sábado, junho 23, 2007
Resolvi postar esse comentário, fruto de uma mensagem recebida por um amigo virtual, mas que é um jovem e talentoso escritor riograndino, chamado Leandro Kerr, um gremista (ninguém é perfeito! risos...) que me enviou essa pérola de resposta às provocações minhas e doutros colorados, após a derrota do Grêmio F.B.P.A. para o Boca Juniors, da Argentina, em pleno Estádio Olímpico, na 4ª-feira passada. Fazia tempo que não via, ouvia e lia tanta flauta, a maioria hilárias e criativas, contra o Grêmio e os gremistas, onde eles estivessem... Eu mesmo criei uma: "A diferença do Boca pro Grêmio era simples: Boca tinha um Palermo e o Grêmio 11..." Pura brincadeira, não querendo desmerecer nem menosprezar a equipe da Azenha. Mas tiveram outras, muito mais criativas, tipo: "Palermo errou o penalti, pois dois resultados iguais (3x0) ía pra prorrogação"; "Se eram imortais, foram enterrados vivos!". Risos...
Entretanto, a mensagem de Leandro, em meu orkut, me fez refletir para a essência do esporte, e, em especial, o futebol, que chamo de "metáfora da vida". E o valor pedagógico de tudo isso. Vejam abaixo:
"Se o futebol fosse apenas futebol, o Grêmio provavelmente teria caído frente a todos esses times. Se fosse apenas a capacidade de fazer jogadas e controlar a bola, não teríamos chegado até aqui. Mas, como todos sabem – nós, gremistas, melhor do que ninguém –, o resultado de uma partida depende mais da postura e da atitude de uma equipe dentro de campo do que de sua capacidade técnica. Depende mais da garra, da luta e do sacrifício. "
Realmente. Pelos critérios ténicos, financeiros, etc o Grêmio era um time mais modesto, diante do poderoso Boca Juniors, mas antes disso, eliminara o tricampeão mundial São Paulo e o time do badalado Wanderlei Luxemburgo. O futebol é o único esporte em que uma equipe pode se nivelar a outra nitidamente superior, se tiver garra, disciplina tática, amor à camisa, uma torcida fiel, um bom treinador, e alguns bons valores no time... Assim é o futebol, com seus erros crassos de arbitragem, disputas às vezes violentas, jogadores endeusados, mas onde a maioria recebe pouco e não tem sobre si os holofotes da mídia. Usando o texto enviado por Kerr, digo que o esporte, é um dos recursos de inclusão social, levando jogadores pobres ao estrelato, a fama e a riqueza... E que trabalhar em equipe, sempre é o melhor caminho para superar desafios quase insuperáveis. Todos os projetos educacionais que são executáveis, reconhecidos, valorizados e acima de tudo promovedores de inclusão social, são feitos em equipe. Na maioria das vezes sem recursos nem estrelas, mas por pessoas com dedicação e disciplina tática, garra, luta e muito sacrifício... Às vezes, num mundo tão consumista e competitivo como o nosso, precisamos ser meio quixotes, idealistas, para poder levar adiante sonhos que podem um dia ser realidade. Porém, aprendemos mais com as derrotas do que com as vitórias. Futebol é espoerte e não guerra! A vida não é um jogo, nem esporte, mas para se poder sobreviver nesse mundo contraditório uma boa estratégia, uma boa equipe, e algum talento, já ajudam muito. Amanhã tem Gre-Nal, e (apesar de colorado) desejo que vença o esporte, o futebol e a educação...
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