças a partir de amanhã na língua portuguesa, vide detalhes da reforma ortográfica, que pretende unificar a escrita dos países que adotam o português como idioma oficial.
Reforma ortográfica da língua portuguesa
Além disso, nessa época, invariavelmente assistimos pela TV as famosas Retrospectivas das cenas marcantes do ano em curso. Um inventário digital de cenas e fatos que entraram para a história são descortinados na tela azul tremeluzente. Evidentemente que, dos 365 dias, são escolhidos apenas os fatos mais destacados que caibam em 60 minutos de programa.
Ultimamente, o tempo parece passar de uma forma tão atroz, que nem mais conseguimos perceber em que mês ou ano aconteceu tal fato. Associamos certas situações às outras. Por exemplo, a morte do piloto Ayrton Senna, com a Copa do Mundo de 1994, em que o Brasil conquistou o Tetra, nos EUA. Incrível! Parece que foi ontem que assistimos incrédulos a morte ao vivo, via satélite, de um dos maiores automobilistas e um dos maiores ídolos esportivos. Na verdade, já passaram-se 14 anos. Alunos que se formaram no ensino fundamental jamais viram Senna correr. Tudo aconteceu - pasmem! - no século passado. Somos, na maioria, pessoas do século passado, e quando se trata de educação, alguns do século XIX, em métodos e conceitos.
Em 2008, uma série de fatos sucederam-se numa velocidade que certamente daqui alguns anos não saberemos quando de fato tal situação ocorreu. Mas um dos fatos históricos mais marcantes foi a vitória de Barack Obama, nas eleições dos EUA, que traz consigo a esperança em dias melhores. Só o tempo dirá...
Nessa retrospectiva mundial, sempre cabe um espaço para nossa retrospectiva pessoal, que também é parcial, e mediado pelos momentos mais destacados.
Nesse balanço individual de perdas e ganhos, colocamos na balança os fatos prós e contras, as novas amizades feitas, os amigos que partiram antes da hora. É um tempo para recordar coisas que ficarão para sempre em nossa memória e história, individual e universal.
Tempo de festas, mas também de flexões (para os que apenas se contentam com a aparência exterior) e reflexões (para os que se preocupam com o futuro).
O clima mundial dá cada vez mais sinais de descontentamento com os rumos que o modelo civilizatório nos reservou. Aquecimento global não saiu dos noticiários, mundo afora.
Em 2008, pretendia muitas coisas que o Tempo e o Vento não permitiram; e outras tantas que nem imaginava foram surgindo aos poucos. Conheci novos colegas e amigos, reecontrei outros, perdi outros tantos, que desapareceram prematuramente. Viajei muito, a trabalho; troquei experiências ao vivo e on-line; fiz palestras sobre tecnologia e educação, arte, cultura e literatura; desenvolvi projetos virtuais individuais e coletivos, ao vivo e também on-line. Nas horas que não estive viajando ou trabalhando, tentei recuperar o tempo perdido com minha esposa e filho. E nessa história particular, acabei deixando de lado - não por negligência, mas por falta de tempo ou por bloqueio emocional - a dissertação de mestrado em Letras (área História da Literatura), em que pretendo analisar a autobiografia de Érico Veríssimo, com um enfoque literário. Fiz muitas e muitas leituras e releituras, mas na hora de colocar todas as citações e idéias para o papel, faltou-me o tempo necessário para maturar as idéias, colocando-as em uma seqüência lógica. Por sinal, último trema de minha existência, pois amanhã já não pode mais!!! Trabalhando manhã e noite, as tardes passaram ligeiras demais, e as noites também, quando enfim chegava em casa, o cansaço impedia-me de sentar diante do computador, do qual passava durante o dia inteiro dando aulas de informática educativa, pra tentar colocar em dia meu esboço... Peço desculpa a minha orientadora, profª Raquel Souza, e agradeço sua compreensão pelo meu afastamento, sumiço... Peço desculpas também aos meus leitores desse blog, pelos descuidos com acentos, vírgulas e letras invertidas, um pecado mortal para um mestrando em letras, sem tempo para a devida revisão...
Em 2006, quando retornei aos estudos acadêmicos, com a especialização em História do Rio Grande do Sul (FURG), acumulando depois o início da especialização em tecnologia educacional (UFRGS), concluída esta no final de 2007, analisei a autobiografia de Érico Verissimo, sob o enfoque histórico da identidade, entre o gaúcho típico e seu arquétipo, na obra do escritor cruz-altense. Em 2007, simultaneamente a especialização em TIC's na Promoção da Aprendizagem, concluí os créditos do mestrado em Letras (acumulando também as funções de técnico em informática e multiplicodr de informática educativa no NTE Rio Grande/18ª CRE), e em 2008 pretendia concluir a dissertação, mas os diversos compromissos profissionais não permitiram-me efetivar esse desejo.
Quando amigos e colegas me perguntavam como conseguia conciliar tanta coisa ao mesmo tempo, sempre dizia, como diigo agora: Nem sei! talvez o fato de projetos de trabalho serem extensões de meu projeto maior de Vida, tudo "conspire" ao meu favor. Mas sei que muito desses desafios pude concluir, graças ao apoio familiar, de amigos e colegas. Ninguém, literalmente, faz nada nesse mundo sozinho...
Resta-me agora, correr contra o Tempo e o Vento, para nas férias e até julho de 2009, concluir a referida dissertação. Tenho ela parcialmente organizada em minha mente, rabiscada em inúmeras folhas soltas, em páginas de livros e outras tantas em cópias reprográficas de textos e livros, que pretendo conseguir juntar esse mosaico em algo coerente e passível de ser considerada uma digna dissertação.
Noutro dia, ao ler meus e-mails, vi notícia (link abaixo), falando sobre diversos escritores que inventaram dados em suas autobiografias (vejam a notícia na íntegra, na referida indicação). Quando se é escritor e se romantiza a vida em escritos literários, utilizando dados autobiográficos para contruir narrativas ficcionais, corre-se o risco de romantizar também o real, quando se faz essa visão retrospectiva sobre a própria vida, historicizando nosso passado. Há que se ter cuidado redobrado quando, sendo escritor e poeta, se analiza a própria existência, para não poetizar demais esse invetário pessoal que é composto pela seleção natural dos fatos que mais nos são caros. Ainda que o autor autobiográfico não invente nada, e tente ser o mais fiel a vida real vivida, há que se convir que requisitos básicos de toda autobiografia (o mito, o imaginário, o narcisismo, etc.), compõem um mosaico de imagens e palavras que serão a versão de alguém sobre si mesmo. Uma visão subjetiva, embora creia e tente ser o mais objetiva possível, como a própria História deseja ser, mas, feita por seres humanos imaginantes, carrega em si também o subjetivismo de seu(s) autor(es)...

