quarta-feira, setembro 27, 2006

Quem tem medo de "mouse"?

Os iniciantes em informática (principalmente professores-alunos e nem tanto alunos-alunos mesmo!), têm muita dificuldade nas primeiras aulas em segurar o mouse, como se fosse o bichinho na foto acima (encontrada no site 1000imagens.com, na área de arte digital), retratando bem a realidade desses primeiros contatos imediatos do 3º grau (desculpem-me o trocadilho).
Após esse medo natural e inicial do ser humano a tudo que é novo, utiliza-se para essa superação o software paint brush (desenhar no pc), que facilita a coordenação e conexão entre homem (espécie) e máquina (ferramenta de aprendizagem), principalmente na movimentação do "ratinho".
Àqueles que se interessam sobre os avanços da ciência, tecnologia e informática, sugiro primeiro assistir ao filme Piratas do Vale do Silício (referência a região dos EUA, onde se instalaram as grandes empresas de tecnologia e exploração do próprio minério, largamente utilizado nos componentes sofisticados de um computador). No filme estão retratados os jovens Bill Gates (hoje poderoso dono da Microsoft) e Steve Jobs (o gênio criador da Apple) e suas idéias revolucionárias para a época (anos 70, dos século XX), que acabaram revolucionando o próprio século XXI. Hoje quem não sabe ou não tem possibilidades de interação com as máquinas, sente-se um tanto quanto excluído do processo social, desde a urna eletrônica nas eleições, o caixa eletrônico do banco até outras formas de utilização dos serviços, cada vez mais interligados ao mundo digital. No futuro, tudo indica que, com o avanço cada vez maior da ciência e da tecnologia, aqueles que não souberem manipular devidamente um computador, continuarão sendo manipulados pela exclusão social, sendo cnsiderados pela engrenagem da máquina globalizante, quiçá, analfabetos digitais. Mas, aos fatalistas, peço calma: Nostradamus não previu nada disso antes! Nem nenhum livro de vidente contemporâneo ainda foi editado dizendo tais coisas. Risos. Tudo é possível de superação, desde que com projetos e investimentos em recursos humanos e materiais. Um abraço, a todos!

