segunda-feira, dezembro 11, 2006

Educação e tecnologia: avanços e desafios

A imagem acima lembra aqueles RPGs, jogos virtuais preferidos por adolescentes, para serem jogados em rede de computadores, simulando ambientes medievais, etéreos (tipo O Senhor dos Anéis, As Crônicas de Nárnia etc), em que o jogador precisa ter perícia, rapidez de raciocínio, visão espacial... Um jogo que pode durar horas, dias, meses, anos... Um universo paralelo digitalizado, que lembra o filme Matrix também. Depois de algumas horas o jogador confunde realidade com ficção... Depois do 11/9 a ficção cinematográfica (dos filmes-catástrofe!) tornou-se muito real...
De certa forma, em alguns aspectos, vivemos na Idade Média, em que as residências, por causa das "invasões bárbaras" da criminalidade, estão cada vez mais se fortificando; em que os portões dos condomínios, comandados por controle remoto lembram vagamente as antigas pontes levadiças... Algumas doenças devastadoras lembram a peste... Existem privilegiados vivendo em feudos, com vassalos e serviçais ao seu dispor, enquanto a maioria da sociedade vive fora dos muros levantados para conter as seguidas invasões (muralhas da China são construídas atualmente nas fronteiras de Israel e EUA). A globalização, por parte dos países desenvolvidos é em única mão: só vai, nunca vem... Mas os oásis de prosperidade em pleno deserto de oportunidades atraem caravanas de aventureiros em busca de um lugar à sombra... (pois o efeito estufa e a relutãncia dos países ricos em conterem suas emissões de poluentes deixou o sol quente demais abaixo do Equador).
Apesar dessa análise sombria, reportando-me a antigüidade, convém lembrar (já que sou um crítico otimista, ainda que realista) que após a Idade Média veio a Renascença e a Idade das Luzes... Se a história e a vida são ciclos que vem e vão, quiçá possamos esperar por dias melhores no futuro. Mas para isso precisamos que o professor também seja um educador ambiental...
Enquanto isso, conforme a ilustração acima, a conjuntura da educação a a violência social leva alguns professores, acuados pela extrema pressão social que exige do educador conhecimentos de psicólogo, assistente social, adminitrador de empresas, gerente, relações públicas etc. a sentirem-se como o cavaleiro solitário enfrentando cada vez maiores desafios: a inclusão, a baixa remuneração, a carga horária elevada, a falta de capacitação continuada e de infra-estrutura adequada de trabalho, a cobrança da própria sociedade, a violência etc.
Embora para alguns vivamos na Idade Média, há a esperança de que a Renascença de cada um surja logo. Não devemos viver como cavaleiros solitários, e sim como numa Távola Redonda, em que os problemas e as soluções possam ser socializados.
Se o educador souber trazer para o seu lado o alunado, terá um grande aliado no processo de ensino-aprendizagem e na utilização dos multimeios para essa qualificação mútua.