Memórias parcialmente inventadas

Bom, como pretendo analisar os três eixos da construção autobiográfica (Tempo, Memória e História), além do Pacto Autobiográfico estabelecido entre o autor e o leitor, não desejo por enquanto adiantar nada mais que isso, até pelo fato que diante das inúmeras leituras, preciso também fazer minha seleção natural do que melhor amparará meu discurso dissertativo, numa visão retrospectiva de minhas leituras.
Na verdade, essa postagem se propôs ser uma breve visão retrospectiva deste 2008, sob o meu ponto de vista, e também para comunicar aos leitores e visitantes deste blog, que talvez minha participação nesse período de férias seja curta, aqui neste espaço virtual, para poder tocar esse projeto que é um desafio e um sonho realizado parcialmente.
Aproveito também para parabenizar dois amigos que realizaram nesse final de ano seus sonhos particulares. Primeiro ao amigo Leandro Kerr Gimenez, também colega de blog de literatura colaborativa on-line RPG - Role Poetic Games ou Jogos Poéticos Virtuais, pela aprovação em 4º lugar, no vestibular da FURG, para o curso de Letras; e também a querida amiga Luize Dorneles, por sua aprovação no curso de Pedagogia (FURG). Luize, que é cega, nos anos de 2006 e 2007, foi monitora e colaboratora do Projeto de Informática na Educação Especial, do qual fui coordenador, auxiliando-nos e literalmente nos ensinando (eu e minha colega Janaina Martins) a usar o software DosVox, na turma de alunos com deficiência visual e baixa visão, nesse projeto de inclusão tecnológica, pedagógica e social, que infelizmente em 2008, pelo absoluta falta de tempo, não pôde ser executado, como vinha sendo desde 2005.
E para finalizar, essa retrospectiva que já alongou-se demais, deixo o vídeo acima, intitulado Viva la Vida, de uma de minhas bandas preferidas Coldplay, como trilha sonora dessa postagem, e como um estado de espírito que deve sempre nos contagiar. mais do que preocuparmos-nos com o futuro em demasia ou com o passado já vivido, temos que pensar em viver o agora, o presente, intensamente, junto áqueles que compartilham conosco as idéias e os ideais... Como faço seguidamente, desejo brindar de meu jeito peculiar: "Um Feliz 2009 a todos! E, em especial, àqueles que a gente gosta e que gostam da gente do jeito que somos. Tim-tim..."

terça-feira, dezembro 30, 2008

Caldeirão de Idéias concorrendo ao Best Blogs Brasil 2008


O blog educacional Caldeirão de Idéias, cujo editor é o colega e amigo Robson Freire, e que pertence ao Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) de Itaperuna - RJ, encontra-se na fase final do Best Blogs Brasil do Yahoo 2008.
Foi indicado não na categoria educação mas na corporativo ( pois o blog, apesar de ser administrado pelo Robson, pertence ao NTE de Itaperuna). Além de estar entre os 10 mais votados é o único blog de NTE do Brasil inteiro, o que é um reconhecimento e tanto, e um orgulho para nós, blogueiros educacionais.
Como parceiro e fã do trabalho de Robson, e um de seus incentivadores e divulgadores, convido aos visitantes e leitores do Letra Viva do Roig e votarem no blog Caldeirão de Idéias, que é um de meus blogs preferidos, uma referência pra mim e para meus cursistas.
Abaixo, link para a votação na categoria Corporativo, a qual o Caldeirão concorre:

Best Blogs Brasil 2008 - voto Corporativo

Para efetivar a votação, é preciso primeiro se cadastrar no portal, através do link abaixo, preenchendo seus dados e aguardando na conta de correio eletrônico a confirmação do cadastro, bem como a senha de acesso, é coisa rápida:

Cadastro para Votação

segunda-feira, dezembro 29, 2008

Portal de acessibilidade do RS


Notícia extraída do Jornal Agora (www.jornalagora.com.br), de Rio Grande-RS, publicada em 16/12/08 (p. 8), trata do Portal de Acessibilidade, lançado pela Fundação de Articulação e Desenvolvimento para PPDs (Faders), entidade vinculada a Secretaria da Justiça e do Desenvolvimento Social (SJDS), do RS.
O referido portal, visa promover a inclusão de portadores de deficiências e com altas habilidades.
Segundo dados, no Rio Grande do Sul (Brasil), 14,5% da população se enquadra na definicação, o que significa 1,5 milhãos de pessoas, conforme censo do IBGE.
No portal, há biblioteca virtual, vídeos, textos, músicas, mídias interativas etc.
Há também espaço para divilgação de atividades de pessoas com deficiência e altas habilidades, prevendo adesão de apoiadores e parceiros.

Portal de Acessibilidade - endereço:

http://www.portaldeacessibilidade.rs.gov.br

sábado, dezembro 27, 2008

Letra Viva do Roig é o 3º blog mais visitado e votado no portal Edublogosfera


É com satisfação que informo que meu blog (diário/jornal virtual) Letra Viva do Roig, dedicado a reflexão sobre tecnologia, educação, arte e cultura está em 3º lugar no número de visitas e de votos no portal Edublogosfera, criado pelo prof. Rafael Nink, para congregar e divulgar blogs educacionais.
No ranking estão em:
1º lugar - Rafaelnink.com, de Rafael Nink, de Porto Velho-RO;
2º lugar - Caldeirão de idéias, de Robson Freire, de Itaperuna-RJ;
3º lugar - Letra Viva do Roig, de José Antonio Klaes Roig, de Rio Grande-RS;
4º lugar - Caminhos, de Bernardete Motter, de Caxias do Sul-RS;
5º lugar - Linux Educacional: o pingüin vai à escola, da equipe CETE/MEC.

Edublogosfera.com.br

Links para os mais votados e visitados:

Top Hits (mais visitados)
http://planeta.edublogosfera.com.br/top-hits.html

Top Votes (mais votados)
http://planeta.edublogosfera.com.br/top-votes.html

Observação: os blogueiros educacionais que queiram divulgar seus blogs no portal, basta que acessem o menu Novos Sites, efetuando o cadastro/inscrição, que é simples e sem ônus.
Até a presente data encontram-se cadastrados 56 websites em 32 categorias.
Blogueiros educacionais, aproveitem essa oportunidade e divulguem seu trabalho.
Pra mim é uma satisfação estar entre os 5 primeiros mais visitados e votados, junto aos meus amigos e colegas Robson Freire (2º lugar) e Berna Motter (4º lugar).
Parabenizo ao prof. Rafael Nink, a quem acompanho o trabalho na divulgação do Linux Educacional, por essa interessante iniciativa de criação do portal Edublogosfera.
Agradeço também aos visitantes do Letra Viva do Roig, que foram lá e votaram no meu blog. Grato a todos pelo reconhecimento, que muito valoriza e incentiva o meu trabalho.

