TV Aberta a quê?
2) O tom dos programas, creio, são variados. Os da notícia apressada sem a devida informação (como na maioria dos telejornais), os de entrenimento sem maiores divagações e com muitos comerciais no meio, e os de informação qualificada, normalmente em horários impróprios para MAIORES trabalhadores, por serem veiculados no madrugadão... ou fora do horário nobre. Por exemplo, têm desde o jornalismo novelístico (em que vão à casa do entrevistado e focando-o ao entrar dentro da mesma, ou seja, há uma edição de imagens) ao jornalismo informativo, que efetivamente discute a questão mais aprofundadamente (esse em menor quantidade), e, por fim, o jornalismo apelativo (aquele que coloca uma câmera e um repórter a acompanhar batidas policiais, e discussões de família, explorando a desgraça alheia para obter maior audiência).
3) A participação do telespectador ainda é pequena. Há programas interativos que se resumem a escolher em pré-opções, tipo: um entre dois filmes previamente indicados; escolher entre dois participantes de Reality Show, através de mensagem de celular, e-mail, fone, onde há um valor comercial agregado; algumas pesquisas de opinião que resumem-se a indicar sim ou não, sem maiores divagações; e alguns programas que dão voz ao telespectador para falar, mas infelizmente em programas de fofocas e exploração da intimidade de artistas ou de ilustres desconhecidos em situação vexatória, que nada acrecentam ao exercício da cidadania;
4) O que mais me chama a atenção no caldeirão da programação televisiva brasileira é o fato da persistente lógica invertida: programas bons colocados no horário IMPRÓPRIO PARA MAIORES (por terem estes que trabalhar cedo no dia seguinte), e programas com conteúdo apelativo em horário nobre, com grande influência sobre os jovens, que reproduzem o que vêm na TV sem nenhuma ou quase nenhuma reflexão.
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