terça-feira, setembro 19, 2006

A Qualidade Social da Educação

A educação brasileira e seus desafios. Segundo Horácio F.dos Reis Filho, do Ministério da Educação (MEC), os principais são: "garantir a ampliação e o acesso de todas as etapas da Educação Básica às crianças, jovens e adultos, aprendendo a consolidar políticas em busca da qualidade social da educação; contribuir com o fortalecimento dos sistemas de ensino, que têm dificuldades na organização e no enfrentamento das demandas educacionais; funções docentes exercidas por alguns professores não habilitados; baixos salários; analfabetismo funcional (apenas reproduz o nome no papel), entre outros"”.
Em painel sobre Política Nacional de Gestão da Educação, em Brasília (24/04/06), assisti exposição do embaixador da Finlândia Hannu Uusi-Videnoja, sobre a escola abrangente (ensino fundamental), instalada em seu país (1970). A Finlândia possui área equivalente ao estado de Goiás e 5,8% do PIB destinados à Educação. O ano escolar possui 190 dias letivos. É garantido o acesso à educação, e o ensino é obrigatório até os 16 anos. 20% da hora/aula são dedicados a estudos opcionais para o aluno. Não há sinais (sineta, buzina, chamamento) para entrar em aula, tanto para o aluno, como o professor. Não há utilização de Nota e sim auto-avaliação. 95% de cada faixa etária iniciam estudos superiores, sendo enfatizado o estudo de idiomas estrangeiros (idiomas oficiais são o finlandês e o sueco, esse 6% da população). No 3º ano da escola é oferecido o primeiro idioma estrangeiro, no 7º ano o segundo. São 24 alunos, no máximo, por faixa de idade em sala de aula. 70% dos professores são mulheres. Alunos com necessidades especiais são abrangidos pelo ensino comum, há a inclusão de alunos deficientes mentais. O treinamento de turmas especiais leva ao Mestrado em Educação – Pedagogia Principal, como requisito. Enfim, a carreira do professor é atraente, motivada e excelente, nas palavras de Hannu, e não poderia ser diferente, em vista dos dados de Primeiro Mundo.
Dadas as devidas proporções, levando em conta aspectos geográficos, políticos, econômicos, históricos e culturais, esse pode ser o modelo ideal de escola de qualidade, mas para o povo finlandês que vive num dos países mais ricos do mundo, sem crises econômicas, políticas, éticas ou morais, sem problemas estruturais ou de gerenciamento da coisa pública em todos os níveis. Comparar povos e situações diversas não é o ideal, apenas um parâmetro. Devemos comparar os iguais e não os desiguais, mesmo que essa "desigualdade", no caso finlandês, seja paradoxal, em vista da realidade da América Latina, em que a avaliação escolar pode ser uma das formas de reprovação e evasão/exclusão social; que os transportes coletivos caóticos, mal fiscalizados (alguns parcialmente monopolizados) impõem série de restrições ao uso da carteira de estudante, dificultando a aquisição do passe escolar (além do atestado da escola - entidade com fé pública! -, é preciso relação de alunos matriculados, atrelando o poder público a mero "informante" do serviço concedido); como então compararmo-nos com um local onde não há chamamento para a sala de aula, que há infra-estrutura e planejamento. É questão cultural. E que deve vir da família, ser reforçada pela escola, e dado o exemplo diário pelos gestores e governantes.
Quando inexiste projeto de Estado (com a participação popular), e sim de governo (com tentativas de democratizar o espaço público), onde os governos mudam periodicamente (nos discursos, pré e pós-eleições), sem dar continuidade às mudanças necessárias, os agentes políticos se interessam via de regra mais pelo continuísmo no Poder. Mudar para a Finlândia não resolve. Precisamos comparar experiências exitosas e adaptá-las, no que tange à nossa realidade social, em constante transformação. O educador precisa, além do apoio governamental, a compreensão da própria sociedade de que a educação é um reflexo deste país-continente ainda a ser "descoberto" pelo próprio povo. A educação, de fato e de direito participativa, um Caminho Cruzado entre a teoria e a prática.

