quinta-feira, julho 03, 2008

Blogterapia


Verificando meus e-mails, achei uma notícia sobre um termo que achei interessante ler, chamado Blogterapia. A notícia, extraída do portal Yahoo! Brasil fala da forma que alguns internautas e blogueiros utilizam seu diário virtual como um divã eletrônico. Vejam fragmento abaixo:
"No lugar do pequeno cadeado, uma senha. Ao invés de clipes segurando penduricalhos de valor afetivo, links para as memórias preferidas: páginas de amigos, álbum de fotos, sites interessantes. O diário dos anos 80 e as agendas estufadas da década de 90 são parte de um passado sem internet. Hoje, o desabafo é virtual, via blog, mas sua finalidade é a mesma de antigamente: oferecer espaço para angústias pessoais que só abandonam uma mente inquieta quando se transformam em letras".
Evidentemente que nem todos usam seu blog desta forma, principalmente os blogueiros educacionais, embora alguns comentários possam dar a impressão de ser terapêuticos. Todo desabafo, todo comentário mais íntimo nem sempre é apenas uma catarse e uma forma de buscar terapia. Pode ser uma forma crítica e criativa de passar uma opinião, a partir de experiências fortemente vinculadas a uma vivência. Não há como escrever sem deixar de usar um pouco das memórias e das aprendizagens da vida.
Como tudo na vida, depende da intensidade e dos objetivos da escrita. Do contrário, a própria escrita torna-se superficial e inconsistente.
Mas que uma boa parcela de internautas usa realmente o blog como terapia ocupacional, sentimental e emocional, não há como negar.
Mas um blog, que originalmente foi pensado como diário virtual, e hoje funciona tanto como jornal virtual e até ambiente de aprendizagem a distância, pode ser uma ferramenta tanto de divulgação de idéias, projetos, imagens, como produtora de conteúdos variados, que serve de referencial para outros blogueiros, educadores e internautas, mundo afora. O importante mesmo não é tanto a forma como é utilizado mas sim o conteúdo relevante para outras pessoas, além de seu dono e editor. E isso é constatado a partir do crescimento de acesso a esse recurso de interação a distância, percebido pelo contador de visitas nele instalado.
Se o objetivo do blogueiro é apenas fazer terapia, e exorcizar seus demônios interiores através do ciberespaço, terá como visitantes tão-somente aqueles que compartilham com ele as mesmas inquietações.
Segundo Ruy Fernando Barbosa, que chefiou o setor de doenças afetivas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em alguns casos o diário online pode ser encarado até como contra-terapia. "Como é público, o blog tem certa relação com o narcisismo: ao escrever para outros lerem, a pessoa pode criar uma imagem, uma personalidade falsa, ao invés de aproveitar a escrita para elaborar melhor seus conflitos e praticar o auto-conhecimento".
Toda a escrita, ficciconal ou documental, traz em si uma visão de mundo, um ponto de vista, e deve ser encarado como tal, e não como a expressão cristalina da verdade. A expressão da verdade de alguém, em determinado momento, é fruto de uma ação ou reação. Ainda mais que o ciberespaço favorece o anonimato e a criação de múltiplos alter-egos. Porém, se escrever pode ser considerado terapia, ler igualmente pode ter embutido a mesma propriedade, dependendo da habilidade daquele que escreve. Pensando assim, o blog pode ter maior amplitude e penetração no mundo digital do que outras formas de escrita. Tanto que os grandes jornais e seus colunistas já aderiram a esse recurso, em função de sua cada vez maior popularidade.
Vejam a íntegra da notícia, clicando sobre o link abaixo.

Blogs não devem substituir a terapia tradicional, diz especialista

Observação: Imagem acima, extraída da internet, do endereço
http://www.blogdeguerrilha.com.br/wp-content/uploads/
2008/04/blog_15_04_concursoocio2007.jpg