sexta-feira, dezembro 29, 2006

Novos links de pesquisa


Caros amigos navegantes desse blog. Tomei a liberdade de colocar mais alguns links interessantes para pesquisa e atividades de educadores em sala de aula ou laboratório de informática. Alguns são mais específicos para o ensino fundamental, como: Turma da Mônica, Discovery Kids, Nosso Amiguinho, MUndo Jovem etc. Outros links são de revistas mais para o público do ensino médio e superior, como revista da Fapesp, da SBPC, Periódicos da CAPES etc. Todos estão a mostra abaixo do perfil, no lado direito desse blogue. Boa pesquisa e atividades educacionais a todos.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Ano Novo, tudo de novo?


A palavra novo serve para diversas interpretações e significados. Muitas vezes, os que se dizem o novo, renegam o conhecimento adquirido pela própria humanidade. Outros pedem que repitam de novo, tipo "em time que está ganhando não se muda".
Futebol, educação, política, religião e tantas outras coisas têm-se o senso comum que cada um tem a sua verdade e cada um normalmente quer fazer valer a sua verdade.
Nem sempre o novo é inovador, ou moderno. Não fosse isso, e Piaget, Foucault, Freire e tantos pensadores já estariam suplantados, quando na verdade "verdadeira" (!?!), sabemos que embora a educação a ciência e a tecnologia tenham avançado muita nas últimas duas décadas, ainda os referenciais são os do inícioe meio do século XX.
A tecnologia, se encarada como um boa ferramenta e acessório de trabalho, pode sim colaborar para a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem.
Mas não confundamos tecnologia educacional com educação bancária, em que muitos terminais substituem o ser humano, pois banco escolar não visa lucro, e investimento em educação jamais pode ser definido como despesa!
Se observarmos que cada vez mais a informática está conectada ao nosso dia-a-dia, desde o microcomputador, ao caixa eletrônico do banco, aos caixas informatizados das lojas e supermercados, por conseguinte, podemos perceber que as filas não diminuíram nem o tempo de atendimento também... Pelo contrário. Se o sistema cai, o cartão magnético apresneta problemas, o código de barras do produto não é lido pela máquina, lá se vão minutos e minutos em sua tentativa de resolução. Há que saudade, temos nessas horas, de prosaica caixa registradora, de atendimento manual e não digitalizado... Mas a modernidade pressupõem melhoria na qualidade de vida das pessoas... Porém, penso, logo existo, e insisto em meu ponto de vista, de que a tecnologia vem para conter gastos com pessoal e não melhorar os serviços. O objetivo maior é o lucro, e continuará sendo, enquanto vivermos numa sociedade em que Papai Noel é o símbolo máximo do Natal, e que o aniversariante é quase um "Sujeito Oculto da Oração". Oração esta em duplo sentido, evidentemente: religioso e linguístico.
Jesus deveria ser nosso amigo secreto, pois só Ele nos deu a verdadeira "Revelação", mas nesse mundo consumista em que vivemos, o presente é mais importante que tudo...
O título dessa postagem é dúbio e proposital.
ANO NOVO, TUDO DE NOVO?
Se for a repetição ipsis literis do que já passou, não é aconselhável, pois cada ano é de aprendizagem, e aprendemos com os erros e acertos, para não repetirmos os erros e ampliarmos nosso acertos. Entretanto, se o "tudo de novo" tratar-se das conquistas do esporte, voleibol, com uma aula de dedicação e organização que Bernardinho nos dá sempre; com Felipe Massa podendo disputar um título de F-1 sem precisar dar a vez a alguém mais poderoso... E, enfim, no futebol a Academia do Povo, a Máquina Colorada, a Maré Vermelha do S.C. Internacional repetir a dose e nos brindar com mais uma Taça Libertadores da América e do Mundo. E que Saci Pererê e Pai Noel, ambos colorados desde criancinha, nos ajudem nessa nova e difícil empreitada.
Mas, acima de tudo, que em 2007, tenhamos a consciência de que ainda que não sejamos o melhor no esporte ou na profissão, façamos cada um o nosso melhor, em prol de um objetivo maior: a construção de um mundo melhor, a partir de nós mesmos e de nossos exemplos na família, no trabalho e em sociedade... Um Feliz 2007 a todos!

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Um Feliz Natal!!!


