segunda-feira, maio 19, 2008

Computador: nem herói nem vilão - uma ferramenta de interação


Tenho acompanhado as discussões sobre a questão do uso do computador no ambiente escolar e familiar, e, apesar de suspeito, já que o uso em ambos, creio que o enfoque não é esse... Para mim tanto o microcomputador, como o videogame, os jogos, a tecnologia em geral não são nem heróis (que podem revolucionar o mundo e seu usuário) tampouco vilões (que vão trazer o caos e a decadência). Como disse certa vez o Dalai Lama, o melhor caminho é o do meio, sem extremismos. Isso não quer dizer que tenhamos que ficar em cima do muro, longe disso. Mas também às vezes tomar partido e ter opinião própria é ficar alheio às disputas de interesses conflitantes com o bom-senso, a lógica e a razão. Não basta boa teoria e intenções, tem que haver uma prática eficiente e condizente com os objetivos propostos.
Li, em revista especializada que determinada instituição, através de pesquisa, informou que o uso do computador pelos alunos provoca notas baixas. Na mesma notícia, o contraponto de outra instituição, dizendo justamente o contrário.
Por conta de mais de 15 anos na educação, de um pouco menos que isso usando a tecnologia para fins particulares, e cerca de 6 anos, com fins profissionais e educativos, posso ousar dar minha opinião parcial (pois somos indivíduos) sobre o tema, que envolve certa complexidade e polarização.
Acredito que o computador possa ser tão nocivo ao alunado, como a faca de cortar pão e passar manteiga no mesmo o é, em certas circunstâncias fora da previsão do fabricante. Não é a máquina que difunde, por exemplo, pornografia, e sim seu usuário. Tudo depende das intenções (boas ou más) do manipulador do equipamento ou da ferramenta. Agora, por experiência própria, posso afirmar com todas as letras, e garrafais, que a informática, a internet, o microcomputador, os jogos, a TV, o rádio, o mp3 e qualquer outro meio eletroeletrônico podem ser um desserviço à educação, se não tiver por parte do educador e escola um comprometimento e planejamento de seu uso eficiente (além do meramente decorativo e propagandista aos pais) no ambiente escolar. Franquear um laboratório de informática para uso irrestrito e sem controle por alunos é uma temeridade, pois todos que já fomos um dia jovens sabemos que falta maturidade pra discernir entre coisas úteis e inúteis no ciberespaço.
Observação: Imagem extraída da internet, do endereço
http://blog.dvdsp.com.br/page/2/