Para pensar a vida nas entrelinhas de um verso
Nas poucas horas vagas que tenho livre, gosto, entre outras coisas, de estar lendo um livro, como terapia para as leituras obrigatórias do trabalho e do estudo. Noutro dia extraí uma epígrafe do capítulo 21, A Chave da Chuva, do livro "Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra", do moçambicano Mia Couto, atribuída a personagem João Celestioso, que serve para refletir sobre a realidade e o imaginário cotidianos:
"Eis o que eu aprendi/ nesses vales/ onde se afundam os poentes:/ afinal, tudo são luzes/ e a gente se acende é nos outros./ A vida é um fogo,/ nós somos suas breves incandescências".
Um educador às vezes ilumina o aluno, um colega, amigo, sem saber, pelos seus atos, e sua pedagogia do exemplo. Às vezes, o educador é iluminado por um aluno, um colega, um amigo, através da prática educativa compartilhada e a troca de experiências exitosas. Aprender a aprender (como disse Paulo Freire), não minha opinião é tão importante como o ato de ensinar, que hoje deve ser encarado como o mediar a passagem da informação em aprendizagem para tornar-se conhecimento .
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