quinta-feira, setembro 14, 2006

A Era da Desinformação

Vivemos a era da informação e da imagem, e, num universo paralelo, convivem outras realidades: a desinformação, a imagem forjada e o "ouvi dizer"...
A internet é fenômeno que corrobora para essa assertiva, justamente por ser veículo que congrega as duas: imagem e informação+automática = informática. De tudo que é veiculado na internet, o correio eletrônico é o que, feito para troca de informações, mais prolifera justamente a desinformação. Exemplo: e-mail que recebi certa vez, como numa corrente em que amigos mandam para sua lista de contatos algo que acham interessante. Esta mensagem, quando aberta, foi emocionante. Tratava-se da imagem das montanhas que cercam a cidade inca de Macchu Picchu nos Andes peruanos. O texto em power point (editor de apresentações), indicava que a foto, ao ser girada, mostrava aspecto fantástico jamais percebido por alguém em séculos de existência; ou seja, um rosto gigantesco na montanha, lembrando o perfil de nativo inca. Para quem acredita em tudo, um prato cheio para teorias da conspiração: de extraterrestres terem esculpido na pedra uma imagem inacreditável. Sou escritor de ficção, mas vivo com os pés na realidade, e apesar de não me chamar Tomé, só acredito vendo, mesmo querendo acreditar nos homens e suas criações mirabolantes. Então, procurei livro de geografia, e ao girar a fotografia oficial encontrei vaga lembrança do que poderia ser um rosto. Para céticos e realistas, uma manipulação computadorizada, enviada àqueles que desejam acreditar em qualquer coisa. Para esses, talvez, a realidade seja uma manipulação, e quem sabe, só indo a Macchu Picchu para tirar a dúvida atroz.
Assim como esse, outros mais pipocam na net. Em sua esmagadora maioria, fraude barata. E nós, os usuários, muitas vezes sem maldade ou senso crítico, ajudamos a desinformar nossos amigos eletrônicos. Entupimos suas caixas de correspondência virtual com correntes supostamente religiosas que pregam maldições ao final, se não a repassarmos a outros dez. Há propagandas não autorizadas, chamadas de spam. Vírus embutidos em arquivos pornográficos, sem que saibamos. Enfim, inocentemente contribuímos para o caos e a proliferação de boatos, suspeitas infundadas, racismo, preconceito, etc. como na brincadeira do telefone sem fio – e quem conta um conto aumenta um ponto.
É só sintonizar programas de fofocas e vemos tiroteio verbal sem provas. Para certos fofoqueiros profissionais e de plantão quem não saiu com quem? Quem no meio artístico não é ex de alguém? Quem não flertou em festa mesmo estando acompanhado? Quem ao sair para jantar com alguém do mesmo sexo, não recebeu suspeitas de ser gay; se saiu com alguém do sexo oposto, de estar tendo um caso; e se gostar de estar com crianças, de ser pedófilo? Não que suspeitos não tenham condutas impróprias, mas o princípio jurídico de "na dúvida pró réu", em programas "desinformadores" - que nada têm de serviço de utilidade pública - é manipulado geneticamente para que "na dúvida condene-se o réu, desde que assegure alguns pontinhos no ibope".
A concorrência é acirrada e desleal entre os meios de comunicação, e certas vezes, para assegurarem furos de reportagem, forçam a barra, e logo descobrimos que o "furo era mais embaixo". O Caso Gugu é prova disso. Sem confirmar a autenticidade dos fatos e a fidelidade da fonte, muitos veiculam (sem filtragem) notícias que podem destruir uma carreira ou até uma vida. Lembro-me do caso clássico de Escola Infantil em São Paulo, em que os pais denunciaram suposto abuso sexual em seu filho. Houve linchamento virtual nos telejornais, a Escola foi depredada e o casal de idade que a administrava quase escorraçado. Tardiamente constatou-se que a criança apresentava irritação natural na genitália. Mas ai, a "Inês era morta!", e a grande imprensa não fez seu mea culpa, como deveria. Cuidemos então para, ao enviarmos adiante ou comentarmos nossas cismas, deixarmos claro, primeiro que são apenas suspeitas; ou então partamos em busca de comprovação. Assim estaremos contribuindo para que a era da desinformação não nos domine, feito abdução (seqüestro alien) - outra teoria conspiratória que espera constatação.

Artigo de minha autoria, publicado em 08/09/2005, no Jornal do Norte, de São José do Norte-RS-Brasil.

O Vê Epistemológico


Conforme definição: O Diagrama V (foto acima) é um dispositivo de representação no processo de produção do conhecimento, a interação entre o pensar (domínio conceitual e epistemológico) e o fazer (domínio metodológico). A partir da observação da figura no wiki sobre o Vê Epistemológico, passei a analisar os dados. Nele estão expresso na forma da letra V, as formas de construir uma pesquisa. Em que, de acordo com a imagem abaixo, temas uma questão central a ser pesquisada, ladeada entre a partida do trabalho através do domínio conceitual do que pretendemos atingir e na outra extremidade, o domínio metodológico para alcançar os objetivos. Uma pesquisa bem sucedida, entre a conceituação do problema ou hipótese e a forma de como buscar resposta, depende da sucessão de eventos, na extremidade abaixo da figura em questão. Portanto, precisamos ter uma teoria, a análise dela, observando todos os dados a respeito do tema, uma justificativa centrada no objetivo, aliada a conceitos e formas de coletar dados. Penso que o V é a estratégia de atingir objetivos e obter resultados relativos a tal pesquisa.