Que a foto acima, de Ruben Olavo Vicente (extraída do site 1000imagens.com) nos faça refletir entre os dois mundo que convivemos: entre o real e o imaginário, entre a lógica e o consumismo, entre a teoria e a prática, entre o ideal e o possível... E que nesse Natal lembremo-nos mais do verdadeiro espírito do Natal, do que dos presentes dos amigos-secretos... E que possamos em 2007 continuar compartilhando experiências exitosas, dúvidas, anseios, nessa jornada sem fim que é a capacitação continuada entre a tecnologia e a educação. E que possamos também continuar estabelecendo mais e mais conexões, sejam discadas ou banda larga, entre colegas, amigos e comunidade, em prol de uma educação emancipadora. Muitas felicidades a todos. E obrigado pela ajuda que tive, dos colegas, amigos, familiares, e apoiadores em geral dos projetos que desenvolvi no transcorrer desse 2006. Feliz 2006/2007.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Links educacionais

Abaixo do perfil deste blog, foram colocados vários links para sites e blogues educacionais, fruto de andanças profissionais, ora no mundo real, ora no ciberespaço. Descobri experiências riquíssimas de colegas, de instituições, revistas etc.

Papai Noel existe! E é colorado!

Ontem, todo colorado recebeu seu presente antecipado de Natal: o título mundial de futebol do Sport Club Internacional, justo no estádio Internacional de Yokohama, no Japão. Dá-lhe INTERnet... Embora esse blogue trate de tecnologia e educação, seu editor é colorado e não podia deixar de prestar uma homenagem àqueles jogadores que souberam enfrentar um supertime de futebol, com muitas estrelas milionárias, e ainda sair vitorioso no tempo normal.
O esporte é uma lição de vida, e o futebol pode e é uma das formas de inclusão social.
Em tempos de globalização, vimos de um lado um clube europeu, dos mais ricos do mundo, com 13 estrageiros entre os 25. Do outro lado, um time sul-americano, brasileiro e gaúcho, com poucos gaúchos natos em suas fileiras, sem grandes patrocinadores, mas com um planejamento feito a longo prazo, investindo em promessas e jogadores experientes.
Que viva o esporte! E que viva o Gigante da Beira-Rio - campeão mundial de futebol 2006.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Recepção e consumo cultural: receptor ativo versus receptor passivo

Obs.: Colagem antiga, de minha autoria. ------->

A partir da leitura do texto disponibilizado para análise na disciplina Proa12 – Integração de Mídias (TV, Internet, Rádio) no Cotidiano Escolar, de Jane Fischer Barros, Rosa Maria Bueno Fischer e Suzana Feldens Schwertner, docentes da UFRGS, é possível deparar-se com as figuras do "receptor ativo versus receptor passivo". Como bem frisa o texto "nunca o expectador é passivo, porque sempre, de alguma forma, ele estará envolvido com o que vê, lê, ouve". A passividade pode ser na forma de assistir aos conteúdos midiático, mas não em sua interação. Num mundo cada vez mais competitivo e menos solidário, até mesmo os veículos de comunicação são, de certa forma, ativos e passivos. Ativos na veiculação da informação e da programação, mas passivos diante da obtenção de índices de audiência que determinam tendências para manutenção ou ejeção de um comercial ou programa de variedades. Os Reality Shows talvez sejam a prova mais contundente dessa relação televisão-audiência... Vemos personagens e não pessoas interagindo num ambiente, teoricamente isolado do mundo exterior, cada qual desempenhando um papel, de mocinhos a vilões, como se telenovela fosse, embora, a princípio seja um programa que tente reproduzir a realidade. Nesse contexto, a partir da audiência e dos milhões de telefonemas dados para eliminar um candidato a cada semana, o telespectador passa a ser o receptor ativo na trama, enquanto a direção do Reality Show, o receptor passivo, atrelado a tais índices. No ambiente escolar acontece o mesmo. A TV, o rádio, a internet, quando utilizados de forma ampla podem promover a reflexão e o debate para as coisas do cotidiano. Nem professor nem alunado serão receptores passivos, se a atividade desempenhada seja crítica e não meramente recreativa (essa sim, passiva), de mero passatempo. O veículo por si só não influencia o comportamento da coletividade, mas a utilização do veículo sim, pode trazer passividade ou interação ao indivíduo ou ao grupo social.

