sábado, maio 03, 2008

curso de francês instrumental


Iniciei, dia 02/05, a tardinha, o curso de extensão em francês instrumental, na FURG - Rio Grande, ministrado pelo prof. Luciano Moraes.
O tempo não pára. Depois de certas atribulações que tive que assumir, em função do Condomínio em que moro ter ficado sem síndico e eu ser do Conselho Fiscal, assumi em caráter emergencial, durante o mês de abril, a função de administrador do mesmo. Foi um mês de estresse a mais, e imaginem só, acumulado aos estresses naturais do trabalho(em tecnologia educacional, em 2 turnos) e do estudo (mestrado em Letras). Como dizem os jovens: "Foi tudo de bom!" Risos. Mas passada essa "tsunami", consegui organizar minimamente o Condomínio e colocá-lo sob Administração profissional, de um escritório contábil. Missão cumprida, tive que recuperar o atraso nas leituras e escritas do mestrado.
A inscrição no referido curso "Le Français eh cours: lire et compreendre", cujo ministrante é o prof. Luciano Moraes, tornou-se imperativo para mim, já que irei passar todo o ano de 2008 com leituras para o mestrado em Letras (área História da Literatura), em sua maior parte de autores franceses, e alguns textos ainda sem tradução para o português. Dentre eles, Le pacte autobiographique (O pacto autobiográfico), de Philippe Lejeune, já que tratarei na dissertação da "Análise poética da autobiografia de Érico Verissimo", em especial, o livro Solo de Clarineta, volume I. Assim sendo, terei também como "amigos de papel" Paul Ricouer, Gastón Bachelard, Gilbert Durant, Gérard Genette, Roland Barthes, Zinedine Zidane (ops, esse último, evidentemente, uma brincadeirinha pra descontrair apenas), entre outros autores franceses. Meu objetivo nesse curso é justamente a questão da leitura em francês, e espero poder me dedicar, dentro de minhas diversas atividades, para que ao final do mesmo, obtenho sucesso em meu intento. Já adquiri um minidicionário de francês-português/português-francês, que vem com um CD, trazendo mais de 40 mil verbetes e 55 mil traduções; expressões idiomáticas e locuções; modelos de conjugação verbal; além de suplemento cultural com informações sobre a geografia e a cultura da França e do Canadá. Entramos já no quinto mês do ano, e o tempo não pára, e os prazos diminuem a cada dia. Mas, como já estou acostumado a viver nesse turbilhão, espero poder dar conta de mais um ano de desafios múltiplos.
Em 2006, acumulei trabalho e duas especializações (em História do Rio Grande do Sul e em Tecnologia Educacional). Em 2007, concluindo a esp. em TICs, iniciei as aulas do mestrado em Letras, junto com o trabalho. Em 2008, "apenas" trabalho e dissertação do mestrado, além de curso de extensão em mídias na educação, que venho cursando desde 2005. Têm horas que nem eu mesmo sei como dou conta de tudo. E um efeito colateral disso é que a memória, hoje tem falhdo seguidamente. Determinação e superação ajudam muito, já que os objetivos de trabalho e de estudo são complementos de meu projeto de vida. Fiquei mais de uma década longe dos bancos escolares, como aluno-cursista, e nesse retorno, na maioria das vezes, meus colegas poderiam ser meus filhos, todos com média de 25 anos de vida, e eu muito mais que isso só de leituras, descomprometidas, mas que me deram a bagagem cultural que tenho hoje em dia. De leitor leigo a privilegiado, há que se ter sólidas e reiteradas leituras teóricas. Mas nesse meu retorno aos estudos acadêmicos, que coincidem quase com minha inclusão no universo tecnológico, fico fascinado pelo olhar de meus jovens alunos e colegas cursistas, pois vejo neles o mesmo olhar que tive na juventude, de querer mudar o mundo. Hoje tenho consciência que o grande desafio que temos em vida é o de mudar primeiro nosso próprio mundo, e, se possível, influenciar com nossa vivência à mudança do mundo daqueles que vivem em nosso entorno (seja no mundo virtual como no real). Sou fruto de minhas leituras de mundo, através dos livros e dos amigos. E só consigo conciliar tantas atividades simultâneas, graças ao apoio fundamental da família, de colegas e amigos. Não somos ilhas, e sim arquipélagos. E, se navegar é preciso, como escreveu Fernando Pessoa, seja na vida familiar como na profissional, precisamos saber ler, caso for preciso, de "cartas náuticas" a textos mais complexos, na língua pátria ou na original de seu autor.
Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço
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