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Então é NATAL...


Caros colegas, amigos e visitantes do blog Letra Viva, nessa reta final de ano, em que se avolumam atividades e que o ano se encerra, há sempre a necessidade de buscar, diante e tantos apelos consumistas, um pouco do verdadeiro espírito de Natal, sempre colocado em segundo, terceiro e quarto planos...
Diante das recentes tragédias nos estados de Santa Catarina, Minas Gerais e Rio de Janeiro (Brasil), fruto de chuvas torrenciais, deslizamentos, alagamentos e reflexos do aquecimento global, entre outras coisas, há que sempre se avaliar o que devemos de fato valorizar... Se o particular ou o universal...
O clipe e a letra da música acima, Fake Plastic Trees (Árvores de Plástico), da banda Radiohead, bem que poderia ser uma pequena canção natalina desses tempos estranhos em que vivemos.
Coloco abaixo a tradução da mesma, para uma pequena reflexão para os nossos usos e costumes, e para que busquemos junto aos nossos, pela verdadeira árvore de Natal, em um mundo em que o verde cada vez mais perde a força e emoção...
Eu já plantei uma árvore, tive um filho e escrevi um livro. Plantei meus amigos, meus livros e discos também, como está escrito noutra bela canção, de Zé Rodrix.
Como a data se aproxima, desejo a todos aqueles que compartilharam comigo seu tempo, sonhos, projetos e realizações, no mundo real e no virtual, um Feliz Natal.


Fake Plastic Trees (Árvores de Plástico)


Seu regador verde de plástico
para sua imitação chinesa de planta feita de borracha
na terra artificial de plástico
que ela comprou de um homem de borracha
em uma cidade cheia de planos de borracha
para se livrar de si mesma

Isto a desgasta
Ela mora com um homem quebrado
um homem de polistireno rachado que só se esfarela e se queima
Ele costumava fazer cirurgia para garotas nos anos oitenta
mas a gravidade sempre vence

(E) Isto o desgasta
Desgasta

Ela parece verdadeira
Ela tem sabor verdadeiro
Meu amor artificial de plástico
Mas não posso evitar o sentimento
Eu poderia explodir através do teto se eu simplesmente me virar e correr

E Isto me desgasta
Se eu pudesse ser quem você queria
o tempo todo


Fonte:
http://letras.terra.com.br/kt-tunstall/1002097/

Observação: Clipe extraído do YouTube, do endereço abaixo
http://br.youtube.com/watch?v=HeowFbvpu0U

sábado, dezembro 20, 2008

Escolham o título da narrativa em curso no blog RPG Literário


Faltam apenas 11 dias para a conclusão da enquete virtual, entre os leitores e visitantes do blog RPG Literário, que é uma iniciativa minha em parceria com alunos de graduação e pós-graduação em Letras, da Fundação Universidade Federal do Rio Grande, que se conheceram através do ciberespaço, e resolveram criar um blog coletivo para trabalhar com literatura colaborativa.
A primeira narrativa em curso simula o ambiente RPG, que é um jogo (de cartas ou eletrônico) em que os participantes assumem literalmente a vida de uma personagem, dentro de um cenário comum, em que cada um se intercruza com os demais.
Na proposta do Role Poetic Games ou Jogos Poéticos Virtuais, a intenção é adaptar esse mundo para o universo literário.
O blog, criado em dezembro de 2007, está ativo desde junho/2008, e muitas das atividades on-line e também no mundo real, podem ser acompanhadas através do outro blog coletivo criado para sua divulgação, intitulado Literatura em teia.
Então, fica aqui o convite para os visitantes e leitores do Letra Viva do Roig visitarem os blogs RPG e Literatura em teia, principalmente, no primeiro, participando nos próximos 11 dias da enquete virtual, escolhendo o título que considerem o mais apropriado para a narrativa em curso.
Podem votar também, via blog RPG Literário, na comunidade criada para o mesmo no orkut (que já conta com 72 membros), conforme link abaixo:

Comunidade RPG no orkut

Observação: Imagens acima, de autoria de Jouber D. Cunha, desenhista, integrante do projeto RPG Literário.

quinta-feira, dezembro 18, 2008

O telefone celular em 2020


Notícia abaixo, extraída do Portal Yahoo! Notícias, mais que um exercício de "futurologia", trata de um estudo sobre como será a tecnologia em 2020, e em especial a do telefone celular.
Quem lida com tecnologia sabe bem como cada vez mais os aparelhos celulares têm incorporado conceitos como multifuncionalidade, mobilidade, interoperabilidade, etc., facilitando por demais a vida de profissionais e/ou simples mortais.
Em um simples aparelho, cada vez mais com tamanhos reduzidos (embora os preços nem tanto), pode-se acessar internet, tirar fotografias, ouvir música mp3 ou rádio, jogar no aparelho ou on-line, usar mecanismos de localização por satélite (GPS), TV digital, etc.
Na educação, o celular ainda é visto por alguns como vilão. Qualquer equipamento, se não tiver uma proposta pedagógica de uso no ambiente educacional, pode mais atrapalhar do que ajudar. Tudo depende muito da criatividade e da formação do educador, que poderá utilizar TV, som, DVD, câmera digital e até celular no cotidiano escolar, de uma forma que proponha a incorporação do lúdico ao pedagógico.
Já utilizei a tecnologia, com enfoque educacional, com várias atividades e projetos, muitos deles comentados nesse blog. Em 2009, pretendo oferecer, via NTE, oficinas de edição de imagens e vídeos, construção de jogos educacionais, de blogs e wikis. Como baixar vídeos e inseri-los na internet. Enfim, trabalhar coma proposta de produção de conteúdos educacionais, usando a tecnologia.
Já usei fotos de câmera digital em programa de histórias em quadrinhos, em que os alunos foram ao msmo tempo autores e personagens das próprias histórias, em que o professor mediava o conteúdo a ser adaptado a ferramenta, etc.
Com o celular, ainda não pensei em alguma atividade, e estou receptivo a sugestões de educadores que já o tenham feito.
Vejam abaixo a íntegra da notícia sobre como será o celular no ano 2020.

Celular será o principal meio de conexão à internet em 2020

Os telefones celulares serão a principal ferramenta de conexão à internet em 2020, ao mesmo tempo em que os sistemas de reconhecimento de voz e tela sensível ao toque serão mais comuns, segundo uma pesquisa com especialistas sobre o futuro da tecnologia.