TV e práticas escolares

Obs.: Colagem antiga de minha autoria. ------->

A atividade da 6ª semana da especialização propõe a elaboração de um comentário crítico (um parágrafo) abordando um dos tópicos disponibilizados. Interessei-me pelo tema "TV e prática escolares", pois vem de encontro ao meu Projeto de Aprendizagem "A Televisão pode ser uma aliada da educação?" Segue abaixo o comentário:

Há que se lembrar que até os anos 1950, quando a TV começou a se incorporar paulatinamente ao dia-a-dia da sociedade brasileira, quem responsabilizava-se pela educação era primeiro a família, depois a escola. A partir dos anos 70 em diante, principalmente, após meados dos anos 1980, com o surgimento de programas direcionados ao público infantil (com interesses mercadológicos), passou a TV a ser um dos primeiros contatos da criança, rivalizando com a família e o fazer pedagógico. Aos 6 para 7 anos, quando a criança iniciava seus estudos formais na escola, já trazia, como ainda traz, uma bagagem da cultura de massas veiculada pelos meios de comunicação. Nesse contexto, o educador, apesar da qualidade discutível da programação televisiva, não deve cerrar trincheiras contra esse veículo quase onipresente no cotidiano de todos os lares (até pelo fato de ser uma disputa insólito e ineficaz), mas buscar na programação da própria TV formas de trabalhar conteúdos curriculares, ora se apoiando em reportagens e matérias de boa qualidade (sobre ciências, geografia, matemática, história etc), ora de maneira crítica, mostrando o lado meramente consumista e apelativo da grade de programação. Se o professor também é de certa forma um comunicador, deve utilizar o mais poderoso meio de comunicações de massa como um aliado do fazer pedagógico. Exemplo de boa programação: TV Escola e TV Educativa.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Educação e tecnologia: avanços e desafios

A imagem acima lembra aqueles RPGs, jogos virtuais preferidos por adolescentes, para serem jogados em rede de computadores, simulando ambientes medievais, etéreos (tipo O Senhor dos Anéis, As Crônicas de Nárnia etc), em que o jogador precisa ter perícia, rapidez de raciocínio, visão espacial... Um jogo que pode durar horas, dias, meses, anos... Um universo paralelo digitalizado, que lembra o filme Matrix também. Depois de algumas horas o jogador confunde realidade com ficção... Depois do 11/9 a ficção cinematográfica (dos filmes-catástrofe!) tornou-se muito real...
De certa forma, em alguns aspectos, vivemos na Idade Média, em que as residências, por causa das "invasões bárbaras" da criminalidade, estão cada vez mais se fortificando; em que os portões dos condomínios, comandados por controle remoto lembram vagamente as antigas pontes levadiças... Algumas doenças devastadoras lembram a peste... Existem privilegiados vivendo em feudos, com vassalos e serviçais ao seu dispor, enquanto a maioria da sociedade vive fora dos muros levantados para conter as seguidas invasões (muralhas da China são construídas atualmente nas fronteiras de Israel e EUA). A globalização, por parte dos países desenvolvidos é em única mão: só vai, nunca vem... Mas os oásis de prosperidade em pleno deserto de oportunidades atraem caravanas de aventureiros em busca de um lugar à sombra... (pois o efeito estufa e a relutãncia dos países ricos em conterem suas emissões de poluentes deixou o sol quente demais abaixo do Equador).
Apesar dessa análise sombria, reportando-me a antigüidade, convém lembrar (já que sou um crítico otimista, ainda que realista) que após a Idade Média veio a Renascença e a Idade das Luzes... Se a história e a vida são ciclos que vem e vão, quiçá possamos esperar por dias melhores no futuro. Mas para isso precisamos que o professor também seja um educador ambiental...
Enquanto isso, conforme a ilustração acima, a conjuntura da educação a a violência social leva alguns professores, acuados pela extrema pressão social que exige do educador conhecimentos de psicólogo, assistente social, adminitrador de empresas, gerente, relações públicas etc. a sentirem-se como o cavaleiro solitário enfrentando cada vez maiores desafios: a inclusão, a baixa remuneração, a carga horária elevada, a falta de capacitação continuada e de infra-estrutura adequada de trabalho, a cobrança da própria sociedade, a violência etc.
Embora para alguns vivamos na Idade Média, há a esperança de que a Renascença de cada um surja logo. Não devemos viver como cavaleiros solitários, e sim como numa Távola Redonda, em que os problemas e as soluções possam ser socializados.
Se o educador souber trazer para o seu lado o alunado, terá um grande aliado no processo de ensino-aprendizagem e na utilização dos multimeios para essa qualificação mútua.

