quarta-feira, novembro 07, 2007

Sobre o vídeo Concerto Campestre


Ontem a tarde, no mestrado em História da Literatura, a turma da profª Nubia Hanciau, da disciplina de História e Literatura (na qual me incluo), assistiu ao vídeo Concerto Campestre, baseado no livro de mesmo nome, de autoria de Luiz Antonio de Assis Brasil. O filme de Henrique de Freitas Lima (cineasta); Mariângela Grando (produtora) e música Fernando Mattos, conta com a participação de atores consagrados como Antonio Abujamra (Major Eleutério), Alexandre Paternost (Silvestre), Samara Felippo(Clara Victória), Leonardo Vieira (o Maestro), Carmem Silva (Baronesa), entre outros. O músico Hique Gomes, que faz dupla com Nico Nicolaieviski, no espetáculo "Tangos e Tragédias", faz uma ponta como músico da Orquestra Santa Cecília, que é formada pelo Major em plena charqueada. E para grata surpresa, a participação de amigos meus, como: do ator e jornalista Lóri Nelson (capataz de Silvestre), meu ex-colega de pós em História do RS, e de Luis Carlos de Magalhães (tio doente da Baronesa), que é membro honorário da Academia Rio-Grandina de Letras, da qual faço parte. Com cerca de 93 minutos, o vídeo, evidentemente não transporta todo o rico ambiente criado por Assis Brasil, em 174 páginas de uma narrativa envolvente. São formas narrativas diferentes: literatura e cinema. Gostei do filme, mas obviamente, como escritor, penso que a literatura é a arte de fazer imaginar, e que o leitor tem um papel muito mais amplo que o espectador. Mas o filme é bom, e sugiro que leiam o livro, assistam ao vídeo, e façam suas próprias reflexões. A obra de Assis Brasil é de uma reconstrução histórica e de um uso magistral das letras. Um grande escritor, mas acima de tudo, um grande autor de painéis sociais com pano de fundo histórico. Como em minha formação acadêmica possuo especialização em História do Rio Grande do Sul: sociedade, política e cultura (FURG-2006), alio à literatura, como mestrando em História da Literatura (FURG-2007/2008). História e Literatura, duas paixões em minha vida, desde tenra idade. E unir ao cinema, que também é uma arte que me atrai muito, proporcionou uma atividade diversificada e agradável. Sugiro também aos visitantes deste blog - que fala preferencialmente de Educação e Tecnologia, mas não se priva de comentar sobre Arte, Cultura, Literatura e História, minhas outras áreas de atuação -, a leitura de O pintor de retratos, também de L.A. Assis Brasil, que é mais um rico painel do Rio Grande do Sul, unindo magistralmente, como um maestro, história e literatura. Em minha pauta de futuras leituras, pretendo incluir a obra completa de Assis Brasil, que além de um exímio escritor, trata-se de um grande pesquisador, que se envolve no tema, e com isso envolve o leitor até a última página, como um regente de orquestra. Por sinal, como escreveu Fatimarlei Lunardelli (Revista Aplauso) sobre Assis Brasil: "Em Concerto Campestre, partindo da própria experiência como violoncelista da OSPA, abordou a paixão pela música". OSPA, no caso, é a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Unir paixões, uma grande forma de fazer arte e história.
Observação: Imagem acima, capa do livro Concerto Campestre.