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A realidade artificial e virtual também estará mais presente na vida cotidiana, de acordo com a pesquisa realizada com centenas de especialistas em tecnologia, realizado pelo Pew Internet & American Life Project, do Centro de pesquisas Pew.
Os especialistas foram convidados a calcular o papel da tecnologia no ano 2020 em uma pesquisa online realizada em parceria com a Universidade Elon, na Carolina do Norte.
"O telefone celular - agora com significativo poder informático - é a conexão à internet primária, e a única possível para grande parte das pessoas em todo o mundo, fornecendo informação de maneira portátil e com boa conexão a um preço relativamente baixo", explica a pesquisa, intitulada "O futuro da internet III".
Ao todo, 77% dos 578 especialistas consultados se consideram "em maioria de acordo" com a afirmação, enquanto 22% se disseram "majoritariamente em desacordo".
Perguntados sobre se "as interfaces de voz e tato serão tecnologias comuns em 2020", 64% disseram quem sim, 21% acham que não e 15% não responderam.
Diante da afirmação de que em 2020 "muitas vidas serão marcadas pelo uso da realidade artificial e virtual", 55% dos especialistas concordaram, contra 30% que não acreditam nisso e 15% que não responderam.
A pesquisa foi realizada entre dezembro de 2007 e março de 2008, levando em conta as respostas de 578 especialistas em internet, e os pontos de vista de outras 618 pessoas.
O resultado completo do estudo pode ser consultado no site imaginingtheinternet.org.


Fonte: Notícia extraída do endereço abaixo:
http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/081215/saude/
eua_internet_tecnologia

Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço abaixo
http://administrando.net/wp-content/uploads/2007/08/blog-edermarques-celular-altofalante.jpg

terça-feira, dezembro 16, 2008

A intertextualidade entre a vida e a literatura


Palíndromo Amoroso

Eram estranhos...
Conheceram-se.
Por sete anos viveram juntos.
Separam-se.
Por sete anos ficaram distantes.
Reencontraram-se.
Eram estranhos...


José Antonio Klaes Roig

O poema acima, de minha autoria, escrito em 21/10/2008, e publicado inicialmente em meu blog literário ControlVerso, e, hoje, na página do Jornal Agora (www.jornalagora.com.br), no caderno O Peixeiro, e na coluna da Academia Rio-Grandina de Letras, da qual sou integrante, é um texto duplamente intertextual, e não autobiográfico, como muitos leitores teimam em confundir escrito poético com confissão do autor.
Intertextual, primeiro, pois a idéia surgiu quando escrevi um conto dentro de outro projeto literário, no blog Role Poetic Games, ou Jogos Poéticos Virtuais, em que usava o palíndromo (frase que pode ser lida da direita pra esquerda e vice-versa sem alterar seu sentido e escrita), dentro da narrativa em curso. Mais abaixo, link para a referida postagem no RPG.
Posteriormente, ainda impregnado pela figura do palíndromo, escutei ao acaso, quando passava, a conversa de duas amigas, em que uma delas comentava que após a separação, quando reencontrou seu ex-marido para efetivar o divórcio, aquela pessoa que ela dividiu casa e tempo em comum lhe pareceu um estranho. Daí, aquela imagem e a licença poética fizeram o resto do trabalho em minha mente de poeta.
Nem todo texto poético é autobiográfico, mas toda literatura é intertextual com algo, seja literário ou real. O palíndromo amoroso é um desses casos que capturei algo de meu entorno (não vivido por mim), para servir de matéria-prima para meus escritos, em duas de suas formas (prosa e poesia).
Eis abaixo, os três links para as duas versões:

Palíndromo amoroso, no Jornal Agora

Palíndromo amoroso, no blog ControlVerso

O palíndromo e a dupla face, no blog RPG Literário

Observação: Imagem acima, intitulada "DAwp V5", de Jasinski, foi extraída da internet, do endereço http://www.deviantart.com.
Para ver melhor a imagem, clique duas vezes sobre a mesma.

segunda-feira, dezembro 15, 2008

1º Concurso Literário Castro Alves / Academia Rio-Grandina de Letras (conto e poesia)


É com satisfação que divulgo abaixo o regulamento do 1º Concurso Literário Castro Alves, promovido pela Academia Rio-Grandina de Letras (ARL), da cidade do Rio Grande, no Estado do Rio Grande do Sul - Brasil, da qual faço parte, como titular da cadeira nº 6, cujo patrono é o prof. Antonio Gomes de Freitas.
Concurso de nível nacional, aberto também a candidatos do exterior, tendo o prazo limite de inscrição dos trabalhos até o dia 30/12/2008. Participem.
Aproveito a oportunidade para destacar a premiação recebida pelo prof. Marcos Costa Filho, integrante da ARL.
Com o trabalho "O trem da felicidade", Costa Filho foi destacado com o 1º lugar, na categoria contos, do Concurso Nacional de Contos "João Guimarães Rosa", promovido pela Academia Sul-Brasileira de Letras (sede em Pelotas, abrangência RS,SC e PR).
Parabéns, Marcos, é um privilégio contar com teu talento e amizade.
Abaixo, então, o regulamento do Concurso Castro Alves, da ARL, edição 2008.

1° CONCURSO LITERÁRIO CASTRO ALVES / ACADEMIA RIO-GRANDINA DE LETRAS / 28º ANIVERSÁRIO

REGULAMENTO

I – O Concurso é aberto em nível nacional e também a candidatos do exterior, desde que, apresentem seus textos em Língua Portuguesa. Cada participante poderá inscrever-se com um conto ou uma poesia. É facultado participar nas duas modalidades, porém, somente com um texto em cada uma delas. O tema e forma são livres. A poesia poderá ter no máximo vinte e cinco versos (linhas) e o conto, apenas duas laudas (páginas).

II – As poesias e os contos devem ser apresentados em cinco vias, digitadas em fonte “Times New Roman,” tamanho 12, espaço 1,5, papel A-4, identificados somente com o pseudônimo. A inobservância de qualquer critério deste item, inviabiliza a inscrição.

III – A identificação do participante deverá ser feita em folha a parte, da poesia ou do conto, contendo nome completo, pseudônimo, título da poesia ou conto, número da identidade (RG), endereço completo, e número do telefone.

IV- Como inscrever-se: coloque a folha de identificação dentro de um envelope pequeno, feche-o e coloque-o junto com cinco copias da poesia, do conto, ou de ambos, num envelope maior, endereçado: 1° Concurso Literário Castro Alves - Academia Rio-Grandina de Letras – Rua Taquarembó, 135 – Bairro Cassino - Rio Grande –RS – CEP 96207430. Não há taxa de inscrição.
Contato: marpoeta.papareia@terra.com.br
– Telefone (53) 32 36 49 57

V – Período de inscrição: 10 de outubro até 30 de dezembro de 2008, valendo como comprovante a data do carimbo dos Correios.

VI – Premiação: Serão selecionados cinco poesias e cinco contos para receberem medalha e diploma. Aos demais será outorgado certificado de participação.