Cibercultura e educação

O texto abaixo pertence a Atividade do Proa5, da especialização em tecnologia da informação e da comunicação na promoção da aprendizagem e é inspirado na análise do texto EDUCAÇÃO E CYBERCULTURA, de Pierre Levy.

Cibercultura e educação
Desde que a tecnologia - primeiro com a TV, depois o videogame e atualmente o microcomputador – incorporou-se ao dia-a-dia da sociedade, visíveis são os reflexos, não apenas na comunidade como na própria educação, que, como a família e a sociedade em geral, não acompanhou os avanços tecnológicos...
Hoje o ciberespaço é um universo paralelo para os jovens, que vivem mais plugados ao mundo digital do que ao real, à medida que celular, pc, games e toda uma parafernália eletrônica tornaram-se quase uma segunda pele. Impossível observar um adolescente ser visualizar em sua mão ou cintura um celular de última geração.
Cibercultura e educação, apesar de parecerem à primeira vista antagônicas, podem, se analisadas em separado, ter mais afinidades do que se possa supor.
Note-se que a cibercultura é uma linguagem eminentemente visual, de imagens em movimento constante. O jovem, por esse fato, desenvolve estímulos e reflexos variados. Por utilizar jogos sofisticados, que forçam a análise espacial, gráfica, estratégia etc, como os RPG (rolling play games) que desafiam ao jogador em rede usar muito tática para passar de fase, e a cada fase maiores são os desafios... Eis a grande aliada que pode ser a tecnologia... Entretanto, se a família ou o educador não estiverem "plugados" a essa realidade, utilizando-se dessas ferramentas, como aliadas à educação familiar e à acadêmica dos bancos escolares, haverá um choque de gerações, em que cada um falara uma linguagem, e ninguém se comunicará de fato. Evidentemente que, para que isso ocorra, não é necessário que as escolas e, por conseguinte, os laboratórios de informática tornem-se lan houses... Pelo contrário, a tecnologia deve ser canalizada para a formação intelectual, educacional e cidadã, despertando o senso crítico do alunado para que este observe e saiba distinguir realidade de ficção... Menos competição e mais solidariedade, seja em sala de aula como na sociedade.
Como fazer isso? Evidentemente com diálogo, troca de experiências, utilização de softwares educacionais, aplicação de experiências exitosas desenvolvidas por escolas e instituições, que muitas vezes estão disponíveis gratuitamente na própria internet, enfim, uma variedade de fatores que promovam o intercâmbio entre a cultura popular que o aluno trás de casa e a educação formal que o professor deve dispor.
A contextualização da própria educação e da informática devem ser feitas sempre, não apenas de forma teórica, com discussões infindáveis, mas levadas à própria comunidade, através de debates com CPMs, Conselhos Escolares, promovendo debates com todos os segmentos da sociedade. Questionamentos como: qual é a escola do futuro? Uma escola cheia de máquinas e os problemas da educação estarão resolvidos? Creio que não. Não basta investimentos em equipamentos, se não houver investimentos superiores no ser humano: professor e aluno.
A cibercultura por si só não é benéfica nem maléfica. É um veículo apenas, como o automóvel. Se analisarmos o cotidiano e as notícias atuais, não é o veículo automotor que mata cada vez mais jovens no trânsito das grande, médias e pequenas cidades pelo país afora, e sim os condutores que abusam da imperícia, imprudência e a negligência, quando no volante, como se estivessem pilotando um simulador. O teclado, mouse ou joystick apenas reproduzem comandos feitos por seu manipulador. Portanto, a cibercultura é o resultado do meio, que é fruto das pessoas, e assim por diante. Um ciclo que pode ser vicioso ou não.
Diante dessa realidade, nada virtual, o professor deve utilizar as TIC’s (Tecnologias de Informação e da Comunicação), como uma ferramenta e uma aliada no processo de ensino-aprendizagem. Mas, acima de tudo, como um mediador, pois na sociedade da imagem e da informação automática (informática), o aluno pode ser o maior aliado do professor. E não um adversário...
O jovem, em príncípio, parece dominar melhor os meios tecnológicos, mas falta-lhe a vivência, a experiência e a bagagem cultural que o professor carrega consigo. Dessa troca de informações pode-se buscar o "plug and play" (o "ligar e funcionar", tradução livre deste), entre a cibercultura e a educação.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Estradas digitais

