Inventário Autoria de Jogos Educacionais
- O que você entende por jogos educacionais e como eles podem ajudar na aprendizagem?
- Você conhece algum jogo de computador que já tenha sido usado educacionalmente? Se sim, como foi este uso?
- Quem é que deve fazer o jogo, o aluno ou o professor?
Penso que o jogo educacional é um grande agente de interação inicial entre o professor e o aluno. Pode-se ensinar “brincando”. No projeto de informática com a educação especial que desenvolvo, desde 2005, no NTE Rio Grande, usei inicialmente o paint (que não é um jogo, e sim um aplicativo para desenho...) para que os alunos dominassem melhor teclado e mouse e a interface do PC, pra depois partir pra noções básicas de informática, sempre utilizando jogos educacionais, citados mais abaixo.
Meu conhecimento sobre jogos educacionais é mediano, nunca criei ou alterei nenhum jogo, mas já utilizei vários jogos em projetos de capacitação com professores e projetos de aprendizagem com alunos, dentre eles:
- BlockCAD (jogo Lego em 3D);
- Drawing for children (semelhante ao paint, com carimbos e imagens diversas);
- Pikerucho (para uso das quatro operações matemáticas);
- Hagaquê (editor de histórias em quadrinhos);
- Alguns jogos dentro do sistema operacional Dosvox (memória, forca etc), usados com alunos cegos ou com baixa visão;
O uso desses jogos facilitou muito a interação educador-aluno-máquina, e sempre que posso utilizo algum deles como ferramenta recreativo-pedagógica.
Quanto a autoria de jogos, penso que ambos, professor e aluno, devem trabalhar em conjunto, pois o jogo é um meio em que a educação sempre será o fim, a finalidade.
Como sempre gosto de ressaltar: “um laboratório de informática numa escola apenas com a ênfase em jogos, que não recreativos, é uma lan house gratuita. Sua destinação deve ser favorecer o uso de jogos como ferramentas do processo de ensino-aprendizagem, utilizando a criatividade do aluno, melhor do que ninguém quando se trata do uso de meios tecnológicos e de jogos, canalizando essa criatividade para o uso, e se possível a criação de jogos educacionais”. Inscrevi-me nessa oficina por querer aprender algo que possa compartilhar com colegas e alunos, e sei que tenho mais a aprender do que ensinar. Como já postei no fórum, no caso do jogo BlockCAD, aprendi com os alunos portadores de altas habilidades/superdotação a usar as “manhas”, para utilizar o jogo em sua plenitude com os demais alunos da educação especial, e com outros professores. Eu sabia o trivial, e aprendi as questões mais avançadas, quando pensava estar ensinando algo novo, que esse grupo de alunos (alguns deles), já sabia... Só que nunca utilizaram com o sentido pedagógico, e sim meramente recreativo. Ai que vem a participação essencial do educador: dar o enfoque de aprendizagem a algo que poderia ser encarado apenas como divertimento. Aprender se divertindo um grande desafio e um grande apoio ao professor e ao aluno.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home