Retrospectiva: O poder da mente
Dentre estes textos, um trata de comentário sobre reportagem da revista National Geographic, lida por mim, num intervalo do curso de Arqueologia Náutica, quando cursei em 2006, no LEPAN (Laboratório de Arqueologia) - FURG (Fundação Universidade Federal do Rio Grande). Segue abaixo o texto na íntegra, que trata sobre os mistérios da mente humana:
O PODER DA MENTE: Recentemente, e por acaso, deparei-me com a revista National Geographic Brasil, de março de 2005, à pág. 52 e seguintes (matéria intitulada O poder da mente), e ao folheá-la, descobri a incrível história de vida do adolescente Tito Mukhopadhyay, gênio autista de 15 anos, nascido na Índia. Inicialmente foi diagnosticado como retardado mental, até a descoberta dos motivos do comportamento anormal e do impedimento à linguagem.
- “Sei que é diferente”, diz Tito, falando de seu autismo grave, “(...) Mas adquiri esse hábito para encontrar e sentir meu eu disperso”. Segundo a reportagem, a mãe de Tito, incansavelmente, usando de métodos às vezes inusitados, conseguiu romper a barreira do silêncio e ensinar ao filho a somar e subtrair, apreciar a literatura e, por fim, comunicar-se por escrito, no começo, amarrando o lápis em sua mão. Graças a mãe Tito pôde descrever com clareza, no livro Beyond the Silence, escrito entre os 08 e 11 anos de idade, como o paciente vivencia tal doença. Tito relata suas tentativas de lidar com a cacofonia de informações desconexas que lhe chegavam pelos sentidos e a luta para controlar o corpo e o comportamento. Tito escreveu sobre as duas pessoas distintas que coexistiam nele. Uma, a que pensava, era “cheia de saber e sentimentos”; a outra, a que agia, era “esquisita e cheia de ações” – e sobre esta ele não tinha controle, era como se pertencesse a outro indivíduo. Conforme o neurocientista Michael Merzenich, que examinou o garoto: “As extraordinárias realizações de Tito não venceram seu autismo”, “(...) Em seu cérebro, ainda existe o caos”. “Homens e mulheres assombram-se com o que faço” - diz Tito - “Médicos empregam diferentes terminologias para me descrever. Eu só queria entender”.
Observação 1: O texto acima foi publicado originalmente no jornal Letra Viva, nº 30, edição de novembro/2006.
Observação 2: A foto acima, escaneada de revista, reproduz uma estátua no cemitério da Recoleta, na Argentina, serve para nos lembrar que (além da vida ser breve) as pessoas diferentes ou com necessidades especiais, apesar de às vezes parecerem viver num Universo Paralelo, têm muita vida em seu interior, e com estímulos exteriores, podem até se comunicar e ter cidadania.
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