segunda-feira, janeiro 28, 2008

Foto digital versus memória no papel


Hoje, chegou a nova câmera digital que encomendei, pois a antiga, depois de "seculares" 3 anos de uso deu pane, e o visor apagou-se de vez. Como a antiga tinha certas limitações, por não possuir flash, acabei entrando na "onda consumista" e comprei uma nova. Mas como gosto de frisar: pela única e inevitável falta de opção. Apesar disso, a máquina ou "mánica", como diz meu filho Allan, foi de muito valia por ter permitido-me tirar milhares (isso mesmo!) de fotos de meu filho (bem pai coruja), desde que nasceu (faz 3 anos em 20 de fevereiro) e poder capturar algumas centenas de imagens aqui da região, que coloco neste e noutros blogs que edito.
Meu aparelho celular que tenho há quase três "seculares" anos, depois de outras peripécias, nesse fim de semana travou a tecla para ler mensagens e entrar no menu do mesmo, o que me forçou a avaliar com urgência a possibilidade de trocá-lo. Inexplicavelmente, hoje, quando não o troquei apenas pelo fato da loja de telefonia celular estar mais lotada do que "barracão de escola de samba em véspera de Carnaval", ele destravou e voltou a funcionar. Como diz Jorge Luis Borges: Não creio em bruxas, mas que elas existem, existem... Brincadeiras à parte, voltando a falar sobre a expressão "secular", utilizo-a, pois em matéria de equipamentos eletroeletrônicos anos são séculos, já que tudo fica cada vez mais obsoleto a cada encarte com novas promoções das lojas, como já comentei em postagem anterior. Esta máquina, quando encomendei era uma oferta imbatível, de 16 MB mais um cartão de memória de 512 MB. Na semana posterior a sua compra, antes de sua entrega, vi outra similar, pelo preço um pouco mais barato e com um cartão de 1 GB adicional. Só não arranquei os cabelos de indignação por 2 motivos: primeiro, por não ser meu estilo fazer isso e pelo fato de não ter mnuitos cabelos para me dar ao luxo de arrancá-los sem garantia de sua volta. Risos...
Mas me reportando ao título desta postagem, venho a me somar àqueles que comentam sobre o uso da câmera digital frente aos antigos álbuns de retratos. A fotografia, até o advento da câmera digital era feita em "doses homeopáticas", e calculada de acordo com a quantidade de poses que o filme permitia tirar; ou seja, 6, 12, 24, 36... Então, cada foto era pensada, avaliada e só clicada quando valesse a pena ser capturada aquela imagem para a posteridade. O fotógrafo tinha que ter aquele olho especial para saber o que deveria ou não ser fotografado. Até pela questão do custo da revelação e tudo mais... Hoje, com a tecnologia digital, banalizou-se o clique, e tudo é passível de captura, tudo é uma questão de ligar a máquina e sair clicando sem parar, tal qual uma metralhadora giratória, até acabar a memória interna do equipamento. Nada é muito pensado, avaliado, tudo é instantâneo, que nem um piscar de olhos, até mesmo a revelação que pode ser feita no visor do aparelho ou em um microcomputador, que armazena uma quantidade absurda de fotografias por este método revolucionário. Atualmente, o que temos é uma "overdose" de fotografias digitais, em sua maior parte aprisionadas em um HD para serem vista de vez em quando. O custo de impressão em papel fotográfico é maior que uma impressão tradicional. Claro, empresas de fotografia e revelação, vendo essa gorda fatia do mercado, também revelam fotos digitais, bastando levar o equipamento, ou um disquete (já em extinção), CD ou DVD. Mas o que me preocupa de fato é com o não cuidado de algumas pessoas com seus valiosos acervos digitais, que caso não façam cópia de segurança, podem ser perdidos para sempre. Nesse caso, a fotografia tradicional, com seu negativo, e exemplar coladinho em album poeirento de fotografias, algumas já amareladas, ainda são de valor histórico e sentimental inestímáveis... Para os que não têm o devido cuidado, as fotos digitais não recuperadas são como parte de um passado apagado para sempre, não apenas do HD mas do próprio círculo familiar. Preservem, enquanto há e dá tempo, suas fotos, não importando o meio de captura, armazenamento e revelação.
Observação: Imagem acima, trata-se de minha primeira foto digital com a nova câmera. O motivo da foto é minha escrivaninha, com pilhas e pilhas de papéis, livros e outras coisas mais.