Artigo publicado na revista Banco Hoje, Abril de 2004, pág.46.
Colunista Peter T. Knight

O programa Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão (GESAC) trouxe inclusão digital via satélite a 3.200 localidades em mais de 2.500 municípios brasileiros. Um programa do Ministério das Comunicações inicialmente concebido no governo FHC foi transformado e adaptado às diretrizes do governo eletrônico do Governo Lula e talvez seja um dos sucessos deste Governo. Constrói estradas digitais no espaço que conectam a população de regiões remotas do Brasil com o governo, com a economia do conhecimento, com o mundo globalizado.

O GESAC usa tecnologia de ponta; tem custos razoáveis; aproveita software livre e trabalha via parcerias com o setor privado, vários ministérios e secretarias estaduais e municipais e com ONGs, Não tem sido objeto de muitas reportagens na mídia, mas merece mais atenção.

A idéia de que corresponde ao governo construir e manter estradas digitais, assim como constrói estradas comuns para promover o desenvolvimento econômico e social, é fundamental. Ninguém questiona a necessidade de construir estradas, nem que nem sempre se precisa de pedágio. Estender este sistema à info-estrutura é lógico, e outros países, como México e Peru, vêm adotando a mesma estratégia. No caso do GESAC, o Ministério das Comunicações (MC) contratou os serviços de uma empresa privada, Gilat do Brasil, para prover serviços de Internet via satélite (neste caso o Anik F1 da empresa canadense Telesat), usando uma estação terrestre mestre (hub) em Belo Horizonte e terminais VSAT, que podem ser localizados em qualquer parte do Brasil e até em outros países da América do Sul.

O uso de software livre, uma bandeira do Governo Lula, tem dado certo aqui – aproveitando Linux e Open Office se baixa muito o custo para estabelecer um telecentro, permitindo maior número de telecentros pelo mesmo orçamento.

Desde julho/2003, quando tomaram ritmo as instalações do Programa em campo, foram diversas as parcerias estabelecidas entre órgãos do Governo Federal, tais como o MC (Ministério das Comunicações), MP (Ministério do Planejamento), MEC (Ministério da Educação), MD (Ministério da Defesa), ITI (Instituto de Tecnologia da Informação), Eletronorte, Serpro e outros; com ONGs, tais como a RITS, a Casa de Cultura Tainã, a Rede Gemas da Terra e outras; e os governos estaduais. Por exemplo, o GESAC deu conexões de banda larga para umas 1.800 escolas que participam no programa PROINFO (computadores em escolas públicas) do Ministério da Educação.

Os custos do GESAC são estimados em R$1 108 por mês por ponto VSAT, que inclui todo o suporte, um serviço 0-800 para os usuários, a saída para Internet em banda larga (54 mbps de banda de saída à espinha dorsal da Internet brasileira) e serviços softwares. Supondo somente 10 computadores por telecentro (a média projetada pelo GESAC), o custo é em torno de R$111 por computador por mês, de novo bastante assimilável mesmo se fosse pago com uma taxa de R$1.00 por hora de uso – paga pelo usuário ou por uma prefeitura, outra agência governamental ou ONG. Quanto mais agências governamentais participarem, quanto mais pontos no sistema, melhores as condições de compra de serviços de conectividade, hardware e software para os telecentros – o poder de barganha do governo aumenta quando a compra é maior.

O GESAC agora vai se integrar com o programa CorreiosNet (veja http://www.correiosnet.com.br) operado pelos Correios. Talvez seja interessante considerar também mais parcerias do GESAC, inclusive para o estabelecimento de telecentros privados em áreas remotas, aproveitando o serviço GESAC (no modelo bem sucedido das Cabinas Internet do Peru, que já numeram de 5.000 a 10.000 – ninguém sabe exatamente quantos). É curioso que, num país com tanto talento empresarial, o fenômeno dos telecentros privados no Brasil ainda não tenha decolado como no país vizinho. Merece investigação.

