terça-feira, maio 08, 2007

Inventário Autoria de Jogos Educacionais

Dentre as primeiras atividades da disciplina Autoria em Jogos Educacionais - Proa13 A, os cursistas devem fazer um breve inventário sobre as questões abaixo:
- O que você entende por jogos educacionais e como eles podem ajudar na aprendizagem?
- Você conhece algum jogo de computador que já tenha sido usado educacionalmente? Se sim, como foi este uso?
- Quem é que deve fazer o jogo, o aluno ou o professor?

Como não pude publicar no wiki (local indicado), resolvi postar no blog até resolver um pequeno problema técnico. Eis minha contribuição:
Penso que o jogo educacional é um grande agente de interação inicial entre o professor e o aluno. Pode-se ensinar “brincando”. No projeto de informática com a educação especial que desenvolvo, desde 2005, no NTE Rio Grande, usei inicialmente o paint (que não é um jogo, e sim um aplicativo para desenho...) para que os alunos dominassem melhor teclado e mouse e a interface do PC, pra depois partir pra noções básicas de informática, sempre utilizando jogos educacionais, citados mais abaixo.
Meu conhecimento sobre jogos educacionais é mediano, nunca criei ou alterei nenhum jogo, mas já utilizei vários jogos em projetos de capacitação com professores e projetos de aprendizagem com alunos, dentre eles:
- BlockCAD (jogo Lego em 3D);
- Drawing for children (semelhante ao paint, com carimbos e imagens diversas);
- Pikerucho (para uso das quatro operações matemáticas);
- Hagaquê (editor de histórias em quadrinhos);
- Alguns jogos dentro do sistema operacional Dosvox (memória, forca etc), usados com alunos cegos ou com baixa visão;
O uso desses jogos facilitou muito a interação educador-aluno-máquina, e sempre que posso utilizo algum deles como ferramenta recreativo-pedagógica.
Quanto a autoria de jogos, penso que ambos, professor e aluno, devem trabalhar em conjunto, pois o jogo é um meio em que a educação sempre será o fim, a finalidade.
Como sempre gosto de ressaltar: “um laboratório de informática numa escola apenas com a ênfase em jogos, que não recreativos, é uma lan house gratuita. Sua destinação deve ser favorecer o uso de jogos como ferramentas do processo de ensino-aprendizagem, utilizando a criatividade do aluno, melhor do que ninguém quando se trata do uso de meios tecnológicos e de jogos, canalizando essa criatividade para o uso, e se possível a criação de jogos educacionais”. Inscrevi-me nessa oficina por querer aprender algo que possa compartilhar com colegas e alunos, e sei que tenho mais a aprender do que ensinar. Como já postei no fórum, no caso do jogo BlockCAD, aprendi com os alunos portadores de altas habilidades/superdotação a usar as “manhas”, para utilizar o jogo em sua plenitude com os demais alunos da educação especial, e com outros professores. Eu sabia o trivial, e aprendi as questões mais avançadas, quando pensava estar ensinando algo novo, que esse grupo de alunos (alguns deles), já sabia... Só que nunca utilizaram com o sentido pedagógico, e sim meramente recreativo. Ai que vem a participação essencial do educador: dar o enfoque de aprendizagem a algo que poderia ser encarado apenas como divertimento. Aprender se divertindo um grande desafio e um grande apoio ao professor e ao aluno.
Observação: imagem acima é uma colagem de minha autoria, feita há mais de 7 anos, quando era um passatempo e terapia recortar e sobrepor imagens, para depois escanear no computador. Já utilizei algumas dessas colagens no Projeto Poesia Ilustrada, que sobreponho textos poéticos de minha autoria a essa imagens. Essa imagem também foi uma das que tinha selecionado para capa de meu livro de contos (em estilo realismo mágico) Realidade Virtual, mas que depois preferi usar uma especialmente criada pela editora.