terça-feira, dezembro 05, 2006

A invenção da televisão

Essa notícia foi veiculada em caderno especial do jornal Zero Hora, de Porto Alegre-RS, em 28/12/1999, quase ás vesperas do tal Bug do Milênio, que poderia dar pane em todos os computadores espalhados pelo globo terrestre. Eis a notícia:

"Desde a invenção da imprensa por Gutenberg, em 1455, a humanidade não vivia um século tão pródigo em avanços técnicos aplicados à comunicação. Rádio, televisão e internet sucederam-se como revoluções. Mas no século em que o meio tornou-se a mensagem, conforme Marshall McLuhan, a sociedade da informação parece ter nascido sob a égide dos sinais televisivos.O olho eletrônico pelo qual o mundo pôde se observar sem sair de casa é fruto de pesquisas e processos químico-físicos desenvolvidos desde a televisão eletromecânica, no século XIX. A televisão contemporânea, contudo, surgiria somente a partir do advento do iconoscópio. Nos anos 30, Estados Unidos e Europa iniciaram transmissões regulares e, em 1954, aparelhos em cores arrebataram as atenções mundiais.Centro de polêmicas sociológicas e filosóficas durante o século, a televisão, alma dos "mass media", foi avaliada como objeto de manipulação ou de esclarecimento. Alheia às discussões intelectuais, uma audiência mundial foi fascinada pela imagem e som em movimento. Mais de 1,2 bilhões de televisores foram contabilizados no mundo nos anos 90. Desses, apenas 0,2% estavam na África. A exclusão é sua face perversa. Sua popularidade uma fantástica viagem".

Passado quase um decênio dessa notícia, e ainda "assistimos" a uma programação televisiva/invasiva que exclue invariavelmente àqueles que ao invés de telespectadores são considerados apenas consumidores. Ainda assim, reforçar-se a opinião de que a programação da TV é fruto da audiência, e que o telespectador, ainda que exposto aos sinais eletromagnéticos, pode alterar essa mesma programação, se assim lhe convier, basta trocar de canal ou desligar o aparelho (caixa de Pandora?). Embora um ciclo vicioso, a programação televisiva é suscetível de alterações caso a audiência caia ou aumente. Com a TV Digital, há a possibilidade da interação aumentar, na mesma medida que o apelo comercial nela embutido. Se a família não contextualizar a própria programação, impondo limites, por faixa etária, e discutindo abertamente eu papel também de educador, cada vez mais o olho eletrônico ampliará sua ação... Toda invenção teu seu lado positivo e negativo, como uma foto, ainda que em movimento - eis a essência da televisão...
Já, quanto ao famoso Bug do Milênio, tão temido, e que forçou o investimento pesado em tecnologia preventiva, felizmente não ocorreu... Na verdade o tal bug tratava-se da forma que a máquina leria a passagem de século, já que trabalhava, parece-me com apenas 2 dígitos.. Então, quando da passagem de ano 99 (final do século XX) para o ano 2000, as máquinas entenderiam 00, ou seja, 1900... Imagine o impacto na economia e na própria ciência e tecnollgia de bancos, e outras instituições informatizadas, sem de repente fosse arremeçados, ainda que no campo digital ao passado, para os primórdios do século XX, antes mesmo do automóvel, avião, TV, computador etc. que hoje se incorporaram de tal feita a vida cotiidiana que as crianças não se dão conta de que existe vida depois da tecnologia e antes dela também...
Noutro dia, ouvi o filho de uma conhecida contar a história verídica que ironicamente é o reflexo dos tempos Modernos. Dizia ele que uma menina, sua amiga, espantou-se ao ver uma velha máquina datilográfica e sapecou essa: "Nossa, que legal, esse teclado já vem com impressora". No caso, uma máquina de escrever com uma folha enfiada no rolo a carro de datilografar". pensando bem, éramos mais modernos antigamente e não sabíamos. Hoje, há uma parefernália de equipamentos periféricos para se fazer qualquer coisa. Em torno da TV pode-se acoplar aparelho de som, DVD, gravador de DVD, videocassete, home theatre, data show, projetor, ufaaaaa!
Mais ainda! Se analisarnmos que quanto mais "moderno" é o equipamento eletrônico mais demorada é a ação dispendida em sua utilização - basta ver as filas em bancos e supermercados que não diminuem com a informatização -, veremos que antigamente no cálculo metal ou na simples calculadora nada científica, podíamos aproveitar mais o tempo e a própria vida. Hoje às 24 horas do dia são insuficiente para resolvermos tudo que a ciência e tecnologia nos colocam à disposição...

PS.: tinha uma bela ilustração pra colocar no blog, mas tem horas que o próprio blog dá como concluída a postagem da foto, mas de fato não ocorre. Coisas da tecnologia...