Dando direito de usar as “estradas digitais” sem pedágio para quem montar um telecentro na Amazônia legal e outras áreas remotas que poderiam ser designadas, seria outra maneira de acelerar a inclusão digital de que o Brasil tanta precisa para ser um país competitivo. Enquanto a China desenvolve um programa nacional de aprendizagem ao longo da vida usando todos os meios da convergência digital para capacitar seus imensos recursos humanos, o Brasil não pode depender mais de vender o braço nu num preço declinante.

Mais informações sobre o GESAC



www.idbrasil.gov.br

Seguindo o objetivo desse blog, que além de discutir a tecnologia educacional, durante o curso de especialização da UFRGS, mas acima de tudo, compartilhar o conhecimento adquirido em atividades diversas e socializar as informações que devem ser de conhecimento público, segue abaixo mais detalhes sobre o programa GESAC.

Segundo Alexandre Farinelli, o principal objetivo da antena GESAC é:
O Ponto de Presença tem por objetivo levar a Inclusão Digital à um maior número de pessoas possível, desta maneira levando a informática as comunidades, de maneira que mais pessoas tenham acesso ao computador, bem como suas facilidades e utilizades.

No site http://rau-tu.idbrasil.org.br/ encontra-se pergunta formulada sobre como obter novos pontos de presença do GESAC. O procedimento é bem simples: basta o envio para o Ministério das Comunicações de ofício/carta assinada e projeto de inclusão digital, bem elaborado, pois passa por uma avaliação. Conforme Alexandre Farinelli, do GESAC / Comsat, a documentação necessária pode ser consultada através do site:
(http://www.idbrasil.gov.br/menu_interno/
docs_prog_gesac/institucional/docoficiais.html).

Quando for enviar o ofício deve-se fazer o seguinte:
- Encaminhar uma carta endereçada e oficial ao sr. Heliomar Medeiros (Diretor do DESID).
Colocar o que está solicitando (Adesão de um ponto de presença) e o motivo (descrição do projeto).
- Local para envio:
Ministério das Comunicações
Endereço: Esplanada dos Ministérios - Bloco "R"
Bairro: Plano Piloto
CEP: 70044-900

OBS.: Identificação de remetente, Endereço e Assunto. Lembrando também que o número máximo de computadores recomendado pelo GESAC são 20, colocando mais pode não haver conexão, a conexão ficar muito lenta ou caindo constantemente.

Conforme Aline, da Equipe Comsat/Gesac:
"Para solicitar a antena Gesac para o telecentro é necessário elaborar um projeto de inclusão digital, explicando o por que deseja obter um ponto de presença e enviá-lo para gesac@df.idbrasil.org.br, com cópia para beneditomedeiros@df.idbrasil.org.br.
Interessante informar o seguinte: objetivo do projeto; área de cobertura/público alvo (alunos de escola, militares, tribo indígena, etc.);Infraestrutura utilizada (se possuem computadores, quantidade dos mesmos, etc)".

Sobre o compartilhamento da antena Gesac entre escolas, Farinelli comenta:
"Sim, existe a possibilidade de compartilhamento porém o limite máximo de computadores são 20. Sendo assim, se a soma das duas localizades totalizar um número maior que isto, será realmente necessário o envio de um Projeto para implantação na escola.
Vocês estão certos, o objetivo do Projeto GESAC é levar a informática ao maior número de pessoas possível".

Atendimento e dúvidas:
Contato pelo serviço de 0800.997878,
de segunda-feira à sábado das 09:00 às 22:00hs
e de domingo às 09:00 às 18:00.

Maiores detalhes, ler os seguintes links:
http://www.tedbr.com/publicacoes/bancohoje4-04.htm
www.governoeletronico.gov.br/.../publicacao/down_anexo.wsp?tmp.arquivo=E15_198GESAC_Resumo_do_Projeto.pdf
www.idbrasil.gov.br
www.idbrasil.gov.br/menu_interno/docs_prog_gesac/
institucional/oqueegesac.html

Utilidade Pública

Qualquer denúncia sobre mal versação de dinheiro público pode ser oferecida no site da CGU - Controladoria-Geral da União, no endereço: http://www.cgu.gov.br/index.htm.

