segunda-feira, setembro 03, 2007

Reinício do projeto de informática na educação especial

Reiniciou, hoje, pela manhã, o Projeto de Informática na Educação Especial, em sua 3ª edição, fruto de parceria do Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) Rio Grande/18ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), com os professores da Educação Especial da EEEF Barão de Cerro Largo. Tal projeto iniciou em 2005, com 2 turmas de DM e posteriormente com 3 turmas de surdos e 02 de altas habilidades/superdotação, com aproximadamente 60 alunos; em 2006, uniram-se a essas turmas, alunos cegos e com baixa visão e uma turma de 4ª série inclusiva (surdos e ouvintes), totalizando 08 turmas e 80 alunos; em 2007, serão 11 turmas e cerca de 80 alunos.
Hoje, iniciei o projeto pela manhã (minha colega Janaina é responsável pelas turmas da tarde), do qual sou coordenador, com a turma de 2ª série DM, da profª Jane Degani, idealizadora do mesmo. Após 1h de atividades com o software educacional Hagaquê (de histórias em quadrinhos), para eles se familiarizarem com o mesmo, passei a atuar com alunos portadores de altas habilidades/superdotação. Como educador, tenho que me reconfigurar a cada turma, pois cada turma há uma proposta diversa de abordagem, embora iniciemos com todos, utilizando esse software HQ, como forma de unir o lúdico ao pedagógico, através da utilização de conteúdos e competências (com enfoque ambiental) no formato de histórias em quadrinhos. O perfil do alunos com altas habilidades é bem diferente dos demais, visto que além de terem um rendimento considerado acima da média do alunado, a maioria deles possui computador pessoal em casa, o que permite outro tipo de abordagem, e um maior desafio para mim. Digo isso, pois, em 2006, quando utilizei o software BlockCAD, espécie de jogo Lego em 3D, além de aprender com elas as "manhas", descobri que a maioria já conhecia e utilizava softwares bem mais sofisticados, como Sim City, The Sims, que simulam a construção de cidades virtuais.
Já os alunos cegos, surdos, deficientes mentais, em sua maioria não dispõem de micromputador, e o único contato que têm com o mesmo é através deste projeto.
Mas, o interessante é que, respeitando a especificidade de cada turma, TODOS comprovam que a aprendizagem em laboratório é diferente que a sala de aula regular, e que TODOS podem desenvolver e participar de projetos de aprendizagem, se motivados e auto-motivados.
Observação: Imagem acima, quadro de René Magritte, intitulada La Condition humaine (1933).