Projeto de Aprendizagem e Projeto de Pesquisa


Projeto de Aprendizagem e Projeto de Pesquisa: diferenças e similaridades.
Com base no material disponibilizado na especialização, podemos estabelecer conexões e distanciamentos entre projeto de pesquisa e de aprendizagem.As similaridades estão no fato de que há uma informação que deve ser buscada e um agente (aluno na aprendizagem e pesquisador quando referir-se, evidentemente, a pesquisa) que efetuará essa busca. Quando essa procura é feita de forma empírica, chama-se aprendizagem e quando requer a utilização de recursos e conhecimentos científicos, torna-se pesquisa.As diferenças se estabelecem entre o conhecimento (aprendizagem) e a ressignificação deste (pesquisa): quanto à autoria, no PA é cooperativa e no PP distributiva (pesquisador elege um tema e distribui tarefas á equipe); quanto ao contexto, no PA a realidade do aluno é a base do projeto, no PP o pesquisador elege o contexto a ser pesquisado; o modelo a ser seguido no PA é a busca e a construção do conhecimento e no PP não há um paradigma apenas, necessita de apropriação do conhecimento utilizando-se de um ou mais modelos, dependendo da abordagem (por exemplo: pesquisa oral, escrita, fotográfica etc); o professor é no PA um orientador, e no PP o pesquisador é um investigador; o aluno no PA é o agente da aprendizagem e no PP, o aluno pode ser o objeto da pesquisa e não o pesquisador, por não ter embasamento científico e metodológico necessários; as regras do PA são definidas em consenso professor/alunos e no PP, deve seguir rigorosamente normas técnicas e científicas para dar validade ao resultado obtido; as decisões no PA são tomadas em grupo e no PP, dependem do pesquisador e sua equipe; e, por fim, o projeto de aprendizagem serve à curiosidade (por que o céu é azul?) e vontade de aprender do aluno, enquanto no projeto de pesquisa o resultado é disponibilizado a toda a sociedade, podendo ser uma necessidade da própria sociedade (como por exemplo: pesquisa na área de saúde, saneamento etc).

quarta-feira, setembro 13, 2006

Inclusão Digital e a Nova Escola

Na Revista Nova Escola, edição setembro/2006, ano XXI, nº 195, traz na capa a matéria com o título INCLUSÃO DIGITAL: Dos primeiros passos às experiências mais avançadas, tudo sobre o computador em sala de aula (pág. 30). Achei interessante em divulgar esse tema aos colegas de especialização em tecnologia educacional e a todos os educadores e interessados em tecnologia e educação. Inclusão é a palavra de ordem, é a palavra-chave, é a palavra do momento... Fala-se em inclusão de portadores de necessidades especiais, inclusão social, inclusão racial e por ai vai... A inclusão digital vai além do espaço físico, com máquinas, rede lógica, técnico... Precisa de planejamento e adequação de laboratórios de informática a projetos de aprendizagem. Segundo a reportagem em questão, de autoria de Débora Menezes, de Mangaratiba (RJ) e Joinville (SC): "Aos poucos, os computadores se incorporam ao dia-a-dia das escolas, convidando os professores a repensar suas práticas". E convida a conhecer "experiências reais que vão dos primeiros passos até os vôos mais altos no mundo digital". Na páginas seguinte outro tópico sugestivo: "Jogos, pesquisas, alfabetização com teclado: uso smples, mas instigantes, do computador encantam crianças do recife e de Itacuruçá". Há uma interessante idéia, que eu particularmente já tentei desenvolver no Núcleo de tecnologia Educacional que coordeno, por enquanto ainda em fase de planejamento, de criar um projeto chamado nos moldes do ADOTE UM MONITOR, que pressupõe convidar alunos com rendimento e conhecimento em informática pra auxiliar no desenvolvimento de projetos educacionais com outros alunos sem conhecimento ainda. A matéria continua, mostrando exemplos como: "Alunos de Joinville usam blog (diário virtual) pra conversar com estudantes de outras cidades. Interação é a palavra-chave dos projetos nesse estágio". E, por fim, outro tópico indica: "Em São Bernardo do Campo, a tecnologia anda rapidamente e alunos da 4ª série já desenvolvem projetos de robótica e animaçao". Vale a pena gastar apenas R$ 2,90 (menos que uma carteira de cigaro, pros fumantes!) com informação de primeira qualidade, que é o custo da revista Nova Escola, sempre com proppostas pra educadores de uma Nova Escola.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Identificação dos Conteúdos Curriculares - Modernidade



