quarta-feira, dezembro 27, 2006

Ano Novo, tudo de novo?


A palavra novo serve para diversas interpretações e significados. Muitas vezes, os que se dizem o novo, renegam o conhecimento adquirido pela própria humanidade. Outros pedem que repitam de novo, tipo "em time que está ganhando não se muda".
Futebol, educação, política, religião e tantas outras coisas têm-se o senso comum que cada um tem a sua verdade e cada um normalmente quer fazer valer a sua verdade.
Nem sempre o novo é inovador, ou moderno. Não fosse isso, e Piaget, Foucault, Freire e tantos pensadores já estariam suplantados, quando na verdade "verdadeira" (!?!), sabemos que embora a educação a ciência e a tecnologia tenham avançado muita nas últimas duas décadas, ainda os referenciais são os do inícioe meio do século XX.
A tecnologia, se encarada como um boa ferramenta e acessório de trabalho, pode sim colaborar para a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem.
Mas não confundamos tecnologia educacional com educação bancária, em que muitos terminais substituem o ser humano, pois banco escolar não visa lucro, e investimento em educação jamais pode ser definido como despesa!
Se observarmos que cada vez mais a informática está conectada ao nosso dia-a-dia, desde o microcomputador, ao caixa eletrônico do banco, aos caixas informatizados das lojas e supermercados, por conseguinte, podemos perceber que as filas não diminuíram nem o tempo de atendimento também... Pelo contrário. Se o sistema cai, o cartão magnético apresneta problemas, o código de barras do produto não é lido pela máquina, lá se vão minutos e minutos em sua tentativa de resolução. Há que saudade, temos nessas horas, de prosaica caixa registradora, de atendimento manual e não digitalizado... Mas a modernidade pressupõem melhoria na qualidade de vida das pessoas... Porém, penso, logo existo, e insisto em meu ponto de vista, de que a tecnologia vem para conter gastos com pessoal e não melhorar os serviços. O objetivo maior é o lucro, e continuará sendo, enquanto vivermos numa sociedade em que Papai Noel é o símbolo máximo do Natal, e que o aniversariante é quase um "Sujeito Oculto da Oração". Oração esta em duplo sentido, evidentemente: religioso e linguístico.
Jesus deveria ser nosso amigo secreto, pois só Ele nos deu a verdadeira "Revelação", mas nesse mundo consumista em que vivemos, o presente é mais importante que tudo...
O título dessa postagem é dúbio e proposital.
ANO NOVO, TUDO DE NOVO?
Se for a repetição ipsis literis do que já passou, não é aconselhável, pois cada ano é de aprendizagem, e aprendemos com os erros e acertos, para não repetirmos os erros e ampliarmos nosso acertos. Entretanto, se o "tudo de novo" tratar-se das conquistas do esporte, voleibol, com uma aula de dedicação e organização que Bernardinho nos dá sempre; com Felipe Massa podendo disputar um título de F-1 sem precisar dar a vez a alguém mais poderoso... E, enfim, no futebol a Academia do Povo, a Máquina Colorada, a Maré Vermelha do S.C. Internacional repetir a dose e nos brindar com mais uma Taça Libertadores da América e do Mundo. E que Saci Pererê e Pai Noel, ambos colorados desde criancinha, nos ajudem nessa nova e difícil empreitada.
Mas, acima de tudo, que em 2007, tenhamos a consciência de que ainda que não sejamos o melhor no esporte ou na profissão, façamos cada um o nosso melhor, em prol de um objetivo maior: a construção de um mundo melhor, a partir de nós mesmos e de nossos exemplos na família, no trabalho e em sociedade... Um Feliz 2007 a todos!