Hoje é sexta-feira


Hoje é o último dia de atividades do curso do GESAC (Governo Eletrônico - Serviço de Atendimento ao Cidadão), que estou participando em Porto Alegre-RS; curso esse promovido pelo Ministério das Comunicações, e oferecido para técnicos de NTEs. O Gesac trata-se de serviço gratuito de internet à comunidade, através de antena parabólica, modem e via satélite. Na região da 18ª CRE há um ponto de presença no Colégio Estadual Santa Vitória do Palmar, no município de mesmo nome. Além de dois pontos em instituições militares.
A foto acima (site 1000imagens), é apenas a representação da saudade de casa, após quase uma semana fora. Uma bela foto, com certeza.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Colagem homo sapiens sapiens


Essa colagem, de minha autoria, serve para ilustrar o texto logo abaixo, e serve a diversas interpretações. Elaborada há alguns anos atrás, foi utilizada agora para propor uma reflexão sobre o avanço tecnológico frente a involução das relações humanas... Ainda assim, sou um otimista-realista... Nada mude senão quisermos ou nada fizermos...Devemos agir no particular e individual, pensando no coletivo e universal. Nossos atos, por maispequens que sejam, causam um efeito dominó em nosso círculo familiar, de amizade, profissional, vizinhança e por aí vai...
Penso a educação como um ambiente laborativo e colaborativo, em que o educador é, ao mesmo temp, mediador do conhecimento e aquele que vive no olho do "fucacão" social (parafraseando Ladislau Dowbor) que é a escola, reflexo parabóbico da própria sociedade...
Por sinal Dowbor, professor da PUC-SP tem um interessante site que vale a pena visitar: www.dowbor.org.

terça-feira, dezembro 05, 2006

A invenção da televisão

Essa notícia foi veiculada em caderno especial do jornal Zero Hora, de Porto Alegre-RS, em 28/12/1999, quase ás vesperas do tal Bug do Milênio, que poderia dar pane em todos os computadores espalhados pelo globo terrestre. Eis a notícia:

"Desde a invenção da imprensa por Gutenberg, em 1455, a humanidade não vivia um século tão pródigo em avanços técnicos aplicados à comunicação. Rádio, televisão e internet sucederam-se como revoluções. Mas no século em que o meio tornou-se a mensagem, conforme Marshall McLuhan, a sociedade da informação parece ter nascido sob a égide dos sinais televisivos.O olho eletrônico pelo qual o mundo pôde se observar sem sair de casa é fruto de pesquisas e processos químico-físicos desenvolvidos desde a televisão eletromecânica, no século XIX. A televisão contemporânea, contudo, surgiria somente a partir do advento do iconoscópio. Nos anos 30, Estados Unidos e Europa iniciaram transmissões regulares e, em 1954, aparelhos em cores arrebataram as atenções mundiais.Centro de polêmicas sociológicas e filosóficas durante o século, a televisão, alma dos "mass media", foi avaliada como objeto de manipulação ou de esclarecimento. Alheia às discussões intelectuais, uma audiência mundial foi fascinada pela imagem e som em movimento. Mais de 1,2 bilhões de televisores foram contabilizados no mundo nos anos 90. Desses, apenas 0,2% estavam na África. A exclusão é sua face perversa. Sua popularidade uma fantástica viagem".