Quanto aos conteúdos curriculares, o tema Televisão e a sua utilização em sala de aula, na minha opinião, é multidisciplinar, pois pode ser abordado de várias formas. Na disciplina de História, fazendo um contexto histórico entre a tecnologia e a própria televisão, desde seu surgimento e sua influência na sociedade contemporânea. Na disciplina de matemática um noticiário sobre economia pode ser relacionado à matéria em questão. Na disciplina de Português o linguajar de uma novela de época, pode ser utilizado pelo professor para comparar com a estrutura da língua portuguesa atual. Geografia, um programa como o Globo Repórter, sobre ecologia e outros, debatendo a questão ambiental, que é interdisciplinar. Enfim, muitas possibilidades de uso da televisão no ambiente educacional. Eu mesmo, absorvi, em meus tempos de aluno do ensino fundamental, muita informação que tinha origem na programação da televisão dos anos 70, do século XX, que em tese, em um período de forte censura, impedia a livre circulação de idéias. Entretanto, através de desenhos animados, filmes, novelas e telejornais, tive a oportunidade de filtrar informaçãos e reter conhecimentos. Mas tudo é questão de desenvolver no aluno seu espírito crítico e reflexivo, que preliminarmente requer o estímulo ao hábito da leitura. Numa escola, a biblioteca é esse pólo gerador de cultura, que deve ser amplamente oferecido ao aluno. Lembro-me que quando menino, aprendi muita coisa com prosaicos álbuns de figurinhas, uma mania de minha época. Hoje, tais álbuns não trazem informação sobre arte, cultura, ciências, como os de outrora; e apenas trazem retrados de grupos musicais, desenhos e programas infantis e jogadores de futebol, que, por serem descartáveis (e não biodegradáveis, risos...) pouco adicionam ao processo cognitivo do alunado. Adicionam muito a conta bancária das editoras, gravadores e dos grupos. Mas isso já é uma outra história... A educação e conhecimento são muitas vezes assimilados de uma forma que lembra o jogo Lego (exemplo foto acima), em que vão sendo encaixados dados e percepções, umas às outras, enquanto se está num processo de aprendizagem... sejamos alunos ou alunos-professores, alunos-educadores, e por ai vai...

Texto explicativo sobre o Mapa Conceitual


Este mapa conceitual (versão 3) foi elaborado por mim, a partir do mapa conceitual 2, feito pela colega Gelsi Oliveira (Cachoeirinha), que fizera o seu a partir do mapa nº1, ainda na etapa presencial, elaborado por todos os integrantes (Aline Oliveira também, de Osório). Refiz pois eu não tinha contemplado meu tema que é a Televisão como aliada da educação. Através de discussão on-line (Via MSN), com as colegas do grupo (Grede Brasil, de Passo Fundo), percebi que algumas relações deveriam ser melhor definidas ou alteradas, como, por exemplo, a Televisão não dita a moda, e sim influencia padrões e modismos. Quanto a relação que indiquei que o professor subestima a televisão, expliquei às colegas que pretendi não generalizar, mas me referir ao fato de que a maioria dos professores utilizam a TV em sala de aula ou sala de vídeo, mais no aspecto recreativo e do entretenimento (como complementou a Aline), do que atividades de aprendizagem. Poucos são os educadores que disponibilizam as mídias direcionadas à educação, que por sinal, é um curso de extensão que fiz a distância em 2005, através do e-proinfo MEC/UnB (Universidade de Brasília), e que muito tem me auxiliado nas atividades do NTE Rio Grande, com alunos portadores de necessidades especiais. Nas próximas modificações do mapa procuraremos explicitar mais as relações entre cada palavra-chave com o tema Modernidade (a foto acima foi escaneada por mim, a partir de uma revista, e simboliza um pouco da modernidade).