VII – A revelação dos classificados será feita às 15 horas do dia 7 de março de 2009, em sarau que estará abrindo a semana de comemoração do 28º aniversário da Academia Rio-Grandina de Letras, a ser realizado no Centro Municipal de Cultura da cidade do Rio Grande – RS.

VIII – A avaliação estará a cargo de uma comissão composta por cinco Acadêmicos da Academia Rio-Grandina de Letras, com soberania de decisões, bem como, solucionar qualquer caso que venha a ocorrer, mesmo não previsto neste regulamento.

IX – Os Textos não serão devolvidos e em caso de publicação em antologia, mediante esta inscrição o participante declara: abrir mão de seus direitos autorais tornando-se um colaborador.

X - Ao inscrever-se, o participante declara automaticamente sua aceitação do presente regulamento e, assume como de sua lavra, a poesia ou conto apresentado, cabendo-lhe responder a qualquer questionamento no caso de dúvida sobre a origem do texto, eximindo desta forma, a Academia Rio-Grandina de Letras, de qualquer responsabilidade sobre direitos autorais.

sábado, dezembro 13, 2008

O dito pelo não dito...


Reproduzo, abaixo, dois artigos de opinião, sobre as repercussões do "Sífu" do Presidente; ou melhor, do dito pelo não dito, afinal a expressão não é um palavrão e sim uma alusão a um. No Brasil, certas coisas repercutem mais do que outras.
Recentemente, por causa de um lance controvertido no clássico Flamengo x Cruzeiro, o time da Gávea fez o maior escarcéu contra o árbitro Carlos Simon, inclusive o denunciando à FIFA, numa aparente tentativa de um "sífu" nele. Logo, a comissão de arbitragem voltou atrás na punição de fazer o juiz de futebol apitar apenas jogos da 2ª divisão, e não creio ter lido, ouvido ou visto retratação da referida agremiação.
Domingo passado, num lance mais controverso, que acabou dando o título ao São Paulo, foi validado um gol "legitimamente" impedido, e ninguém fez nenhum escarcéu. A mesma grande mídia que lançou suspeitas à conduta do árbitro gaúcho, indicado para apitar próxima Copa do Mundo, silenciou, ficando no ar o famoso "dito pelo não dito". Em 2005, lance semelhante e controverso, deu o título ao Corinthians, contra o Internacional, que a exemplo do Grêmio, em 2008, lutava palmo a palmo, e igualmente com denúncias contra a arbitragem. Dois pesos e duas medidas? INMETRO neles!
Por ser gaúcho, vivendo na periferia do poder central do Brasil, às vezes tenho certa paranóia político-futebolítica. Por sinal, já escrevi e publiquei uma série de 4 artigos de opinião, com o tema "Futebol: a metáfora da vida", em meu outro blog, chamado Controlverso. Breve sairá o 5º artigo, com o mesmo tema, envolvendo polítia, justiça e futebol, a partir dos entrecruzamentos do noticiário.
Mais o que me leva, como estudioso das letras, a publicar abaixo os 2 artigos, de Sírio Possenti e de Pasquale Neto, são suas abordagens, relativas ao uso da palavra e da expressão, que gerou tamanha controvérsia, o tal "sífu" do presidente Lula.
Leiam e tirem suas próprias conclusões.

Diarréia, Sífu.

(Sírio Possenti)


Nesta semana, os temas abundaram. Há ocasiões angustiantes, fica-se procurando um pretexto para a coluna, e nada. Nenhum cidadão diz alguma coisa peculiar (ou a
mídia não põe a peculiaridade em circulação) e nenhum colunista diz nada de muito estrambótico sobre sintaxe ou ortografia.
Mas, neste começo de dezembro, os deuses foram generosos: Cony reclamou da linguagem acadêmica, porque não entendeu passagens de um texto, Lúcia Guimarães escreveu
sonoras bobagens sobre gerundismo em sua coluna no Estadão, Lula teve um comportamento no mínimo informal, em pronunciamento no Rio de Janeiro (falou "diarréia"
e "sífu", abalando os sólidos alicerces morais e etiquetais da sociedade brasileira), um jornalista de Brasília analisou pérolas do ENEM, artigo meio bobo que mereceu
análise muito competente de Marina Silva etc.
Vou ficar com o caso Lula. William Bonner anunciou o pronunciamento no Jornal Nacional, prevenindo a Nação de que o presidente tinha usado linguagem (cenho franzido,
olhar de lástima dirigido ao Hommer Simpson que ele imagina do outro lado da tela)... "extravagante".
Lula, à vontade, desancou os que têm uma "diarréia" de mercado e depois pedem socorro ao Estado. Em seguida, defendeu sua posição de animador da economia; alegou
que não pode ficar dizendo que há crise, que ele tem que incentivar o povo. E fez uma comparação (não venham dizer que foi uma metáfora, por favor...): se um médico
vai falar com um doente, o que deve dizer? Que vai melhorar, que vai sair dessa, ou deve dizer que o cara "sífu"? Pois foi o "sífu" que colocou o país em polvorosa.
Uma cidadã que viu o telejornal escreveu à Folha de S. Paulo dizendo que achava a linguagem de Lula indecente, e não extravagante (disse mais: que está entre os
30% que desaprovam lambanças e não apóiam o presidente). Um leitor foi ainda mais radical: achou a coisa tão ruim que está pensando em renunciar à cidadania brasileira.
Contam os jornais que o discurso do presidente foi transcrito sem o "sífu" em algum site oficial, mas que a "palavra" voltou mais tarde ao documento. A Folha menciona
o episódio em seu editorial, e lhe dedicou um sermãozinho. Seu ombudsman, no domingo, disse que tanto destaque cheirava a preconceito. Um articulista comentou o
caso na ISTOÉ. Cony voltou ao assunto no dia 9/12, terça-feira, para dizer que se espantou mesmo foi com a palavra "chula", encarregada de qualificar a fala presidencial,
e contou que, na infância, achava que esse era um dos muitos nomes da genitália feminina...
Juro que eu não sabia que o país era tão sério! Todo mundo anda pelado a qualquer pretexto, todos/as mostram a intimidade e as partes, os domingos à tarde da TV
são quase aulas de anatomia, e o homem não pode falar "sífu". Francamente!
Sim, sei, ele é o presidente, e existe a tal liturgia do cargo. O que suportamos e achamos normal na boca de uma personagem de Rubem Fonseca ou de Bocage desaprovamos
no discurso presidencial. O que achamos normalíssimo nas declarações pedagógicas vespertinas do Faustão fica abominável na boca do presidente. Tudo bem. É claro
que há uma distribuição social do palavrão, seja por falantes (homens podem mais que mulheres - ou podiam), seja por contextos (o que se pode dizer em arquibancada
não pode em palanque).
Mas vejamos o episódio um pouco mais de perto. Merece uma pequena avaliação técnica, digamos assim. O curioso é que tenham acusado Lula de empregar um palavrão quando
usou uma forma que se destina exatamente a evitar o palavrão. Sim, pois "sífu" não é um palavrão. Estudiosos dos tabus informariam sobre formas como essa exatamente
o contrário: que, para não dizer palavras tabu, no caso, um palavrão, as sociedades inventam "derivativos": alteram a forma ofensiva ou perigosa (abreviam, trocam
um dos sons etc.).
Por exemplo, dizemos "diacho" para não dizer "diabo" (sem falar que dizemos "o cujo", "o coisa ruim" etc.), dizemos "orra, meu!" para não dizer "p..., meu!" assim
como dizemos "sífu" para não dizer todos sabemos o quê. Tanto sabemos, que a mídia achou que Lula disse o que todos achamos que ele disse, embora não o tenha dito.
Escrevi alhures que acho essa coisa de cerimonial uma quase bobagem. Para exemplificar, dava meu testemunho de que as únicas coisas que aprovei no presidente Figueiredo
foi sua grossura no campo da etiqueta: achei ótimo ele dizer que preferia cheiro de cavalo ao de povo, que achava o leite de soja uma droga, que, se ganhasse salário
mínimo, dava um tiro no coco. Grossura? Claro!! Mas você preferiria que ele mentisse?
Fico deveras impressionado com a pudicícia da sociedade brasileira, especialmente da TV Globo!! Mas não é lá que passa, só para dar um exemplo, o BBB? Ou será que
Bonner estava se referindo à palavra "diarréia"?


