segunda-feira, novembro 26, 2007

Blog Vídeos Nota 10


Em minhas constantes visitas a blogs de amigos e suas indicações de links, tenho garimpado pequenas preciosidades, que sempre compartilho com os visitantes do Letra Viva. Um desses "pequenos universos de informação" é o blog Vídeos Nota 10 que traz, como o próprio nome indica, alguns vídeos interessantes sobre educação, arte, ciência e tecnologia. Sugiro assistirem os vídeos Cinema na Escola 1 e 2, que como explica o post, é: "Produção em Movie Maker que contém conceitos e um pouco da história do Cinema e que apresenta imagens de filmes conhecidos e música de fundo de grandes produções cinematográficas. Produzido pelo pesquisador, educador e editor do portal Planeta Educação, João Luís de Almeida Machado". E sugiro também uma olhar atento na guia de links indicados pelo blog. A internet é meio labirinto, em que uma "janela" leva a outra e assim por diante... A diferença, ao meu ver, é que nesse labirinto só se perde quem não tem um planejamento prévio, ou não sabe o que busca. Para mim e todos aqueles que procuram filtrar a informação da simples desinformação, os blogs, os sites, os buscadores e a "rede mundial de computadores" podem ser grandes aliados nos projetos de ensino-aprendizagem.
Nos dois vídeos sobre cinema, trazem imagens de filmes hoje clássicos, aliada a citações de personalidades. Uma delas chama a atenção, por ser do "pai" do cinema Lumiére, dizendo que o cinematógrafo naõ tinha futuro e só teria função se usado para pesquisas com imagens. Em pleno século XXI, num mundo cada vez mais dominado pelo uso (quase abusivo) das imagens, sabemos que o cinema, depois a televisão, hoje a informática e a própria internet já foram dadas por certos "analistas de sistemas" como modismos, coisa passageira. Pensar a atual fase da civilização, com seus erros e acertos, sem a tecnologia é algo impensável, mas não inevitável. Entretanto, como discuto com amigos, vivemos na era digital mas não temos o plano B, caso esse modelo não tenha sustentabilidade a longo prazo. Tudo pode ser digitalizado, efeitos especiais dão vida a sonhos fantásticos. O cinema pôde fazer um personagem como Forest Gump contracenar com o ex-presidente John Kennedy; o filme Matrix revolucionou as filmagens, dando giros de câmera em 360º graus. Porém, cada vez mais ficamos dependentes, dentro e fora das telas, de efeitos visuais... Ai, penso comigo mesmo, o que legaremos para as gerações futuras, além do lixo orgânico e tecnológico em escala assustadora? Se nosso sistema tecnológico entrar um dia em colapso, o que deixaremos escrito? Sabemos que DVDs, CDs, fitas magnéticas não são eternas. Eterno apenas os escritos rudimentares - dito ruprestres - nas pedras. Percebo que quanto mais o cinema, a TV e a tecnologia em geral avançam, mais difícil fica assistir uma história simples e com bom enredo. Tudo precisa ter explosões, vôos mirabolantes, efeitos digitais de última geração. Tudo parece mais um videoclipe estendido ao extremo, do que algo feito para passar uma mensagem, um significado. O filme Transformers é um exemplo da comtemporaneidade: efeitos fantásticos numa história simples, quase banal, para ser devorada junto a pipocas e refrigerantes. A descartabilidade das coisas e das gentes, como gosto de lembrar. Filmes viram pretexto para vender, além de ingressos, camisetas, tênis, jogos, e toda uma produção mercadológico tão distante do fator pedagógico... Então, indico locarem o velho e bom filme "Tempos Modernos", de Charles Chaplin, que apesar de toda a tecnologia cinematográfica, continua atualíssimo, lírico, crítico e reflexivo. Uma verdadeira obra-prima da sétima arte. Que pode ser usada em sala de aula, das formas mais criativas pelo professor. E garanto que o alunado irá gostar do filme, apesar de preto e branco e com nenhum efeito visual mirabolante. O que importa é o conteúdo e não a embalagem.
Observação: Imagem acima, extraída da internet do endereço
http://mathema.psico.ufrgs.br/