sábado, fevereiro 17, 2007

TV Aberta a quê?



Com base em atividade composta de questionário sobre como vemos a TV, postei no curso de Mídias Integradas na Educação a seguinte opinião critica:

1) Acredito que, infelizmente, a natureza da TV Aberta (e da maioria do meios de comunicação de massa no país) é comercial, conservadora, vinculada a interesses econômicos ou pressões políticas, em que a busca da audiência e ao patrocínio é o fator fundamental;
2) O tom dos programas, creio, são variados. Os da notícia apressada sem a devida informação (como na maioria dos telejornais), os de entrenimento sem maiores divagações e com muitos comerciais no meio, e os de informação qualificada, normalmente em horários impróprios para MAIORES trabalhadores, por serem veiculados no madrugadão... ou fora do horário nobre. Por exemplo, têm desde o jornalismo novelístico (em que vão à casa do entrevistado e focando-o ao entrar dentro da mesma, ou seja, há uma edição de imagens) ao jornalismo informativo, que efetivamente discute a questão mais aprofundadamente (esse em menor quantidade), e, por fim, o jornalismo apelativo (aquele que coloca uma câmera e um repórter a acompanhar batidas policiais, e discussões de família, explorando a desgraça alheia para obter maior audiência).
3) A participação do telespectador ainda é pequena. Há programas interativos que se resumem a escolher em pré-opções, tipo: um entre dois filmes previamente indicados; escolher entre dois participantes de Reality Show, através de mensagem de celular, e-mail, fone, onde há um valor comercial agregado; algumas pesquisas de opinião que resumem-se a indicar sim ou não, sem maiores divagações; e alguns programas que dão voz ao telespectador para falar, mas infelizmente em programas de fofocas e exploração da intimidade de artistas ou de ilustres desconhecidos em situação vexatória, que nada acrecentam ao exercício da cidadania;
4) O que mais me chama a atenção no caldeirão da programação televisiva brasileira é o fato da persistente lógica invertida: programas bons colocados no horário IMPRÓPRIO PARA MAIORES (por terem estes que trabalhar cedo no dia seguinte), e programas com conteúdo apelativo em horário nobre, com grande influência sobre os jovens, que reproduzem o que vêm na TV sem nenhuma ou quase nenhuma reflexão.

Cabe ao educador despertar o senso crítico do alunado para o papel da Televisão na sociedade, e a utilização do que a TV produz de bom (reportagens sobre temas ambientais, sobre questões sociais, educativas; telenovelas de época, documentários, programas musicais, etc), aliada à educação de qualidade.
Observação: Foto acima, extraída de uma revista, referente a propaganda institucional sobre os jogos Pan-Americanos Rio 2007, e a valorização do esporte.