Sírio Possenti é professor associado do Departamento de Lingüística da Unicamp e autor de Por que (não) ensinar gramática na escola, Os humores da língua e de Os
limites do discurso.

Fonte: Terra Magazine, 11 dez. 2008.
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Flor do Lácio

O "sífu" e os futuros "médicos" de Londrina

(Pasquale Cipro Neto)


O PAÍS INTEIRO VIU e ouviu o presidente Lula disparar o "sífu" (com acento agudo no "i", sim, já que se trata de paroxítona terminada em "u"). Estabelecendo
um paralelo entre o seu papel (de chefe de governo e, portanto, do Executivo) e o de um médico, o presidente imaginou uma situação em que um discípulo de Hipócrates
atendesse um "paciente doente".
Disse Lula: "O que você falaria para ele? "Você tem um problema, mas a medicina já avançou demais. Vamos dar tal remédio e você vai se recuperar". Ou você diria:
'Meu, sífu'?".
Como bem disse o grande Clóvis Rossi, "discutir se "sífu" é expressão adequada ou não à "majestade do cargo" é irrelevante". O fato é que o termo existe e tem
largo emprego (tabuístico) na oralidade brasileira.
A esta altura, cabe-me explicar o que é "tabuístico", adjetivo relativo a "tabuísmo" (só o "Houaiss" registra os termos). Eis a definição que o dicionário dá
de "tabuísmo": "Palavra, locução ou acepção tabus, consideradas chulas, grosseiras ou ofensivas demais na maioria dos contextos".
Em sua (às vezes aparente) simplicidade (e/ou grosseria, para alguns), Lula consegue, com suas metáforas, ser mais do que explícito e "didático". Só quem não
quer não entende o que presidente quer dizer.
Para muitos, essa metáfora de Lula se apoiou numa hipérbole (exagero) por demasiado inverossímil.
"Qual o médico que diria "sífu" a um paciente?", disseram algumas pessoas que comentaram o episódio.
Pois não há nada melhor do que um dia após o outro. Não foi preciso esperar mais do que uma semana para que a ultratosca realidade brasuca se encarregasse de
mostrar que a parábola do presidente nada tem de irreal ou surreal. Refiro-me ao triste episódio de Londrina, em que futuros "médicos" invadiram o hospital universitário,
em prosseguimento à "comemoração" iniciada num boteco da redondeza. De lata cheia, os nobres rapazes fizeram o diabo. Até rojão soltaram nos corredores do hospital
da universidade.
Não me admiraria que um desses futuros "médicos" dissesse "sífu" a um de seus pobres pacientes. Se é verdade que a linguagem é a expressão do alcance da percepção
do mundo, a (percepção) desses boçais não deve permitir-lhes nada mais do que o "sífu" na situação idealizada por Lula. Como bem disse o médico Bráulio Lima (coordenador
do exame do Cremesp e professor da Unifesp) a respeito do episódio, "a profissão médica é uma profissão cuja essência é humanista". E, digo eu, há muito tempo nossa
sociedade e, sobretudo, nossa escola trocaram o modelo humanista pelo tecnicista.
Que tal exigir nos exames a compreensão de textos filosófico-literários, muitos dos quais, por sinal, foram escritos por brilhantes médicos-escritores (ou escritores-médicos),
como Pedro Nava (autor do monumental "Baú de Ossos"), Guimarães Rosa e Jorge de Lima?
E que tal exigir a leitura de letras da nossa música popular, como a da magistral "Resposta ao Tempo", do psiquiatra-poeta (ou poeta-psiquiatra) Aldir Blanc?
A belíssima canção (cuja melodia é de Cristóvão Bastos) foi imortalizada por Nana Caymmi.
Em tempo: faço questão de cumprimentar o reitor da UEL (Universidade Estadual de Londrina), Wilmar Marçal, pelas corajosas e maduras declarações e atitudes.
É isso.


Observação 1: Os artigos constavam de mensagem eletrônica, recebida do prof. Eduardo Paes (Porto Alegre-RS), editor do portal NOSSA LÍNGUA_NOSSA PÁTRIA - Um sítio a serviço da Língua Portuguesa, da Educação e da Literatura Brasileira (www.nlnp.net).
Observação 2: Entre os escritores-médicos ou médicos escritores, incluiria também um de meus autores preferidos, Moacyr Scliar.
Observação 3: Imagem acima, quadro de René Magritté, extraída dainternet, do endereço abaixo:
http://www.princeton.edu/~rmeeks/magritte.jpg

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Conclusão do Curso Aluno Monitor


Conclui, nessa sexta, o Curso Aluno Monitor, promovido pela Microsoft Educação, em parceria com a Seduc-RS. Foram 6 fases, que serão posteriormente oferecidas a alunos da rede pública estadual. Os integrantes de NTEs atuarão nesse projeto, em 2009, como tutores de turmas de cerca de 30 alunos, com etapas presencias e a distância.
Apesar de trabalhar com tecnologia educacional, todo curso sempre traz novidades e certas peculiaridades que não foram utilizdas anteriormente.
Esse ano, trabalhando com formação em Linux Educacional, pelo Proinfo Integrado/MEC e, agora, com o Aluno Monitor da Microsoft, é como utilizar duas linguagens (dois sistemas operacionais) semelhantes, mas com algumas variações, como por exemplo o português e o espanhol.
Como comentei em postagem anterior, vira e mexe, e ora sou educador (formador/multiplicador de professores), ora sou aluno, em cursos como este e outros mais. Nessa transição entre os pólos educacionais, sempre incorporo minhas observações, com alunos, a partir da minha vivência como tal, assim como educador, entre outros educadores.
Mais detalhes do projeto, no endereço abaixo:

http://www.alunomonitor.com.br

Observação: Imagem acima, capturada da tela de meu PC, quando concluí o referido curso.