Passado quase um decênio dessa notícia, e ainda "assistimos" a uma programação televisiva/invasiva que exclue invariavelmente àqueles que ao invés de telespectadores são considerados apenas consumidores. Ainda assim, reforçar-se a opinião de que a programação da TV é fruto da audiência, e que o telespectador, ainda que exposto aos sinais eletromagnéticos, pode alterar essa mesma programação, se assim lhe convier, basta trocar de canal ou desligar o aparelho (caixa de Pandora?). Embora um ciclo vicioso, a programação televisiva é suscetível de alterações caso a audiência caia ou aumente. Com a TV Digital, há a possibilidade da interação aumentar, na mesma medida que o apelo comercial nela embutido. Se a família não contextualizar a própria programação, impondo limites, por faixa etária, e discutindo abertamente eu papel também de educador, cada vez mais o olho eletrônico ampliará sua ação... Toda invenção teu seu lado positivo e negativo, como uma foto, ainda que em movimento - eis a essência da televisão...
Já, quanto ao famoso Bug do Milênio, tão temido, e que forçou o investimento pesado em tecnologia preventiva, felizmente não ocorreu... Na verdade o tal bug tratava-se da forma que a máquina leria a passagem de século, já que trabalhava, parece-me com apenas 2 dígitos.. Então, quando da passagem de ano 99 (final do século XX) para o ano 2000, as máquinas entenderiam 00, ou seja, 1900... Imagine o impacto na economia e na própria ciência e tecnollgia de bancos, e outras instituições informatizadas, sem de repente fosse arremeçados, ainda que no campo digital ao passado, para os primórdios do século XX, antes mesmo do automóvel, avião, TV, computador etc. que hoje se incorporaram de tal feita a vida cotiidiana que as crianças não se dão conta de que existe vida depois da tecnologia e antes dela também...
Noutro dia, ouvi o filho de uma conhecida contar a história verídica que ironicamente é o reflexo dos tempos Modernos. Dizia ele que uma menina, sua amiga, espantou-se ao ver uma velha máquina datilográfica e sapecou essa: "Nossa, que legal, esse teclado já vem com impressora". No caso, uma máquina de escrever com uma folha enfiada no rolo a carro de datilografar". pensando bem, éramos mais modernos antigamente e não sabíamos. Hoje, há uma parefernália de equipamentos periféricos para se fazer qualquer coisa. Em torno da TV pode-se acoplar aparelho de som, DVD, gravador de DVD, videocassete, home theatre, data show, projetor, ufaaaaa!
Mais ainda! Se analisarnmos que quanto mais "moderno" é o equipamento eletrônico mais demorada é a ação dispendida em sua utilização - basta ver as filas em bancos e supermercados que não diminuem com a informatização -, veremos que antigamente no cálculo metal ou na simples calculadora nada científica, podíamos aproveitar mais o tempo e a própria vida. Hoje às 24 horas do dia são insuficiente para resolvermos tudo que a ciência e tecnologia nos colocam à disposição...

PS.: tinha uma bela ilustração pra colocar no blog, mas tem horas que o próprio blog dá como concluída a postagem da foto, mas de fato não ocorre. Coisas da tecnologia...

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Curiosidade

Esqueci de contar que no passeio no navio-patrulha da Marinha do Brasil, que fomos além dos molhes da Barra (na postagem abaixo tem uma foto que dá pra se ter a visão do alto mar, com os molhes leste e oeste lá no fundo), algumas colgeas enjoaram do balanço do mar (chamaram o Hugo, não o meio-campo do Grêmio!! Vixe!! Sou colorado, adora INTERnet... risos), mas minha colega Janaína, que está grávida de quase 8 meses, não. Resistiu bravamente ao balanço das ondas... Estávamos no passadiço (espécie de 2º andar da embarcação), e bem à frente, e dava aquele friozinho na barriga, tipo "barco viking", em parque de diversões...
Hoje estamos concluindo o curso, passei aqui só pra organizar umas coisas, breve coloco fatos e fotos no blog. E tento colocar as atividades do Proa em dia também. Um abraço!

Educação Ambiental





Colegas e amigos, eu e minha colega Janaína Martins, do NTE-Rio Grande/18ªCRE, estamos durante a semana de 27/11 a 01/12/06 participando do curso de formação em educação ambiental, promovido pelo CEFAM e Museu Oceanográfico da FURG - Fundação Universidade Federal do Rio Grande. Na 3ª-feira a tarde fizemos um passeio, indo além dos molhes da Barra, no navio-patrulha Babitonga, da Marinha do Brasil, juntamente com a colega Jane Degani, que é profª da Educação Especial da EEEF. Barão de Cêrro largo, e uma das professoras apoiadoras/idealizadoras do Projeto de Informática (e em 2006, educação ambiental também) na Educação Especial, desenvolvido com 08 turmas e 81 alunos, mais 11 colaboradores. Na 4ª-feira fizemos o mesmo trajeto, já de ônibus, com algumas descidas para obervação por terra, da mesma paisagem do Porto Velho à praia do Cassino.
Ontem, 5ª-feira, visitamos o lixão do município, e as estações de tratamento de água e esgoto da CORSAN. Tem sido muito proveitoso e esclarecedor o curso. Breve, colacaremos mais fotos e comentários sobre essa interessantíssima atividade que o NTE está participando juntamente com outros servidores públicos e instituições ligadas direta e indiretamente à questão ambiental, para conscientização e multiplicação deste conhecimento.