terça-feira, dezembro 12, 2006

Recepção e consumo cultural: receptor ativo versus receptor passivo

Obs.: Colagem antiga, de minha autoria. ------->

A partir da leitura do texto disponibilizado para análise na disciplina Proa12 – Integração de Mídias (TV, Internet, Rádio) no Cotidiano Escolar, de Jane Fischer Barros, Rosa Maria Bueno Fischer e Suzana Feldens Schwertner, docentes da UFRGS, é possível deparar-se com as figuras do "receptor ativo versus receptor passivo". Como bem frisa o texto "nunca o expectador é passivo, porque sempre, de alguma forma, ele estará envolvido com o que vê, lê, ouve". A passividade pode ser na forma de assistir aos conteúdos midiático, mas não em sua interação. Num mundo cada vez mais competitivo e menos solidário, até mesmo os veículos de comunicação são, de certa forma, ativos e passivos. Ativos na veiculação da informação e da programação, mas passivos diante da obtenção de índices de audiência que determinam tendências para manutenção ou ejeção de um comercial ou programa de variedades. Os Reality Shows talvez sejam a prova mais contundente dessa relação televisão-audiência... Vemos personagens e não pessoas interagindo num ambiente, teoricamente isolado do mundo exterior, cada qual desempenhando um papel, de mocinhos a vilões, como se telenovela fosse, embora, a princípio seja um programa que tente reproduzir a realidade. Nesse contexto, a partir da audiência e dos milhões de telefonemas dados para eliminar um candidato a cada semana, o telespectador passa a ser o receptor ativo na trama, enquanto a direção do Reality Show, o receptor passivo, atrelado a tais índices. No ambiente escolar acontece o mesmo. A TV, o rádio, a internet, quando utilizados de forma ampla podem promover a reflexão e o debate para as coisas do cotidiano. Nem professor nem alunado serão receptores passivos, se a atividade desempenhada seja crítica e não meramente recreativa (essa sim, passiva), de mero passatempo. O veículo por si só não influencia o comportamento da coletividade, mas a utilização do veículo sim, pode trazer passividade ou interação ao indivíduo ou ao grupo social.