terça-feira, dezembro 09, 2008

Acervo completo da obra de Machado de Assis, no portal do MEC


O portal do MEC disponibilizou a obra completa de Machado de Assis, que pode ser consultada e baixada gratuitamente, através do link abaixo:

Acerco de Machado de Assis no MEC

segunda-feira, dezembro 08, 2008

16 anos na Educação


Ontem, 07/12, completei 16 anos de trabalho na Educação, e 21 anos de trabalho, no total. Atingi, portanto, a maioridade profissional.
Nesses 16 anos, acumulei a experiência de diversas áreas dentro da educação, da área administrativa a tecnológica, da jurídica a educacional. Desse longo período de aprendizagem, o que mais valorizo é a rede lógica de colegas e amigos que estabeleci, on-line e off-line, dentro e fora de minha escola; depois no núcleo de tecnologia educacional, e, mais recentemente, desde 2005, dentro e fora de meu estado, o Rio Grande do Sul, no país e até no exterior.
Quando vejo jovens com 16 anos ou mais, com atitudes de quem sabe tudo (ou pensam saber), compreendo que o mundo, mais que qualquer educador (professor ou pais), ensinará a estes o caminho das pedras, como me ensinou. Há 16 anos atrás o mundo, a vida, eu mesmo, tudo tinha outra dimensão. A tecnologia educacional, creio, estava restrita às universidades. Microcomputador às empresas. Internet, algo entre governos e instituições de ensino. Enfim, vivíamos na última década do século passado.
Na educação, usando ou não a tecnologia no cotidiano escolar, alguns educadores ainda vivem no século passado, com discursos progressistas e práticas conservadoras e/ou autoritárias, num livre e contraditório trânsito entre "Piaget e Pinochet", dentro e fora da sala de aula e do ambiente escolar. Porém, muitas prádicas pedagógicas eficientes, também surgiram no século passado, inclusive nos primórdios dele. O que importa não é o tempo em si, mas a expriência que esse nos reserva para que valorizemos o que é eficiente e dá bons resultados, e o que é prática antiqüada, inclusive na antigüidade, e que alguns ainda teimam em seguir a risca a cartilha bolorenta.
Educar, mais do que seguir receitas de bolo, é fazer a própria receita, a partir da vivência do professor, enquanto aluno, reavaliando sua postura.
Não creio que tanto o professor deva se adaptar totalmente à realidade do aluno, nem este se submeter a visão de mundo de seu educador. Há que se fazer uma intersecção de mundos, em prol de um ensino de qualidade. E a tecnologia educacional é uma grande ferramenta para efetuar essa transição, tendo o aluno como monitor do professor.
Confesso que continuo em um duplo processo de ensino-aprendizagem, que me ampara nos desafios que surgem a cada ano, pois, seguidamente, ora sou educador de outros educadores, como multiplicador de informática educativa, ora sou aluno de cursos a distância ou na forma presencial, em que acabo vivendo nos dois pólos: aluno-professor, trazendo experiências de ambos para cada lado da fronteira educacional. Inclusive na tecnologia, quando certos alunos me ensinam novos recursos que eles descobrem no mundo virtual e eu procuro adaptá-los para o ambiente educacional.
Quando se faz essa constante transição, até a própria prática pedagógica sofre mutações, pois o educador reavalia sua postura, enquanto "mestre" a partir de sua postura como "discípulo".
Assim sendo, continuarei nos próximos anos aprendendo e ensinando, e transitando em ambos os pólos, pois são essas viagens que me fazem ver a paisagem educacional de outra forma, e refletir sobre a mesma nesse pequeno portal, que é o meu blog.

Observação 1: Colagem digital acima, feita no paint, a partir de duas imagens extraídas da internet, dos endereços abaixo:
http://dedonagarganta.files.wordpress.com/2007/10/cropped-vela-site.jpg (vela);
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/
5/5c/Trs80_2.jpg/250px-Trs80_2.jpg (computador antigo).
Observação 2: Há 16 anos atrás, em 1992, após aprovação em concurso público para a Educação, quando ainda trabalhava na iniciativa privada, os computadores existentes eram similares a imagem acima. A ciência e a tecnologia evoluíram, pena que a devida recuperação das perdas salariais dos educadores públicos continuem perdidas n'alguma máquina do tempo...

sábado, dezembro 06, 2008

Palestra no X Seminário da Aphac-Norte

Ensaio O Pintor de Retratos
Mais uma vez tive o privilégio de palestrar no Seminário da Associação de Patrimônio Histórico Artístico e Cultural de São José do Norte - Aphac/Norte, dessa feita, em sua 10ª edição.
Ano passado, o seminário ocorreu paralelo a Semana do Município e a Feira do Livro, da qual (em sua 16ª edição) tive a surpresa e a satisfação de ser escolhido seu primeiro patrono. Naquela oportunidade, palestrei sobre a questão da identidade gaúcha a partir da obra de Erico Veríssimo, entre o gaúcho típico e seu arquétipo.
Nessa 6ª feira, dia 05/12, abordei o tema O pintor de retratos: entre o universal e o particular; adaptação do ensaio acima, elaborado durante a disciplina de História e Literatura, para a profª. Núbia Hanciau, durante o mestrado em Letras (FURG), área História da Literatura.
No seminário deste ano, apresentei em slides, a adaptação resumida do referido ensaio, incuindo algumas imagens (dentre elas a Foto do Destino, peça chave na novela de Assis Brasil); dentro do tema da sustentabilidade, proposto pelos organizadores, fazendo um paralelo com o outro pintor de retratos, nascido em São José do Norte, que por acaso é meu pai, o artista plástico José Américo Roig, o Zeméco, que também preserva um pouco da história do município, através de sua visão e arte.
Pelo blog Olhar Virtual (http://olharvirtual.blogspot.com), criado por mim, para fazer uma espécie de inventário de vida e obra de Zeméco, é possível acompanhar em suas telas, retratos de figuras ilustres (o universal), junto a pessoas da comunidade (o particular); além de paisagens e casarios que não existem mais. Preservar a memória de uma comunidade através de arte, da cultura, da história e da literatura são também formas de exercício de sustentabilidade.
Na oportunidade, apresentei aos presentes a idéia de que a pintura remete à literatura e a fogografia à história, dadas as devidas proporções, em vista de que a história pretende ser um retrato fiel (um instantãneo) da sociedade, enquanto que a literatura busca a recriação, carregando muitas vezes nas "tintas" de uma narrativa.
Agradeço, mais uma vez, aos integrantes da Aphac-Norte, a gentileza do convite, possibilitando-me discutir com a comunidade temas relativos à História e à Literatura, entre o universal e o particular.

