domingo, setembro 16, 2007

Viver todos os dias cansa

Descobri esse livro (imagem da capa ao lado) do escritor português Pedro Paixão, Viver todos os dias cansa, pesquisando outros livros de literatura na biblioteca da FURG, durante o mestrado em curso, já que, seguindo minha forma de trabalho e pesquisar, primeiro monto uma certa bibliografia básica, xerocando partes ou livros inteiros que me interessam nessa vida (ou em futuras! risos), para depois lê-los, rabiscá-los, anotá-los com marca texto ou caneta a vontade. Estou juntando material para minha tese de mestrado, que iniciarei a escrita em 2008, pretendendo defendê-la no mesmo ano. Afora isso, leio compulsivamente, ora por questões de trabalho (TCC especialização em tecnologia educacional, curso de mídias a distância, atividades de capacitação com professores e alunos em informática educativa). Ora, por que sou rato de biblioteca, leitor contumaz. Ler é preciso, viver nem tanto (parafraseando Fernando em primeira Pessoa). Ultimamente minha vida tem sido de diversificadas leituras. Agradeço sempre a família por compreender minhas ausências, ainda que muitas vezes de corpo presente, diante de um microcomputador... Leio também e muito por causa do mestrado em História da Literatura. Não tive tempo de calcular a média de páginas, mas são centenas por semana: livros, artigos, ensaios, conceitos, teorias, etc. Leituras e releituras complexas, que exigem demais a concentração, o raciocínio e a argumentação em aula.
Pra completar, trabalho manhã e noite, dando aulas de informática educativa, usando um referencial teórico diverso, e também complexo, dentro do construtivismo. Nos fins de semana, tendo como posso, colocar em dia as atividades em atraso. Ontem trabalhei todo dia como voluntário num curso de informática para funcionários de escola. Apesar de desgastante, é reconfortante ver a presença assídua de todos, mais de 30, a maioria sem ter outra possibilidade de contato coma informática e o microcomputador. Esse tipo de trabalho, pra minha, apesar do desgaste, é uma terapia, pela possibilidade de auxiliar e de aprender com outras vivências e pessoas. Ontem não foi diferente. No intervalo pro almoço, o que fiz? Bom, pra descontrair das leituras complexas, acabei pegando um livro (isso mesmo) de contos e crônicas do escritor português Pedro Paixão, que confesso, o escolhi na biblioteca, mais pelo seu curisoso título, um pouco do que vivo ultimamente: Viver todos os dias cansa. Mas assim como as experiências de vida que me servem de terapia, o livro de Paixão foi uma grata surpresa. Li poucos textos, mas já me tornei seu fã. E recomendo. Quando concluir sua leitura, comentarei no letra Viva sobre o mesmo.
Eu não me canso de viver todos os dias. A vida pra mim é um eterno aprendizado, e tenho consciência que sou o que sou, graças a vida que levei, levo e levarei... Casualmente, hoje, conversando no almoço, com Bete, minha esposa, disse-lhe: Se eu não tivesse tido a vida do jeito que ela foi, provavelmente muita coisa seria diferente e quem sabe nem juntos estaríamos, pois outro caminho teria trilhado. Se melhor ou pior, não sei nem faço questão de saber, sou feliz como sou, do meu jeito. E desse jeito conquisto amigos e reconhecimento. E isso que importa e dá conforto e descanso, se não ao corpo, mas a alma e a mente... Um bom domingo a todos. Vou tirar uma folga dos estudos e dos livros, e ir aproveitar o último dia de FEARG - Feira de artesanato do Rio Grande, aqui em Rio Grande, no centro de eventos. Ah, hoje também tem Gre-Nal, e que vença o melhor, desde que seja meu time do coração, o Internacional. Risos. Abraços.