sábado, maio 23, 2009

Blogagem coletiva em defesa da infância


Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=WS2DlLLm8wQ

O vídeo acima, descobri visitando o diário virtual Blogosfera da colega Marli Fiorentin, de Nova Bassano - RS - Brasil. E já aproveitei para publicar no meu blog Educa Tube que trata de vídeos educacionais e outras indicações pedagógicas e tecnológicas aos educadores.

O vídeo indicado por Marli tem o objetivo de resgatar as brincadeiras esquecidas e/ou desconhecidas pelas crianças de agora.
Apesar de trabalhar com tecnologia e valorizar as possibilidades educacionais dos jogos eletrônicos, da informática, da internet etc, sempre que posso lembro aos meus leitores, alunos e cursistas da importância das crianças aprenderem a como se faz, monta e desmonta um brinquedo; e não ficarem dependentes do brinquedo já pronto que é só apertar botões num joystick.


Aproveito a oportunidade para me integrar, como fez a colega Marli à "Blogagem Coletiva em Defesa da Infância" (imagem acima), proposta pela professora Márcia do blog Espaço da Criança.

Como escreveu Marli em seu blog:

"São muitas as formas de agressão à criança que precisam ser denunciadas, mas quero aqui destacar um princípio da Declaração dos Direitos da Criança: que muitas vezes é negado a elas:

'Toda criança tem direito de receber educação primária gratuita, e também de qualidade, para que possa ter oportunidades iguais para desenvolver suas habilidades. E como brincar também é um jeito gostoso de aprender, as crianças também têm todo o direito de brincar e se divertir!'

Penso que hoje a criança está sendo induzida a um amadurecimento precoce, exposta a situações que não são próprias de sua faixa etária, com a erotização que a mídia veicula. Vemos crianças com postura de gente grande, consumindo coisas de gente grande, desde o vestuário, a programação de TV, as músicas, danças, sem falar na internet, frequentando espaços sem nenhuma proteção. Tudo isso em detrimento do que é essencial para uma criança: brincar. Muitas vezes a escola também rouba dela esse direito, querendo enfiar goela abaixo informações e informações que poderiam ser aprendidas brincando. Brincadeira de criança é a coisa mais séria que pode existir. Por isso eu faço esse apelo e chamo atenção: vamos deixar nossas crianças brincar e brinquemos também com elas, deixando aflorar em nós a criança que ainda vive. Para lembrar das muitas brincadeiras saudáveis, garimpei esse vídeo".


Endosso acima as palavras de Marli e a iniciativa de Márcia, em defesa da criança, e da necessidade que a criança seja tratada como tal e não como adulto em miniatura; da criança poder ser vista como criança pelos adultos, sem exposição desnecessária, com direito a educação, saúde, família, lazer, mas acima de tudo, o direito de ser enquanto criança apenas criança.



Sugiro também aos pais e professores, a leitura do livro O Pai Invisível, de Kledir Ramil (vídeo acima) - já destacado em 3 posts neste blog -, que trata de uma forma poética, crítica e bem humorada essa visão de um pai sobre seus filhos e o choque de gerações. Kledir não é professor, é músico, compositor e agora um grande escritor, mas tem um olhar sobre a educação como se fosse um educador... Merece leitura e releitura.
Muitos dos problemas da atual geração decorrem da postura de "pais invisíveis" não tão conectados ao mundo de seus filhos como Kledir Ramil.
Observação: Clique no "play" para assitir ao vídeo com Kledir Ramil.

2 Comments:

Blogger Marli Fiorentin said...

Oi Zé!

Muito obrigada por destacar a minha postagem. Eu observo muito as crianças. Trabalho também com elas e sei da realidade. As crianças são autênticas, mas os adultos é que as expõem a situações inadequadas. Tenho observado a quantidade enorme de crianças que tem conta no orkut e no msn. Geralmente no msn a frase que usam no nike é frase de adulto, nada a ver com pensamento infantil. Adorei a tua dica sobre o livro do Ramil. Está anotado . Eu me diverti com o vídeo. Eu tenho dois adolescentes e a coisa é por aí mesmo. kkkkkk Abraço!

08:28  
Blogger José Antonio Klaes Roig said...

Oi, Marli, o livro do Kledir é fantástico. Ele estabelece essa comunicação entre pais e filhos. Transmite aos jovens o que nós, pais, fazíamos quando tínhamos a sua idade; e mostra aos pais um pouco desse novo mundo que a juventude vive. Quem lida com crianças e jovens e estabelece essa comunicação consegue perceber isso. Eu discuto com meus colegas e cursistas essa questão de como dar significado às coisas que os jovens fazem como lazer (msn, orkut, etc), mostrar o lado pedagógico da tecnologia. Criança que salta fases, que nem em vídeo game, mais adiante na vida sentirá a falta desse tempo mágico que é a infância que deve ser vivido de forma lúdica e não como adulto miniaturizado, seja na roupa, nos gestos, nos costumes que imita dos adultos... O livro O Pai Invisível é uma pequena viagem no tempo, eu adorei. Você irá gostar também. Um abração! Zé

08:39  

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