Observação: o ensaio acima, protegido pela lei de direitos autorais, pode ser baixado livremente do endereço abaixo, desde que reproduzido sem alterações e divulgado a sua autoria.
http://www.scribd.com/doc/8695892/Ensaio-O-Pintor-de-Retratos

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Escrevendo o futuro...



Foi com grata satisfação que recebi a notícia (primeiro da escola, depois pela TV) que o aluno Lucas da Silva Gautério, do Ensino Médio do Instituto São José, escola estadual de São José do Norte - RS - Brasil, foi classificado na Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o futuro, promovida, em sua primeira edição, pelo Ministério da Educação (MEC). O tema era: "O lugar onde vivo".
Lucas foi monitor (2007) de projeto educacional da referida escola, do qual fui apoiador, juntamente com a equipe do NTE Rio Grande/18ªCRE.
Esse ano, tive o privilégio de ser convidado pelo Instituto São José (o popular Ginásio, como é chamado pelos nortenses) para participar da Comissão Julgadora das Olimpíada, para a seleção dos trabalhos a serem enviados ao MEC. Cresci e vivi em São José do Norte até os 18 anos, onde tenho meus familiares, e onde estão minhas raízes, e poder sempre manter esse contato é algo que me orgulha sempre.
Um dos textos selecionados, na categoria artigo de opinião, que depois soube pertencer a Lucas, impressionou a comissão, pela clareza e objetividade de seus argumentos que tratavam da questão da preservação histórica dos casarios e a análise do contexto em questão. Classificado como semifinalista, o texto de Lucas participará da fase final.
Foi uma dupla satisfação para mim, como ex-aluno do Instituto São José, pois além de Lucas ter sido aluno-monitor em projeto apoiado pelo NTE, onde pudemos perceber seu talento e dedicação; o garoto teve como sua apoiadora a profª Maria Nobre da Silva Gibbon, que também foi minha professora, quando estudei na referida escola no Ensino Médio (curso técnico em secretariado), no início dos anos 1980.
A profª. Maria Nobre foi uma de minhas incentivadoras, como professora de Redação, quando iniciei a escrever meus primeiros textos literários em prosa e verso. Naquela época, lembro-me que num dos concursos que participei, uns dos critérios de seleção era ter o texto cerca de 500 palavras. Ironicamente, naquele tempo, só consegui escrever em torno de 350 palavras e não pude ser classificado. Hoje, a minha grande dificuldade é ser conciso, pois sempre escrevo além da conta, tendo que fazer um exercício de objetividade às vezes. Se hoje a literatura e a escrita são um de meus pontos fortes, devo em parte à dedicação e ao profissionalismo de professores como Maria Nobre, Linei, Edy Figueiredo, entre outras, que sempre incentivaram minha produção, como de outros de seus alunos.
Há um ditado popular que diz que o sucesso é 99% transpiração e 1% inspiração, o que concordo, pois muitas vezes os talentos precisam ser burilados por mestres, que já conhecendo o caminho das pedras, mostram ao seus pupilos os atalhos...
Aproveito então, primeiro, para agradecer mais uma vez ao Instituto São José pela oportunidade de ter participado da Comissão Julgadora da 1ª Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o futuro, parabenizando à minha ex-profª Maria Nobre por esse trabalho de incentivo à leitura e à escrita; além de parabenizar ao jovem Lucas Gautério, para que continue se destacando em tudo que faz, escrevendo o seu futuro...

Veja mais dados, nos links abaixo:

Semifinalistas (imagem 2)

Dados sobre o prêmio

Observação: Imagens acima, foto 1, extraída do portal abaixo:
http://olimpiadadelinguaportuguesa.mec.gov.br/
e foto 2, extraída do endereço abaixo:
http://olimpiada.cenpec.org.br/cjm/

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Blog ProEA-PRG


Nunca a questão ambiental esteve tão em foco na mídia, seja por questões mundiais, seja por questões regionais. Nunca foi tão importante discutir os impactos socioambientais no cotidiano das comunidades.
Ainda impactado pelas imagens da tragédia em Santa Catarina, onde recentemente estive em Seminário do Proinfo e TV Escola/MEC, custei a postar neste blog, além do fato de estar envolvido com outras atividades.
Desde 2007, tenho participado, junto com professores da rede pública municipal e estadual do município de Rio Grande - RS - Brasil do ProEA-PRG (Programa de Educação Ambiental do Porto do Rio Grande). Durante esse período, os integrantes do programa, com apoio do Porto e do Ministério do Meio Ambiente, tem assistido a palestras, visitado por terra e mar o entorno da cidade, para a partir desse ano produzir, com base nas saídas de campo, elaborar um Caderno socioambiental e histórico-cultural do município do Rio Grande, que pode ser visitado através do Blog do ProEA-PRG ( http://proea-prg.blogspot.com).
Ou seja, um material destinado a professores e alunos, produzido pelos educadores da cidade, a partir da realidade local.
Esse caderno, ainda em elaboração (e com a participação de cerca de 40 educadores, sendo que destes 22 participam efetivamente do blog), possui os seguintes tópicos:

- Panorama histórico-cultural do município do Rio Grande
- Aspectos fisiográficos do ecossistema: Relevo; Clima; Fauna; Flora e Mapas.
- Problemas socioambientais contemporâneos: Lixão; Esgotamento sanitário; Poluição dos corpos d’água; Impactos da atividade industrial; Expansão demográfica; Favelização; Cemitério e Infra-estrutura urbana;
- Índices locais de desenvolvimento: PIB; IDH e Objetivos do milênio;
- Anexos.

Estratégia de elaboração do caderno, proposta é a adoção de linguagem acessível e consistente, para uso do mesmo com professores da rede pública com seus alunos; a estruturação dos conteúdos; link para conteúdos e atividades; uso de imagens; CD Anexo – Fotos e músicas; proposição atividades paralelas; criação do Blog e lista de discussão entre os integrantes do ProEA-PRG.
Dentro do tema "Problemas socioambientais contemporâneos", escolhi o tema do Lixão da cidade, e sobre ele tenho postado no blog e pesquisado, podendo ser visitado pelos links abaixo:

Problemas socioambientais contemporâneos: o lixão de Rio Grande-RS

O lixão e os métodos de disposição final dos resíduos