terça-feira, setembro 05, 2006

Mapa Conceitual Modernidade - versão 3



Colegas, refiz o mapa conceitual do Projeto de Aprendizagem do grupo 12, incluindo meu subtema TELEVISÃO, e estabelecendo ligações. Primeiro: a televisão dita comportamento, principalmente do adolescente, que gera modismos, desde o vestuário (saias de ciganas, piercings, colares, brincos e outros apetrechechos enquanto as novelas estão no ar), penteados, forma de andar, falar (gírias, tipo: "Vem cá, eu te conheço? etc) e até nome de crianças com base em protagonistas de telenovela ou programas variados (tipo: Jade, Dara, Sol...). Segundo: a TV dispõe de recursos tecnológicos de última geração, do esporte ao noticiário (câmeras com zoom, tira-teima, minicâmeras escondidas, computação gráfica, animação computadorizada, enfim, recursos vários), que influenciam o nosso modo de ver o mundo e interagir com esse mundo cada vez mais digitalizado. Portanto, a TV molda a própria moda, pois bastou o galã da novela das oito vestir tal roupa e lá muitos o imitam, assim como a "mocinha" faz o mesmo e tem uma legião de admiradoras clonando seu modo de ser. Algumas pessoas confundem até a personagem com a atriz ou ator, quando este faz o papel de vilão ou megera da história, sendo xingados em plena rua. O que é a mania de albuns de figurinhas desde desenhos animados a programas infantis e para adolescentes, tipo as novelinhas Chiquititas até os atuais RBD, ou Rebeldes? Uma indústria se cria em torno desses ícones mirins e adolescentes! A pré-história desse consumismo vem dos primeiros programas da apresentadora Xuxa. A Adolescência interage com a televisão, depois com o computador de forma quase epitelial, ao invés do adulto, que sempre tem reservas quanto a tudo que é novo ou inovador... Por fim, a televisão é relativamente subestimada pelo professor, que a vê, em sua maioria como mera forma recreativa e não instrutiva de atividade, quando apenas a utiliza para passatempo e questão lúdica, sem contextualizar a própria programação. Levar alunos para ver desenhos animados ou filmes, sem que esses estejam integrados ou façam sentido ao processo de ensino e aprendizagem, é, pra mim (desculpem-me a sinceridade) recreação, diversão, e não aprendizagem. Entretanto, conforme algumas experiências bem sucedidas de educadores pelo país e mundo afora (algumas delas inclusive já postadas por mim, referente a matéria da revista Nova Escola), a televisão pode ser uma grande aliada da educação. Para que isso ocorra há a necessidade de que a escola e o professor coloquem de forma gradual a grade de programação da TV aberta e da educativa (caso tenha TV a cabo na sala de aula ou na sala de vídeo, antena parabólica, TV Escola, através dos vídeos remetidos pelo MEC, e até mesmo filmes convencionais que tratem de temas do cotidiano e da própria educação) na grade curricular, ainda que de forma não-oficial, mas de forma experimental. Diz-se que toda a experiência para ser bem sucedida precisa de muita experimentação, e muitas vezes de forma empírica. Alguns vídeos que têm o pano de fundo a educação, são belos filmes de arte e cultura. Por exemplo: Sociedade dos Poetas Mortos e O Sorriso de Mona Lisa mostram como era educação nos anos 50 (séc. XX), nos EUA, em escolas conservadoras, podendo-se puxar um "link" (atalho), "de volta pro futuro", comparando-os com os dias de hoje. Dois belos filmes iranianos, cujo diretor é o mesmo, o também iraniano Majid Majidi, chamados Os Filhos do Paraíso e A Cor do Paraíso, tem como protagonistas crianças em idade escolar. O primeiro trata da questão de dois irmãos dividirem o mesmo par de tênis para ir à escola, e o segundo de um menino cego que com o tato descobre a cor das coisas, mas é rejeitado pelo pai, que o considera um peso-morto, pois graças a cegueira do filho não consegue se casar. Quem é cego afinal nessa história e na sociedade moderna? Dois filmes fantásticos que mereciam ser conhecidos, além desses enlatados que só têm efeitos especiais!!! Outro também muito interessante chama-se A Educação de Pequena Árvore. Na verdade, uma referência ao nome do menino índio, criado pelos avós que precisa ser educado não numa reserva americana, mas num reformatório. Um belo filme! Ufaaaa. Por agora é só. Quando lembrar de mais filmes que tratem da educação, comento, sem contar o final, é claro...

2ª versão do mapa conceitual do PA Modernidade


Esse é a segunda versão do Mapa Conceitual do Grupo 12, tratando de um pprojeto de aprendizagem cujo o tema é a palavra-chave MODERNIDADE. Fazem parte deste grupo José Roig (subtema Televisão); Aline Conceição (Recursos tecnológicos); Grede Brasil (Moda) e gelsi Oliveira (Adolescência). Ao observar detalhadamente o mapa, percebi um lapso de minha parte. O meu tema a ser pesquisado não estava incluída nesse mapa. Portanto, logo elaborarei a terceira versão.