"A escola mata a criatividade?": palestra de Ken Robinson
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=yFi1mKnvs2w
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=0pn_oTIwy4g
O vídeo acima, extraído do YouTube, referente a palestra de Ken Robinson sobre a questão de a escola matar a criatividade do aluno, descobri visitando o blog da professora Suzana Gutierrez, que foi minha professora na oficina de criação de blogs, durante a especialização em TICs na Promoção da Aprendizagem (UFRGS-2007). A oficina ocorreu em meados de 2006, e naquela época o blog pra mim era algo abstrato, mas que logo incorporei ao meu cotidiano escolar, artístico e literário. Hoje, entre blogs individuais e coletivos, participo de 12, nos mais variados conteúdos: tecnológico, educacional, artístico, literário, cultural, etc.
Hoje sou um blogueiro educacional que diariamente publica algo em algum desses blogs ou passo a visitar os de meus colegas e amigos, e através desse "turismo digital", encontrando farto material para minha prática educacional e para minhas reflexões sobre a educação e a tecnologia.
No vídeo em questão, dividido em duas partes, Ken Robinson, de forma humorada, crítica e irônica propõe aos educadores uma reflexão sobre o papel da educação, da escola, dos pais e dos professores no futuro do aluno. Sua fala é amparada numa grande vivência e percepção do cotidiano escolar, e que seja na Inglaterra, nos EUA, na África, no Brasil, não difere muito quanto aos desafios da própria educação no século XXI. Conhecer o aluno e não avaliá-lo apenas por nosso ponto de vista, centrado em nossos conceitos e pré-conceitos, é a grande lição que o vídeo nos lega.
A escola tradicional pode sim e mata não raras vezes a criatividade do aluno, quando impede uma série de manifestações que os desavisados julgam ser contra as regras, os usos e os costumes. Por exemplo: proibir o boné sem dar-se conta que esse acessório que alguns julgam ser uma ofensa a sua autoridade em sala de aula, nada mais é do que um quesito inerente à identidade do jovem do século XX, como também o é os multimeios em geral. Volto a repetir a frase emblemática de Barack Obama: "O mundo mudou e nós precisamos mudar".
Se hoje sou um educador multifocal e multifuncional, devo aos professores que não mataram a minha criatividade e, pelo contrário, estimularam minhas aptidões para o desenho, a escrita e a leitura... Como já citei em um artigo de opinião, alguns anos atrás, em homenagem ao Dia do Professor, citei o exemplo de minha ex-professora de educação artística Maria Lúcia Pinheiro. Um dois momentos distintos ela me surpreendeu com seus comentários. O primeiro, quando ela reconheceu meu traço nos desenhos de colegas, que me pediram para desenhar algo para eles, pois diziam não saber desenhar; e eu, menino tímido, como filho de Zeméco, o artísta plástico da pequena cidade de São José do Norte (extremo sul do Rio Grande do Sul - Brasil), sentia na pele que "filho de peixe, peixe é" ou deveria ser, acabava cedendo aos pedidos dos amigos e colegas. Maria Lúcia, mesmo eu tentando disfarçar o traço, descobriu o truque, e comentou-me, pedindo que não mais fizesse aquilo, pois cada um deveria aprender a ter sua responsabilidade e estimular o talento desconhecido. Acatei.
Na segunda vez, uma lição de vida maior ainda, que carrego comigo desde sempre: Em um dos trabalhos a serem avaliados, reproduzi em tamanho bem maior (numa folha ofício) um "santinho", ou seja, uma imagem de Jesus, que pintei com o uso de aquarela. A professora olhou para o desenho e disse séria para o menino que eu fui que deveria não copiar e sim usar a criatividade, que eu tinha de berço. Na época, pra mim "copiar" era passar por cima e não entendi o que a professora queria dizer, que eu deveria usar a imaginação sem ficar vinculado demais à cópia do que já existia. Tempos depois "a ficha caiu" e aquele conselho me serviu de inspiração pelo resto da vida, não apenas na educação, mas também na arte, cultura e literatura. Inspirado nesse comentário criei um estilo próprio de ver e falar sobre meu entorno. A intervenção da profª. Maria Lúcia e doutros professores que tive, tanto no ensino fundamental e médio, como da graduação e pós-graduação sempre foram no sentido de estimular a criatividade.
Agradeço, via este post, a todos aqueles professores que me ensinaram a usar a criatividade em prol da profissão e da própria vida. E, em especial, a professora Suzana Gutierrez, por ter me proporcionado a possibilidade de me tornar um blogueiro educacional, podendo criar diversos espaços virtuais para divulgar não apenas meus trabalhos, como o de amigos colegas e também o de meu pai, no blog chamado Olhar Virtual.
Assistam aos dois vídeos acima e repassem aos colegas, para estimular na própria escola o debate com os colegas sobre as ideias de Ken Robinson. O exemplo da menina que queria ser dançarina é emocionante é a prova de como uma avaliação acertada pode ser essencial no futuro de uma pessoa. Todos temos algum talento, todos somos criativos, falta apenas que a família, a escola e a sociedade passe a, se não estimular adequadamente, pelo menos não impedir que os alunos deem vazão aos seus sonhos. Como friso sempre: escola não é depósito de gente, nem laboratório para formação de mão-de-obra barato para empresas. Escola é o local para dar instrução de vida em comunidade e estimular o espírito criativo e crítico do aluno. Para preparação para o trabalho já existe o ensino profissionalizante, não misturemos as estações. Até pelo motivo de que se a escola preparar e bem para a vida, estará também preparada para outros desafios, como o próprio trabalho.
Sugiro a divulgação desse vídeo em encontros de professores, ao invés daquelas mensagens trivias com o uso do datashow, para dar apenas um "verniz de modernidade" ao encontro. Se queremos que o aluno seja crítico e com iniciativa própria para resolver problemas e criar soluções, precisamos como educadores também fazer nosso papel de "provocadores sociais", e não apenas reprodutores de práticas nem sempre criativas e originais.
3 Comments:
Oi José
(retornando o comentário lá no meu blog :))
Eu também gostei dos vídeos, mas penso que tem coisas neles que valiam uma boa discussão.
Daquelas de 'escavar' cada questão.
(O Franz tb postou os vídeos :) e, agora, estou vendo esta tua entrada)
Vou ler devagarinho e ver se encadeamos o debate.
bjsss
Oi, profa. Suzana,
esse vídeo é uma grande oportunidade de instaurar o debate entre professores, pois envolve quem assiste, em parte pelo bom humor em parte pela provocação que faz. Nele há como falou vários tópicos a serem trabalhados pelos educadores de uma escola.
Semana que vem iniciam os cursos de Linux Educacional, no NTE Rio Grande, e aproveitarei o primeiro encontro para utilizar esse vídeo pra provocar o debate no curso de Introdução à Educação Digital/Proinfo-MEC. Dá um belo debate na rede também. Um abraço,
2015-10-14 xiaozhengm
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